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O ataque às instituições democráticas, que foi uma marca do Brasil em 2021, deve continuar a ser feito pelo presidente Jair Bolsonaro até as eleições de outubro, de acordo com o Índice de Democracia de 2021, divulgado nesta quinta-feira (10) pela Economist Intelligence Unit (EIU). A presença de populistas não-liberais em toda a América Latina foi uma evidência na região no ano passado, levando o índice conjunto a registrar o maior declínio de um ano para o outro desde 2006, quando o Índice de Democracia da EIU começou a ser divulgado.

"O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, exigiu a renúncia de dois membros do Supremo Tribunal Federal", citou a publicação, mencionando uma investigação sobre acusações de que grupos pró-Bolsonaro estavam espalhando "fake news".

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A EIU também comentou que o chefe do Executivo brasileiro também tem questionado a integridade do sistema de votação eletrônica do País, apesar de não haver evidência de fraude eleitoral. "Bolsonaro chegou a dizer que ignoraria os resultados das eleições presidenciais e legislativas de 2022 - comentários que mais tarde ele retirou", lembrou.

Para a EIU, "Bolsonaro provavelmente continuará seus ataques às instituições democráticas e a minar a confiança na integridade eleitoral até as eleições de outubro de 2022, especialmente porque as pesquisas mostram que ele atualmente está atrás do ex-presidente da esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva (2003-10)".

De acordo com o Índice de Democracia, o Brasil ocupou no ano passado a 47ª posição, de um total de 167 países analisados. Na América Latina, que foi a região com maior deterioração em 2021 na comparação com 2020, a maior economia regional ficou em sexta colocação de um total de 24. Em 2021, o Brasil registrou 6,86 pontos, mesma taxa vista em 2019 e 2017 e a menor desde 2006, quando foi criado o índice.

Desde a estreia do indicador até 2014, a pontuação brasileira esteve sempre acima de 7 pontos. Apesar de ter piorado seu resultado individual no ano passado em relação a 2020, o Brasil subiu duas posições no ranking porque outros países registraram quedas maiores.

São Paulo aparece na 95ª posição na lista que classifica as melhores cidades do mundo para se viver, segundo levantamento anual divulgado nesta terça-feira, 18, pela consultoria Economist Intelligence Unit (EIU). A capital paulista estava empatada com a cidade do Rio de Janeiro, em 91º, no ano passado, porém caiu quatro posições no ranking. Já a capital fluminense, manteve a colocação registrada em 2014.

Pelo quinto ano consecutivo, a cidade de Melbourne, na Austrália, obteve o primeiro lugar no ranking que reúne 140 cidades ao redor do planeta. Viena, na Áustria; Vancouver e Toronto, no Canadá; Adelaide, na Austrália e Calgary, também localizada no Canadá, ocupam as posições seguintes. Vale ressaltar que sete das dez primeiras localidades estão situadas na Austrália e no Canadá.

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Por outro lado, as cinco piores cidades para morar, de acordo com o conceito são: Damasco, na Síria; Daca, em Bangladesh; Port Moresby, em Papua-Nova Guiné; Lagos, na Nigéria; Trípoli, capital da Líbia.

Buenos Aires, na Argentina; Santiago, no Chile, e San Juan, em Porto Rico, foram cidades da América Latina que tiveram a melhor pontuação e estão nas 62ª, 64ª, 67ª colocações, respectivamente.

A classificação é determinada a partir da pontuação de um a cem em 30 critérios qualitativos e quantitativos relacionados à estabilidade, serviços de saúde, educação, infraestrutura, cultura e meio ambiente. Outras cidades brasileiras não foram avaliadas pelo estudo.

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