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A Americanas deve R$ 71,87 milhões para cerca de 100 editoras de livros, de acordo com a lista de credores que a varejista entregou à Justiça ao pedir recuperação judicial. Os valores das dívidas variam entre R$ 75 e R$ 7,68 milhões. O levantamento foi feito pelo Estadão, com base na lista de credores da empresa.

O prejuízo milionário das editoras vem no mesmo ano em que a Livraria Cultura teve a falência decretada pela Justiça por não honrar os pagamentos acordados com os credores - depois, a livraria conseguiu reverter o quadro, ao menos temporariamente, para voltar ao status de empresa em recuperação judicial.

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A maior credora da Americanas entre as editoras é a Catavento, com R$ 7,68 milhões, seguida pela Intrínseca, que tem R$ 5,9 milhões a receber, e pela Companhia das Letras, com R$ 5,3 milhões. A Panini aparece em quarto lugar, com R$ 5 milhões a serem pagos pela varejista.

Quase 90% da dívida com o setor está concentrada em 20 empresas, que têm R$ 1 milhão ou mais a receber da Americanas.

Com a Americanas em recuperação judicial, as dívidas com as editoras, que representam 3% do faturamento anual do setor, devem ser pagas no prazo a ser acordado com credores na votação do plano de recuperação. Ou seja, as empresas terão de arcar com o prejuízo pelos próximos meses ou mesmo anos.

O impacto financeiro do caso da Americanas é significativo para o setor, que já enfrentava dificuldades para aumentar a receita. O faturamento do mercado de livros no Brasil em 2022 foi de R$ 2,58 bilhões, e deve atingir R$ 2,6 bilhões em 2023, um crescimento de 2,3%, de acordo com dados da consultoria Statista.

A previsão do avanço do mercado para este ano é inferior à média global, que é de 3,4%. No País, o gasto anual médio por consumidor no mercado de livros é de R$ 56,46, enquanto chega a R$196 no mundo. Até 2027, a consultoria prevê uma taxa composta anual de crescimento de 1,77% no faturamento do segmento de livros no Brasil.

Risco para as pequenas editoras

De acordo com Dante Cid, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), nenhuma das grandes editoras corre o mesmo risco que as pequenas, mais sensíveis às perdas financeiras. Cid diz que a Americanas era responsável por cerca de 10% do faturamento das grandes - bem menos que a livraria Saraiva, outra que entrou em recuperação judicial e que era responsável por 40% ou 50% do faturamento das editoras. Ainda assim, Cid avalia que a recuperação judicial da Americanas pode levar o setor a registrar crescimento zero em 2022.

"É um problema grave que pegou todo mundo de surpresa. O timing foi péssimo, porque estava se aproximando do momento de as editoras receberem pelas vendas da Black Friday e do Natal. Essas vendas fizeram muita diferença no ano", diz.

Cid afirma que os estoques que antes iam para a Americanas devem ir para concorrentes no comércio eletrônico. Porém, a perda da exposição dos livros nas lojas físicas é um golpe mais difícil para o setor superar. "Algumas editoras haviam sentido insegurança com a Americanas e reduziram o trabalho com a varejista. Mas a grande maioria trabalhava com ela normalmente. Agora, a maioria vai suspender as negociações com a empresa e outras vão trabalhar apenas com pagamentos à vista", diz.

Procuradas, as editoras citadas na reportagem não comentaram o caso. A Americanas também não se pronunciou.

Em entrevista publicada pelo jornal O Globo, o fundador e presidente da Companhia das Letras, Luiz Schwarcz, disse que o efeito Americanas talvez seja menor que os fechamentos de grandes livrarias. "A Americanas trabalha principalmente com best-sellers, por isso é provável que as pequenas editoras não sejam tão afetadas quanto foram pelas recuperações judiciais da Saraiva e da Cultura", disse. "Para as editoras grandes, é um baque, é péssimo, mas temos condições de sobreviver. Será um ano menos lucrativo."

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos entrou com uma ação nesta terça-feira (2) para bloquear uma fusão entre duas grandes editoras, afirmando que reduzirá a concorrência e prejudicará autores e consumidores.

A Penguin Random House, a maior editora do mundo, anunciou no ano passado que planejava comprar a rival Simon & Schuster, o que o Departamento de Justiça disse que permitiria "exercer influência indevida" no setor.

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"Autores e consumidores americanos pagariam o preço por essa fusão anticompetitiva - com menos adiantamentos para os autores e, em última análise, menos livros e variedade para os consumidores", disse o procurador-geral Merrick Garland em um comunicado.

Observando que apenas cinco empresas controlam a indústria editorial nos Estados Unidos, Garland disse que "se a maior editora do mundo pudesse adquirir um de seus principais rivais, ela teria um controle sem precedentes sobre essa importante indústria".

O grupo de mídia ViacomCBS anunciou em novembro de 2020 que planejava vender sua unidade Simon & Schuster para a Penguin Random House, uma subsidiária da empresa alemã Bertelsmann, por 2,2 bilhões de dólares.

Mas o Departamento de Justiça disse que o pacto prejudicaria a concorrência, permitindo que as empresas controlassem cerca de metade do mercado de direitos de publicação e prejudicaria editoras independentes menores que não podem pagar tanto aos autores, enquanto os escritores teriam menos poder de barganha.

O comunicado destaca que a Penguin Random House em seus próprios documentos "considera o mercado editorial americano um 'oligopólio'" e busca "'cimentar' sua posição como editora dominante nos Estados Unidos".

Em nota a seus funcionários, o CEO da Simon & Schuster, Jonathan Karp, disse que as empresas "discordam veementemente do Departamento de Justiça sobre o fato de que essa transação prejudicará a concorrência".

"A Penguin Random House lutará vigorosamente para que essa transação se concretize e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar nesses esforços", disse.

Alguns grandes autores de Simon & Schuster são Stephen King e Doris Kearns Goodwin, enquanto Barack e Michelle Obama e John Grisham publicaram com a Penguin Random House.

Um profissional responsável por revisar e corrigir erros em imagens e textos para publicação. Essa é a função do revisor em empresas de comunicação e editoras - espaços onde se trava uma guerra constante contra o erro -, que tem seu dia comemorado em 28 de março.

O revisor deve ter uma boa escrita, cultura geral relativamente ampla, bom vocabulário e pleno domínio da gramática da Língua Portuguesa, detaca o jornalista e professor Antonio Carlos Pimentel Jr., professor da UNAMA - Universidade da Amazônia e editor do protal de notícias LeiaJá Pará. Além disso, observa, deve ter referências e informações sobre as variantes linguísticas.

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A atuação desse profissional se dá, principalmente, em veículos de comunicação ou de informação e editoras de livros. Cabe à revisão trabalhar em parceria com o autor, a fim de que a publicação tenha qualidade excelente.

“O revisor vai fazer um trabalho de leitura e análise de estruturas gramaticais e depois fazer a correção, mas ele não pode trabalhar com independência total em relação ao autor. Em algumas editoras, esse trabalho de revisão é feito em parceria com o autor. O revisor é um profissional que vai ajustar e corrigir eventuais erros, mas não deve interferir no conteúdo do texto”, disse Antonio Carlos Pimentel.

Neste mesmo dia, comemora-se o Dia do Diagramador, profissão da mesma área da Comunicação Social. A diagramação é a técnica de construção do design gráfico-visual de conteúdos textuais para publicação.

Por Cristian Corrêa.

 

 

Desenhistas, cartunistas, editoras, autores e produtores de quadrinhos brasileiros que possuem obras publicadas entre o dia 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2016 podem participar do 29º Troféu HQMIX. As inscrições devem ser feitas por meio do site oficial do prêmio, até o dia 28 de fevereiro. O investimento no ato da inscrição é de R$ 15 por publicação inscrita. 

Cada publicação poderá ser inscrita em até duas categorias com o pagamento de apenas uma taxa. O candidato deve enviar o link com o PDF da obra, assumindo a veracidade do seu trabalho. Pode ser em baixa resolução, mas que permita sua leitura para a análise da arte e do texto pela Comissão.

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Para as inscrições do evento e exposição, é necessário enviar um link com fotos e descrição das atividades. Nas categorias Tese, Mestrado e Doutorado, também será necessário enviar o link com o trabalho completo.

Na primeira fase de seleção serão escolhidos 10 concorrentes por categoria. Na final haverá uma votação em que os profissionais inscritos de todo o Brasil irão eleger um finalista de cada categoria para receber o prêmio.

A comissão organizadora do 29º Troféu HQMIX é composta por Gualberto Costa e José Alberto Lovetro (JAL), entre outros integrantes. O Troféu HQMIX foi criado em 1988, pela dupla JAL e Gualberto Costa, no programa TV MIX, da TV Gazeta, e apadrinhado pelo apresentador do programa Altas Horas, Serginho Groisman. A votação nacional é feita pela categoria dos desenhistas de HQs e Humor Gráfico, por meio da Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB) e do Instituto Memorial das Artes Gráficas do Brasil (IMAG).

Confira as categorias que são contempladas pelo Troféu HQMIX:

Adaptação para os Quadrinhos

Publicação composta por adaptação de obra anterior (literatura, cinema, teatro etc.)  por meio da transposição de linguagem, por exemplo, da verbal para a visual.

Arte-finalista Nacional

Desenhista brasileiro que prepara e finaliza tecnicamente uma arte, dando os últimos retoques e realçando o traço do desenho.

Colorista Nacional

Artista brasileiro que acrescenta cor à arte branco e preto.

Desenhista Nacional

Desenhista brasileiro que trabalha em qualquer meio (lápis, tinta, pintura, colagem etc.) para ilustrar suas histórias ou de outras pessoas.

Destaque Internacional

Artista brasileiro que tem seus trabalhos publicados no exterior.

Edição Especial Estrangeira

Obra estrangeira em quadrinhos publicada em volume único.

Edição Especial Nacional

Obra nacional em quadrinhos publicada em volume único.

Editora do Ano

Editora com maior destaque e relevância no ano anterior ao da realização da cerimônia de premiação.

Livro Teórico

Publicação composta por pesquisas, ensaios, textos profissionais, acadêmicos ou científicos voltados para temas relacionados aos quadrinhos.

Publicação em Minissérie

Obra publicada que se completa em mais de uma edição. Assim só poderá ser inscrita quando for publicada sua última publicação sequencial completando a história.

Novo Talento – Desenhista

Desenhista brasileiro que se distingue pela qualidade do seu trabalho e alcança destaque no mercado de quadrinhos por seus primeiros trabalhos.

Novo Talento – Roteirista

Roteirista brasileiro que se distingue pela qualidade do seu trabalho e alcança destaque no mercado de quadrinhos por seus primeiros trabalhos.

Produção para outras Linguagens

Obra baseada em quadrinhos que foi transformada em outras mídias, como adaptações para o cinema ou TV, documentários, peças teatrais, livros etc.

Projeto Editorial

Publicação de quadrinhos que tenha uma proposta editorial diferenciada ou especial.

Publicação de Aventura/terror/fantasia

Obra com temáticas de aventura, terror e fantasia. Tanto em um dos itens como combinando entre os três aqui declarados.

Publicação de Clássico

Obra de republicação de quadrinhos antigos.

Publicação de Humor

Obra com temática de humor

Publicação de Tira

Publicação de coletâneas de tiras originalmente publicadas em jornais, internet ou de material inédito.

Publicação Independente de Autor

Obra publicada pelos próprios autores, sem relação direta com editoras.

Publicação Independente de Grupo

Obra de coletâneas, antologias ou mixes, seguindo um tema ou não, publicada pelos próprios autores, sem relação direta  com editoras.

Publicação Independente Edição Única

Obra de um único número (one-shot), publicada pelos próprios autores, sem relação direta com editoras.

Publicação Infantil

Publicação produzida e destinada para o público infantil.

Publicação Juvenil

Publicação produzida e destinada para o público juvenil.

Publicação Mix

Publicação de coletânea de vários autores em um mesmo volume, seguindo um tema ou não.

Roteirista Nacional

Escritor que elabora ou adapta roteiro para os quadrinhos.

Web Quadrinhos

Premiação para autor que produz material original de quadrinhos para a internet.

Web Tira

Premiação para autor que produz material original de tiras para a internet.

Evento

Premiação para eventos, salões ou festivais, cuja temática seja ligada aos quadrinhos.

Exposição

Premiação para evento de exibição ou mostra pública de obras cuja temática seja ligada aos quadrinhos.

Tese de Conclusão de Curso

Trabalho acadêmico de avaliação final de graduação com tema na área dos quadrinhos, elaborada seguindo metodologia específica.

Dissertação de Mestrado

Trabalho acadêmico resultado de pesquisa com tema na área dos quadrinhos, elaborada seguindo metodologia específica.

Tese de Doutorado

Trabalho acadêmico resultado de pesquisa própria com tema na área dos quadrinhos, elaborada seguindo metodologia específica.

Categorias outorgadas pela COMISSÃO ORGANIZADORA

Mestre do Quadrinho Nacional

Premiação que honra os criadores nacionais ou radicados no Brasil por suas contribuições, e que sejam importantes para o desenvolvimento dos quadrinhos brasileiro.

Homenagem Especial

Premiação em reconhecimento e mostra de admiração ao trabalho realizado em prol dos quadrinhos no Brasil.

Grande Contribuição

Premiação que reconhece personalidades, instituições, eventos, obras ou quaisquer atividades que tenham contribuído de forma importante ou relevante aos quadrinhos no Brasil.

O teatro é uma arte efêmera - a encenação de qualquer peça é um momento único e as reminiscências ficarão apenas na memória dos presentes. Mas, como a força da palavra pode ser eternizada, editoras nacionais vem apostando na publicação de textos teatrais. Hoje, acontecem dois lançamentos: a Giostri Editora, que já conta com mais de 500 autores em seu catálogo, lança um box com quatro volumes contendo 16 peças de Lauro César Muniz; e a Funarte preparou dois livros intitulados O Teatro Seleto de Chico de Assis.

Nesta terça-feira, 16, é a vez da editora Patuá lançar a série Palavras para Teatro - Sete vezes Dramaturgia, coleção de peças teatrais dos integrantes do Centro de Dramaturgia Contemporânea, como Marcos Gomes e Paula Autran - o evento acontece às 20h30, no Cemitério de Automóveis (Rua Frei Caneca, 384). Para completar, a Bertrand Brasil iniciou com O Pagador de Promessas a bem-vinda reedição das peças de Dias Gomes.

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Tanto Chico de Assis como Lauro César Muniz trazem um precioso registro da relação humana. O primeiro usa o humor com maestria ao criar tipos clássicos como Xandu Quaresma, enquanto Muniz transita tanto na comédia de costumes como nos grandes temas sociopolíticos - a peça Sinal de Vida pode ser entendida como divisória. Sobre o assunto, Muniz respondeu a essas questões.

Você atua no teatro, TV e cinema, mas cada meio impõe atitudes diferentes.

Trabalho nos três meios onde um dramaturgo possa se expressar: no teatro, sinto-me mais livre, escrevo peças como uma espécie de compulsão, temas que me seduzem, não aceitam o adiamento e a gaveta. Na televisão, é bastante diferente. Não adianta ficar seduzido por um tema, preciso seduzir a emissora, os diretores artísticos, pensar no público eclético das redes de televisão. Em geral, o tema surge de uma observação do momento em que vive nosso País, ou seja, preciso atender a angustia geral dos telespectadores. No cinema, trabalho, em geral, com um diretor que determina tudo sobre o filme.

Oswaldo Mendes, que dirigiu Sinal de Vida, entende esse texto como um marco divisório em sua carreira. Vê da mesma forma?

Sinal de Vida é minha peça mais pessoal, mais sofrida, mais confessional. A partir daí, tornei-me mais introspectivo, busquei mais temas de raiz. Falei de meu pai em Luar em Preto e Branco e fiz um desabafo cômico em Direita, Volver!, a primeira peça liberada (em 1985) na abertura democrática. Em O Santo Parto, fiz uma peça delirante sobre a grande crise que se abateu sobre a Igreja Católica: um padre fica grávido de um menor de idade. Minhas peças iniciais, quando via o mundo com mais esperança, eram comédias divertidas, farsas sobre a pureza de nossas pequenas cidades. No entanto, já continham claramente preocupações políticas.

Sinal de Vida foi escrita em 1972 e a seguinte, Direita, Volver!, só em 1985. Por quê?

Sinal de Vida, que sentia ser minha peça da maturidade, foi proibida pela censura da ditadura. Ficou claro que eu não poderia escrever sobre temas políticos. Logo que o regime militar acenou com uma abertura escrevi Direita, Volver!, peça sobre um senador de direita. O título diz bem sobre meu pânico de um possível retrocesso na abertura política. Para meu espanto (e alegria), a peça foi liberada com cortes, graças a um censor mais humano que nos protegia, na época, em São Paulo. Curiosamente, houve alguma reação negativa da esquerda. Eu expunha a direita ao ridículo e a esquerda não queria entender. Talvez meu final não fosse uma sentença de libertação e novas esperanças - ao contrário, era um final irônico, uma ciranda de esquerda e direita se unindo. Deu em Sarney, não é isso?

Durante um período, a teledramaturgia contava com dramaturgos como você, Dias Gomes, Jorge Andrade, Bráulio Pedroso. De que forma é possível identificar a influência do teatro nas novelas?

Havia entre nós, na década de 1970, uma saudável emulação. Conversávamos, trocávamos ideias sobre a estética das novelas. Em momento nenhum falávamos em maniqueísmo, este assunto era ridículo. Não queríamos novelas esquemáticas. Queríamos usar uma estrutura semelhante ao nosso teatro.

Maniqueísmo era aberração, doença, fragilidade. Hoje, a telenovela se faz com base maniqueísta e nenhuma preocupação estética. Raras as novelas sem concessão total. Como se explica isso? As novelas, diante de uma nova realidade social do País, passaram a se dirigir a um público menos exigente. Então, acreditam os cultores dessa moda, que o público precisa vibrar entre o bem e o mal. Isso destruiu a visão mais depurada do gênero telenovela. Fizemos grandes novelas no passado. Há poucas exceções ainda hoje, uma pena.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No próximo dia 19 de março, a Escola do Livro realiza na sede da Câmara Brasileira do Livro, em São Paulo, cursos, workshops e palestras para qualificar profissionais de empresas que trabalham no setor de criação, produção e vendas de livros. O encontro faz parte do programa da Câmara Brasileira do Livro (CBL), e vai discutir sobre “O Livro Brasileiro no Contexto Latino-americano”, que será ministrado pela palestrante Camila Moraes, abordando visões e expectativas internacionais em relação ao mercado editorial brasileiro, identificando dificuldades e apontando oportunidades para os editores nacionais.

O workshop será realizado das 9h30 às 11h30 e tem um investimento de R$ 180 (para não associados da CBL), R$ 140 (para professores, estudantes e associados de entidades congêneres), R$ 90 (para sócios da CBL) e entrada gratuita para associados da Brazilian Publishers.

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A Câmara fica na Rua Cristiano Viana, 91, no bairro Pinheiros. Informações podem ser conseguidas pelo telefone (81) 3069-1300. 

 

As vendas de livros encolheram 7,36% em 2012, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira, 30, pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato dos Editores de Livros (SNEL). Foram comercializados 434,92 milhões de exemplares no ano passado, dos quais 166,35 milhões de livros para o governo. O resultado negativo foi puxado justamente por esse segmento, cujas vendas tiveram retração de 10,31%. As vendas ao mercado, excluído o governo, encolheram menos: 5,43%, e totalizaram 268,56 milhões de livros.

A Pesquisa "Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro", elaborada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (Fipe/USP) a pedido das entidades, aponta que o faturamento das editoras brasileiras alcançou R$ 4,98 bilhões, alta de 3,04% em relação a 2011. A discrepância entre os números de receita e vendas é explicada pelo acréscimo de 12,46% no preço médio do livro vendido pelas editoras ao mercado ao longo de 2012.

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O faturamento das editoras nas vendas ao governo, cujas compras são feitas por intermédio de programas como Plano Nacional do Livro Didático (PNLD), encolheu 5,20%, para R$ 1,31 bilhão. Já a receita das editoras com a venda ao mercado, seja para livrarias ou outros pontos de venda, cresceu 6,36% no mesmo período e totalizou R$ 3,66 bilhões. "Esse foi o primeiro crescimento real de vendas ao mercado desde 2008", destacaram as entidades em nota. O ganho real no período (descontada a inflação) foi de 0,49%, segundo as entidades.

As livrarias são o principal canal de comercialização do setor editorial no Brasil, com 47,42% do total dos livros vendidos ao mercado, ou 127,35 milhões de exemplares. Em seguida aparecem os distribuidores, com 26,25% e 70,49 milhões de exemplares, e a categoria porta-a-porta e catálogo, com 8,03% e 21,55 milhões de exemplares. O ranking elaborado pela Fipe também aponta grande número de vendas nas igrejas e templos, com 3,07%, nos supermercados, com 2,80%, e nas bancas de jornal, com 2,13%.

Livreiros, cordelarias, editoras, sebos e vendedores autônomos interessados em participar da Festa do Livro, que acontece entre os dias 31 de agosto e 1º de setembro, na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife, têm até o dia 5 de agosto para se inscreverem.

Os participantes devem encaminhar suas propostas deverão ser encaminhadas à Gerência Operacional de Literatura e Editoração (GOLE), no Bairro da Boa Vista, das 8h às 12h e das 13h às 17h, de segunda a sexta-feira. A convocatória e o formulário de inscrição estão disponíveis no site da Prefeitura do Recife. A feira integra a programação do 11º Festival Recifense de Literatura - A Letra e a Voz.

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Editoras brasileiras fecharam acordo com a Amazon para a venda de livros digitais (e-books) em território nacional. A companhia americana assinou contrato com a Companhia das Letras, Globo Livros, Ediouro e DLD – responsável pelos livros digitais da Objetiva, Record, Rocco, Planeta, Sextante, LPM e Novo Conceito.  

A Amazon está estruturando seus serviços no Brasil, com a expectativa de início das atividades ainda em dezembro. 

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Segundo o G1, a DLD e a Globo Livros também fecharam acordo com o Google. A estimativa dos envolvidos é que tanto a Amazon quanto a loja de livros do Google estreiem no Brasil a tempo do Natal, como previsto aqui

Na estreia ainda não será possível usufruir de uma grande quantidade de livros. 

A Companhia das Letras estreará no serviço com 500 títulos, a Globo Livros com mil títulos (os mesmo disponíveis na iBook Store e em outras lojas de e-books). Mas muito provavelmente a Amazon e o Google deverão trazer seu acervo de livros estrangeiros, o que deve aumentar bastante a oferta de livros digitais. 

Outro fato que reforça ainda mais a chega iminente da Amazon no Brasil é o e-mail de confirmação enviado para autores e editoras cadastrados recentemente no Kindle Direct Publishing, o programa de publicação próprio da loja virtual, que citado pelo site Gizmodo, agora inclui o endereço amazon.com.br. A foto foi divulgada pelo escritor David Gaughran pelo Twitter.

O grupo britânico Pearson e o grupo alemão Bertelsmann anunciaram nesta segunda-feira (29) que chegaram a um acordo para a fusão de suas respectivas editoras, Penguin e Random House, o que criará um gigante mundial dos livros em língua inglesa.

As atividades das editoras serão reunidas em uma empresa compartilhada, a Penguin Random House, na qual Bertelsmann terá uma participação de 53% e a Pearson de 47%, informaram as empresas em comunicados separados.

A Random House é a maior editora nos Estados Unidos e Grã-Bretanha, enquanto a Penguin é conhecida em todo mundo e tem boa presença nos mercados que registram forte crescimento.

A fusão permitirá a criação da maior editora de obras de interesse geral no mundo, de acordo com os dois grupos.

A empresa conjunta excluirá as atividades de publicação generalistas da Bertelsmann na Alemanha. A Pearson conservará a marca Penguin para as publicações de livros didáticos em todo o mundo.

A operação de fusão depende agora da aprovação das diferentes autoridades, o que as empresas aguardam para o segundo semestre de 2013.

O grupo News Corporation, do magnata Rupert Murdoch, estava interessado na compra da Penguin, o que ameaçava a fusão, informou no domingo o Wall Street Journal.

A Câmara dos Deputados divulgou, nesta sexta-feira (3), que está analisando um projeto de lei (3085/12) que obriga editoras de livros de todo o Brasil a realizarem o depósito legal de pelo menos um exemplar de suas publicações em bibliotecas estaduais. De acordo com a proposta, os livros serão direcionados para a Biblioteca Nacional de Brasília e para todas as bibliotecas estaduais de cada região do País e do Distrito Federal.

O senador José Sarney (PMDB-AP) é o criador da proposta. De acordo com a Câmara, Sarney disse que as bibliotecas brasileiras precisam ser renovadas, principalmente no que diz respeito aos seus acervos. “O Brasil possui uma importante estrutura de bibliotecas sob a responsabilidade dos estados, mas que padecem de subaproveitamento devido à limitação de seus acervos”, afirmou.

Segundo a Câmara, o senador afirmou que com a concentração das principais livrarias nos centros urbanos, a distribuição dos exemplares para as cidades de menor tamanho e população está prejudicada. A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Educação, Cultura, de Constituição, Justiça e de Cidadania.

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