Tópicos | Eleições 2012

Pelo menos três dos cinco pré-candidatos do PT à Prefeitura de São Paulo terão destaque na propaganda estadual partidária em novembro. Dos dias 7 a 21 do próximo mês, o ministro da Educação, Fernando Haddad, e os senadores Eduardo e Marta Suplicy defenderão seus feitos antes das prévias, marcadas para o final de novembro. Além das estrelas regionais, o PT estadual espera contar com a participação da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Embora o diretório municipal tenha recomendado que os cinco pré-candidatos aparecessem de alguma forma numa das 60 inserções, o diretório estadual teme que a exposição dos pré-candidatos seja alvo do Ministério Público Eleitoral. "Não tem como ser o critério pré-candidatura. É muito arriscado, o Ministério Público pode entrar com ação (por propaganda eleitoral antecipada)", explicou o presidente do diretório estadual do partido, deputado Edinho Silva.

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Para o diretório municipal, a inserção dos pré-candidatos seria a oportunidade ideal para expor todos os concorrentes, incluindo os deputados federais Jilmar Tatto e Carlos Zarattini. "Fizemos a sugestão ao diretório estadual para que os cinco aparecessem. Acho que eles devem falar em nome do partido agora", defendeu o presidente do diretório municipal, vereador Antonio Donato.

Cada inserção terá 30 segundos e deve abordar as ações dos governos petistas e das lideranças paulistas. Devem participar dos programas os prefeitos da Grande São Paulo, entre eles os de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, Osasco, Emídio de Souza, além do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.

Brasília – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu ontem (12), por unanimidade, que não vai interferir na definição da quantidade de vereadores por município que poderá concorrer às eleições de 2012. A decisão foi motivada por consulta do deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), que entre outras coisas, perguntava se o TSE editaria resolução para estabelecer regras para o número mínimo de vereadores por município e se as câmaras locais não precisariam editar leis orgânicas para ratificar o aumento das vagas.

Até 2009, a Constituição permitia apenas três classificações do número de vereadores segundo o número de habitantes. Uma emenda aprovada em 2009 (EC 58/2009) abriu um leque de possibilidades para essa conta, com 24 subdivisões de vereadores por habitantes. Para o relator do caso, ministro Marco Aurélio Mello, a nova regra é muito clara e não cabe ao tribunal apreciar a matéria.

O presidente da corte, Ricardo Lewandowski, disse que em suas visitas pelo interior do país tem percebido a apreensão de cidadãos com o aumento do número de vereadores. “A população está inquieta e muitas vezes contrária a esse aumento. Mas o Artigo 29 Inciso 4 [que contém a regra] é explícito e não cabe ao TSE ingressar em detalhes maiores”.

Brasília – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou ontem (4) que toda e qualquer lei sancionada este ano que alterar o processo eleitoral não valerá para as eleições de 2012. O chamado princípio da anterioridade eleitoral está previsto no Artigo 16 da Constituição Federal e entra em vigor na próxima sexta-feira (7).

O objetivo, de acordo com o TSE, é evitar mudanças de última hora motivadas por conveniências políticas (casuísmo eleitoral) e preservar a segurança do processo eleitoral.

O mesmo ocorreu em 2006 com o fim da chamada verticalização, princípio introduzido por meio da Emenda Constitucional 52, no qual as coligações partidárias não eram mais obrigadas a se repetir nos âmbitos nacional, estadual, distrital ou municipal.

Em outubro do mesmo ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3685, reconhecendo que, como foi promulgada em março de 2006, a Emenda 52 havia afrontado o princípio da anterioridade eleitoral. Portanto, o teor da emenda não deveria valer para as eleições daquele ano. Com isso, as regras da verticalização só passaram a valer a partir do pleito de 2010.

Com a chamada Lei da Ficha Limpa, não foi diferente. Sancionada em junho do ano passado, a nova lei estabelecia novas hipóteses de inelegibilidades e chegou a ser aplicada pelo TSE nas eleições de 2010. Porém, o STF, em março deste ano, ao julgar o Recurso Extraordinário 633.703, concordou que a norma afrontava o Artigo 16 da Constituição. Por esse motivo, o entendimento foi o de que a Lei da Ficha Limpa não teve validade no pleito de 2010.

Sancionada em setembro de 2009, a Lei 12.034, que alterou diversos dispositivos nas leis eleitorais brasileiras, conhecida como minirreforma eleitoral, teve validade no pleito posterior ao ano da sanção. Isso porque a sanção ocorreu pouco mais de um ano antes das eleições de 2010, o que permitiu que as alterações no processo eleitoral previstas na lei pudessem ser aplicadas integralmente no pleito do ano passado.

Em Salvador, onde recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou as denúncias de corrupção que vêm atingindo ministros e outros colaboradores do Governo Federal e chamou de "piada" as acusações provenientes da oposição.

Segundo o ex-presidente, a "corrupção só aparece quando é investigada" e a presidente Dilma Rousseff "está correta" na condução dos casos. "Ninguém pense que ficará impune se fizer alguma coisa errada", afirmou. "Se ela souber, ela vai passar a vassoura", brincou.

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Para Lula, porém, há casos em que caberia uma defesa mais enérgica por parte dos acusados. "Político tem de ter casco duro", disse, ao se referir à saída do ex-ministro do Turismo, Pedro Novais. "Se o político tremer a cada vez que alguém disser alguma coisa errada dele, se ele não enfrentar a briga para provar que estava certo, as pessoas vão sair (do governo) mesmo."

De acordo com ele, o tema corrupção não deve estar no centro da preocupação do governo. "Eu não me assusto, porque a corrupção passou a ser o único tema da direita do Brasil", acredita. "De repente, você vê o PFL falando em honestidade. Aí, você não sabe se é piada..."

SÃO PAULO

Lula disse que gostaria que seu partido "inovasse" na escolha do candidato à prefeitura de São Paulo. "Eu defendo a tese de que é importante que a gente comece a lançar pessoas novas nas eleições, para a gente poder construir novas alianças políticas em São Paulo", afirmou. "Para mim, se for a Marta Suplicy, se for o Jilmar Tatto, se for o (Carlos) Zarattini, eu vou estar na rua fazendo campanha, mas eu gostaria que o PT inovasse."

Segundo o ex-presidente, apesar de a senadora e pré-candidata Marta Suplicy aparecer com 30% nas pesquisas, a pouco mais de um ano das eleições, o montante não é suficiente para garantir a ela favoritismo na escolha do candidato do partido. "A Marta sempre será uma forte candidata, ninguém pode dizer que alguém que começa a corrida com 30% é fraca, mas nós sempre tivemos 30% dos votos em São Paulo", disse. "Nós ganhamos com a Luíza Erundina em 1988 com 30%, nós ganhamos com a Marta com 30%, depois nós perdemos com a Marta e com o Aloísio Mercadante, com 30%. Então o PT tem 30% em São Paulo quem quer que seja o candidato."

Para Lula, o que deve determinar uma possível vitória de seu partido na capital paulista é a formação de alianças políticas. "Minha tese é que nós precisamos construir os outros 20%", avalia. "Vale para São Paulo o que valeu para mim. Nós precisamos encontrar o nosso José Alencar da capital, em uma composição política com outros partidos que possam dar os 20% de votos que nós precisamos."

Seguindo o pensamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a coordenação da corrente petista Construindo um Novo Brasil (CNB) decidiu ontem apoiar a pré-candidatura do ministro Fernando Haddad (Educação) à prefeitura paulistana. Com isso, em eventuais prévias, o nome preferido de Lula subiria dos 6,5% que sua corrente, Mensagem ao Partido, obteve na última eleição do diretório municipal para mais de 30%.

Cerca de 60 dirigentes da CNB participaram da reunião que fechou questão em torno da pré-candidatura de Haddad. Estavam lá deputados como o ex-presidente nacional do PT Ricardo Berzoini e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha, réu no processo do mensalão.

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No início do encontro, Haddad pediu pessoalmente apoio dos dirigentes da CNB e, a exemplo de Lula, defendeu seu nome como uma novidade na política com reais condições de vencer em 2012. Além do ministro, disputam a candidatura os deputados Jilmar Tatto e Carlos Zarattini e os senadores Eduardo Suplicy e Marta Suplicy, que lidera as pesquisas eleitorais.

Pré-candidato à Prefeitura de Osasco, João Paulo foi um dos poucos presentes a se opor à declaração de apoio a Haddad neste momento - o parlamentar defendia postergar a decisão. "Mas todos os presentes garantiram que vão acatar a decisão da maioria e trabalhar pela candidatura do ministro", afirmou um dos participantes.

Embora majoritária no âmbito nacional, a corrente de Lula era a terceira força na capital, mas ganhou a adesão de dois vereadores - Alfredinho e Francisco Chagas -, do ex-vereador Paulo Fiorilo e do deputado estadual José Zico Prado. Como o jornal O Estado de S. Paulo revelou, o fortalecimento da CNB faz parte de uma tática para vencer as prévias, caso não seja possível obter consenso, como defende o ex-presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Enquanto o PT discute internamente quem será o candidato do partido à sucessão do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD), o ex-presidente Luiz Inácio Lula reforçará mais uma vez sua campanha pelo ministro da Educação Fernando Haddad. Na próxima sexta-feira, Lula estará ao lado de Haddad na comemoração dos cinco anos da Universidade Federal do ABC (UFABC), na Grande São Paulo.

Lula trabalha nos bastidores para que o PT evite as prévias e chegue a um consenso sobre o candidato petista. Além de Haddad, o escolhido de Lula, disputam a indicação do partido os deputados federais Carlos Zarattini e Jilmar Tatto e os senadores Eduardo e Marta Suplicy.

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Além de acompanhar o apadrinhado em evento público, o ex-presidente terá uma agenda agitada na sexta-feira. Pela manhã, Lula se reunirá com lideranças do PDT, PSB e PCdoB num hotel de São Paulo para discutir a proposta de reforma política em tramitação no Congresso Nacional.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, se reuniu hoje com a bancada petista da Câmara Municipal de São Paulo para anunciar que está fora da sucessão municipal do ano que vem e que vai trabalhar pela unidade do Partido dos Trabalhadores (PT). "Acho que vou ajudar mais o Brasil na condição de ministro, mesmo porque em São Paulo temos excelentes candidatos", disse Mercadante, após reunião de mais de 3 horas com os vereadores petistas.

De acordo com ele, a presidente Dilma Rousseff pediu para que ele comunicasse formalmente o PT paulistano de que continuaria à frente do Ministério e que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recomendou que ele não deixasse sua pasta num curto prazo para disputar a eleição. "A presidente Dilma Rousseff pediu para que eu ficasse no governo porque considerava meu trabalho de excelente qualidade e que eu teria muito apoio neste ano que vai começar", relatou.

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Ao avaliar pesquisa Datafolha, divulgada hoje e que aponta a senadora Marta Suplicy (PT-SP) na liderança das intenções de voto, Mercadante relativizou o peso do levantamento. "A pesquisa é um ponto importante, mas a sensibilidade do presidente Lula, a visão dele, a longa experiência de disputa de eleição, é uma coisa que a nossa militância respeita muito", afirmou o ministro, sem deixar claro quem pretende apoiar dentro do partido.

Hoje disputam a indicação da sigla, além de Marta, o ministro da Educação, Fernando Haddad; os deputados federais Jilmar Tatto e Carlos Zarattini e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). "Tendo o presidente Lula e a presidente Dilma (apoiando), o PT tem todas as condições de vencer a eleição em São Paulo", avaliou.

Mercadante deixou claro que seu papel neste momento será trabalhar para construir a união dentro do PT. "Se for possível ter a candidatura única será excelente, mas se eventualmente tivermos prévias, meu papel será buscar a unidade do partido", afirmou. Caso não haja um consenso em torno de um candidato, a primeira prévia deve ser realizada no dia 27 de novembro e, em caso de segundo turno, a data agendada é 11 de dezembro.

O ministro ressaltou que mais importante do que a definição em torno do nome do candidato será o partido se esforçar para ampliar seu leque de alianças e buscar tradicionais aliados como o PR, PSB, PDT, PRB, PCdoB e até o PMDB, que já tem seu pré-candidato, o deputado federal Gabriel Chalita. Ele também disse acreditar que eleição de 2012 na capital paulista será pautada pela questão da mobilidade urbana e da saúde. "Minha contribuição será pensar um pouco nessas sugestões", disse.

Pesquisa Vox Populi sobre a corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo em 2012 coloca o ministro da Educação, Fernando Haddad, com 3% de intenção de voto, no cenário mais favorável ao petista, no qual o candidato do PSDB é o senador Aloysio Nunes Ferreira - o tucano aparece com 6%. Encomendada pela Força Sindical, a pesquisa entrevistou 1.000 pessoas e foi realizada entre 9 e 13 de julho. A margem de erro é de 3,1 pontos porcentuais.

Incentivado pelo ex-presidente Lula para aumentar a inserção petista junto à classe média paulistana, Haddad tem o melhor desempenho na zona oeste, onde 7% disseram que votariam nele. A região é a formada por bairros com alta renda e escolaridade.

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No cenário em que o nome do PSDB é o do ex-governador José Serra, Haddad tem 2% das intenções de voto. Serra lidera com 26%. Em terceiro, está o deputado Celso Russomanno (14%), do PP, seguido do vereador Netinho de Paula (8%), do PC do B. Depois estão o presidente da Força, o deputado Paulinho (7%), do PDT, e Soninha Francine (5%), do PPS. Neste cenário, Haddad está empatado com o deputado Gabriel Chalita (PMDB) e na frente do secretário municipal de Meio Ambiente, Eduardo Jorge (PV), e do vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD), ambos com 1% - os dois são opções do prefeito Gilberto Kassab para a sua sucessão.

Embora apresente a maior rejeição entre todos os nomes colocados (18%), a senadora Marta Suplicy (PT) lidera os cinco cenários em que é citada como candidata. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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