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Um estudo realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), revelou que os negócios liderados por empreendedores mais velhos são os que sofrem impactos na crise provocada pelo novo coronavírus. De acordo com a pesquisa, entre os entrevistados com 56 anos ou mais, 51% fecharam suas empresas temporariamente, enquanto 45% dos gestores de até 35 anos resolveram mudar os rumos dos segmentos que atuam e continuam no mercado.

Chamados de sêniores, os empreendedores com 56 anos ou mais, segundo o estudo, amargaram mais prejuízos. Quarenta e seis por cento desses empresários acreditam que seus negócios funcionam apenas com a presença dos donos. “Por outro lado, 35% dos empreendedores com até 35 anos passaram a utilizar ferramentas digitais, tendência que se estendeu em diversos setores nos pequenos negócios, principalmente nesse período da crise. Em todas as faixas etárias houve significativa diminuição do faturamento, com queda maior entre os mais velhos, chegando a 71% de perda, onde houve queda. Onde houve acréscimo de receita, os negócios dirigidos pelo público mais jovem chegaram a alcançar 40% de aumento em relação a uma semana normal”, acrescentou o Sebrae.

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No total, 10.384 empreendedores participaram da pesquisa, promovida do dia 30 de abril a 5 de maio. O Sebrae revelou o perfil dos participantes: “O público com até 35 anos é composto majoritariamente por Microempreendedores Individuais (MEI) com maior participação do total de entrevistados nas áreas de comércio e serviços, conforme identificou a amostragem do Sebrae. Em relação ao gênero, 53% do empresariado mais jovem é composto por mulheres. Considerando o grau de instrução dos entrevistados, entre os empreendedores mais velhos está a maior proporção de pessoas com baixa escolaridade: 18% tem ensino médio incompleto ou menos. No entanto, nessa faixa etária é quando os empreendedores mais arrecadam. Os mais novos faturam R$ 23,3 mil e os empresários com 56 anos ou mais chegam aos R$ 32,6 mil”.

Confira, a seguir, os principais resultados do levantamento realizado pelo Sebrae em parceria com a FGV:

- Entre os donos de pequenos negócios mais velhos, há uma proporção mais alta dos que fecharam temporariamente (51%);

- Entre os mais novos, há uma proporção mais alta dos que mudaram mais o funcionamento (45%); - Os mais velhos tiveram mais negócios que não conseguem funcionar, pois só funcionam presencialmente (46%);

- Os mais novos passaram a utilizar mais ferramentas digitais (35%);

- Todas as faixas etárias tiveram diminuição de faturamento, mas a queda foi maior entre os mais velhos. Onde houve queda, a queda foi de -71%, nesse grupo dos mais velhos;

- Onde houve aumento de faturamento, foi maior entre os mais novos (+40%);

- Os mais novos têm 3,3 empregados, em média. Os mais velhos 3,7, em média;

- Os mais velhos conhecem mais a medida governamental de redução de jornada e salários. Mas foram os mais novos que mais utilizaram a redução de jornada e salário;

- Em geral, os mais velhos são os que mais costumam buscar e mais conseguem empréstimo bancário;

- Os mais novos precisam 21% a menos para manter o negócio sem fechar (R$11,6 mil contra R$ 14,6 mil entre os com 56 anos ou +);

- Entre os mais jovens, há maior proporção de mulheres (53%); - Entre os mais velhos é alta a proporção de pessoas com baixa escolaridade (18% têm ensino médio incompleto ou menos);

- Os empreendedores mais novos têm negócios com 4,6 anos, em média. Os mais velhos 9,8 anos, em média;

- Os mais novos faturam R$ 23,3 mil, em média. Os mais velhos faturam R$ 32,6 mil em média.

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