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Após declarar apoio a Aécio Neves (PSDB) na sucessão presidencial, a ala do PSB favorável ao apoio ao tucano Aécio Neves montou ontem uma chapa para concorrer à nova direção da sigla sem os nomes mais próximos ao PT e que defendiam a neutralidade ou o apoio à presidente Dilma Rousseff neste 2.º turno.

Com isso, o presidente interino do PSB, Roberto Amaral, e a deputada Luiza Erundina (SP), ficaram de fora da chapa oficial para a direção do partido no triênio de 2014 a 2017. A reunião que elegerá o novo diretório está marcada para segunda-feira.

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A chapa é encabeçada por Carlos Siqueira, até então primeiro secretário do PSB. A articulação foi feita em conjunto com o grupo de Pernambuco, Estado de Eduardo Campos, que presidia a sigla até morrer em um acidente aéreo em agosto.

Fortalecido após o resultado das urnas, o governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara, ficou com a vice-presidência. Outros dois pernambucanos integram a chapa: o ex-ministro de Integração e senador eleito, Fernando Bezerra, e o prefeito de Recife, Geraldo Júlio.

Amaral era candidato à presidência, mas a articulação comandada por Siqueira e os pernambucanos o isolou. Em reação, ele acusou os correligionários do Nordeste de praticar a política do "coronelismo, enxada e voto", tese do ex-ministro Victor Nunes Leal para tratar das relações entre donos de engenho e empregados.

A articulação, além de aproximar o partido do PSDB, afasta-o ainda mais de Marina Silva, candidata à Presidência pela sigla, que foi derrotada nas urnas. Siqueira, que deve assumir o comando da sigla, se desentendeu com ela no dia em que o PSB a escolheu para ocupar o lugar de Campos na chapa presidencial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Autora do primeiro requerimento para realizar uma sessão de 50 anos do golpe militar de 1964, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) criticou o comando da Câmara pela forma como os trabalhos foram conduzidos. Ela afirmou que, ao se propor igualdade de tempo entre ela e Jair Bolsonaro (PP-RJ), a Casa estava legitimando uma defesa da ditadura. Por isso, diz, apoiou a manifestação que acabou com o encerramento da sessão antes de o parlamentar favorável à ditadura discursar.

"O golpe continua com os desrespeitos aos direitos humanos. Não acabou a ditadura. A lei de anistia é um absurdo jurídico, anistia algozes e vítimas. E a Câmara errou aqui. Não há neutralidade numa questão dessa", disse a deputada.

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Bolsonaro afirmou que sua fala foi impedida porque os adversários não queriam ouvir "verdades" sobre o período militar. O deputado diz que faria ataques ao PT, à presidente Dilma Rousseff e ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, preso no processo do mensalão. "Ia torturá-los com muitas verdades", ironizou o deputado.

Uma das principais puxadoras de votos do PSB em São Paulo, a deputada federal e ex-prefeita da capital Luiza Erundina defende que seu partido se afaste do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e entre na campanha estadual de 2014 com um candidato próprio. Antes isolada do comando da sigla, que é presidida no Estado pelo deputado federal Márcio França, ela ganhou força e destaque depois da aliança entre o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, de quem é amiga pessoal.

As duas conversaram longamente na segunda-feira, 07. "Acredito que, com a entrada da Rede no PSB, cresce a tese da candidatura própria. A discussão em São Paulo se retoma no marco zero", disse Erundina. A posição da deputada é defendida por outros membros da direção nacional do PSB, mas enfrenta resistência dos dirigentes locais. Até o acordo Marina-Campos, estava praticamente acertado que o partido apoiaria Alckmin no seu projeto de reeleição.

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O problema é que a Rede já afirmou ter restrições de apoiar candidatos tanto do PSDB quanto do PT, o que pode trazer problemas para a composição de alianças regionais. A chapa dos sonhos dos marineiros para o governo paulista seria encabeçada por Walter Feldman e teria o vereador Ricardo Young (PPS) como vice. "Em São Paulo, havia essa tendência, defendida pelo Márcio França, de se aliar com Alckmin e ter o Márcio como vice. Isso tudo não foi fruto de reuniões e decisões formais, mas era o que se sentia no PSB", afirmou Erundina.

A deputada avalia que é cedo para falar em nomes, mas reservadamente os integrantes do PSB que defendem essa tese apresentam três opções: a própria Erundina, França e o deputado federal Walter Feldman. Ex-tucano, ele passou a dividir com França o comando do diretório por indicação da Rede. A primeira reunião entre os membros da Rede e do PSB paulista será na manhã desta sexta, 11.

Ex-petista, Erundina faz coro com os dirigentes da Rede e se diz incomodada com a aproximação do PSB com políticos como Jorge Bornhausen, Ronaldo Caiado e Heráclito Fortes, que historicamente são antagonistas dos partidos de esquerda. "Essas alianças já não eram uma questão tranquila no âmbito do PSB. É evidente que me senti desconfortável com a filiação de Jorge Bornhausen. Sou uma entusiasta da candidatura do Campos à Presidência, mas essas alianças heterodoxas não têm meu apoio", afirmou ela.

Depois de anos isolada da direção do partido, Erundina foi a única parlamentar do PSB que teve espaço no programa de TV da sigla exibido nesta quinta-feira, 10. No dia do anúncio do apoio a Campos, sentou-se ao lado de Marina no centro da mesa. Apesar da amizade com Marina, a deputada disse que é ainda é precoce o debate sobre quem será o candidato presidencial do PSB.

Aceno tucano - Alckmin deve encontrar França no fim de semana para discutir a aliança no Estado. Além disso, o governador já começou a costurar com o PSB uma visita de Campos ao Palácio dos Bandeirantes na semana que vem. A proposta é montar uma agenda administrativa para reforçar a parceria dos governadores. Depois disso, os dois devem se reunir para negociar a situação dos partidos.(Colaborou Ricardo Chapola). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A deputada federal Luiz Erundina (PSB-SP) defendeu nesta segunda-feira, 23, no Rio, a saída de seu partido do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). O PSB anunciou na semana passada a decisão de entregar todos os seus cargos na administração federal, inclusive o Ministérios da Integração Nacional e a Secretaria de Portos.

"(A entrega dos cargos) é uma medida necessária e natural, já que estamos com uma candidatura posta, embora não oficialmente", afirmou a socialista, referindo-se à possível candidatura à Presidência da República de Eduardo Campos, presidente do PSB e governador de Pernambuco.

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Erundina disse ainda que seu partido deve colocar seu projeto de nação em debate com a sociedade. "Eduardo Campos tem experiência administrativa aprovada em duas gestões em Pernambuco, com altos índices de popularidade. Todo partido tem um projeto de poder. Um poder para ser colocado a serviço do povo", ressaltou a parlamentar, após visitar as instalações do 1º Batalhão de Polícia do Exército, na zona norte do Rio, onde funcionou o Destacamento de Operações de Informações Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), principal centro de tortura durante a ditadura militar. Erundina é autora de um projeto de lei em tramitação no Congresso que pretende rever a Lei de Anistia e permitir que torturados sejam julgados pela Justiça.

A deputada Luiza Erundina (PSB-SP) afirmou há pouco que "o Exército brasileiro ainda pensa que está na ditadura". Erundina referia-se ao anúncio de que militares teriam vetado a sua presença no grupo de parlamentares que vai visitar as antigas instalações do DOI-Codi no Rio de Janeiro. A visita estava marcada para sexta-feira, mas deverá ser cancelada por causa do veto.

"Não sei o que aconteceu. Mas só posso dizer que o Exército acha que ainda está vivendo o período da ditadura", insistiu a deputada. Segundo ela, não existe nenhuma motivação aparente para ser vetada, a não ser o fato de ter apresentado um projeto de lei que revoga a Lei da Anistia. "Se são contrários à proposta, que façam o debate no Congresso e não esses vetos sem sentido", afirmou Erundina.

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O senador João Capiberibe (PSB-AP), que preside a Subcomissão da Verdade, Memória e Justiça do Senado, já comunicou que vai recusar o convite do Exército. Como ele, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) também deve desistir. O local, no bairro da Tijuca, foi usado pela ditadura para prender e torturar adversários do regime. Hoje, funciona lá o 1º Batalhão da Polícia do Exército.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta de emenda constitucional (PEC) que inclui o transporte entre os direitos sociais do brasileiro. A PEC é uma das bandeiras do Movimento Passe Livre (MPL), que defende a adoção de tarifa zero no transporte público. A proposta seguirá agora para uma comissão especial antes de chegar ao plenário da Casa.

A proposta foi patrocinada pelo PSB. A autora é a deputada Luiza Erundina (SP) e o relator foi o líder da bancada, Beto Albuquerque (RS). Eles ressaltam que a proposta não institui de imediato a tarifa zero, mas obriga o Estado a elaborar políticas públicas para o setor.

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"Ao passar a ser um direito social o poder público deixa de ser apenas um mero gestor e terá de promover políticas públicas para oferecer um transporte digno para o cidadão", disse Albuquerque. "O cidadão poderá recorrer até a Justiça pedindo o atendimento desse direito", complementa Erundina.

O líder do PSB afirmou que a Câmara deverá realizar um amplo debate em plenário na próxima semana sobre o tema. Sobre a proposta da tarifa zero, Albuquerque ressalvou que é preciso examinar com cuidado a ideia para ver sua viabilidade.

Pela Constituição atual, são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados.

Em mais uma tentativa de se antecipar ao governo Dilma Rousseff numa medida com forte apelo popular, a bancada do PSB na Câmara dos Deputados decidiu patrocinar a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê a adoção da tarifa zero para todo o transporte público no País. O partido de Eduardo Campos, provável adversário de Dilma em 2014, é favorável à medida, que está na pauta de votação de hoje da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

Em carta aberta à presidente, o Movimento Passe Livre (MPL), cujos representantes se reuniram com Dilma ontem, cobra uma posição em relação à PEC, de autoria da ex-prefeita de São Paulo e atual deputada federal Luiza Erundina (PSB).

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A proposta foi apresentada por Erundina em 2011 e distribuída para a CCJ. Contudo, somente em março deste ano é que foi designado um relator para a matéria, o líder do PSB na Casa e entusiasta da candidatura presidencial de Campos, Beto Albuquerque (RS).

O líder socialista apresentou seu parecer, favorável à tramitação da PEC, em 13 de junho, quando os protestos em São Paulo na busca da tarifa zero para o transporte público terminaram em violentos confrontos entre polícia e manifestantes. "O direito ao transporte é chamado de ‘direito-meio’ porque ele influencia e condiciona o acesso aos demais direitos.

Para um cidadão ter acesso à rede pública de saúde, por exemplo, ele precisará utilizar algum meio de transporte. O mesmo se aplica ao acesso à educação, centros culturais e de lazer, liberdade de ir e vir, local de trabalho, e tantos outros direitos que necessitam de deslocamento para serem exercidos", diz o parecer de Albuquerque.

A PEC contou com apoio de 178 deputados federais para ser apresentada - para tramitar são necessárias pelo menos 171 assinaturas de parlamentares. Na lista de apoiadores da proposta estão o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e o deputado federal licenciado e atual secretário municipal de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto.

A PEC de Luiza Erundina é o 32.º item da pauta da CCJ de amanhã. Se aprovada, ainda terá um longo caminho a percorrer. Terá de passar ainda por uma comissão especial, pelo plenário da Casa para, depois, ser remetida ao Senado.

Royalties. Não é a primeira vez que o PSB dá apoio a uma decisão política antes de Dilma. Campos também se antecipou à presidente e sancionou no fim de abril lei estadual que destina os recursos de royalties de petróleo para a educação. Pressionada pelos protestos, Dilma usou a cadeia nacional de rádio e TV na sexta-feira para cobrar a aprovação de um projeto de lei encaminhado ao Congresso em 2 de abril com idêntica finalidade.

A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) disse nesta tarde que as vaias direcionadas à presidente Dilma Rousseff durante a abertura da Copa das Confederações no último sábado, 15, em Brasília, podem estar relacionadas a irritação da população com os gastos para se trazer a Copa do Mundo ao Brasil e a dificuldade do governo federal em equacionar os problemas nas áreas sociais.

"É um evento que custou caro e as pessoas se questionam sobre os problemas na Saúde, na Educação e o déficit habitacional", comentou. Para a deputada, o governo precisa perceber o sinal de insatisfação que vem da sociedade. Erundina lembrou que em eventos esportivos as pessoas não estão predispostas a discursos políticos. "O futebol mexe com as emoções. A vaia não é coisa tão rara", ponderou.

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A deputada propôs na tarde desta segunda-feira que a Câmara crie uma Comissão Externa para mediar o diálogo entre manifestantes do Movimento Passe Livre e governantes para dar uma solução à questão da tarifa e a qualidade no transporte público. "Eles (manifestantes) têm razão, é uma coisa oportuna", afirmou. A pessebista disse na tribuna que a Câmara precisa "acordar" e perceber o movimento político que tomou as ruas do País.

Tarifa zero

Como ex-prefeita de São Paulo, Erundina disse que encaminhou em 1990 um projeto que eliminava a tarifa de ônibus na capital e que o atual prefeito, Fernando Haddad (PT), conhece sua proposta. De acordo com ela, o projeto previa a criação de um Fundo Municipal de Transporte, que seria mantido pela arrecadação do IPTU (assim como acontece com o serviço de coleta de lixo). A deputada contou que não teve apoio do PT para implementar o projeto que, segundo ela, ainda é viável e inspirou o Movimento Passe Livre.

O PSB de João Pessoa (PB) aprovou na quarta-feira (20) uma moção de aplauso à deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) por desistir da chapa do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Na homenagem, os pessebistas elogiam a "atitude corajosa, firme e coerente" da deputada nascida na Paraíba, que se recusou a dividir o palanque com o PP do deputado federal Paulo Maluf (SP) e abandonou a vaga. "Não é possível jogar toda uma vida para o alto em troca de um minuto e trinta e cinco segundos", diz a nota, aprovada por unanimidade.

Os pessebistas condenam ainda a busca do "poder pelo poder" e dizem que Erundina, ao abrir mão de uma chapa com chances de vitória, manteve a coerência e a retidão que marcaram sua trajetória política."Compreendendo as razões de nossa grande e exemplar companheira, que incomodada em dividir palanque com um dos ícones representante da direita de nosso País, abandona uma provável vitória eleitoral, na maior capital brasileira, para mandar um recado a todos que defendem o pragmatismo, acima de tudo nas lides políticas, ensinando que nem sempre ganhar significa vencer, pois as vitórias sem honra, não glorificam os vencedores", conclui a nota.

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A deputada, que sabia da possibilidade de coligação entre PT e PP antes de ser anunciada como vice de Haddad, voltou atrás na segunda-feira (18) após a repercussão negativa na imprensa e nas redes sociais da imagem de Haddad e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado de Maluf nos jardins de sua casa. Nesta sexta, fez questão de divulgar a homenagem no Twitter.

A deputada Luiza Erundina (PSB-SP) reafirmou nesta quinta-feira que não há como dividir o palanque com Paulo Maluf (PP), adversário histórico da oposição, referindo-se à sua desistência em participar da chapa de Fernando Haddad (PT) para a disputa pela prefeitura de São Paulo, após o acordo fechado entre o PT e o PP. A decisão colocou Erundina no foco das atenções nos últimos dias.

A deputada ressaltou, no entanto, que a atitude do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em formalizar a aliança para aumentar a participação do candidato na TV não diminui os méritos dele. "Nenhum de nós vai acertar sempre. Não é por um fato isolado que se neutraliza ou diminui tudo o que o Lula já fez", disse Erundina, que esteve hoje na OAB para tratar de homenagem aos advogados que atuaram na defesa de presos políticos, durante a ditadura militar.

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A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) afirmou em entrevista coletiva nesta tarde que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já deve ter percebido o erro cometido ao patrocinar uma aliança em São Paulo do PT com o ex-prefeito Paulo Maluf (PP). Erundina deixou nesta terça a posição de vice na chapa de Fernando Haddad por não concordar com a composição.

"O Lula é sensível, é intuitivo, ele, a essas alturas, já deve ter percebido o fora que deu", disse a deputada. "Não se trata de traição a mim, mas a princípios", completou.

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Erundina destacou que o fato de Lula ter ido até a casa do ex-prefeito pesou na sua decisão de abandonar a chapa. Ela afirmou que o acordo poderia ter sido fechado de forma discreta e em algum ambiente institucional. "Você vai à residência da pessoa quando tem intimidade, tem respeito. Não acho que Lula tem respeito por Maluf, mas a conveniência o levou a isso".

A deputada voltou a fazer ataques ao ex-prefeito. Enfatizou a atuação dele como prefeito e governador indicado durante o regime militar e disse que a presença de Maluf provoca contaminação a qualquer candidato. "A presença do Maluf só atrapalha, desqualifica, afasta as pessoas, tira a credibilidade de quem está junto com ele, mesmo uma pessoa como o Haddad, que é o melhor candidato para São Paulo".

Erundina disse que vai continuar apoiando Haddad por entender que uma posição de neutralidade beneficiaria o principal adversário de seu grupo político, o PSDB. Ela destacou que os tucanos também já tinham procurado Maluf atrás de aliança. "Eles só não tiveram o apoio do Maluf porque não pagaram o preço que ele queria".

Para ela, o PT fez uma concessão de princípios e está "supervalorizando a mídia" ao se aliar a Maluf para ampliar o horário na televisão durante a campanha. Ela destacou que a propaganda na TV não é suficiente se o projeto da candidatura não está bem construído, mas reafirmou a crença na viabilidade eleitoral de Haddad.

A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) disse estar "feliz" por ter recusado permanecer como vice na chapa do petista Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo após a aliança fechada pelo PT com o PP de Paulo Maluf. Erundina participa de sessão da comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara nesta quarta-feira. "Quando a gente faz uma coisa que corresponde ao anseio da sociedade a gente fica feliz", disse.

Em entrevista exclusiva publicada na edição desta quarta-feira no jornal O Estado de S.Paulo, a parlamentar disse que a foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado de Maluf provocou "repulsa" e que foi "bombardeada" nas redes sociais após o apoio a Haddad de seu adversário histórico. Ela falou ainda que seu gesto é por não aceitar a lógica do "vale-tudo" na política.

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Após ser surpreendido pela desistência da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) de ser vice na chapa do petista Fernando Haddad, o PT quer agora acelerar a escolha do novo nome para evitar crise na campanha.

Dirigentes petistas avaliavam ontem que o quadro pode ser revertido, desde que houvesse uma ação rápida e que o novo vice fosse uma decisão certeira. O PT trabalha com a indicação do PC do B para a vaga. Sabe, no entanto, que o PSB paulistano vai insistir na nomeação, apesar de a direção nacional da sigla ter dito ontem que cabe aos petistas a escolha. A campanha de Haddad diz que conversa com o PTB, de Campos Machado, com quem pretende discutir a indicação. O partido tem como pré-candidato Luiz Flávio D'Urso e é cortejado também pelo PSDB.

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"A aliança com o PSB está mantida e a própria Erundina disse que vai participar da campanha. Agora temos de buscar um vice entre os partidos aliados", disse o presidente do PT, Rui Falcão. "Precisamos escolher o vice rapidamente para não dizerem que estamos com dificuldade", declarou um integrante da campanha.

Para Falcão, a saída de Erundina da vice causou um percalço momentâneo, mas não vai atrapalhar a campanha. "A campanha do Haddad vai bem. Ele cresceu mais de 160% entre a penúltima e a última pesquisa", disse.

Falcão avalia que, assim que o horário eleitoral começar e Haddad ficar exposto na TV, o candidato mostrará competitividade para disputar o segundo turno. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, lamentou a decisão da deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) de desistir da vaga de vice em sua chapa. "Não gostei, gostaria que ela permanecesse", disse o petista, em tom de desolação. "Não contávamos com essa decisão", emendou.

Haddad passou esta terça-feira em visita à região de Aricanduva, na zona leste da Capital, e cancelou seu último compromisso de agenda, que era uma plenária com a militância local, para atender a uma reunião de emergência em sua residência, no bairro do Paraíso, na zona sul da cidade.

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O petista explicou aos militantes que Erundina ficou incomodada com uma aliança com o PP de Paulo Maluf e que, por isso, teria que se reunir com as lideranças de sua sigla para definir os novos rumos de sua campanha. Assim que se explicou, Haddad ouviu de uma militante: "Maluf não dá, gente."

O pré-candidato disse que recebeu um telefonema do presidente nacional do PSB, governador de Pernambuco, Eduardo Campos, dizendo que manterá o apoio integral da sigla à sua candidatura. "Estávamos celebrando a espécie de retorno da Erundina, mas em respeito ao seu sentimento e até agradeço o apoio que ela reiterou à minha candidatura, mas como cidadã", afirmou.

Indagado sobre como ficará a vaga de vice, aberta com a desistência de Erundina, Haddad afirmou que vai conversar com as lideranças partidárias que o apoiam e que vai aguardar a decisão do PCdoB até o final desta semana. Ele revelou que assim que foi comunicado por Campos, avisou o ex-ministro do Esportes Orlando Silva sobre a desistência de Erundina. "Eu não tinha plano B, até porque seria uma indelicadeza. E porque eu mantinha a expectativa que ela permaneceria conosco."

O pré-candidato do PT descartou, num primeiro momento, um vice indicado pelo PP. E disse que tem outros nomes em mente. Haddad justificou a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na casa de Maluf sob o argumento de que o PP queria homenagear o ex-presidente por considerá-lo uma liderança à altura do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek. "O apoio à minha candidatura era uma deferência à liderança do presidente Lula."

Segundo Haddad, o PT é um partido como os outros que buscam suas alianças nessas eleições municipais. E que não seria justo o PP apoiar o governo federal, da presidente Dilma Rousseff, e não servir para apoiar a sua candidatura na Capital. "Nós queremos aliança com todos os partidos (da base do governo Dilma Rousseff), como é que um partido que apoia o governo federal pode não servir para nos apoiar no plano municipal? Não faz o menor sentido do ponto de vista da democracia moderna."

O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, disse nesta terça à tarde que está aguardando um telefonema do presidente nacional do PSB, governador de Pernambuco, Eduardo Campos, sobre a manutenção do nome da deputada federal Luiza Erundina em sua chapa. Segundo Haddad, Campos lhe garantiu que o PSB estará na coligação independente da permanência de Erundina como vice.

"O Eduardo Campos disse que em qualquer hipótese estará conosco", disse em visita à região da sub prefeitura do Aricanduva, na zona leste de São Paulo. Para o pré-candidato, quem deve resolver o problema neste momento é o PSB, já que o partido indicou o nome de Erundina. "Quem tem de encontrar uma solução para esta questão é o Partido Socialista Brasileiro."

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Haddad revelou que conversou com Erundina segunda à noite e que ela repetiu para ele a insatisfação manifestada à imprensa. "Ela disse que estava com essa preocupação grande em função do histórico dela. No passado remoto e que aquilo tudo a incomodava muito", contou. De acordo com Haddad, o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, havia informado Erundina sobre a possibilidade real do PP, do deputado federal Paulo Maluf, integrar a coligação. Haddad voltou a defender a política de alianças do PT, que vem negociando apoio dos partidos da base do governo Dilma Rousseff. "Tenho responsabilidade com a melhoria da qualidade de vida do paulistano. Eu sei que não posso contar só com o meu partido, tenho que contar com outras forças que gostam da cidade e que compõe a base de sustentação do governo Dilma", justificou.

Segundo Haddad, sua campanha faz "aliança com partidos com base em critérios" e que a entrada do PP em sua chapa não muda o conteúdo programático de suas propostas.

Haddad afirmou ainda que o PSB está avaliando a possibilidade de Erundina deixar de ser vice em sua chapa. "Vou respeitar qualquer que seja a decisão, mas o meu diálogo é com os partidos políticos", ressaltou.

Às vésperas de o PP anunciar apoio ao ex-ministro Fernando Haddad (PT) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, a deputada e ex-prefeita Luiza Erundina (PSB), parceira de chapa do petista, não esconde o constrangimento de dividir palanque com o colega de Câmara Paulo Maluf. "Para mim não será confortável estar no mesmo palanque com o Maluf", disse a ex-prefeita ao Estado. "A campanha não sou eu nem Maluf individualmente. É um processo muito mais amplo e complexo, e isso se dilui, ao meu ver. (Mas) Claro que é desconfortável".

Erundina disse ter sido surpreendida pelo apoio de Maluf, a ser anunciado amanhã, e que, se tivesse sido consultada, "faria ponderações" e "provavelmente teria dificuldade de aceitar essa decisão". Com o PP, Haddad terá o maior tempo de propaganda na eleição paulistana. "Foi uma decisão dos partidos, que não passou nem passaria por mim. As responsabilidades de alianças são da direção nacional", explicou. Para Erundina, é provável que Maluf não suba no palanque ao lado dela e de Haddad. "Acho que ele nem vai enfrentar a reação da massa".

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Pragmatismo

Depois dos conflitos que viveu com o PT quando foi prefeita, ministra e candidata derrotada pelo malufismo em 1996 - brigas que a levaram a trocar a sigla, após 17 anos de militância, pelo PSB -, Erundina admite que o pragmatismo na hora de construir acordos para eleger candidatos e sustentar governos é necessário. Apesar de manter as críticas feitas aos governos Lula e Dilma e dizer que o PT "fez muitas concessões", a deputada entende que o partido "não perdeu a coerência de forma absoluta" e reconhece méritos nas gestões federais desde 2003.

"Prefiro não julgar um partido em que não estou mais. Agora, foram governos voltados para o interesse da maioria, mesmo que isso tenha exigido certas concessões ao outro polo da sociedade", avaliou. "A política é real, não é algo que se dá no plano do ideal, só da vontade política". Esse raciocínio está presente na autoavaliação de sua gestão, em que levantou bandeiras sociais na saúde, educação e habitação, mas enfrentou greves e oposição ferrenha - na Câmara Municipal e no próprio PT -, num processo que culminou na derrota de Eduardo Suplicy para Maluf.

"A relação do governo com o partido no município foi uma das dificuldades", lembrou Erundina. O PT paulistano era comandado pelo hoje presidente nacional da sigla, deputado estadual Rui Falcão. "Nós tivemos muita dificuldade. Ele (Falcão) reconhece hoje, não publicamente, mas particularmente faz uma autocrítica de que o partido poderia ter ajudado o governo e não ter criado tanta tensão", contou. E avaliou que, se tivesse adotado o pragmatismo que hoje há no PT, isso mudaria sua gestão. "Para ter maioria (na Câmara), teria que ter feito concessões. Preferi não ter maioria, não ter conseguido aprovar certas iniciativas de lei do que ter feito concessões".

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

Futura candidata a vice-prefeita na chapa de Fernando Haddad, Luiza Erundina (PSB) teve, na última eleição, votação acima da média em áreas ricas de São Paulo - onde o PT costuma colher resultados ruins. O segundo melhor desempenho de Erundina como candidata a deputada federal, em 2010, foi registrado na zona eleitoral de Pinheiros - cujos eleitores têm a segunda maior renda média na capital.

A parlamentar do PSB, segunda mais votada na cidade, também se saiu bem no Jardim Paulista, bairro de elite, e em áreas de classe média das zonas oeste (Perdizes, Lapa), sul (Indianópolis, Vila Mariana, Saúde) e leste (Mooca, Tatuapé).

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O mapa de votos de 2010 é praticamente uma antítese do registrado por ela em 1988, quando Erundina - então no PT - foi eleita prefeita de São Paulo graças à sua votação na periferia. Na época, Jardim Paulista, Perdizes, Mooca, Indianópolis, Vila Mariana estavam na lista das dez zonas eleitorais em que Erundina teve os menores porcentuais de votação. A então candidata petista teve sua melhor performance no extremo da zona leste - bairros em que, em 2010, alcançou índices menores do que sua média.

As eleições para prefeito e deputado são bastante distintas, mas a aproximação de Erundina com o eleitorado de classe média já podia ser percebida em 2004, quando ela voltou a disputar a prefeitura, então pelo PSB.

Já houve outros casos em que o padrão de votação foi similar em eleições para a Câmara dos Deputados e para a prefeitura. Em 2008, Paulo Maluf (PP) concorreu a deputado e teve votação acima da média em 28 zonas eleitorais da capital. Dois anos depois, quando se candidatou a prefeito, voltou a ter desempenho acima da média em 23 daquelas 28 zonas.

Reação

Apesar de Erundina ter melhor desempenho na classe média, a equipe do pré-candidato do PSDB, José Serra, avaliou nesta quinta que ela agregaria votos à candidatura de Haddad apenas na periferia, onde o PT já é forte. Um integrante da campanha declarou que se trata de "uma chapa do PT com o PT". Serra disse a seus colaboradores que a escolha da candidata a vice não deve influenciar a corrida eleitoral. A equipe tucana pretende comparar a gestão de Serra à frente da prefeitura com os governos petistas de Erundina e Marta Suplicy.

Com a presença do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o PSB fará nesta sexta o anúncio formal da sua entrada na aliança pró-Haddad. O PCdoB deve fazer o mesmo na próxima sexta-feira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, não esboçou resistência quanto às informações de que a ex-prefeita Luiza Erundina (PSB) ocupe a vaga de vice na sua chapa. Ao contrário: o ex-ministro a definiu, nesta segunda, em encontro com lideranças em Guaianases, na zona leste da capital, como um "excelente nome no PSB".

"Não ouvi ainda nada sobre nomes. Não houve ainda essa oferta por parte do PSB. O PSB teria que colocar o nome excelente da prefeita. É um nome excelente do PSB", considerou Haddad, dando mostras de que a aliança com os socialistas está bem encaminhada.

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Além de Luiza Erundina, outros nomes da sigla são ventilados nas conversas com o PT. O vereador Eliseu Gabriel aparece como uma das possibilidades ao lado do reitor da Uninove, professor Eduardo Storópoli.

Igreja - Fernando Haddad esteve nesta segunda em Guaianases, onde participou de uma reunião com a militância petista e com lideranças da região, entre elas religiosas. Ainda na manhã de hoje, o petista disse ter focado sua agenda em reunião com líderes católicos e evangélicos.

Segundo ele, muitas lideranças se sentem usadas na atual gestão e não querem mais fazer parte de um "jogo menor".

A plenária foi realizada no galpão de uma igreja evangélica, a Comunidade A Palavra de Deus - Uma igreja missionária. Compareceram vereadores locais, entre eles o deputado estadual Luiz Moura (PT).

Antes da reunião, Haddad conversou com o pastor da igreja, Marçal Borges, que o questionou sobre o kit anti-homofobia, que estava sendo elaborado pelo Ministério da Educação para distribuição nas escolas na gestão de Haddad e foi suspenso depois de protestos das bancadas religiosas no Congresso.

Segundo o pastor, o tema era determinante para que a comunidade apoiasse o petista. "Ele (Haddad) disse que a Dilma entendeu que não era hora de soltar aquilo (o kit)." Em seguida, o pastor garantiu o apoio da sua igreja a Fernando Haddad.

Metrô - O pré-candidato petista chegou a Guaianases de trem, segundo ele, "para verificar as condições do transporte público da região". Haddad admitiu dificuldades em chegar ao bairro. "Foi difícil chegar. Estava muito cheio", disse. Antes, o petista fez uma parada em Itaquera, na zona leste, onde chegou de metrô.

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