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 Nayara Azevedo esteve no ‘Encontro com Fátima Bernardes’, da Rede Globo, nessa quinta-feira (27) e causou polêmica ao fazer um comentário infeliz à uma entrevistada. Sem pretensão e esperando soar como um elogio, a cantora soltou a frase: ‘Uma mulher preta, tão inteligente’. Os internautas não perdoaram e acusaram a cantora de ser racista.

O programa, que discutiu empoderamento feminino e os meios de propagar esta ação, levou a escritora Vilma Piedade ao palco da atração para explicar o conceito de ‘dororidade’, expressão criada por ela para definir a união das mulheres pela dor. Durante o programa, Nayara Azevedo teve diversas oportunidades de se colocar e ao tentar elogiar a escritora, acabou se expressando de forma preconceituosa.

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“E para ver o tanto que a pessoa que é preconceituosa e ignorante, porque eu estou admirada com a inteligência, com as palavras, com a sua inteligência. Ela é uma mulher preta, como ela se diz, tão inteligente, tão culta e dando todos esses ensinamentos para gente. Eu gostaria de te aplaudir e dizer eu tenho muito o que aprender com ela”, disse Naiara.

No Twitter, o assunto repercutiu e os internautas não deixaram barato a declaração da cantora.

“A cantora branca lá no #Encontro 'nossa uma mulher preta inteligente, fala tão bem', nunca imaginaria"; “Gente que bola fora da Nayara Azevedo agora, aff. A intenção pode ter sido boa mas usou mal as palavras”; "Essa sertaneja no programa da Fátima, que vergonha alheia. Puxou uma salva de palmas porque a mulher é negra e intelectual. Racismo, que chama né”, comentaram.

Dois irmãos gêmeos, Nana e Nilo, acompanhados de um pássaro e uma árvore milenar ensinam, através de suas histórias, o protagonismo negro na fase infantil, sem estereótipos ou clichês. Essa é a proposta de um projeto criado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, que usa os quadrinhos e a animação para ensinar as culturas negra e indígena às crianças.

Nana & Nilo é resultado da parceria entre o autor Renato Nogueira, professor do Departamento de Educação e Sociedade; o ilustrador Sandro Lopes, professor do Departamento de Artes; e a designer Cris Pereira. O projeto conta com livros infantis de colorir, quadrinhos e CDs e DVDs de animação e música tradicionais, além de uma página no Facebook.

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O objetivo dos criadores é utilizar as diferentes mídias para inserir a diversidade étnico-racial na produção feita para as crianças no Brasil, além de, através das histórias dos irmãos, promover a autoestima e o protagonismo desde a infância, promovendo o debate e oferecendo informações sobre as culturas negra e indígena.

Paola Carosella usou o Instagram no último domingo (9) para desabafar. A jurada do MasterChef defendeu na rede social o direto da mulher de não aderir à depilação, de fazer o que quiser, sem se preocupar com as cobranças da estética. Através de uma foto de maiô, e exibindo as axilas, Paola afirmou que as mulheres merecem ser felizes.

"Você pode e deve se jogar na areia e deitar no sol tranquilamente sem ter depilado a axila. Nem a perna, nem nada. Você pode e deve fazer o que te faz feliz por que assim você faz bem para você e para os outros. Ser feliz é quase que uma obrigação", escreveu.

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O público feminino de Paola vibrou com a publicação. "Vou levar essas palavras para o resto da minha vida e lembrar delas todas as vezes que me sentir feia ou quando estiver com vergonha de usar biquíni", comentou uma das seguidoras da Chef.

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Sucesso na novela "Segundo Sol" com a personagem Rosa, a atriz Letícia Colin vem colhendo os frutos do trabalho. Considerada como uma das apostas da nova geração de atores, Letícia foi convidada para estampar a revista Marie Claire. Na edição de dezembro, a jovem opinou sobre conservadorismo e empoderamento feminino, além de ter sido fotografada de topless.

A capa do exemplar que traz Letícia Colin exibindo um dos seios, divulgada pela Marie Claire nesta terça-feira (27), dividiu opiniões no Instagram. "Vocês querem mostrar tudo? Sai logo na rua pelada e pronto, para acabar com esse negócio de mostrar tudo e depois dizer que quer respeito. Respeito se ganha com atitudes certas", comentou um dos seguidores.

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"Parabéns pela capa e pela atitude de encarar o preconceito. Mulher nua só é bom quando é pornografia, mas quando é sinal de liberdade, meu corpo minhas regras, aí ofende até outras mulheres. A nossa nudez sempre foi usada como produto, mas como poder o povo não gosta!", escreveu outra pessoa, em defesa da atriz.

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O projeto Nós Voz Eles lançado por Sandy e que conta com músicas entre ela e diversos cantores famosos, como Lucas Lima, Maria Gadú e Thiaguinho ganhou mais uma música na noite do último domingo, dia 18, no Fantástico. A cantora agora se uniu à Iza para fazer a canção Eu Só Preciso Ser, que fala sobre o empoderamento feminino.

Com frases que falam fundo dentro desse tema tão debatido nos dias de hoje, elas dizem:

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Eu não preciso ensinar / Eu não preciso pregar / Não preciso me explicar / Não tô aqui pra dar exemplo / Nem buscando acalento / Eu não preciso me posicionar / E nem te convencer / Eu só preciso ser / Eu só preciso ser / Eu não preciso me justificar / Mas não posso ter que me calar.

Mas, certamente o trecho que causa maior impacto é quando Sandy diz Eu não preciso abrir a perna pra te mostrar que eu valho a pena e Iza responde Eu não preciso de muito dinheiro, nem sou refém do meu espelho.

Durante o programa jornalístico, aliás, Sandy caracterizou a música como um pop funk soul blues. E questionada sobre a parceria, Iza revelou que recebeu o convite por um aplicativo de mensagens, mas demorou para acreditar que era real:

- Difícil, né?, brincou.

Confira o video de 'Eu Só Preciso Ser':

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O Miss Recife, maior concurso de beleza da cidade, será realizado na próxima sexta-feira (2), a partir das 17h no Shopping Paço Alfândega, no centro da cidade. Contando com 10 candidatas de diversos bairros, a competição elegerá a campeã que representará a cidade no concurso Miss Pernambuco.

Nesta edição, o concurso tem o tema “Eu Digo Não”, pensado para fortalecer as lutas femininas e o empoderamento. Cada uma das candidatas escolheu uma causa que considera importante defender e, durante o concurso, irão discutir temas como feminicídio, homofobia, desigualdade social e machismo, entre outros. Conheça as candidatas:

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Serviço

Concurso Miss Recife

Sexta (2) | 17h

Shopping Paço Alfândega (R. Alfândega, 35 - Recife)

Gratuito

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O Spotify lançou no início desta semana a campanha ‘Escuta as minas’, que visa incentivar a luta da mulher contra a desigualdade de gênero na música. O projeto conta com um site e com um clipe inédito apresentado a campanha, além de 11 depoimentos de artistas brasileiras.

O ‘Escuta as minas’ reúne nomes como Karol Conká, Elza Soares, Maiara & Maraísa, MULAMBA e Mart’nália. Outras três artistas homenagearam grandes ícones femininos da música brasileira. 'As Bahias' e a 'Cozinha Mineira' retrataram Chiquinha Gonzaga, enquanto Tiê prestou tributo à Maysa, e Lan Lanh à Cassia Eller.

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Na página inicial do site do projeto, uma mensagem de empoderamento feminino é exibida:

“A LUTA PARA SER OUVIDA NÃO É ALGO DO NOSSO TEMPO.ESTAMOS CANTANDO NOSSAS REVOLUÇÕES HÁ SÉCULOS.ALGUMAS ENFRENTARAM A RESISTÊNCIA E ABRIRAM ESPAÇO.O MOVIMENTO CRESCEU.É HORA DE EVOCAR AS PIONEIRAS E INSPIRAR UMA NOVA GERAÇÃO.A LUTA SEGUE.POR MAIS MULHERES NA MÚSICA.POR MAIS MULHERES SENDO OUVIDAS.”

Confira o clipe da campanha:

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Começa, na próxima segunda (15), mas uma edição do Sonora - Olinda. O Festival internacional de Compositoras tem o objetivo de dar visibilidade e legitimar a presença da mulher compositora no cenário musical. A programação do evento conta com debates, oficinas e pocket shows.

Abrindo a programação do Sonora - Olinda, na segunda (15), haverá uma roda de diálogo sobre a importância da prevenção do câncer de mama, no auditório da Secretaria de Educação de Olinda; no dia seguinte, terça (16), o debate será transvestilidade e ocupação, no mesmo local e com entrada gratuita. Já na quarta (18), no Solar da Marquesa, MaddaM Rec e Nadejda Maciel ministram uma oficina de discotecagem digital pela contribuição de R$ 40.

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Até o sábado (20), o festival promoverá workshops de produção musical e de eventos, além de debates sobre cultura e arte e pocket shows de novas artistas. também será realizada uma feirinha de artesanato com marcas locais. A programação completa pode ser conferida no Instagram do evento, @sonoraolinda.

Serviço

Sonora - Festival Internacional de Compositoras (Edição Olinda)

Segunda (15) a Sábado (20)

Solar da Marquesa e Auditório da Secretaria de educação de Olinda

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O ator Vin Diesel anunciou na segunda-feira (1º), por meio da sua conta no Instagram, que a franquia 'Velozes e Furiosos' ganhará filme estrelado por mulheres. O ator agradeceu a Universal Studios por abraçar sua ideia em dar continuidade a saga focando no público feminino.

Em 2017, após a estreia de 'Velozes e Furiosos 8', a atriz Michelle Rodriguez, que faz parte da saga desde o seu início, ameaçou deixar a produção caso as mulheres não fossem tratadas com mais respeito e amor.

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"F8 está sendo lançado digitalmente hoje e eu espero que eles decidam mostrar mais amor às mulheres da franquia no próximo filme ou então terei que dizer adeus à amada série. Tem sido um bom passeio e sou grata pela oportunidade que o estúdio e os fãs têm me dado ao longo dos anos...", escreveu a atriz em sua conta no Instagram.

As produções cinematográficas vêm investindo cada vez mais na representação e empoderamento da mulher. 'Mulher Maravilha' e 'Os Incríveis 2' foram sucesso de bilheteria e têm como foco a força da mulher.

Por Lídia Dias

O projeto fotográfico “Respeite Meus Cabelos Brancos”, da fotógrafa pernambucana Mariana Leal, que retrata mulheres que decidiram assumir os cabelos brancos sem tintura, busca estimular o empoderamento feminino através da liberdade de ter o cabelo da cor que quiser sem insegurança ou julgamentos. A ideia dos ensaios nasceu quando a própria Mariana, que atualmente tem 33 anos e mora em Brasília, começou a achar os seus próprios fios brancos, com pouco mais de 20 anos. 

Ela, que sempre gostou de ter os cabelos muito pretos, começou a ficar incomodada com o surgimento do cabelo branco porque não gostava da ideia de se tornar “escrava da tintura”, como sua mãe, que passou a tingir os cabelos quinzenalmente ou todo mês devido ao aparecimento dos fios brancos. No começo, Mariana arrancava os cabelos brancos e depois passou a cortá-los pela raiz, até o momento em que se deu conta de que aquele seria de fato o cabelo que ela teria no futuro e seria melhor passar a tentar aceitar essa realidade desde cedo. 

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Ela também explica que há uma questão de gênero em sua vontade de começar a retratar mulheres com cabelos brancos em busca de referências para ajudar com o seu próprio processo de aceitação. “Homem de cabelo branco todo mundo acho charmoso, bonito, maduro, e a mulher fica uma aura de desleixada, que tem que pintar se não tá mal cuidada, tá velha, e eu não queria entrar nesse jogo machista (...) Pensei que faltava ter referências, falta representação. Comecei a ficar mais atenta às mulheres e percebi que tinha uma mulherada nesse processo”, disse ela. 

Com as primeiras fotografias sendo postadas no Facebook e no Instagram do seu projeto fotográfico, Mariana começou a receber retorno de diversas mulheres que elogiaram a iniciativa, compartilharam suas histórias de aceitação e também pediram para participar. Algumas das mulheres que já foram retratadas também deram depoimentos sobre as suas experiências ao assumir os cabelos brancos. Uma delas foi Denise, que vive em Brasília e conta que decidiu parar de pintar o cabelo para saber qual era a cor real que ele tinha depois de mais de 15 anos fazendo luzes nos fios. 

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Mariana também fez questão de enfatizar que assumir o cabelo branco não significa não poder pintá-lo de outra cor em algum momento, uma vez que seu projeto se trata de ter o direito de ter os fios da cor que desejar sem julgamentos, não de assumir uma determinada tonalidade por uma suposta obrigação. “Não estou aqui discriminando o uso da tinta, a questão é a não obrigatoriedade da tintura para não envelhecer e não ficar com cabelos brancos à mostra. Não sou eu como fotógrafa que tenho que julgar. Eu não sou a polícia do cabelo”, disse ao LeiaJá a fotógrafa, que deseja ser a última mulher retratada em seu projeto quando tiver o cabelo mais visivelmente branco na foto, e se sente mais corajosa para esse momento depois do contato com outras mulheres. 

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 Com apenas 8 anos, Bella Fernandes já se tornou sinônimo de empoderamento e resistência. A história da menina, que acumula mais de 70 mil seguidores em uma rede social, viralizou após o desabafo da mãe, Fernanda Tays. No texto, ela relatou que a filha, que sempre fez questão de enaltecer os cachos, teve os cabelos cortados e alisados pela madrasta sem autorização. 

Ao saber do caso de Bella, a cabeleireira Creuza Oliveira procurou a mãe da garota e se ofereceu para recuperar os cachos. O procedimento foi realizado na última sexta-feira (6) e a criança já desfila novamente com os cabelos que tanto ama. O momento foi registrado por Fernanda, que compartilhou nas redes sociais. Confira:

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Em entrevista ao Universa, a cabeleireira contou que a criança estava assustada. “Ela chegou ao salão bem cabisbaixa, com a autoestima baixa, não queria que tocássemos no cabelo dela, tinha acabado de voltar de uma consulta com a psicóloga. Estava com medo e bem desconfiada", contou.

Progressiva, relaxamento, escova de rubi, escova de açúcar, definitiva. Todos esses, métodos químicos que mulheres utilizam para deixar os cabelos lisos. Atualmente, há um discurso mais forte sobre aceitação do cabelo natural. Em muitas mulheres, entretanto, esse discurso não encontra espaço para se propagar mesmo com os sacrifícios relacionados com o uso recorrente de tais procedimentos.

Esse cenário é apresentado na dissertação de mestrado em Administração de Bianca Ferreira, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ela entrevistou 22 pessoas, a maior parte do Recife, entre mulheres que fazem o procedimento de alisamento capilar e profissionais que aplicam o procedimento.

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Segundo a pesquisadora, o principal motivo alegado pelas mulheres para alisar o cabelo é o da autoestima. Elas não dizem ser afetadas pela pressão externa de ter que se enquadrar em um perfil de beleza, apesar de deixarem perceptível em suas falas o impacto da influência social em seu comportamento.

"Há elementos que denotam que há pressões, por exemplo no trabalho, como a mulher que diz que os clientes percebem quando ela está com o cabelo alisado. Uma diz que o namorado elogia quando ela está com o cabelo alisado, então óbvio que ela vai estar com o cabelo alisado para receber elogios", diz Bianca. Ela continua: "Eu acredito sim que elas se sintam melhores, mas elas se sentem melhores porque estão alcançando esses padrões".

Uma característica presente nessas mulheres é a idade com a qual começaram o alisamento. Uma média de 12 anos. "Algumas delas não se lembram como é o cabelo natural. Mais de uma entrevistada afirma que 'talvez se eu fosse criança hoje, com cabelo afro, com essa diversidade de produtos que existem e esse discurso forte de aceitação, eu não teria começado, mas agora que eu comecei eu não quero mais parar, porque não me reconheço mais", complementa a mestra em Administração.

As entrevistadas também rejeitam a ideia de que se sacrificam pelo procedimento. O conceito de sacrifício no consumo ainda seria muito novo e não absorvido por essas mulheres. Porém, elas mesmas elencam naturalmente exemplos de sacrifícios: danos à saúde (queda de cabelo, queimaduras, etc), longas horas no salão, gasto elevado, mau cheiro dos produtos. "Mas eu vou fazer o quê, não é?", questionou uma de forma resignada.

O aspecto das terminologias também é destacado na pesquisa. O tipo crespo ainda é lembrado como o 'ruim'. As pesquisadas dizem frases como "se o meu fosse cacheado eu pararia de fazer o procedimento, mas ele é crespo".

Quem percebeu desde jovem essa depreciação do cabelo foi Letícia Carvalho, 21 anos, idealizadora do movimento “Faça Amor, Não Faça Chapinha”. O que surgiu como uma simples fanpage hoje se tornou um grupo atuante na luta contra o racismo. Em 2013, quando a página foi criada, começou a receber fotos e relatos de mulheres que começavam a assumir o crespo. “Elas não tinham ninguém para falar sobre isso, não tinham espaço para falar sobre o próprio cabelo”, lembra a jovem.

Segundo Letícia, que quando menor usava chapinha, a sociedade é guiada por uma noção de estética que estabelece padrões de beleza. “Essa estética pode trazer consequências, desde sofrer bullying e ouvir piadinhas na escola a você ser agredido por um policial na rua. A estética negra é associada a violência, criminalidade, uso de drogas, falta de cuidados, sujeira, miséria”, cita.

Ainda conforme a jovem, a pressão pelo que ela chama de ‘embranquecimento’ persiste mesmo após o abandono dos alisamentos. “Mesmo eu tendo assumido o cabelo em 2009, ainda escuto de vizinhos, de pessoas que conheço: ‘você assumiu, mas dá um jeito nele’ ou ‘você não sente saudade do cabelo liso?’. Você assume o cabelo, mas tem que ser baixinho, com pouco volume, que fique parecido com liso ou encaixe europeu”.

Negras e brancas

Bianca Ferreira, durante sua pesquisa, se deparou com uma literatura internacional que dizia que os alisamentos capilares eram feitos apenas por mulheres negras. Ela notou que no Brasil isso é diferente.

"Devido a mistura de etnias, não só mulheres que se consideram negras tem cabelos crespos. Mas há uma diferença: mulheres negras afirmam que sabem que traem a identidade, mas fazem porque se sentem melhor. Enquanto as mulheres brancas dizem 'não, cabelo alisado sou eu, aquilo ali é quem eu represento'", destaca a autora do estudo.

De acordo com Letícia Carvalho, do “Faça Amor, Não Faça Chapinha”, a página no Facebook precisou passar por uma mudança e ser exclusiva para divulgação de cabelo de mulheres negras para reforçar o papel de combate ao racismo. “Mulheres brancas que postavam na página eram muito mais valorizadas do que as negras. A gente não queria reforçar outras ideias de páginas e youtubers do ‘cacho perfeito’. Era importante que a gente valorizasse o cabelo crespo, que é perseguido”, salienta.

Elis MC, de apenas seis anos, chamou atenção dos internautas nas últimas semanas ao lançar o vídeo 'Vem Dançar com a Elis'. Na produção a MC mostra passos e com letra cheia de empoderamento da sua cor e cabelos crespos.

 Elis consegue mandar o recado como gente grande. “Eu já tô cansada dessa ideia de racismo / Eu não tô de mimimi, fale o que quiser, nem ligo”, diz os versos da música.

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Em entrevista ao UOL, a mãe da cantora, Renata, relatou que algumas pessoas agiam de forma preconceituosa e usavam termos pejorativos para se referir aos cabelos da filha. “Eu comecei a entender que a vida da Elis ia ser diferente se a autoestima dela fosse trabalhada desde cedo e foi isso que a gente fez”, diz Renata. Confira o clipe:

 

Após um 'namoro' rápido com o sertanejo, em 2017, Wanessa Camargo retorna ao pop, com novo visual e uma nova pegada. A cantora tem alimentado suas redes sociais com dicas de como será essa nova "era" do seu trabalho. A cantora parece estar apostando todas as fichas na música "empoderada" Mulher Gato, com lançamento marcado para o dia 27 de abril. 

Em seu site, Wanessa explica o conceito de sua nova fase. "Eu estava com vontade de me divertir um pouco em minha música, mas ao mesmo tempo, cantar sobre algo que para mim é libertador". A artista revelou, ainda, o teor da nova canção: "Ela é liricamente poderosa e atrevida, é divertida e empoderada. Essa música fala sobre um tema mais sexual". 

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Mulher Gato terá um lançamento visual no dia 27 de agosto. Wanessa diz que voltou às origens pelos fãs e desejou que eles gostem da novidade e que ao ouvir a canção possam "imaginar coisas". Além disso, ela compartilhou seu sentimento em relação aos novos caminhos escolhidos por ela: "É importante para mim, como mulher, falar sobre isso. Nós também podemos ser sexuais, ou não ser. Mas é o nosso direito e a nossa liberdade ser ou não ser". 

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Os tradicionais concursos de miss ainda recebem olhares tortos de muitos e são estigmatizados como reduto de futilidade. Mas, o que muitos não sabem,  é que as misses modernas em nada reforçam aquele estereótipo da menina bonita de cabeça vazia cujo livro preferido seria ‘O pequeno príncipe’. Como exemplo, podemos citar o último Miss Peru, em que as misses fizeram uma manifestação jogando luz na violência contra as mulheres daquele país, citando alarmantes números de feminicídio. Hoje em dia, as candidatas são altamente preparadas, atuam nas mais diversas áreas e, sobretudo, trabalham para estimular outras mulheres a também conquistarem seus objetivos. Nesta sexta (23), as candidatas do Miss Pernambuco 2018 deram provas disso durante o concurso.

Karen Correia, de Garanhuns, é Miss Beleza Regional e Miss Beleza Pernambuco Internacional 2018. Lutadora de Jiu Jitsu, a modelo tem discurso forte e o empoderamento como arma para abrir qualquer caminho: “Eu achava que ser miss era coisa de meninas mais delicadas, mas essa questão do empoderamento me mostrou que eu posso ser as duas coisas, e qualquer outra coisa que eu quiser”. Ela reconhece sua responsabilidade social, enquanto miss, no que diz respeito a influenciar outras mulheres: ”Às vezes, elas podem depositar seus próprios sonhos na gente e a gente precisa mostrar que com dedicação é possível conquistar o que se almeja. Podemos conquistar qualquer espaço, desde que nos esforcemos para isso”.

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A Miss Santa Cruz do Capibaribe, Layssa Souza, acredita no poder da voz feminina: “A mulher deve ter autonomia e liberdade de expressão, seja no seu lar, no meio político ou social”. Reforçando o coro das colegas, a Miss Nazaré da Mata, Brennda Victoria acredita que a sociedade deve estar unida para combater a intolerância e a falta de respeito: “Homens e mulheres devem andar juntos para acabar com as diferenças. É possível aprendermos juntos”. Confiantes, as misses em nada lembram o estereótipo de vazias. Muito pelo contrário, elas estão cheias de vontade de mostrar a força e o valor de toda mulher.

Mulheres dos bairros do Ibura e Jordão, na Zona Sul do Recife, participaram de um evento que discute empoderamento da mulher e enfrentamento à violência doméstica e familiar na última terça-feira (13). Além das moradoras, participaram Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e Secretaria da Mulher do Recife.

O evento, realizado no Ibura, foi organizado pela Frente Democrática pelo Desenvolvimento e Defesa do Ibura/Jordão, grupo formado por moradoras de ambos os bairros, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março. As mulheres foram orientadas a identificar situações que podem ser consideradas abusivas e receberam informações sobre a Lei Maria da Penha.

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O Tribunal de Justiça apresentou o trabalho desenvolvido no 'Projeto Caminhos', idealizado pela 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital em parceria com a Secretaria de Defesa Social do Estado. O projeto tem o objetivo de fazer com que as mulheres vítimas de crime de lesão corporal recebam, ao prestar queixa policial, uma carta convite para comparecerem às reuniões na vara e, com isso, contribuir para a redução de desistência de processos de medidas protetivas de urgências.

Paulo Henrique de Oliveira, auxiliar de Supervisão do MPPE e membro da Comissão de Direitos Humanos e Cultura da Frente Democrática pelo Desenvolvimento e Defesa do Ibura/Jordão, reforça que esta não deverá ser a única participação do MPPE em ações organizadas pelo grupo. “Pretendemos também trazer representantes de outros núcleos do MPPE. Temos comissões que além de tratar de assuntos ligados aos direitos da mulher, também trabalhamos com questões de saúde, cultura, habitação, direitos humanos, crianças e adolescentes. Pretendemos convidar outros núcleos e até representantes dos Centros de Apoio Operacional às Promotorias (Caops) do MPPE para participar de iniciativas como as de hoje”, explicou.

Membro da Comissão de Direitos Humanos da Frente Democrática pelo Desenvolvimento e Defesa do Ibura/Jordão, a sargento da Polícia Militar de Pernambuco Jeanne Maria destacou que a Lei Maria da Penha é um bom exemplo dos avanços que as mulheres vêm tendo ao longo dos anos. “Quando uma instituição como o MPPE deixa sua zona de conforto para ouvir de perto a comunidade, isso é um ato maravilhoso. Eventos como esse provam que estamos no caminho certo e que, apesar das dificuldades, temos orgulho de sermos mulheres”, comemorou.

Para Sebastiana Maria dos Prazeres, moradora do Ibura, ações como essa são tidas como uma verdadeira conquista. “Em comunidades pobres e carentes como são o Ibura e o Jordão, os índices de violência são altos. As mulheres não se empoderam quando o assunto é a Lei Maria da Penha, o desconhecimento sobre ela ainda é muito forte”, salientou.

Com informações da assessoria

O que parecia ser só um reencontro entre amigas pode ser muito mais do que isso, para a alegria dos fãs. As integrantes das Spice Girls, Emma Bunton, Melanie C, Mel B, Victoria Beckham e Geri Halliwell se reuniram na última sexta-feira e postaram nas redes sociais várias imagens juntas, o que já animou os internautas.

As cantoras fizeram declarações para lá de fofinhas. Emma, por exemplo, falou que elas serão as melhores amigas para sempre. Já Mel B escreveu: Essas mulheres incríveis me ajudaram a ser quem eu sou, e então para todas as garotas do mundo se lembrem: a amizade nunca acaba, fazendo referência ao hit Wannabe.

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Mas vem mais novidade por aí, já que em comunicado para a revista Variety, a girl band revelou que em tempos de empoderamento feminino, elas estariam prontas para trazer o espírito Girl Power que elas se apoiaram no auge da carreira nos anos 90. "É o momento de explorar novas e incríveis oportunidades juntas. Todas nós concordamos que existem muitas possibilidades excitantes que abraçarão novamente a essência original das Spice Girls, ao mesmo tempo que reforçamos nossa mensagem de capacitação feminina para as gerações futuras".

O projeto de artes cênicas Luz Negra - O negro em estado de representação promove o empoderamento e a visibilidade do negro através de uma série de espetáculos, que chega ao Recife a partir desta quinta-feira (19), às 20 h, no Teatro Santa Isabel e vai até o dia 29 de outubro, no Espaço O Poste, localizado na Rua da Aurora. 

Na programação, 15 montagens locais, nacionais e internacionais. O projeto convida o espectador a refletir sobre as artes e enxergar o protagonismo negro nas diversas manifestações culturais, sua representação e ancestralidade.

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Abrindo o projeto nesta quinta (19), o palco do Teatro Santa Isabel recebe o espetáculo da bailarina Helayne Sampaio, que apresenta a força dos orixás. Na ocasião, acontecerá uma homenagem às personalidades negras como Mãe Amara, Petrucio Nazareno, Mestre Meia-Noite e Inaldete Pinheiro.

O evento ainda conta com apresentação de Surama Ramos, do solista Manuel Castomo, Neguinho do Frevo, Luizii Santos e Gina Purpurina, Performe Drag Quenn. O Luz Negra - O negro em estado de representação é idealizado pelo grupo 'O Poste-Soluções  Luminosas'. Confira a programação:

Quinta-feira (19)| 20h

Abertura com Surama Ramos, solista de ópera, Manuel Castomo, solista africano de dança

contemporânea, Neguinho do Frevo, solista de frevo, Luzii Santos, solista de balé clássico,

Helayne Sampaio, solista de dança dos orixás e Gina Purpurina, Performer Drag Queen.

Sexta-feira (20)|20h

Espetáculo teatral: LUZIR É NEGRO

Local: Espaço O Poste

Sábado (21)|20h

Espetáculo Senhora dos Restos

Local: Espaço O Poste

Domingo (22)|10h

Contação de História – “Histórias do meu povo” com Roma Julia

17h |Espetáculo teatral A Receita

Quarta-feira (25)|9h

Oficina de Jogos Africanos

Local: Espaço O Poste

Quinta (26)|19h

Leitura dramatizada do texto “O Juazeiro, a pedra e o sol” do autor Samuel Santos

Local: Espaço O Poste

Sexta (27)|20h

Espetáculo teatral Cordel do Amor sem Fim

Local: Espaço O Poste

Sábado (28)|20h

Espetáculo teatral Isto não é uma mulata

Local: Espaço O Poste

Domingo (29)|17h

Espetáculo teatral OMBELA

Local: Espaço O Poste

Serviço

Luz Negra - O negro em estado de representação

Quinta-feira (19) a Domingo (29)

Teatro Santa Isabel (Praça da República, s/n - Santo Antônio, Recife)

Espaço O Poste ( Rua da Aurora, 529 - Boa Vista, Recife)

R$ 10 (meia) R$ 20 (inteira)

A marca de cosméticos Avon lançou no início do mês de outubro o projeto 'Repense o Elogio', que traz uma reflexão sobre o modo como filhos e filhas são elogiados. No vídeo, os meninos são sempre elogiados por suas habilidades, enquanto as meninas pelo que aparentam. O documentário completo será lançado nesta terça-feira (17). Confira o trailer:

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O documentário, dirigido por Estela Renner, mostra os impactos dessa segregação por gênero. Nas redes sociais, o projeto divide opiniões. 

"Comercial bem militante, descriminando os pais que trataram e tratam as filhas como princesas, ou seja, cheias de amor, carinho, todo um cuidado é zelo especial, não a com um rótulo mal intencionado como este feminismo do vídeo. Vídeo feminista, ativismo, seus mentirosos, pois os pais que trataram suas filhas assim como uma princesa na sua esmagadora maioria criaram muito bem suas filhas. Princesa é realeza, princesa é a herdeira de tudo, filha amada! Seus doentes psicológicos estão banalizando a criação dos pais para justificarem suas ideologias que são delírios, utopia!”, disparou um internauta.

"Aqui em casa na nossa lojinha revendemos Avon ha quase 20 anos. Mas se continuar com esse LIXO de ideologia satânica de gênero, além de boicotar, farei campanha contra a marca de vcs. Usarei TODAS as minhas redes sociais para tal", criticou uma outra internauta.

"Parabéns Avon pela iniciativa! Os comentários nos mostram o quão precisamos mesmo falar sobre esses estereótipos! Uma pena que falte tanta interpretação as pessoas! Para mim deixa claro que o problema não é usar as palavras príncipes e princesas, e sim continuar reforçando essa ideia ridícula de que princesa é comportada, delicada, bonita. Enquanto o príncipe é forte, corajoso! Sou professora e vejo muito em sala de aula falas como: *Senta senão você não é princesa. *Princesas não se comportam assim, você está parecendo um moleque. *Para de chorar que você não é menina. e por aí vai! o que a propaganda deixa claro... É que nossas meninas merecem muito mais do que serem elogiadas apenas pelo batom ou acessórios que estão usando ou pelo bom comportamento. Enquanto os meninos raramente recebem elogios estéticos, e são elogiados pela criatividade e força. O mau comportamento do menino é tolerado enquanto o da menina é julgado. Então a propagando não diz elimine o elogio, apenas... repense!", escreveu uma seguidora. 

Se engana quem pensa que quadrinhos são coisas só para meninos. É grande o número de mulheres que produzem HQ’s no Brasil e, sobretudo, grande é o número de meninas que os consomem. E, para derrubar uma cultura ainda machista que ronda esse mercado, e produzir conteúdo com o qual elas possam se identificar, muitas são aquelas que trabalham a favor desse movimento. A editora da Marvel, Carol Pimentel, é uma delas. Ela esteve na 11ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco neste sábado (14) e falou ao LeiaJá.com sobre mudança de paradigmas e abertura de nichos.

Trabalhando há quatro anos na editoria da Marvel, Carol é a única mulher numa equipe de 16 homens. Ela garante não ter problemas em seu local de trabalho mas revela que o mercado dos quadrinhos ainda é muito machista. “A gente precisa abrir esse mercado para as mulheres. Eu carrego essa bandeira. Quero que venham mais meninas, que abram a quantidade de títulos pra que a gente possa publicar”, diz. Ela comenta que a visibilidade do mercado feminino ainda é pouca e que é necessário aumentá-la para que este ganhe mais força e fala da alegria em ver o crescimento do público feminino: “Quando a gente descobre que elas não estão indo só acompanhar o namorado, que elas estão indo buscar independente e que têm títulos sendo feitos só pra elas, isso é maravilhoso”.

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E é pensando em somar esforços que vários coletivos de mulheres quadrinistas têm se formado por todo o país com muito conteúdo sendo produzido. Esse aumento de produção e de consumo por parte das garotas está começando a chamar atenção das grandes editoras: “Está abrindo o nicho e as grandes editoras também estão tentando. Ainda é ínfimo, mas está havendo um movimento”. Ela lista alguns títulos da editora em que trabalha que têm feito sucesso como a Capitã Marvel, que vem encabeçando a Guerra Civil 2, e a  A Mulher Aranha que, inclusive, apareceu grávida e, depois, tendo de lidar com as tarefas da maternidade e da super-heroína ao mesmo tempo. “Quantas mulheres fazem isso o tempo todo?”, observa Carol demonstrando o quão importante é a representatividade.

Independente

Trabalhando de forma independente, várias meninas, através de coletivos, têm conseguido espaço no meio e, também, leitoras. A própria Carol prepara um projeto pessoal chamado Point of View. Em parceria com a Lady’s Comics, site de quadrinhos feitos por mulheres, ela pretende lançar, semanalmente, uma tira: “É um guia de visita para quem vai pra São Paulo meio sem grana. É  um olhar feminino de como ver a cidade”, conta. O projeto conta com o roteiro de Carol e ilustrações de Germana Viana.

 

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