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A briga entre Pocah e Gil continua repercutindo na internet. Enquanto parte do público se diverte com as expressões nordestinas usadas pelo pernambucano para atacar a sister, outra parte critica o comportamento do brother. No perfil oficial da cantora, uma mensagem pediu mais sororidade por parte das fãs do programa. 

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Durante a discussão, Gil usou o termo “basculho” para referir-se a Pocah. A palavra acabou gerando piada e chegou ao topo dos Trending Topics. Porém, uma parte do público não achou graça na atitude do pernambucano. Um perfil compartilhou o momento e comentou: “Pouco me interessa o que deu início a briga, gritou e peito mulher perdeu a razão. Gil tá só indo ladeira abaixo”. 

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No perfil oficial de Pocah, os ADMs da conta também se posicionaram e pediram mais empatia. “Seguimos o pedido da mãe de não passar pano mas dessa vez errada ela não tá. Mulheres que estão achando lindo a nova palavra aprendida Basculho que virou a nova sororidade”. A publicação foi apagada logo depois mas a conta continuou repostando mensagens de apoio à sister. 

O machismo que marca a sociedade brasileira e causa diversos problemas às mulheres em seus cotidianos se faz presente também no meio político, causando um distanciamento feminino dos espaços de disputa direta de poder. Essa é uma realidade refletida em números: de acordo com dados da Câmara dos Deputados, a casa legislativa conta com apenas 77 mulheres em um total de 513 deputados. 

Neste 8 de março, data que marca a celebração do Dia Internacional da Mulher, o LeiaJá ouviu mulheres engajadas na política para entender quais são os obstáculos que se apresentam no caminho daquelas que trilham uma carreira na vida pública e o que é necessário para mudar esse quadro e aumentar a presença de mulheres em postos de comando do meio político. 

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Izabel Urquiza (PSC) disputou as eleições para a Prefeitura de Olinda mais de uma vez e no ano de 2016 chegou perto de passar para o segundo turno contra o candidato (e atual prefeito) Professor Lupércio. A política já está presente em sua família há bastante tempo: sua mãe, Jacilda Urquisa, foi a primeira prefeita eleita no município. Quando perguntada sobre as razões que distanciam as mulheres da política, Izabel aponta as obrigações com o trabalho doméstico, muitas vezes incompatíveis com a rotina de uma pessoa que está em campanha ou ocupa um cargo eletivo. 

“A política exige muito da pessoa no sentido de que você não tem sábado, não tem domingo, não tem feriado, não tem noite, e isso para as mulheres é uma questão muito mais complicada, conciliar as atribuições políticas com as atribuições de casa e com as atribuições profissionais exige muito mais da mulher do que do homem. Apesar dos avanços, a gente ainda constata que as mulheres sempre tiveram mais atribuições, mas não se eximiram das tarefas de casa. Eu acho que isso faz com que muitas mulheres não tenham condições de entrar na política competindo em condições de igualdade”, declarou ela. 

Para além disso, Izabel também aponta dificuldades impostas pelas estruturas partidárias que, via de regra, beneficiam os homens em detrimento das candidaturas femininas. “As candidaturas masculinas conseguem uma articulação maior para financiamento da campanha, mesmo agora com a verba partidária, se analisar os recursos que são gastos com candidaturas masculinas, há uma disparidade muito grande. Há um movimento de mulheres compondo chapas majoritárias, mas sempre como vice. Uma mulher na cabeça de chapa é mais raro. A candidatura de Priscila Krause, por exemplo, foi uma dificuldade grande de conseguir um vice, na maioria das vezes eles querem ter o protagonismo e não colocar a mulher como protagonista”, afirmou Izabel. 

Quando questionada sobre o que falta para que as mulheres tenham mais espaço, mais recursos em suas campanhas e apoio do eleitorado feminino, Izabel aponta para a necessidade de maior estruturação das candidaturas femininas dentro das estruturas partidárias. “A gente quando vai entrar numa campanha política tem que ter a disposição da pessoa. Ninguém é candidato de si mesmo, então tem que ter o reconhecimento e a musculatura política de partidos e de pessoas envolvidas que estejam acreditando naquela candidatura, e tem também o aporte financeiro”, disse a ex-candidata. 

Izabel continua, afirmando que a falta de visibilidade para as candidaturas de mulheres diminui o conhecimento das eleitoras a respeito das ideias dessas mulheres e, consequentemente, as chances de sucesso eleitoral. 

“Quando vai para a mídia, sempre vão candidaturas masculinas. Não acho que a mulher não vota em mulher, as pessoas votam naquilo que elas veem. Se ela não vê mulheres na política, se não tem oportunidade de avaliar que aquelas mulheres defendem causas em que elas acreditam, vai votar fazendo uma política muito clientelista”, declarou Izabel. 

A deputada federal Marília Arraes (PT-PE) tentou viabilizar sua candidatura ao Governo do Estado de Pernambuco no último pleito, mas já nos últimos momentos uma movimentação interna do partido decidiu pela retirada de sua candidatura e apoio à reeleição do atual governador Paulo Câmara (PSB). Membro de uma família com tradição na política do Estado e com anos de carreira política no currículo, a deputada não hesita ao afirmar que o machismo do meio político teve peso na decisão da cúpula de seu partido. “Sem dúvida foi um episódio extremamente machista. Se fosse um homem no meu lugar no mínimo teria tido um tratamento diferente. É injusto dizer que as mulheres não querem estar na política, existem vários fatores.”, declarou a deputada.

Quando perguntada sobre as razões que levam ao distanciamento feminino dos espaços de disputa de poder e representação política, Marília faz uma análise da maneira desigual como a sociedade cria homens e mulheres desde a infância. “A sociedade faz as mulheres acharem que só serão felizes se casarem, mantiverem o casamento, forem bonitas, gera diferenças de anseios. Para o homem ser bem-sucedido a sociedade acha que ele tem que ter dinheiro, mulheres. Para a mulher, ela pode ter uma carreira, mas se o casamento acaba ou fica pouco com os filhos apontam que não foi bem-sucedida”, afirma a deputada. 

Além disso, Marília também aponta para uma hostilidade do mundo político, majoritariamente masculino, em relação às mulheres. “Quando comecei meu primeiro mandato nem mesmo tinha banheiro feminino na câmara. E na câmara federal temos dificuldade de nos integrar nas atividades mesmo eleitas com mais votos porque é de fato um ambiente masculino”, disse ela. A deputada segue o raciocínio contando que passa por situações de preconceito político no exercício do mandato frequentemente. 

“A gente passa todos os dias. Desde ser barrada todo dia na câmara porque tem espaços que só deputados podem passar, e os seguranças discretamente liberam e depois veem se está com broche ou crachá e as mulheres primeiro barra para depois olhar. Até coisas mais sérias de dificuldades partidárias. Homens mais velhos de histórias consolidadas que não aceitam uma mulher com mais destaque e popularidade que eles e não as apoiam. Eu sou mulher jovem, apesar de privilegiada, mas em todas as esferas as mulheres sofrem preconceitos”, disse ela. 

Sheyla Lima, de 55 anos, trabalha há 36 anos no Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e também é a primeira presidenta do Sindicato dos trabalhadores de TI em Pernambuco (SINDPD-PE). O que a motivou a entrar para o movimento sindical foi o fato de trabalhar em uma categoria majoritariamente masculina e “a necessidade de ter uma representação das mulheres, que geralmente por conta das triplas jornadas não têm condições e disponibilidade de fazer movimento de classe”, de acordo com ela. 

As lutas das trabalhadoras, de acordo com Sheyla, geraram muitos ganhos importantes ao longo dos anos e houve avanço na própria estrutura sindical do Brasil, mas ainda com muitas marcas do machismo. “Para sermos ouvidas foi e é muita luta diária, recebemos 25% a menos que os homens, mesmo com o nível de escolaridade das mulheres sendo maior. Para ter o respeito muitas vezes é preciso gritar. Para sermos ouvidas, ter nossas pautas respeitadas e abraçadas, por muitas vezes só através de grandes debates, discussões, votação e briga”, disse ela. 

Dani Portela é historiadora, advogada, militante feminista e concorreu nas últimas eleições ao Governo do Estado de Pernambuco pelo PSOL. Filha de um ex-preso político da ditadura militar brasileira, ela conta que já tinha uma atuação política em outras frentes, não partidárias, mas que isso mudou a partir do ano de 2016. 

“Meu pai falece aos 86 anos sofrendo de insônia e se repetia um pesadelo que tinha vindo de uma vivência real, de gritos de uma mulher. Ele escutou isso ao longo de uma noite toda e no final ele escutou o choro de uma criança. Essa mulher e essa criança morreram e quem estava nessa prisão era o Coronel Brilhante Ustra. Em 2016 meu pai contraiu Chikungunya e entrou em coma no dia da votação do impeachment da ex-presidenta Dilma. Me peguei sentindo um misto de alívio por meu pai ter desacordado justamente naquele momento sem ter assistido o então deputado Jair Messias Bolsonaro subir no plenário e reverenciar o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra que não foi só o pavor de Dilma Rousseff, foi o pavor na vida de muitas pessoas. Naquele leito de hospital prometi ao meu pai que eu tinha que mudar meu papel de atuação política, eu decido virar uma página e colocar o meu nome, o meu corpo, minha luta e a minha história nessa disputa”, contou ela. 

Dani aponta para dificuldades na estruturação e financiamento das campanhas das mulheres, apoio dos partidos e distribuição de tempo de TV, além do machismo estrutural da sociedade brasileira como razões que dificultam o acesso das mulheres aos espaços de poder e decisão política. Como consequência dessa lógica, segundo ela, há uma redução da atenção dos governantes para a criação de políticas públicas que atendam às necessidades das mulheres. 

“Aqui no Recife, de 39 vereadores, você tem seis mulheres. Essa caneta precisa estar na nossa mão pela alternância de poder. As mulheres precisam ocupar espaços de poder e decisão não só na política, mas profissionalmente falando. A gente precisa pensar que o feminismo acima de tudo uma grande busca por igualdade, para que a gente possa pensar numa sociedade que seja mais justa, porque uma sociedade melhor para a mulher é melhor para todas as pessoas”, declarou ela. 

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Luciana Santos (PCdoB) foi prefeita de Olinda e atualmente é vice-governadora do Estado de Pernambuco. O interesse dela por política surgiu do convívio com seu pai, que foi preso político, e de sua participação no movimento estudantil durante a universidade, quando decidiu se filiar ao partido. “O ex-presidente do partido sugeriu que eu fosse candidata a vereadora em Olinda. Era uma candidatura para construir o partido, a gente não imaginava que eu pudesse me eleger, mas fiquei como primeira suplente, viram que eu tinha vocação e nunca mais saí”, contou ela. 

Em sua trajetória, Luciana já ter sofrido com machismo no meio político. “Nos primeiros momentos para ser escutada, respeitada, para escutarem suas opiniões na política no início não é fácil. Foi um processo, uma trajetória longa de afirmação das opiniões, das ideias ditas. Nada explícito, mas é natural que você perceba posições sendo ignoradas”, afirmou Luciana, que avalia essa situação como não sendo exclusiva do meio político. “Eu penso que não só na política isso acontece em todas as áreas a mulher tem que se esforçar em dobro”, disse ela. 

O problema, na avaliação da vice-governadora, também está presente nas organizações internas dos partidos e, por mais que exista uma lei que busca reduzir a desigualdade de gênero na política, Luciana avalia que essa iniciativa não tem bastado. “Instâncias partidárias e as instituições são feitas de gente, por mais avançado que seja o programa de um partido, o machismo é cultural e histórico. Quando se faz marcos legais para promover a participação das mulheres, na prática, em Pernambuco só tivemos cinco mulheres deputadas federais na história. Quando se formam as chapas, isso se rebate porque o machismo contamina essas instituições. Passou a ser obrigatória a participação, o fundo eleitoral, o tempo de tv, mas há uma dificuldade para tirar do papel essa legislação. Essa política afirmativa tem sido insuficiente”, afirmou ela. 

De acordo com a cientista política Priscila Lapa, o distanciamento das mulheres do meio político se dá, em grande parte, por uma questão cultural fortemente estabelecida de um processo histórico de definição de papéis. “Política é um espaço de exercício de poder, é como se esse papel fosse naturalmente atribuído aos homens, isso não fomentou nos quadros políticos a participação das mulheres. Isso se reflete não só no número de candidaturas, mas no número de mulheres que chefiam mulheres. Tem um viés de cultura comportamental. A gente não passa a imagem de que as mulheres podem ter carreiras de chefia, de poder. Essa é uma das principais barreiras, se você não forma pessoas para uma tarefa elas não vão se ver ali”, explicou ela. 

Além disso, o modo como se formam não somente as chapas e lideranças políticas também tem interferência nesse processo. “A formação dos partidos tem clãs, famílias, isso causa esvaziamento ideológico e acaba não dando espaço às mulheres. Geralmente quando a mulher tá na política é como herança de um homem na família, mas o acesso das mulheres não é pela mesma via dos homens, de ocupar os espaços. Não é algo que é conquistado com essa mesma naturalidade”, explicou a cientista política. 

A associação da figura feminina com assuntos ligados ao cuidado e não a uma posição de liderança é outra questão que, na visão de Priscila, gera o preconceito no ambiente político, uma vez que além de ser dominada por homens, a disputa política exige da mulher características que a sociedade enxerga como tipicamente masculinas. 

“Normalmente a mulher vai cuidar da saúde, educação, assistência social. Desenvolvimento, infraestrutura, são áreas vistas como masculinas em que as mulheres não se saem bem. As mulheres tão se tornando candidatas competitivas mesmo com problemas. É como se ela tivesse que provar competência duas vezes, conseguir ser racional, falar grosso, firme. Quando se tem essa presunção de que não vai dar certo, se acha que ela vai ser engolida. Os papéis que tem que ser exercidos na política tem que corresponder aos papéis que precisam ser exercidos na sociedade”, declarou a especialista. 

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Quarta-feira é dia de festa na casa do Big Brother Brasil e, depois dos acontecimentos na balada da última semana, as sisters parecem preocupadas com o que acontecerá esta noite. Em conversa no Quarto Céu, algumas delas propuseram um acordo de cuidado mútuo, para que nenhuma venha a se expor demais ou sofrer qualquer tipo de contrariedade. 

Marcela, Gizelly e Mari relembraram, na tarde desta quarta (29), a última festa que houve no confinamento e trataram de ficar alertas. Na última balada, a influencer Bianca Andrade, a Boca Rosa, exagerou um pouco na bebida e acabou brigando com Rafaela Kalimann. Além disso, Boca Rosa passou por uma situação de assédio com o brother Petrix, que acabou ficando mal resolvida. 

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As sisters então tentaram entrar em um acordo para que nada de mal acontecesse durante a balada. "A gente pode dar uma cuidada uma da outra", sugeriu Marcela. Bianca concordou ao passo que Gizelly pareceu um tanto reticente: "Mas às vezes a gente não gosta que falem". Mari assinou embaixo: "Como mulher, né? Tudo o que for julgamento moral aqui dentro para nós é duplamente do que é para os meninos, infelizmente. Então, a gente pode se cuidar". 

 

Uma passageira que cruzava a cidade do Rio de Janeiro de ônibus era incomodada por um homem sentado ao seu lado, quando recebeu um bilhete de ajuda de uma desconhecida. O exemplo de sororidade viralizou nas redes sociais.

Thaíza Paula contou que o homem sentado ao seu lado, olhava fixamente em sua direção e aquilo lhe constrangia. "A vontade de levantar e sair de perto, era grande. Mas o medo do próprio tentar fazer alguma coisa pra impedir, era maior ainda!", revelou em publicação nas redes sociais.

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Uma passageira, na cadeira de trás, percebeu que se tratava de um caso de assédio e "cutucou" Thaíza, entregando um bilhete escrito: "Moça, mexe na sua orelha direita, se esse cara ao seu lado estiver te incomodando. Meu nome é Camila e você pode fingir que me conhece".

A vítima entendeu o recado e fingiu que eram conhecidas, depois, passou para a cadeira ao lado da moça. "O tal 'homem' ficou meio sem entender nada, e logo em seguida desceu do ônibus", revelou Thaíza. As mulheres conversaram, trocaram WhatsApp e tornaram-se amigas.

"O mundo já está tão ruim, e nós mulheres temos que estar mais unidas", disse Camila a nova amiga, que agradeceu. "CAMILA, muito obrigada pelo seu ato de ajuda. Obrigada mesmo! Serei eternamente grata!", em postagem com 102 mil reações; 5,7 mil comentários e 45 mil compartilhamentos.

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Celebrado em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher não é um momento para dar flores, maquiagens ou produtos de beleza. Por trás da oportunidade capitalista, a data rememora, todos os anos, séculos de luta por igualdade de gênero, levando em consideração, sobretudo, melhorias e adequações nas condições de trabalho.

No Brasil, a história mais aceita para a comemoração do dia 8 de março é em virtude de um incêndio provocado em uma fábrica têxtil em Nova York, nos Estados Unidos. Entretanto, o próprio levantamento sobre o sinistro é confuso historicamente. A primeira versão traz que o fogo foi ocasionado em 1911; 125 mulheres e 21 homens morreram carbonizados enquanto trabalhavam. As precárias condições do lugar ocasionaram uma rápida propagação das chamas, impossibilitando a fuga dos atingidos.

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Já a outra versão do incêndio aponta provocação policial, após mulheres entrarem em greve pedindo melhorias nas condições de salários e diminuição da carga horária, já que as trabalhadoras chegavam a ficar por 14 horas em produção, de segunda-feira a sábado, na Triangle Shirtwaist. Os grevistas foram trancados em um galpão e em seguida incendiados vivos.

Apesar disso, outros momentos de luta e greves de mulheres em fábricas também apontam para o processo de escolha da data. De acordo com o calendário Juliano adotado antigamente pela Rússia, em 23 de fevereiro de 1917 - 8 de março segundo o calendário gregoriano -, operárias russas paralisaram os trabalhos para pedir melhores condições de trabalho e protestar contra a fome, instaurada no país em decorrência da Primeira Guerra Mundial.

Oficialização

Após décadas de luta, o dia 8 de março só chegou a ser oficializado Dia Internacional da Mulher pela Organização das Nações Unidas em 1975. Segundo a professora e pesquisadora Danielle Camelo, é importante que a data seja lembrada como forma de força. “O importante é pensarmos nessa data como símbolo de luta dos movimentos femininos e feministas, ao invés da romantização. Há muito desse pensamento, que nós, mulheres, nascemos com herança para sermos mães, frágeis, delicadas, etc.”, explica a docente.

De acordo com a pesquisadora, a luta pela igualdade de gênero vem à tona desde o século 19. “Há muito tempo que as mulheres vêm lutando por melhores condições dentro da sociedade. O feminismo surgiu desde o século 19, sendo um movimento de mulheres para mulheres e em prol dos direitos de trabalho, salários, etc.”, destaca a professora. 

Brasil

Danielle Camelo também aponta para as lutas de mulheres no Brasil. “Em Pernambuco, em 1646, durante a expulsão dos holandeses, 600 deles saíram da Ilha de Itamaracá e foram até Tejucupapo em busca de dominar aquela região que era rica em mandioca e caju, para abastecer a tripulação. Eles escolheram um domingo porque sabiam que os homens estariam no Recife e acharam que com a cidade só com mulheres seria mais fácil de dominar. Mas chegando lá, as mulheres lideraram uma revolta e conseguiram vencer o holandeses utilizando armas simples, como água quente e pimenta. Quatro mulheres lideraram essa investida, Maria Camarão, Maria Quitéria, Maria Clara e Joaquina, e elas precisam ser nomeadas na história”, detalha Danielle Camelo.

Nos anos seguintes, os movimentos de mulheres a favor da igualdade entre os gêneros ganharam força e as sufragistas entraram em cena pela participação política feminina. No Brasil, a mulher conquistou o direito ao voto apenas em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas.

Progressão

Apesar das conquistas, ainda há a necessidade de alcançar patamares maiores de igualdade de gênero. A docente Danielle Camelo salienta que nomes de luta, revolução e protagonistas femininas precisam ganhar mais visibilidade. “Os nomes das mulheres que fizeram história são apagados por quem conta o processo de desenvolvimento da sociedade. Entretanto, recentemente vemos um salto no reconhecimento de figuras femininas”, salienta.

Segundo a professora, ainda há muito o que ser conquistado pelas mulheres. “As mulheres passaram a ter, sim, grande participação na história, mas ainda há muita coisa a ser alcançada. As mulheres ainda precisam dizer que o corpo é delas e que elas devem controlá-lo. Ainda precisam lutar pela liberdade sexual”, ressalta.

Feminismo

Muito polêmico, o feminismo é um conceito geralmente incompreendido para quem não é impactado ou é condescendente com a estrutura patriarcal do mundo. Se por um lado há quem ache que ser feminista está em andar sem sutiã e não se depilar, por outro, há quem entenda a importância de atitudes como essas para promover a igualdade de gênero, respeito e sororidade.

O feminismo não é uma onda de pensamento recente, tendo surgimento  em 1791, com a resposta da dramaturga Olympe de Gouges para Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, na França. A Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã pedia o direito a voto, à propriedade e ao acesso às instituições políticas. Olympe foi guilhotinada dois anos depois, por ter “traído a natureza de seu gênero”.

Até hoje, movimentos liderados por mulheres ganham força e voz ao redor do mundo. O mais popular no Brasil é a Marcha das Vadias, que é realizado em todo território nacional. A origem da passeata é do Canadá, na Universidade de York, após um policial sugerir que as mulheres evitassem se vestir como vadias para não serem vítimas de crimes sexuais. A indicação sugeria que, de alguma forma, a mulher poderia ser a culpada pelo assédio ou estupro.

Por ser um movimento plural, o feminismo ganha diversas vertentes ao longo dos anos. “Existe o movimento das feministas negras, que trazem duas mazelas da sociedade, que é a questão de gênero e de etnia, o racismo. Há as feministas liberais, que indicam a participação de homens na luta; como também existem as feministas mais radicais, que não permitem a inclusão de homens e alegam ser uma luta apenas de mulheres para mulheres. Esses são alguns dos embates no feminismo, mas é algo natural por ser uma luta pluralizada. O que pode ser feito é o diálogo entre os grupos dos movimentos”, comenta Danielle.

Aparições no Enem

Dentro das edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o feminismo e a luta pelos direitos das mulheres já ganharam espaço. Questões de filosofia, sociologia e até mesmo português já foram contempladas com textos de feministas como Simone de Beauvoir. Confira abaixo a questão e a resolução:

Confira resposta:

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Paola Carosella usou o Instagram no último domingo (9) para desabafar. A jurada do MasterChef defendeu na rede social o direto da mulher de não aderir à depilação, de fazer o que quiser, sem se preocupar com as cobranças da estética. Através de uma foto de maiô, e exibindo as axilas, Paola afirmou que as mulheres merecem ser felizes.

"Você pode e deve se jogar na areia e deitar no sol tranquilamente sem ter depilado a axila. Nem a perna, nem nada. Você pode e deve fazer o que te faz feliz por que assim você faz bem para você e para os outros. Ser feliz é quase que uma obrigação", escreveu.

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O público feminino de Paola vibrou com a publicação. "Vou levar essas palavras para o resto da minha vida e lembrar delas todas as vezes que me sentir feia ou quando estiver com vergonha de usar biquíni", comentou uma das seguidoras da Chef.

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A Escola Pernambucana de Circo estreia o espetáculo feminista Flores Fortes, em formato de circo-teatro, que aborda temas como violência doméstica e sexual, sororidade e empatia entre mulheres. As montagens serão realizadas na sede da escola, que fica na Avenida José Américo de Almeida, bairro da Macaxeira, Zona Norte do Recife, nas próximas terça (20) e quarta-feira (21), além dos dias 26 e 27 de novembro, sempre às 19h. A entrada é gratuita. 

A montagem do espetáculo foi viabilizada através de um financiamento coletivo realizado na plataforma Benfeitoria durante dois meses. Inicialmente, a ideia era realizar as apresentações também em escolas públicas do Recife, a fim de alcançar o público jovem, o que ainda é um objetivo futuro da escola. 

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“Flores Fortes é isso: mulheres, força, empoderamento, união, vida, todas desnudando-se para refazerem-se mais fortes com as partes de um todo que são cada uma que se juntam em um enlace fraterno e singular. Por isso, a plateia é convidada a dividir esses momentos de empatia e solidariedade”, conclui Fátima Pontes, coordenadora executiva da Escola Pernambucana de Circo. 

Serviço

Flores Fortes 

20, 21, 26 e 27 de novembro | 19h 

Escola Pernambucana de Circo (Av. José Américo de Almeida, 5 - Macaxeira) 

Gratuito 

3266-0050/3034-3127/(81) 9 8606.7715 

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Bruna Marquezine usou seu perfil no Instagram para se solidarizar à amiga Claudia Leitte. A atriz comentou o episódio pelo qual a cantora passou no último sábado (10), no palco do Teleton, quando foi constrangida por um comentário feito pelo apresentador Silvio Santos. Firme, Marquezine aproveitou para mandar um recado para o veterano da TV.

Com uma postagem que ostentava a hashtag #chegadeassédio, Bruna falou sobre a situação sofrida por Claudia Leitte. "Quando em rede nacional e durante um programa social, um apresentador assedia uma cantora, podemos ver como essa violência é normalizada na nossa sociedade. Tão normalizada que muitas de nós não sabem como reagir. A vergonha, o medo da retaliação e a exposição nos paralisam".

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Ela também fez questão de frisar sua opinião a respeito: "Mas é preciso lembrar: ISSO NÃO É NORMAL. E o fato disso estar na TV só desencadeia um efeito devastador para outras milhões de mulheres que sofrem essa mesma violência".

Por fim, a atriz deixou um recado para o dono do SBT: "Veja bem, Silvio, roupa não é convite. Respeito. Não nos calaremos. Nos acolheremos". Algumas seguidoras insinuaram nos comentários que Bruna estava querendo 'aparecer' às custas do ocorrido, ao que ela, sem qualquer cerimônia, rebateu: "Eu tô precisando me aparecer mesmo", disse ironizando.

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A Escola Pernambucana de Circo está promovendo uma campanha de financiamento coletivo que tem como objetivo viabilizar a montagem de um espetáculo feminista. “Flores Fortes” tem o formato de circo-teatro, foi idealizado pela Trupe Circus e pretende levantar o debate sobre temas como sororidade e violência contra a mulher em escolas da zona norte do Recife. 

O elenco é formado por seis mulheres do grupo de artistas da Escola Pernambucana de Circo. No espetáculo, elas falam de colaboração, empatia entre mulheres, violência doméstica e sexual em meio a música, malabares e pirofagia, entre outras modalidades do circo. 

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O crowdfunding está sendo realizado através da plataforma de financiamento Benfeitoria e tem como meta arrecadar R$ 20.250 até o dia 30 de setembro, em regime de tudo ou nada: se não alcançarem a meta, não ficam com o valor que haviam arrecadado até o fechamento do prazo da campanha.

A coordenadora executiva da Escola Pernambucana de Circo, Fátima Pontes, conta que a ideia do espetáculo surgiu de uma angústia da escola com o aumento da violência contra as mulheres em todo o país, mas principalmente nas periferias do Recife.

“Sentimos a necessidade de abordar esse tema, mas não pelos índices alarmantes que situam a violência contra a mulher, e sim pelo sentimento de como nós, mulheres, podemos ajudar umas às outras e, assim, diminuir esses índices”, explicou ela. 

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As famosas têm usado as redes sociais para engrossar o coro pela sororidade. Recentemente, a atriz Alice Wegman falou sobre a rivalidade que o público alimenta no meio artístico, entre as atrizes. Neste sábado (2), foi a vez da, agora cantora, e também atriz, Cleo Pires, rebater um comentário de uma seguidora pedindo mais apoio entre a classe feminina.

Em uma postagem em que Cleo falava sobre o seu direito (ou não) de mostrar os seios, a segudiora marcou a cantora e disse: "Alguém desliga a Cleo que já tá chata". Automaticamente, Cleo respondeu: "Fico triste quando mulheres me ofendem só por eu ser uma também, mulher lutando da minha forma pra me libertar de opressões culturais que viraram normas sociais e me impedem de viver pequenas liberdades proporcionadas à todos que não tenham nascido mulher".

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O tema tem sido assunto recorrente nas redes sociais da 'Jungle Kid', e ela continuou o discurso parecendo explicar o por quê disso: "Porque na minha cabeça era para estarmos juntas, apoiando umas às outras independente da escolha de cada uma. Porque não podemos escolher formas diferentes de nos definir, além do que foi imposto pela sociedade? Uma mulher de verdade é recatada ou não, é mãe, ou não, é sofisticada, ou não, é culta, ou não." 

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2017 foi mais um ano para as mulheres mostrarem, através da sororidade, o quão forte e unidas estão. O LeiaJa.com montou uma lista com algumas das diversas iniciativas de mulheres para mulheres iniciadas ou existentes ainda neste ano.

#MexeucomUmaMexeucomTodas

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Movimento na internet após a denúncia de assédio sexual feito pela figurinista Su Tonani contra o ator José Mayer. Funcionárias da emissora tiveram participação importante na mobilização.

#MeToo

A partir da denúncia de assédio contra o produtor Harvey Weinstein, surgiu a hashtag #MeToo, ou #EuTambém no Brasil, em que mulheres envolvidas com a indústria em todos os níveis passaram a relatar histórias de abuso sexual.

The Women's March 

Foi um protesto realizado em várias partes do globo no dia 21 de janeiro deste ano. A manifestação lutava pelo direito das mulheres, reforma na política de imigração, reforma do sistema de saúde, direitos reprodutivos, direitos LGBT, igualdade de raça, liberdade religiosa, entre outras demandas. Nos Estados Unidos, o principal alvo foi o presidente Donald Trump, por causa de suas opiniões consideradas misóginas. 

Um Emprego pra Rebeca 

Campanha para ajudar Rebeca Mendes Silva Leite, de 30 anos, a conseguir um emprego. Movimentos feministas também lutaram para que a mulher conseguisse autorização para abortar no Brasil. Ela teve a solicitação negada no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal de Justiça de São Paulo. A estudante conseguiu realizar a interrupção na Colômbia. Com um trabalho temporário prestes a encerrar, ela teme não conseguir outro emprego por conta da decisão que tomou.

União de Mães de Anjos (UMA) 

Organização pernambucana criada ainda em 2015 por mães de crianças com microcefalia. Atualmente, o grupo atende mais de 300 famílias lutando por assistência adequada para seus filhos.

Beta, a robô feminista

Betânia, ou beta, é uma robô programada para dar orientações sobre o direito das mulheres através de mensagens do Facebook. O dispositivo ajuda a mobilizar pessoas contra projetos de lei, por exemplo. De forma automática, Beta responde sobre o que é feminismo e machismo e atualiza sobre ações políticas que envolvem direitos das mulheres.

Laudelina 

Aplicativo desenvolvido pela ONG Themis direcionado para empregadas domésticas. O app informa sobre salários, direitos, rescisão contratual, telefones úteis, além de oferecer espaço para denunciar abusos.

Networking das Minas 

Grupo no Facebook para divulgar oportunidades de empregos a mulheres. O público utiliza o espaço para descrever um pouco das suas aptidões em busca de empregadores. O grupo de Pernambuco possui mais de 4 mil membros. 

Leia Mulheres 

Criado ainda em 2014, o projeto incentiva a leitura de escritoras. Encontros acontecem em cidades como Recife, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, entre outras. 

Pegue um, caso precise. Deixe um, se tiver sobrando 

Projeto surgido em 2016 na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Consistia em um posto improvisado de doações de absorventes. Os pontos se multiplicaram na instituição, também surgindo em outras universidades, como a Católica. Segundo os estudantes, a iniciativa não está mais vigente neste final de ano. 

As mães que forem participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e não tiverem com quem deixar os filhos, poderão, novamente, entrar em contato com o projeto Mães no Enem, que tem como objetivo unir candidatas e voluntárias a cuidar dos filhos das participantes do exame. A iniciativa começou no ano passado, quando 44 mulheres de cinco estados puderam contar com a ajuda de voluntárias para cuidar de seus filhos enquanto faziam a prova. Para este ano, as inscrições já estão abertas, tanto para mães como para voluntárias.

“O objetivo do projeto é a sororidade [união e aliança entre mulheres], e isso é algo que está começando a acontecer, esse ajudar sem medo. E mostrar que somos parceiras, que estamos dentro da mesma estrutura, cada uma com suas demandas. Que estamos em um sistema que não nos privilegia, que nos subjuga”, explica a idealizadora do projeto, jornalista Fernanda Vicente.

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Além do auxílio no dia da prova, o movimento oferece aulas online de língua portuguesa e redação e acompanhamento psicológico para as candidatas. O contato para participar, tanto para mãe como para voluntárias, pode ser feito pelo e-mail maesnoenem@gmail.com

Segurança

Fernanda reconhece que, por ser um projeto novo, e especialmente por se tratar de crianças, existe ainda um certo medo para a adesão. Tanto é que foram 245 inscritas no ano passado, mas só foram concretizados 44 atendimentos. Por isso, o Mães no Enem adota medidas de segurança, como o cadastro das participantes e a assinatura de termos de responsabilidade.

A mulher que quiser ser voluntária no projeto deve preencher uma ficha de inscrição e enviar cópia de seus documentos e comprovante de residência, e toda documentação é mantida em sigilo. Após a análise das responsáveis pelo projeto, o nome é inserido na lista de voluntárias de acordo com o estado, cidade e bairro em que é feito o cadastro. A família da criança fica responsável por fazer a análise da vida da voluntária. Depois que a parceria entre a mãe e a voluntária é firmada, o projeto encaminha um termo de responsabilidade para as partes envolvidas assinarem.

Universidade

Depois de ajudar as mães que prestaram o Enem, o grupo decidiu ampliar o projeto, auxiliando também as mulheres que estão na universidade. “Nós vimos que não basta só ajudar no período do Enem, porque essa mãe vai entrar na universidade e vai continuar com o problema de não ter com quem deixar o filho, de não poder frequentar”, diz Fernanda.

Nesse caso, o projeto é mais amplo e recebe vários tipos de ajuda, tanto o auxílio para ficar com filho para que a mãe universitária possa frequentar as aulas ou fazer provas, como ajuda com trabalho acadêmico, com empréstimo de livro, com carona solidaria. “Qualquer ajuda é bem-vinda”, diz Fernanda. Entre dez e 15 mulheres são atendidas por mês.

O Mães no Enem também está promovendo uma campanha de arrecadação de notebooks, fazendo o intermédio entre estudantes que precisam do equipamento e mulheres que queiram doar. Há também o serviço de manutenção gratuita de computadores, em parceria com a Infopreta, que é uma assistência técnica que atende mulheres da periferia

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