Tópicos | Edson Arantes do Nascimento

Após realizar exames de rotina na última semana no Hospital Albert Einstein, Pelé foi internado e ainda não foi informada a causa. Segundo o GE, o “Rei do futebol” que tem 80 anos deu entrada no hospital na terça-feira (31) e acabou ficando sob observação.

O Albert Einstein ainda não se pronunciou, mas deve emitir boletim de saúde ainda nesta segunda-feira (6) sobre o estado de saúde de Pelé.

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Há cinco dias, Edson Arantes do Nascimento usou as redes sociais para com bom humor, desmentir notícias sobre sua saúde e de que teria desmaiado. “Eu não desmaiei e estou muito bem de saúde [...] Avisem que não jogo próximo domingo”, escreveu.

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O futebol brasileiro tem vários personagens. Mas nenhum deles tem o protagonismo de Edson Arantes do Nascimento. A importância de Pelé é tamanha que é possível falar que, a partir dele, o mundo mudou a forma de ver os jogadores e a seleção do Brasil.

Biografia

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A trajetória daquele que viria a ser conhecido como o rei do futebol começa de forma muito comum. Nascido em 23 de outubro de 1940, na cidade mineira de Três Corações, Pelé vem de “uma família das classes populares, que trabalhava duro para educar os filhos”, diz o pesquisador do MEMOFUT (Grupo Literatura e Memória do Futebol) Rodrigo Saturnino.

Ainda na infância, um fato parece definir sua relação com o futebol. Ao ver o pai, o ex-jogador José Ramos do Nascimento, o Dondinho, chorar após a derrota da seleção brasileira na final da Copa do Mundo de 1950, o pequeno Edson promete que conquistaria o primeiro Mundial do país.

Mas antes de cumprir esta promessa, Pelé daria os primeiros passos no esporte na cidade paulista de Bauru, para onde a família dele se mudou durante sua infância. Lá defendeu várias equipes amadoras de futebol de campo e salão, até que, ao completar 15 anos, foi levado para fazer um teste no Santos. Aprovado, foi contratado em junho de 1956 e começou a defender a equipe da Vila Belmiro.

No Santos, desandou a marcar gols, o que lhe garantiu a primeira convocação para a seleção brasileira em 1957 para participar da Copa Roca, competição na qual fez seu primeiro tento e iniciou uma caminhada de conquistas.

Rei desde jovem

A qualidade de Pelé era tamanha, que a ideia de que ele era o rei do futebol surgiu antes mesmo da conquista de um título de expressão pela seleção. Jovem ainda, com 17 anos, meses antes da disputa da Copa de 1958, o dramaturgo Nelson Rodrigues se referiu ao jogador da seguinte forma em uma crônica sobre o jogo entre America e Santos: “O que nós chamamos de realeza é, acima de tudo, um estado de alma. E Pelé leva sobre os demais jogadores uma vantagem considerável: - a de se sentir rei, da cabeça aos pés. Quando ele apanha a bola e dribla um adversário, é como quem enxota, quem escorraça um plebeu ignaro e piolhento”.

A coroação definitiva vem com a conquista dos títulos das Copas do Mundo. “Em 1957, o futebol brasileiro estava por baixo, com a derrota para a seleção uruguaia em 1950, a apenas regular participação na Copa de 1954, os resultados fracos durante uma excursão à Europa em 1956 e o fraco desempenho no Campeonato Sul-Americano de 1957 (…). E surge Pelé, com 17 anos. O futebol brasileiro então passou de 5ª a 6ª força para ser, indiscutivelmente, o melhor do mundo. Com Pelé e Garrincha, a seleção nunca perdeu. Foram três títulos mundiais em quatro Copas. Pelé foi o principal responsável por esse desempenho. A identificação da seleção com o povo brasileiro atingiu seu ponto máximo. Pelé se transformou na face do Brasil bem sucedido, o brasileiro mais reconhecido da história, em todo o mundo”, diz Saturnino.

O sociólogo e professor da Faculdade de Comunicação Social da Universidade do Rio de Janeiro (Uerj) Ronaldo Helal concorda e afirma que Pelé foi fundamental para a seleção acabar com a história de que teria um complexo de vira-latas (expressão de Nelson Rodrigues) que a impediria de conquistar títulos: “Em 1958 o Brasil ganha a Copa do Mundo, e Pelé foi marcante, se tornando o rei do futebol com 17 anos de idade”.

Auge no México

Entre estas conquistas uma ocupa um lugar especial na história do futebol, a da Copa do Mundo de 1970, no México. Foi nesta competição que Pelé mostrou todo o seu potencial como jogador. “Em 1970 ele foi fundamental, fez uma Copa ímpar, brilhante do início ao fim, e colocou o Brasil no topo do futebol mundial”, diz Helal.

Clodoaldo, um dos companheiros de Pelé naquela campanha, compartilha desta opinião: “Foi o melhor momento do Pelé na seleção brasileira. O vi em 1970 como nunca, preparado nos aspectos físico, técnico e psicológico. Ele estava voando. Foi o momento no qual atingiu o máximo de sua carreira”.

Quantos gols Pelé fez

O sucesso de Pelé não se deve apenas à seleção. Foi pelo Santos que ele marcou a maior parte dos seus 1281 gols (em 1363 jogos), que o transformaram no maior goleador da história do futebol mundial. O tipo de feito que fez com que o público o tratasse de uma forma especial. “O Pelé foi o único jogador, pelo menos que eu saiba, que fazia uma boa jogada contra um time, ou um gol de placa, e a torcida adversária aplaudia, às vezes de pé”, diz Helal, que é torcedor do Flamengo, citando as oportunidades nas quais, em sua infância, ia ao estádio simplesmente para ver o camisa 10 do Santos entrar em campo.

Um destes gols mobilizou a atenção do público de forma especial, o de número mil, alcançado no dia 19 de novembro de 1969 em vitória de 2 a 1 do Santos sobre o Vasco no estádio do Maracanã. O detalhe é que Pelé tinha apenas 29 anos ao alcançar esta marca.

Fórmula secreta

Tantos feitos levam à pergunta: como um menino comum, nascido em Minas, se transformou no rei do futebol? “O destaque na história do futebol vem de seu talento e sua técnica, por ter sido o único a fazer excepcionalmente bem, dentro de campo, tudo o que um jogador de futebol pode fazer. Selecione um atributo, e Pelé foi um dos melhores”, afirma Saturnino.

O ex-jogador Pepe, companheiro de Santos e seleção do eterno camisa 10, defende que um jogador com estas características surge apenas uma vez na história: “No futebol atual têm aparecido grandes jogadores. Porém, igual a Pelé não aparece. Completo, perna direita, perna esquerda, impulsão, chute, cabeceio, corrida, gols, maior artilheiro do futebol mundial de todos os tempos. Penso que seu Dondinho e dona Celeste rasgaram a fórmula e não aparece mais um jogador igual a Pelé”.

Vida longa ao rei

Desta forma é mais do que justa a celebração da vida de um jogador que foi o melhor em todos os fundamentos de seu esporte, superando inúmeros recordes coletivos e individuais e levando o futebol brasileiro a um novo patamar.

Ao completar 80 anos, é a hora, como diz Clodoaldo, de agradecer e de desejar que “tenha muita saúde, paz e felicidade. E claro, vida longa ao rei”.

Assíria Nascimento, ex-esposa de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, entrou na Justiça para cobrar atrasos na pensão alimentícia dela e dos dois filhos - Celeste e Joshua - no valor de R$ 375 mil, informou o jornal "Folha de S. Paulo" neste sábado (15).

O processo está tramitando na 2ª Vara da Família de Guarujá, em São Paulo e, conforme a publicação, cada um dos dois filhos tem direito a "uma pensão de nove salários mínimos mensais, enquanto a ex-mulher recebe um benefício de 24 salários mínimos mensais".

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No dia 26 de junho, o juiz Alexandre de Godoi determinou a quitação da dívida em até três dias úteis após a comunicação da Justiça, mas segundo a "Folha", essa comunicação ainda não aconteceu.

Pelé e Assíria foram casados por 13 anos e se separaram em 2008.

Atualmente, ela e os dois filhos vivem nos Estados Unidos.

Da Ansa

Brasil-Suécia, final da Copa do Mundo, 10 minutos do segundo tempo. Pelé dá um lençol antológico para se livrar de dois marcadores marca o terceiro gol da vitória por 5 a 2 que dá o primeiro título mundial à seleção brasileira.

Esta é uma das cenas reproduzidas em "Pelé - O nascimento de uma lenda" ("Pele, The birth of a legend", no original), uma produção americana que retrata os primeiros anos de vida de Edson Arantes do Nascimento, maior jogador de futebol todos os tempos. A pouco mais de seis meses da Copa do Mundo de 2014, que será disputada no Brasil, o longa está sendo gravado no Rio de Janeiro.

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As gravações acontecem 55 anos depois e o cenário não é o estádio Rasunda de Solna, na Suécia, mas a magia do cinema consegue levar os saudosos da época áurea do Rei em uma viagem no tempo.

Placas publicitárias em preto e branco foram colocadas ao redor do estádio Edson Passos, do América, clube que já foi um dos grandes do futebol carioca. Os jogadores-atores vestem uniformes de época, com chuteiras pretas e cadarços brancos.

"O filme conta os obstáculos, a dor, os desafios e erros e percalços vividos por teste jovem no seu caminho rumo à glória", explicou à AFP o americano Michael Zimbalist, que assinou o roteiro e dirige o filme ao lado do irmão Jeff.

O longa, que tem seu desfecho na consagração do título de 1958, ainda não tem data de estreia marcada e a produção não quis dar detalhes sobre este assunto.

Primeira pessoa

Hoje com 72 anos, Pelé tem participação ativa no filme, como produtor executivo, ao lado e Paul Kemsley e da Exclusive Media.

Os irmãos Zimbalist escreveram o roteiro com base em histórias contadas pelo próprio Pelé, dando a sensação que a história está sendo contada na primeira pessoa. "Pelé nos ajudou muito na concepção da história", indicou Michael, que garante que o Rei não censurou nenhuma parte do roteiro. "Em nenhum momento houve a intenção de fazer um filme leviano. Isso era claro desde o início. Não acho que Pelé esteja inibido na hora de falar sobre coisas negativas", acrescentou.

Depois de 1958, Pelé conquistou outras duas Copa do Mundo, em 1962, no Chile, e em 1970, no México, e marcou mais de 1.200 gols em sua carreira. Em 2000, a Fifa o consagrou como melhor jogador do século XX e um ano antes do Comitê Olímpico Internacional (COI) lhe deu o título de Atleta do Século.

Os 400 Pelés

Nada menos de 400 jovens foram testados para o papel do Rei do futebol, e apenas dois foram selecionados. Leonardo Lima interpreta o ex-craque com dez anos de idade e Kevin de Paula dos 13 aos 17. "Com, ambos, houve algo mágico. Eles se sentiram bem desde o primeiro dia e foram além das nossas expectativas", conta Zimbalist.

Kevin de Paula não é ator de profissão, mas jogador de futebol. O jovem de 18 anos é volante do Tigres, da segunda divisão do Campeonato Carioca. Na frente da câmera, ele dribla, dá lençóis e chuta com categoria. A coreografia sai com facilidade, mesmo precisando repeti-la várias vezes para que seja captada por todos os ângulos da câmera.

Na pausa entre duas gravações, a produção aproveita para dar alguns retoques na maquiagem e no penteado afro do Pelé de Hollywood. Os Pelés de Hollywood só não podem dar entrevistas.

O elenco também conta com atores consagrados como Rodrigo Santoro, que também é produtor associado. O cantor Seu Jorge será o pai de Pelé, Dondinho, na telona. O mexicano Diego Boneta, o irlandês Colm Meaney e o americano Vincent D'Onofrio dão um toque mais internacional ao casting do filme.

Já Mailson Moura espera que sua interpretação do zagueiro Mauro Ramos poderá dar um "empurrão" na sua carreira. "É muito difícil imitar pessoas que têm magia nos pés. Assisti a vários vídeos, vi livros. Não é fácil, mas fazemos o possível", declarou por sua vez Felipe Simas, que tem o papel do também ex-craque Mané Garrincha, parceiro de Pelé nas conquistas de 1958 e 1962, falecido em 1983.

Ainda falta gravar algumas cenas do jogo contra a Suécia e já tem jogadores com uniformes de outros times esperando no set. O dia promete ser longo. Silêncio, luz, câmera... Ação!

 

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