Tópicos | Eleições 2012

Por Juliana Gomes 

Após a divulgação oficial feita pelo Tribunal Regional Eleitoral, na noite deste domingo (28), o prefeito eleito com mais de 438 mil votos para a prefeitura de Belém, Zenaldo Coutinho do PSDB, agradeceu a todos que o apoiaram nas eleições.

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Na festa da vitória, Zenaldo estave acompanhado de sua vice, Karla Martins, o Governador do Estado Simão Jatene, o candidato eleito no primeiro turno das eleições em Ananindeua, Manoel Pioneiro e o senador Flexa Ribeiro. No local eles foram recebidos com muita festa por correligionários. "'Estou muito feliz com esse resultado, que só mostra que as pesquisas divulgadas estão corretas. Agora teremos um extraordinário desafio de superar e vencer os principais problemas de Belém. Saúde, saneamento e segurança serão prioridades", disse o novo prefeito.

O governador Simão Jatene também falou sobre a nova cara da cidade. "Juntos vamos preparar Belém para os seus 400 anos, resolvendo os principais problemas. Com essa aliança vamos construir uma Belém melhor para se viver", comentou.

O prefeito eleito agradeceu os apoios partidários que recebeu, e concluiu que contará com apoio da sociedade em seus projetos. 

Por Juliana Gomes

 

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O serviço 0800 montado pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para receber denúncias de crimes, corrupção e fraudes eleitorais no Pará, funcionou até às 17h deste domingo (28).  O Comitê de Combate à Corrupção recebeu 269 denúncias de compra de voto, sendo 63 já encaminhadas para a Polícia Federal e Ministério Público Federal para investigação. O valor pago variou de R$ 50,00 a R$ 300,00, em média.

A coordenadora da CNBB, Irmã Henriqueta, considerou o número de denúncias elevado e ao mesmo tempo “péssimo” para a democracia. "Essa campanha foi de última qualidade. A maior configuração de compra de votos. A população está indignada com a prática criminosa", destacou.

Irmã Henriqueta destacou, dentre os casos mais graves, uma denúncia no bairro do Satélite, onde os eleitores, ao votarem no candidato indicado pelo “contratante”, deveriam arranjar um meio de fotografar seu voto na urna eletrônica para, em troca, receber R$ 90,00.

Segundo a irmã, a maioria das denúncias foi de compra direta de votos, com pagamento em dinheiro, diferente do primeiro turno, quando foi comum a doação de cestas básicas. Ela revelou que as ofertas estavam acontecendo até os últimos minutos da votação.

De acordo com o Comitê, o 2° turno foi marcado pela compra de votos."Voto não tem preço, tem consequências. Quem se submete à compra de votos tem 90% de certeza de que não vai fazer uma boa administração porque já está demonstrando que não tem caráter, nem responsabilidade. A compra de voto é a insegurança do candidato que sabe que não tem proposta para ganhar", reforçou.

A expectativa é que a PF e o MPF consigam consolidar as denúncias para que os responsáveis pela compra do voto sejam responsabilizados criminalmente.

Os cem candidatos que disputaram o segundo turno das eleições para prefeito, realizada neste domingo (28), em 17 capitais do país, tem até o próximo dia 27 de novembro para a prestação de contas finais. O candidato que não apresentar as contas eleitorais não poderá obter a certidão de quitação eleitoral, e consequentemente, ficará impedido de obter o registro de candidatura para a próxima eleição por não estar quite com a Justiça Eleitoral. 

Os candidatos que participaram somente do primeiro turno devem apresentar as contas até o dia 6 de novembro. Além das contas de quem disputou no pelito municipal e comitês financeiros, a Justiça Eleitoral espera, referente ao segundo turno, a entrega das prestações de contas dos diretórios partidários (municipais, estaduais e nacionais). 

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No  último 11 de outubro, a Justiça Eleitoral liberou a atualização do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE), cadastro em sua versão 1.07. Pela primeira vez, o sistema de prestação de contas possibilita a entrega do arquivo eletrônico de contas final dos candidatos, partidos e comitês financeiros pela internet. 

O envio das prestações de contas finais pela internet não isenta candidatos, partidos e comitês da obrigatoriedade de entrega dessas prestações, com todos os seus demonstrativos e peças na forma impressa, à Justiça Eleitoral.

 

 

Por Hana Dourado 

Após o fim das apurações e a confirmação da vitória para o cargo de prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT) concedeu uma entrevista coletiva no diretório do partido na noite deste domingo (28) para falar sobre os projetos a serem implantados nos próximos quatro anos de gestão.

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Em seu primeiro pronunciamento oficial, Carlos Eduardo agradeceu o apoio da população e afirmou que irá agilizar o processo de recuperação da cidade. “Não vamos assumir a Prefeitura olhando pelo retrovisor. Natal está cansada de saber o que se passou nestes quatro anos, o que foi irregular vamos mandar para os órgãos competentes apurarem. Toda nossa força será voltada para resolver os problemas”, antecipou o Carlos Eduardo.

O prefeito eleito disse ainda que irá priorizar nos primeiros 200 dias de gestão a recuperação dos serviços essenciais da cidade. “A nossa prioridade nos primeiros 200 dias é limpar a cidade, recuperar a malha viária e simultaneamente priorizar a saúde e garantir o início do ano letivo sem maiores transtornos”, garantiu.

A partir desta segunda, 29, o pedetista irá trabalhar na equipe de transição. Os nomes serão anunciados nesta terça-feira (30).

A atual prefeita da capital, Micarla de Sousa, emitiu uma nota oficial após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio Grande do Norte encerrar oficialmente a apuração dos votos.  A prefeita cumprimentou o novo prefeito e desejou um governo “sem ódio”. 

Carlos Eduardo ganhou a disputa do 2º turno em Natal após vencer o deputado estadual Hermano Morais. O novo prefeito da cidade conquistou 58,31% dos votos válidos, o equivalente a 214.687 votos. Após a oficialização da conquista do pleito, o candidato promoveu uma carreata com trio elétrico pelas ruas da cidade.

Fernando Haddad, prefeito eleito de São Paulo, agradeceu neste domingo (29) à noite o apoio do ex-líder brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e da atual presidente da República Dilma Rousseff. O petista venceu o segundo turno das eleições municipais com 56% dos votos. O petista administrará a maior e mais rica cidade do Brasil, com orçamento estimado de aproximadamente R$ 42 bilhões para 2013.

“Agradeço ao presidente Lula (ex-presidente) do fundo do coração, pela confiança, pelo orientação e apoio”, disse em discurso na festa da vitória. Haddad também agradeceu o apoio da presidente Dilma Rousseff, que participou de atividades de campanha em petista. 

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O ex-presidente e principal fiador da candidatura de Haddad, não compareceu a festa da vitória do prefeito eleito de São Paulo para não 'ofuscá-lo'.

Confira a reportagem.

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O resultado das eleições municipais será comentado pelo governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos (PSB), na tarde desta segunda-feira (29), em entrevista coletiva, no Salão de Evento da Sede Provisória do Governo, localizado no Centro de Convenções, em Olinda. 

O partido do governador está entre os quais mais elegeu prefeitos em todo o país, 442. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas eleições deste ano, o PT e o PSB foram as legendas que mais ampliaram o número de prefeituras conquistadas, bem como o contingente de eleitores a governar em comparação ao pleito de 2008. 

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À noite, o governador entrega o espaço do Expresso Cidadão do Pina, na zona Sul do Recife e participa da inauguração do Shopping RioMar, na mesma região. Também estarão na inauguração do centro comercial, o prefeito do Recife, João da Costa e o prefeito eleito da cidade, Geraldo Julio. 

O fim do período eleitoral sugere diversas obviedades, as quais já estavam postas desde o fim da eleição de 2010. Obviedade é aquilo que sabemos quando a identificamos. Deste modo, talvez muitos analistas e políticos não tivessem identificado o óbvio após o fim das eleições de 2010. Entretanto, após o período eleitoral de 2012, o óbvio se tornou nítido.

Desde 2010 era fato que PT e PSB não poderiam ocupar o mesmo lugar no espaço político. Certamente, variados atores que desenvolviam as suas análises com a visão restrita ao Sudeste se enganaram, pois não considerou que o governador Eduardo Campos, após ser reeleito em 2010, mostraria o seu desejo de ser candidato à presidente da República em 2014.

Os gestos de Eduardo Campos em Pernambuco sinalizavam para a ruptura eleitoral com o PT. E assim ocorreu. O governador de Pernambuco venceu a disputa eleitoral em Recife na eleição de 2012. Não se devem desprezar também os gestos do governador. Desde 2011, Eduardo Campos obtém espaços estratégicos na imprensa nacional e sugere agendas, as quais têm como objetivo a conquista do eleitor. Portanto, não é novidade o que hoje estão dizendo: Eduardo Campos pode ser candidato à presidente em 2014.

Hoje o PSB tem pressa para lançar candidato à presidente em virtude do sucesso eleitoral de Haddad em São Paulo. Se Haddad for um bom prefeito, ele tem condições de ser o candidato do PT em 2018. E se Dilma não for reeleita em 2014? Ele continua em condições de ser candidato à presidente em 2018. Ressalto que a maior vitória de Lula nesta eleição não foi o sucesso eleitoral de Haddad. A maior vitória do ex-presidente foi ele ter descoberto Haddad.

Recomendo que a análise sobre as consequências da eleição de 2012 não se resumam ao raciocínio quantitativo. É importante, claro, considerar quais partidos elegeram mais prefeitos. Existe associação e talvez causalidade entre número de prefeitos eleitos e eleições para deputados, governadores e presidentes. Porém, a análise deve ser ampliada, pois desta forma é possível prognosticar 2014.

O que me chama a atenção após o processo eleitoral municipal são os novos atores que surgiram e o desempenho dos que já existiam, quais sejam: Marcelo Freixo (PSOL), Haddad (PT), Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB). Estes atores, além de Marina Silva, ditarão o ritmo da competição presidencial de 2014.

Se Marcelo Freixo, Dilma, Eduardo Campos e Aécio Neves forem candidatos à presidente em 2014, é possível que a eleição finde apenas no segundo turno. Se assim ocorrer, crescem as chances de sucesso eleitoral de Eduardo ou Aécio. Se Dilma vier a perder a eleição, Haddad será alçado como a nova liderança nacional do PT e disputará contra PSB ou PSDB a reconquista da presidência da República.   

O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, concedeu entrevista na manhã desta segunda-feira (29), a uma emissora de rádio local. Na ocasião Campos falou sobre o crescimento do seu partido no país e pautas de importância nacional que tramitam no Congresso. 

Ao ser questionado sobre o seu posicionamento em relação ao PSB chegar como renovador nas eleições deste ano, o governador afirmou que está com o pé no chão. “Estou com a cabeça no lugar, nosso partido foi o que mais elegeu com 442 prefeitos no Brasil. Temos a terceira posição, a primeira é do PT, a segunda do PSB. É hora de deixarmos a eleição de lado e pensar no Brasil. O mundo vive uma crise e precisamos proteger o país", disse o governador.

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Em relação aos temas de maior relevância, o governador citou os problemas que a região Nordeste e o Brasil enfrentam. “Aqui em Pernambuco tivemos uma seca como há muito tempo não se via. Tenho andado pelo sertão e visto isso de perto. Temos no Congresso Nacional matérias importantíssimas para serem votadas como a do Marco Regulatório do Petróleo. Não queremos tirar nenhuma receita de outro estado, queremos apenas igualdade na distribuição dos royalties. No setor elétrico, a tentativa de reduzir a conta de energia para os mais pobres”, frisou. 

O governador disse estar empenhado em ajudar a presidenta Dilma e os prefeitos eleitos nos estados e desconversou sobre seu futuro político. “Precisamos buscar o bom senso brasileiro para dar condicões aos que se elegeram de cumprir suas promessas, é preciso ter calma e paciência, tem muito tempo até 2014, ate lá precisamos trabalhar”, avaliou. 

PT e Eduardo Campos 

Sobre uma possível agenda para conversarem sobre parcerias entre o governador e o Partido dos Trabalhadores, já que houveram disputas acirradas e trocas de farpas, em muitos estados, durante as eleições, inclusive em Pernambuco, Campos amenizou. “Já encontrei com diversos companheiros e amigos do PT, mas não temos nenhuma agenda, mas é preciso olhar pra frente. “A vida me ensinou a ser assim, olhar o que as pessoas tem de bom e unir as pessoas, na vida e na política”. O governador confirmou que terá um encontro com ex-presidente Lula esta semana. 

Após o resultado das eleições municipais, os 14 partidos que apoiaram a candidatura do prefeito eleito do Recife, Geraldo Julio (PSB), se reúnem nesta segunda-feira (29), durante um almoço em um restaurante no Cabanga Iate Clube, localizado no bairro do Cabanga, área central da cidade. 

O encontro será o primeiro entre o prefeito eleito e as lideranças partidárias da Frente Popular do Recife. Na ocasião, Geraldo fará seus agradecimentos pessoais às lideranças partidárias que o ajudaram a se eleger. 

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Neste momento ainda não serão discutidos nomes para ocupação das secretarias municipais.  

Com Mauro Mendes, que alcançou 54,65% dos votos, o PSB foi o partido vitorioso em Cuiabá. Ele bateu Lúdio Cabral, do PT, que teve 45,35%. O comparecimento foi de 81,21%.

Um mesário foi dispensado pela juíza da 1.ª Zona Eleitoral, Gleide Bispo dos Santos, por fazer boca de urna para Mendes. Ele foi flagrado pelos fiscais do PT e denunciado por eleitores no Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT). "Ele dizia à população: ‘Vote consciente, vote 40’", relatou depois um dos fiscais petistas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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Radialista, advogado e deputado estadual, o corumbaense de 47 anos Alcides Jesus Peralta Bernal (PP) é o novo prefeito de Campo Grande (MS). Ele rompeu a corrente peemedebista que havia 20 anos ocupava a prefeitura da capital. Bernal obteve 62,55% dos votos ante 37,45% de Edson Giroto (PMDB), apoiado pelo governador do Estado, André Puccinelli. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Concluído o segundo turno, o mundo político começa a avaliar o resultado das urnas para tentar entender o recado que o eleitor procurou enviar nesta eleição. Experientes parlamentares identificam, neste primeiro momento, a existência de um movimento por renovação. A vitória de um iniciante em disputa eleitoral na maior cidade do País seria o principal exemplo a se encaixar nesta avaliação, embora não se possa desprezar o peso do governo e a estratégia montada pelo ex-presidente Lula para eleger Fernando Haddad em São Paulo.

Setores políticos avaliam que há um cansaço do eleitor com práticas políticas antigas. Um nome novo na disputa, seguindo esse mesmo entendimento, dá a impressão para o eleitor de que se trata de uma renovação, o que nem sempre acontece.

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"É preciso prestar atenção aos resultados. Há uma mudança de rumo. Nós temos de entender esse movimento", avalia o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele considera que o eleitor estava buscando mais atenção e cuidado com os problemas da cidade do que qualquer outra demanda. "Essa eleição vai mudar a perspectiva de entendimento do cenário eleitoral", afirma Cunha.

Setores do PT consideram que Lula percebeu antecipadamente a necessidade dessa renovação ao construir candidatos novos, estreantes eleitoralmente, porém sem rejeição a seus nomes. A frase memorável do ex-presidente nesta eleição resume bem esse entendimento: "De poste em poste, vamos iluminar o Brasil inteiro". Na linguagem política, poste é o candidato sem experiência e sem expressão própria, alçado à disputa pela força política de seu padrinho.

Outro indicador contribui para identificar o movimento do eleitor. Após o resultado em primeiro turno, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) constatou no estudo de acompanhamento que a entidade faz nas disputas eleitorais que o índice de reeleição de prefeitos foi o mais baixo desde, 2000, quando a legislação permitiu aos gestores o direito de concorrer a mais um mandato.

O resultado surpreendeu dirigentes da própria entidade que acreditavam na reeleição de 66% do total dos candidatos. Nesta eleição, 74,8% dos 3.659 prefeitos com direito a concorrer à reeleição, entraram na disputa. No entanto, dos 2.736 candidatos à reeleição, 1.505, ou 55%, saíram vitoriosos das urnas. O levantamento da CNM mostra ainda que, em 2008, 65,9% dos prefeitos que tentaram o segundo mandato foram reeleitos. Em 2004 e em 2000, esse número foi o mesmo: 58,2%.

 

Numa derrota para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado estadual Roberto Cláudio, do PSB, foi eleito prefeito de Fortaleza com 53,02% dos votos. É a primeira vez em 24 anos que o prefeito e o governador serão do mesmo partido, a partir de janeiro de 2013.

A eleição do candidato do PSB representa uma vitória do clã dos Ferreira Gomes, que em junho rompeu com o PT e lançou Roberto Cláudio na disputa contra o petista Elmano de Freitas. Significa ainda uma derrota de Lula, que cedeu aos apelos da prefeita Luizianne Lins (PT) e foi a Fortaleza fazer campanha para Elmano.

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O envolvimento do ex-presidente em Fortaleza azedou de vez as relações do ex-ministro Ciro Gomes com Lula. Sem esconder a mágoa com o antigo chefe, Ciro afirmou neste domingo (28) que o ex-presidente foi "muito incorreto" com ele na eleição de Fortaleza. "A forma como ele fez tudo, o descuido, foi incorreção comigo." Apesar da decepção com Lula, o governador do Ceará, Cid Gomes, garantiu que o PSB vai manter a aliança nacional com o PT. Além de Fortaleza, os dois partidos se dividiram nas eleições de Belo Horizonte, Campinas e Recife. Cid defendeu que o PSB mantenha o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014, mesmo depois do crescimento do partido e do fortalecimento do governador de Pernambuco e presidente da sigla, Eduardo Campos.

"Nacionalmente não enxergo nenhum problema. Se a presidente Dilma, que está fazendo um grande governo, reconhecido pela população, for candidata à reeleição, nós estaremos com ela", afirmou. Ao contrário de Lula, Dilma não foi pedir votos para o candidato petista.

Com a vitória do médico sanitarista Roberto Cláudio, o grupo de Cid Gomes saiu fortalecido para eleger seu sucessor no governo do Ceará. Um dos postulantes é o senador Eunício Oliveira, do PMDB, que indicou o vice da chapa do socialista. Já a prefeita Luizianne Lins ficou enfraquecida com a derrota de seu afilhado político. Ela tem pretensões de disputar o governo do Estado daqui a dois anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo


O deputado estadual Luciano Cartaxo (PT) foi eleito prefeito de João Pessoa com 246.581 votos (68,13%). O adversário Cícero Lucena (PSDB) obteve 115.369 votos (31,87%). Cartaxo foi o candidato proporcionalmente mais votado das capitais. Ele liderou toda a disputa na capital paraibana e confirmou o resultado da última pesquisa do Ibope, que lhe deu 72% das intenções de voto. Cartaxo contou com apoio do atual prefeito de João Pessoa, Luciano Agra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

A eleição do deputado Antonio Carlos Magalhães Neto para a prefeitura de Salvador, neste domingo (28), significou não só uma sobrevida para seu partido, o DEM, mas uma derrota tripla do PT: da própria presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador Jaques Wagner (PT), que, pessoalmente, jogaram tudo o que podiam para ajudar o petista Nelson Pelegrino. Wagner usou tanto a máquina do governo do Estado em favor de Pelegrino que a Justiça chegou a proibir a veiculação de propagandas de suas obras em Salvador. Numa última tentativa de dar a mão ao aliado, Wagner chegou a tirar a Bahia do horário de verão, mudança de horário muito impopular entre a população baiana.

Com a eleição de ACM Neto, com 53,5% dos votos, a oposição passa a governar o terceiro maior colégio eleitoral do País (1.881.544 eleitores), e o DEM fica muito maior do que entrou.

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"Sofremos o maior ataque da história recente dos partidos, ataque esse liderado por Gilberto Kassab. Tudo isso com o apoio do governo e do PT. E não nos destruíram", comemorou o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN). "A importância da minha eleição não é para o DEM, é para Salvador - a terceira maior cidade do Brasil e a maior do Nordeste. Então, o resultado tem peso nacional", disse ACM Neto.

A vitória do neto do ex-senador Antonio Carlos Magalhães representa também o ressurgimento do carlismo, mas um pouco diferente, visto que ele não é partidário da chamada "política do chicote", adotada pelo ancestral. Mas a prefeitura vai projetá-lo para projetos futuros, como candidaturas a governador e até a presidente pela oposição.

Em entrevista após o anúncio do resultado, ACM Neto disse que vai procurar uma relação harmoniosa com o governo federal e com o governo estadual. "Vou procurar o governador e dizer que o prefeito eleito de Salvador saiu do palanque. Quero uma parceria de trabalho construtivo. Falei com o vice-presidente Michel Temer para que ele seja porta-voz da prefeitura de Salvador. Vou me reunir com ele na próxima semana."

Nelson Pelegrino, que começou a campanha muito atrás de ACM Neto, chegou a equilibrar a disputa. Para ele, suas maiores dificuldades foram duas greves de mais de cem dias deflagradas pela Polícia Militar e pelos professores estaduais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Luciano Rezende, do PPS, foi eleito para a prefeitura de Vitória (ES) com 52,73% dos votos ante 42,27% de Luiz Paulo (PSDB). A apuração registrou ainda 2,53% de votos em branco e 4,01% de votos nulos. O comparecimento registrado pelo Tribunal Superior Eleitoral foi de 78,62%, com 200.758 eleitores indo às urnas. A abstenção foi de 21,37%, equivalentes a 54.609 eleitores.

A eleição de Rezende garante ao PPS sua única prefeitura entre as capitais. O resultado também interrompe uma sequência de 24 anos de gestões alternadas do PT e do PSDB, iniciada com o petista Victor Buaiz em 1989.

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A candidata do PT neste ano era Iriny Lopes, ex-ministra da Secretaria de Políticas das Mulheres. Apoiada pelo atual prefeito, o também petista João Coser, ela recebeu 18,42% dos votos e ficou de fora do 2.º turno.

Apoiado pelo governador Renato Casagrande (PSB), o novo prefeito derrotou um antigo aliado. Rezende foi secretário de Saúde durante o mandato de Luiz Paulo, que governou Vitória entre 1997 e 2004. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O deputado estadual Donisete Braga (PT) derrotou neste domingo (28) a colega de Assembleia Legislativa Vanessa Damo (PMDB) em Mauá, no Grande ABC. A vantagem do petista foi de 30 mil votos: recebeu 120 mil (57,14%), enquanto a peemedebista teve 90 mil (42,86%). Braga disse estar "honrado" com a vitória e afirmou que será "o prefeito de todos, de quem votou e de quem não votou" nele. O petista dará continuidade à gestão de Osvaldo Dias (PT), um tradicional adversário do ex-prefeito Leonel Damo, pai de Vanessa.

Braga tinha começado o pleito atrás da rival, mas conseguiu virar o 1º turno à frente, depois de fazer comícios com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Vanessa recebeu o apoio formal do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do vice-presidente Michel Temer (PMDB). Em nota, ela agradeceu pelos votos recebidos. E, depois de protagonizar com Braga uma campanha difamatória, na base da panfletagem apócrifa, disse desejar que ele "faça uma boa gestão e um governo com justiça e igualdade". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O deputado federal Jonas Donizette (PSB) foi eleito prefeito de Campinas - a terceira maior cidade paulista - com 57,69% dos votos (315.484). O adversário, Márcio Pochmann (PT), indicado pessoalmente pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve 42,31% (231.420 votos).

Seu desafio será administrar uma dívida de R$ 1,2 bilhão, colocar em dia serviços e obras e pôr fim à crise administrativa turbinada por denúncias de corrupção que terminaram com dois prefeitos cassados em 2011 - Hélio de Oliveira Santos (PDT) e Demétrio Villagra (PT). "A primeira tarefa é resgatar a credibilidade da política. Vamos fazer um governo austero", afirmou Jonas.

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Do ponto de vista político, a prefeitura de Campinas, que tem o terceiro maior orçamento do Estado (R$ 3,2 bilhões), vai virar vitrine para o PSB.

Já o PT considera que, mesmo perdendo, o desempenho de Pochmann foi um sucesso. "Não me sinto derrotado. Começamos a campanha com 1%. E hoje superamos os 40%. Estamos fortalecidos", disse ele.

Taubaté

Em Taubaté, Ortiz Júnior (PSDB) foi eleito com 62,92% dos votos. Apoiado pelo governador Geraldo Alckmin, ele é filho do presidente afastado da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), José Bernardo Ortiz, e vai governar a cidade com maioria na Câmara - 11 dos 19 vereadores eleitos são da bancada tucana. Mesmo tendo Lula como cabo eleitoral, o petista Isaac do Carmo ficou com 37,08% dos votos.

Sorocaba

Em Sorocaba, venceu Antonio Carlos Pannunzio (PSDB), de 69 anos. De volta à prefeitura após 20 anos - já havia governado de 1989 a 1992 -, o tucano derrotou o candidato do PMDB, Renato Amary, por apenas 6.609 votos (51,04% a 48,96%).

Com isso, Sorocaba virou um dos principais redutos tucanos no Estado. Com 593,7 mil habitantes e R$ 1,8 bilhão de orçamento em 2013, é administrada pelo PSDB desde 1997 - o adversário de Pannunzio foi prefeito por oito anos quando ainda estava no partido, que ele trocou depois pelo PMDB.

Ribeirão Preto e Franca

Em Ribeirão Preto, a prefeita Dárcy Vera (PSD), de 45 anos, foi reeleita com diferença menor que a esperada. Venceu com 155.265 votos (51,97%). Duarte Nogueira Júnior (PSDB) obteve 143.516 votos (48,03%). Já Alexandre Ferreira (PSDB) foi eleito prefeito de Franca, com 95.267 votos (57,98%). Bateu Graciela de Lourdes David Ambrósio (PP), que teve 69.054 votos (42,02%).

Jundiaí

O engenheiro Pedro Bigardi (PC do B), de 52 anos, foi eleito prefeito de Jundiaí com 65,57% dos votos, ante 34,43% de Luiz Fernando Machado (PSDB). Aliado do PT, sua vitória põe fim a 20 anos de hegemonia do PSDB na prefeitura da cidade, que tem 257 mil eleitores.

A maior derrota é do atual prefeito, Miguel Haddad (PSDB), que, no 3º mandato, desistiu da disputa. Bigardi quase venceu no 1º turno - terminou com 49,9% dos votos válidos. No 2º, teve apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fez comício na cidade há uma semana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo


Aliado de última hora do Planalto, o advogado Gustavo Fruet (PDT) é o novo prefeito de Curitiba, com 60,65% dos votos, após superar Ratinho Júnior (PSC), que obteve 39,35%. A vitória do ex-tucano, que deixou o PSDB por divergência com o grupo do governador Beto Richa, é o grande trunfo da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para a disputa pelo governo do Paraná em 2014.

A aliança dos petistas com o PDT de Fruet foi costurada por Gleisi e pelo marido, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Na manhã deste domingo (28), a ministra observou que essa parceria começou na eleição de 2010, quando o PT apoiou Osmar Dias (PDT) para o governo estadual. A meta do grupo, agora, é manter a aliança para a disputa de 2014.

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"Agora, é trabalhar pela aproximação", disse Fruet ao chegar acompanhado de Gleisi e Paulo Bernardo para votar em uma faculdade privada da cidade.

Do total de 1,1 milhão de eleitores, Fruet foi escolhido por 597 mil, enquanto o adversário teve a preferência de 387 mil. Os votos brancos totalizaram 25 mil e os nulos, 44 mil. O candidato vencedor avaliou como "maldosos", "criminosos" e "covardes" os ataques dos adversários no 1.º e no 2.º turnos, que tentaram associá-los aos envolvidos no escândalo do mensalão.

Derrotado, Ratinho Júnior diz ter sido vítima de "preconceito" por não pertencer a uma família tradicional da cidade. "Sofri muito com o conservadorismo de Curitiba, pelo apelido que tenho e por não pertencer à família tradicional", afirmou o filho do apresentador do SBT Ratinho.

Richa

O governador Beto Richa minimizou a derrota em Curitiba, seu principal reduto eleitoral, uma situação incômoda em uma disputa considerada como prévia das próximas eleições.

Richa, porém, mostrou fôlego inesperado na abertura das urnas em outras três grandes cidades do Estado, onde aliados venceram petistas em disputas voto a voto - Marcelo Rangel (PPS) ganhou de Péricles (PT) em Ponta Grossa com 50,48% dos votos. Outras vitórias foram de Edgard Bueno (PDT), que derrotou Professor Lemos (PT) em Cascavel, e de Pupin (PP), vencedor em Maringá contra Enio Verri (PT).

Em Londrina, Alexandre Kireeff (PSD), que contou com apoio do PT no 2.º turno, venceu Marcelo Belinati (PP), outro aliado de Richa, em disputa com diferença de menos de 3 mil votos: 50,53% a 49,47% dos votos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo


Encerrado o 2.º turno das eleições municipais, a presidente Dilma Rousseff (PT), o vice Michel Temer (PMDB), o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) descem dos palanques e se movimentam para tirar o melhor proveito dos resultados das urnas. No horizonte de cada um, por menos que admitam, está a sucessão presidencial de 2014.

Dilma quer apagar ressentimentos provocados pelas disputas entre partidos da base, diante da hipótese concreta de uma candidatura de Eduardo Campos à Presidência, que poderia dividir os aliados. A presidente também está preocupada em desatar alguns nós do Congresso, para cumprir promessas como a redução nas contas de luz. A medida provisória que trata do tema recebeu 400 emendas de parlamentares e virou uma dor de cabeça para o Ministério de Minas e Energia.

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Antecipada a discussão sobre seus possíveis concorrentes em 2014, Dilma tenta desfazer a imagem de inoperância em áreas cruciais, em especial a infraestrutura, prato cheio para os presidenciáveis. Com os prazos apertados para a Copa e para a Olimpíada, o governo corre para lançar o novo modelo de concessão de portos e aeroportos, empurrado para depois do 2.º turno.

Apesar da redução do número de prefeituras do PSDB entre 2008 e 2012, o tucano Aécio Neves se fortaleceu internamente com a derrota de José Serra e aprofundou a aliança com Eduardo Campos. Aécio endureceu o discurso contra Dilma e o governo, o que deve se manter depois da eleição. O senador tucano pega carona no discurso do "novo", que funcionou na capital paulista com Fernando Haddad, e comemora que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tenha falado ontem em "renovação" do PSDB. O mesmo discurso tem sido feito pelo prefeito eleito de Manaus, o ex-senador tucano Artur Virgílio.

Para os peemedebistas, passadas as eleições, dois assuntos são prioridade: a garantia do PMDB nas presidências da Câmara e do Senado e ministérios mais relevantes no governo Dilma.

Os dirigentes dos partidos de oposição afirmaram que jamais na história do País houve uma carga tão forte do governo a favor dos candidatos do PT como no 2.º turno da eleição. A estratégia do governo, de acordo com os oposicionistas, foi esmagar qualquer oponente. Primeiro, os da oposição conhecida, que envolve PSDB, DEM e PPS. Em seguida, partidos da base que disputam com os petistas, a exemplo do PSB.

Nestas circunstâncias, segundo os partidos de oposição, o Palácio do Planalto e o PT adotaram uma "tática terrorista", ao "bombardear" o eleitor com a informação de que sem o alinhamento automático com o governo federal nenhum novo prefeito conseguiria governar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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