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Ressaltar a beleza feminina independente de estereótipos, esse é o mote da exposição fotográfica Olhe-se: a beleza além do peso. Realizada pelas fotógrafas Leila Leão e Thamires Lima, a mostra fica em cartaz nesta sexta (29) e sábado (30), na Rua 13 de Maio, 99, integrando a programação da Mostra de Moda de Olinda (MoMo).

As fotografias de mulheres em pleno processo de aceitação do próprio corpo, visam quebrar padrões e promover o empoderamento feminino. Após a mostra, as realizadoras pretendem realizar outros encontros de rodas de diálogos com mulheres sobre o tema e outros ensaios fotográficos, além de um espaço interativo no facebook para que as participantes possam compartilhar experiências.

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Serviço

Exposição Olhe-se: a beleza além do peso

Sexta (29) e sábado (30) | 16h às 22h

Espaço Dois (Rua 13 de maio, 99 - Olinda)

Gratuito

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Desde 2013, Tereza Nogueira afirma, em tom bem humorado, que leva “uma vida dupla” dividida entre a profissão de delegada, atuando na Delegacia da Mulher, e a carreira artística como cantora e compositora. Acabou que uma coisa influenciou a outra e trouxe influências nas composições, que ganharam temas voltados aos relacionamentos amorosos da vida real e ao empoderamento feminino.

A mudança de estilo trouxe também uma nova roupagem. “Meu novo trabalho tem uma linguagem mais simples, próxima do público e da realidade, mostrando relações reais, sem muito romantismo e encantamento” além de ressaltar “essa questão do empoderamento das mulheres, pois a mulherada hoje está numa outra vibe e a música traduz isso”, explica Tereza. 

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A razão da mudança, segundo ela, foi a vivência com várias mulheres depois de estar à frente da delegacia e assumir o combate à violência doméstica como uma bandeira e fonte de inspiração. “Muitas vezes você meio que vira uma psicóloga da família e dos casais, escuto relatos comuns da vida das pessoas e das relações conjugais, e isso foi me inspirando a escrever”, afirma. 

Ela conta que a rotina é difícil, tendo que se dividir entre a polícia, os palcos e o filho pequeno, mas que uma atividade complementa a outra e ajuda a melhorar o desempenho das duas funções. “Sou delegada de dia e cantora à noite quando não estou de plantão na delegacia. A cantora dá mais leveza para a delegada lidar com os casos no dia a dia”, conta Tereza.

No momento, Tereza grava o clipe da sua música “A delegada tá chegando”, que fala da tentativa de um homem que está traindo a esposa em uma festa sair dali antes que “a delegada o pegue em flagrante”. O clipe, segundo a cantora, deve ficar pronto ainda em setembro e o retorno aos palcos deverá ser em outubro, com shows no Recife e no interior de Pernambuco. Até lá, a músicas da artista podem ser conferidas no SoundCloud, Palco MP3 e Spotify, além da página da cantora.

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A atriz Juliana Paes, aos 38 anos e mãe de dois filhos (Pedro, de 6 anos, e Antônio, de 4), estrela um ensaio fotográfico em que aparece nua. Juliana mostrou o corpo impecável e, em entrevista, posições firmes. Para ela, posar nua vai além de mostrar as curvas. 

No ar atualmente com a personagem Bibi, da novela Força do Querer, Juliana Paes tirou a roupa pela segunda vez neste ensaio, feito para o caderno Ela, do jornal O Globo. Em 2004, ela havia posado para a revista Playboy. Ela contou que na prmeira vez fez pelo dinheiro, mas que, dessa vez, fotografar nua funcionou como uma forma de se posicionar politicamente: "Posar nua é um ato político. Fiz essas fotos para um jornal feminino, para outras mulheres. A minha geração titubeava diante da palavra feminismo, isso acabou. Eu acredito na causa, reitero os valores do passado e me orgulho de ver minhas colegas batalhando por nós. Essas fotos dizem que o corpo é meu, ser empoderada é ter coragem". Juliana é embaixadora da ONU Mulheres. 

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Ainda sobre o tema empoderamento, Juliana revelou que, seu exemplo de "Mulherão" é a cantora pop Madonna. A atriz explicou sua escolha: "Ela levantou a bandeira do girl power (poder feminino), exerceu sua sexualidade, a autoridade sobre o próprio corpo, falou sobre o nosso direito de escolha. É muita força". 

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Na Índia, há uma cafeteria que só contrata mulheres que sobreviveram a ataques com ácido. O Sheroes Hangout, que em tradução para o português quer dizer 'Ponto de Encontro de Heroínas', surgiu há dois anos no país e tem unidades nas cidades indianas de Agra, Lucknow e Udaipur. 

De acordo com o Ministério do Interior da Índia, mais de 500 mulheres foram atacadas com o químico em 2015. A problemática cresceu em números a cada ano. Em 2014, foram 349 mulheres atacadas com ácido. Apesar do levantamento divulgado, os dados podem não corresponder ao número real de mulheres vítimas do produto, já que parte delas não denunciam seus agressores a polícia.

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O café surgiu com o intuito empoderar as vítimas e conscientizar a população local sobre a importância de combater esse crime. O intuito do estabelecimento é que as mulheres não se escodam da sociedade por causa das consequências do ataque, mas que se inspirem umas nas outras para recuparar suas vidas. 

Um vídeo que é passado no café também conscientiza clientes a não discriminar essas pessoas pela aparência e denunciar casos semelhantes às autoridades. No cardápio, apenas comidas típicas do norte da Índia, além de pratos da culinária continental. As opções do menu não têm preço e cabe ao cliente escolher o valor a ser pago.

De acordo com a gerência do Sheroes Hangout, os frequentadores costumam ser bondosos em seus pagamentos. Mas, em épocas de crise, o café faz campanhas de financiamento coletivo na Internet para se manter. 

As atrizes Meryl Streep e Robin Wright virão ao Brasil para discutir o empoderamento feminino, em evento promovido pelo Banco Santander, no dia 29 de maio, em São Paulo. As duas irão dar uma palestra fechada para conversar sobre temas como liderança feminina e a posição da mulher no mercado de trabalho nos dias atuais. O evento exibirá também o primeiro episódio da quinta temporada de 'House of Cards', série original do Netflix na qual Robin Wright é uma das protagonistas. 

Ambas  já protagonizaram momentos em que demonstraram um posicionamento emponderado. Wright virou notícia ao exigir receber o mesmo salário de Kevin Spacey, seu parceiro de cena na série do Netflix, já que os personagens dos dois têm a mesma importância.

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Meryl Streep, no último Globo de Ouro, aproveitou sua subida ao palco para fazer um discurso direcionado ao atual presidente dos EUA, Donald Trump. Em sua fala, ela criticou a postura e comentários polêmicos de Trump, alguns inclusive sobre mulheres. "Esse instinto de humilhar, quando vem de alguém com exposição pública, alguém poderoso, acaba permeando a vida de todo mundo, porque dá permissão para que outras pessoas façam o mesmo. Desrespeito convida o desrespeito, violência incita violência. E quando os poderosos usam a posição deles para fazer bullying, todos saem perdendo", disse a atriz em um dos trechos. O presidente respondeu dizendo que Streep é uma das atrizes mais superestimadas de Hollywood, além de chamá-la de "lacaia" de Hillary Clinton.

No último final de semana, no Rio de Janeiro, a cantora Anitta fez um comentário que deu o que falar. Durante show no Villa Mix Festival, a artista fez um discurso empoderador em relação à sua opção de permanecer solteira, ou melhor, sozinha. Para ela, homem nenhum tem que mudar o jeito da mulher e que há muita hipocrisia.

A revelação aconteceu quando a cantora relembrou um fato, que segundo ela, aconteceu quando ela estava ‘pegando’ um rapaz. “Uma vez eu peguei uma cara, que falou assim pra mim: se você fosse minha mulher a primeira coisa que iria mudar é esse rebolar aí na frente dos outros; daí eu respondi, pra me pegar é bom, mas pra ser tua mulher não dá”, falou.

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Para completar, a cantora reforçou: “Hipocrisia é que não dá! Prefiro ficar sozinha do que ser subordinada”, criticou a artista, que ainda disse que os homens pensam que quem faz funk é menosprezado. “Eu prometo que um dia vou fazer o funk carioca ser respeitado nesse País. Porque esse funk nasceu aqui e foi criado aqui e ele merece ser respeitado sim”, disse.

Parte do vídeo foi publicada no Canal do fã clube da cantora. Confira a seguir: 

É comum ouvir as expressões "gordinha", "cheinha" ou "fofinha" quando pessoas querem se referir a uma mulher que está acima do peso idealizado pela sociedade. Definidas socialmente como fora do padrão estético do corpo feminino, muitas mulheres têm passado por um processo de empoderamento, ao se questionarem sobre visibilidade e representatividade dos seus corpos, e preferem ser chamadas de gordas. Desmistificando a ideia de que ter um corpo gordo é sinônimo de tristeza, mulheres têm se tornado protagonistas em romper preconceitos e transformam a pressão social em incentivo para a autoaceitação.

Em uma pesquisa realizada pela revista Marie Claire, intitulada “Por que o mundo odeia as gordas”, estatísticas revelaram que 52% das leitoras acham que é pior engordar 15 quilos do que reduzir o salário em 30%; 37% ficam incomodadas vendo uma mulher gorda comer hambúrguer com batatas fritas e 66% admitiram já ter feito um comentário maldoso ao ver uma mulher gorda usando biquíni. Dados como esses incentivam ainda mais a luta constante das mulheres por mais aceitação e respeito. 

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"Gorda e feliz", é assim que a estudante Daniela Martins, 21, se define. Ela relembra que durante sua adolescência um episódio foi marcante para que ela aceitasse que ser gordo não deve ser sinônimo de depressão. Aos 14 anos, os amigos do colégio decidiram ir à praia e, na época, ela cogitou não comparecer ao passeio por causa do seu corpo. "Era muito difícil usar um biquíni porque todo mundo era magro e eu me achava feia", disse. 

Sete anos depois, Daniela ainda lembra: uma amiga falou que ela ia voltar para o meu habitat natural, referindo-se ao mar. "Eu decidi ir à praia e até hoje uso biquíni porque eu me sinto bem dessa forma. Sempre gosto de rebater comentários preconceituosos e ficar bem porque se eu ficar triste, é muito pior". Seja através da imposição da mídia ou por meio de comentários incovenientes, muitas vezes o esforço para emagrecer é mais pesado que o próprio corpo.

Apesar de não conter nos dicionários tradicionais, o termo gordofobia é utilizado para categorizar a repulsa, o nojo e sentimento de raiva de uma pessoa gorda. No livro 'Erotismo e Mídia' (2002), os autores Francisco Camargo e Tania Hoff explicam que o corpo veiculado nos meios de comunicação não são os corpos de natureza, mas a representação de um ideal estético. Como consequência, algumas pessoas tendem a negar a liberdade das mulheres e homens serem felizes com um corpo gordo.

"As pessoas sempre repetem a mesma coisa. Me mandam fazer uma dieta poque dizem que tenho um rosto lindo, mas um corpo feio. Eu sempre questiono, feio pra quem? Porque eu me sinto bem assim, pra mim ele é lindo e isso basta", contou Daniela. Ela explica que não se sente pior porque está acima do peso e fora do padrão estético. É o que também pensa empresária e ativista Cintia Farias, 23, que diz se apoiar em pensamentos positivos e na autoestima para continuar se amando.

"Dificilmente eu tenho vergonha de usar algum tipo de roupa por causa de comentários alheios. Às vezes eu sofro com isso, mas consigo driblar. Me amo cada dia mais". Para ela, as mulheres cansaram de seguir um padrão imposto e agora buscam, em primeiro lugar, a felicidade. "Eu acho que o movimento feminista está nos salvando cada vez mais, porque nossa causa é falada e nossas referências são outras", afirmou. 

Na contramão do preconceito, mulheres gordas se unem por respeito

Na Internet e nas redes sociais, o panorâma não é diferente. As mulheres se unem no universo online e trocam mensagens, dicas e textos que ajudam no processo de aceitação e empoderamento feminino. No Facebook, a página "Coletivo Gordas Livres", com quase dez mil seguidores, tem o objetivo de debater a desconstrução de estereótipos e distorções sobre a mulher gorda, além de discutir e combater a gordofobia de forma horizontal.

A universitária Daniela Martins também possui uma postura combativa nas redes sociais e diz que não liga para comentários gordofóbicos. "Eu gosto de publicar minhas fotos de biquíni ou mostrar o meu corpo, porque gosto dele e as pessoas podem até opiniar sobre isso, mas eu não vou agir de acordo com a vontade de ninguém". Dona de uma autoestima revigorante, ela diz que o retorno positivos de outras meninas sobre as postagens é gratificante.

Em suas músicas, a funkeira niteroiense MC Carol gosta de falar sobre aceitação de seu corpo e respeito perante as imposições da sociedade. Recentemente, em uma publicação no Facebook, Carol questionou a associação de ser plus size a uma doença, enquanto pessoas magras também sofrem com problemas de saúde e isso é pouco falado.

"Então eu pergunto: será que a saúde está diretamente ligada ao formato do seu corpo? O meu ponto aqui é mostrar que a bandeira que eu levanto é da autoaceitação. Gordas ou magras podemos ter doenças e morrer, podemos trabalhar, podemos nos casar ou não, e ser felizes sem os padrões que a sociedade impõe pra gente. Quero apenas provar que ser gorda não é sinal de depressão, limitação ou qualquer outra coisa negativa", argumentou na postagem. 

Moda Plus Size

Na época da Renascença, por volta dos séculos XV e XVI, grande parte das pinturas retratavam o corpo feminino de forma farta, com seios grandes e pernas largas. Com a chegada da Idade Moderna e a maior valorização da razão e da ciência, o corpo passa a ser retratado de forma mais funcional, com traços magros. No Brasil, durante o início da década de 1970, o corpo excessivamente magro das modelos começou a ditar a moda feminina e ganhou espaço na mídia. 

Constratando com "a medida certa" dos manequins estampados nas lojas, o ramo das modelos plus size está numa crescente no Brasil. Em 2014, Pernambuco sediou o primeiro concurso estadual Miss Brasil Plus Size no Nordeste. Como em um concurso de moda tradicional, jurados avaliaram a performance das modelos nos quesitos charme, elegância, beleza de rosto e corpo, desenvoltura e simpatia.

A vencedora do concurso e 1º Miss Plus Size do Nordeste, a recifense Babi Luz, conta que sempre foi gorda e desde a adolescência desejou participar de eventos de beleza, mas a resposta era sempre a mesma: "emagreça". "Quando apareceu a oportunidade de participar do concurso, a minha cabeça mudou completamente. Eu comecei a me aceitar e ganhei a oportunidade de viver, porque antes eu só existia", explicou.

Para ela, uma das maiores felicidades atreladas à participação no prêmio foi a oportunidade de se sentir sensual com roupas antes não usadas, por vergonha do corpo. "Hoje eu uso vestidos curtos, blusas sem manga e me sinto muito feliz com meu corpo e isso não quer dizer que não estou saudável".  

Em outubro deste ano, a jornalista e blogueira Juliana Romano, 28, foi a primeira plus size a posar para a Playboy Brasil. Ela estampou a revista na seção 'Mulheres que Amamos'. A proposta eram fotos somente de lingerie e uma entrevista sobre o trabalho da blogueira. 

Em sua coluna para o site Brasil Post, Romano chegou a pensar que o convite era uma brincadeira. "Eu fiquei orgulhosa de ter sido a primeira mulher gorda a sair na Playboy do Brasil. Quando chegou um e-mail, eu dei risada porque eu não me vejo - e nunca me vi - como uma mulher sensual e sair assim era impensável para mim". 

Após ser a vencedora do concurso, Babi Luz conta sobre as mudanças na sua vida. Ela agora faz fotos, é agenciada e regularmente recebe convite para participar de eventos de moda. "Hoje eu não sofro, mas entendo que existem pessoas mais sensíveis e se eu puder levantar o astral delas falando sobre meu processo de aceitação, com certeza, eu farei. A gente precisa aprender a amar cada gordurinha que temos".

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Está marcado para o dia 15 de maio, no Recife, um encontro para discutir a aceitação e o empoderamento daqueles que têm cabelos crespos e cacheados. O Encontro de Crespas e Cacheadas de Pernambuco chega à segunda edição com uma mudança de local para sua realização. O evento - que antes aconteceria no Parque da Jaqueira - será realizado no Museu da Abolição, no bairro da Madalena, Zona Oeste da Região Metropolitana.

Segundo uma das organizadoras do Encontro, Ana Cruz, em reunião com a Emlurb, o órgão proibiu que os expositores do evento comercializassem produtos no Parque da Jaqueira. O órgão não se pronunciou quanto à proibição até o fechamento desta matéria. No entanto, a organização conseguiu achar um novo local para que o encontro acontecesse como o planejado, com palestras, gincanas, sorteio de brindes, oficinas de turbantes e expositores. A data para a confraternização das cacheadas permanece a mesma, 15 de maio.

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O objetivo do Encontro de Crespas e Cacheadas é discutir sobre aceitação e empoderamento dos cabelos crespos através das atividades propostas. Na primeira edição, realizada em março de 2016, o evento chegou a reunir cerca de 100 pessoas. 

 

Serviço

II Encontro de Crespas e Cacheadas

15 de maio | 11h

Museu da Abolição (R. Benfica, 1150 - Madalena)

Gratuito 

 

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