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A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que aumenta de 0,5% para até 2% da receita bruta operacional o limite de despesas com publicidade e patrocínio por empresa pública e sociedade de economia mista em cada exercício, além de mudar limites de gastos em ano eleitoral. O texto segue para o Senado.

Pelas regras atuais, é possível atingir os 2% por proposta da diretoria justificada com base em parâmetros de mercado do seu setor e mediante aprovação pelo respectivo Conselho de Administração.

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O substitutivo aprovado pelos deputados muda também o período mínimo de desvinculação da estrutura decisória de partido político ou de trabalho vinculado à organização, estruturação e realização de campanha eleitoral para que o indicado possa tomar posse em cargo de diretoria ou de conselho de administração de empresa pública e sociedade de economia mista da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. A mesma regra também foi estendida para as agências reguladoras.

*Com informações da Agência Câmara de Notícias

A Minas Gerais Administração e Serviços S.A. (MGS) não conseguiu reverter decisão que a condenou a reintegrar uma funcionária cuja dispensa foi considerada discriminatória, por ela ser adventista. Para a Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TS), a empresa não conseguiu apresentar recurso derrubando a tese de que se trata de discriminação religiosa.  

A trabalhadora trabalhou pouco mais de um ano no município de Manhumirim-MG, como vigia, até ser demitida sem justa causa. Ela afirmou ter sido dispensada por pertencer à Igreja Adventista, cuja doutrina proíbe o trabalho no período entre o pôr do sol de sexta-feira e o de sábado. A vigia conta ainda ter a condição sido aceita até setembro de 2010, quando a empresa passou a exigir trabalho aos sábados. Diante da impossibilidade, veio a demissão. 

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Na justificativa, a MGS disse que a vigia não tinha disponibilidade de horário para atender às necessidades do setor e não havia outra vaga compatível para remanejamento. Para a empresa, a alegação de que a crença religiosa foi determinante para sua demissão era “fruto de sua mente fértil e imaginária” e que, por ter entrado através de concurso, a funcionária “estava ciente das condições, local e horário de trabalho definidos pela empresa”. 

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 3ª Região (MG) considerou a vigia como vítima de discriminação religiosa e sua dispensa sendo “arbitrária, ilegal e discriminatória”. Segundo o TRT, não ficou comprovada a real necessidade da profissional trabalhar aos sábados, nem os eventuais prejuízos causados pela manutenção de seu horário anterior nem a inexistência de vagas para remanejamento. 

Os advogados da companhia ainda alegaram que a contratação por concurso público não impede a MGS, empresa pública, de livremente despedir seus empregados. Para a defesa, não há determinação expressa do artigo 37 da Constituição Federal quanto à necessidade de motivação dos atos praticados pela Administração Indireta.

Já o relator do recurso, ministro Hugo Carlos Scheuermann, pontuou que a controvérsia não é propriamente sobre a necessidade ou não de ato motivado para dispensa, e sim sobre discriminação. “A empresa não contestou no recurso o fundamento do TRT-MG de que a dispensa foi discriminatória”, ele afirmou.

Recursos  - A decisão da Primeira Turma foi unânime. Após a publicação da decisão, a MGS pediu recurso extraordinário, para o caso ser levado ao Supremo Tribunal Federal (STF). A trabalhadora, por sua vez, pediu antecipação de tutela cobrando a reintegração imediata. Os dois pedidos estão sendo examinados pela vice-presidência do TST. 

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, criticou as intervenções do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) na Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Segundo o senador, a gestão peemedebista iniciou o processo de desmonte da emissora e já estuda propostas para a extinção do órgão. 

O petista afirmou que nesta semana a gestão do peemedebista anunciou mudanças na grade TV Brasil. As alterações, inclusive, foram questionadas pelo conselho curador, órgão responsável por garantir a autonomia sobre a programação da EBC.

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“O que a gente vê é, passo a passo, a tentativa de desmonte da EBC. Primeiro, eles tentaram ilegalmente destituir o presidente da empresa, Ricardo Melo, e depois tiveram que voltar atrás por determinação judicial. Agora resolvem mudar a grade sem ao menos conversar com o conselho curador. Isso só mostra o desapreço dessa gestão temerária com a comunicação pública”, afirmou.

Segundo o líder do PT, as mudanças propostas na grade, inclusive, “reforçam preconceitos”.  É o caso do programa "Estação Plural", que debate temas relacionados à diversidade sexual. Ele teve o horário alterado na programação. Anteriormente exibido nas sextas, o programa será veiculado nas segundas-feiras.

“Vi em um jornal um diretor executivo da TV Brasil contratado por Temer falar que o programa mudou de dia porque o público LGBT nas sextas ‘prefere às noitadas’. Isto só reforça os estereótipos que precisam ser combatidos. O programa fala sobre pluralidade, aceitação. Coisa que esse governo não entende”, afirmou o senador.

Segundo Humberto, é fundamental a mobilização da sociedade em torno da EBC. “A EBC não é patrimônio de nenhum governo. É patrimônio público. É um instrumento para garantir uma comunicação pública, democrática e de qualidade. Não podemos deixar que esse patrimônio seja aniquilado”, defendeu o senador.

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