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Uma missão privada organizada pela empresa Axiom Space decolou, neste domingo (21), rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), com os dois primeiros astronautas da Arábia Saudita, um homem e uma mulher, a viajar para o laboratório orbital da Nasa.

Rayyanah Barnawi e Ali Al Qarni decolaram a bordo de um foguete Falcon 9, da SpaceX às 17H37 locais (18H37 de Brasília) do Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

Também estão a bordo Peggy Whitson, ex-astronauta da Nasa, que já visitou a ISS em três ocasiões, no comando da missão, e o empresário americano John Shoffner, o piloto.

"Obrigado por depositar sua confiança na equipe da Falcon 9", disse à tripulação o engenheiro de motores da SpaceX, Bill Gerstenmaier, minutos após o lançamento. "Façam uma ótima viagem na Dragon", acrescentou, referindo-se à nave espacial.

Os quatro vão passar dez dias a bordo da ISS, aonde devem chegar às 10H30 de segunda-feira, horário de Brasília.

"Serei a primeira mulher astronauta saudita e representar a região é um grande prazer e uma honra, que me deixa muito feliz", disse Barnawi, cientista que pesquisa células-tronco, durante coletiva de imprensa celebrada esta semana.

Ela afirmou que pretende se dirigir às crianças quando estiver a bordo da estação orbital. "Poder ver seus rostos quando veem astronautas de sua própria região pela primeira vez é muito emocionante", declarou.

Al Qarni, por sua vez, é piloto de combate. "Sempre fui apaixonado por explorar o desconhecido e admirar o céu e as estrelas", afirmou. "Esta é, portanto, uma oportunidade maravilhosa para seguir com esta paixão, desta vez para voar entre as estrelas".

Esta não é a primeira incursão deste rico país petroleiro no espaço. Em 1985, o príncipe saudita Sultan bin Salmane participou de uma missão americana. Mas esta nova viagem espacial faz parte da estratégia para melhorar a imagem ultraconsevadora deste reino do Golfo Pérsico, onde até alguns anos atrás, as mulheres não podiam sequer dirigir.

A Arábia Saudita criou a Autoridade Espacial Saudita em 2018 e lançou um programa para enviar astronautas no ano passado.

- Experimentos e estações privadas -

Espera-se que, durante sua estada, os quatro tripulantes realizem cerca de 20 experimentos. Um deles é estudar o comportamento das células-tronco na gravidade zero.

Eles se juntarão aos outros sete tripulantes a bordo da ISS: três russos, três americanos e o astronauta emiradense Sultan al Neyadi, que no mês passado se tornou o primeiro cidadão árabe a viajar ao espaço.

Esta missão, nomeada Ax-2, é a segunda de uma associação entre a agência espacial americana e a Axiom Space, que oferece estas viagens extraordinárias ao custo de milhões de dólares.

Em abril de 2022, a primeira missão, Ax-1, levou três empresários e um ex-astronauta, Michael López-Alegría, à Estação Espacial Internacional, onde permaneceram por quinze dias.

Para a Axiom Space, estas missões são um primeiro passo rumo a um objetivo mais ambicioso: a construção de sua própria estação espacial, cujo primeiro módulo será lançado no fim de 2025.

A estrutura ficará inicialmente ligada à ISS, antes de se separar dela para ser independente.

A Nasa prevê aposentar a ISS até 2030 e enviar seus astronautas para estações privadas, que também receberão seus próprios clientes. Assim, a agência espacial americana fomenta programas de várias empresas.

Um foguete da SpaceX com dois astronautas americanos, um cosmonauta russo e um astronauta saudita decolou, nesta quinta-feira (2), rumo à Estação Espacial Internacional (ISS), depois que o lançamento previsto para segunda-feira foi cancelado no último momento.

A decolagem aconteceu às 0H34 locais (2H34 de Brasília) do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, sudeste dos Estados Unidos, segundo uma transmissão ao vivo.

O lançamento de segunda-feira foi cancelado por um problema nos sistemas em solo. A Nasa (agência espacial americana) explicou na quarta-feira que o problema afetava o fornecimento do líquido usado para ativar os motores e que tinha sido provocado por um "filtro obstruído", que foi substituído.

A agência espacial americana afirmou no Twitter que o foguete SpaceX Dragon Endeavour decolou nesta quinta-feira "iluminando o céu enquanto a tripulação segue para a órbita".

A cápsula Dragon deve ser acoplada à ISS às 1H17 (3H17 de Brasília) de sexta-feira, após uma viagem de pouco mais de 24 horas. A equipe deve permanecer na estação por seis meses.

A tripulação multicultural, Crew-6, é formada pelos americanos Stephen Bowen e Warren Hoburg, pelo russo Andrei Fediayev e pelo emiradense Sultan Al Neyadi.

Sultan Al Neyadi, de 41 anos, é o quarto astronauta de um país árabe da história, e o primeiro de seu país que passará seis meses no espaço. Seu compatriota, Hazzaa Al Mansoori, realizou uma missão de oito dias em 2019.

- "Todos profissionais" -

A missão também inclui um cosmonauta russo, em um momento em que as tensões entre Washington e Moscou estão no ponto máximo, um ano depois da invasão russa da Ucrânia.

"Somos todos profissionais. Estamos concentrados na missão", declarou Bowen, um veterano com três missões espaciais. "Sempre tivemos uma relação fantástica com os cosmonautas quando estamos no espaço", acrescentou.

Já estava previsto antes da ofensiva de Moscou, que os russos viajariam na SpaceX e os americanos na nave espacial russa Soyuz, um programa de intercâmbio que foi mantido. A ISS é um dos últimos campos de cooperação entre os dois países.

A Nasa contrata os serviços da empresa americana para o envio de seus astronautas aproximadamente a cada seis meses para a estação orbital.

Os astronautas fazem experiências científicas e asseguram a manutenção da estação, tripulada há mais de 22 anos.

A Crew-6 substituirá os quatro membros da Crew-5 (dois americanos, um russo e um japonês), que chegaram em outubro de 2022 e que vão voltar à Terra a bordo de sua própria nave SpaceX.

Também estão a bordo da ISS outros três tripulantes (dois russos e um americano), que chegaram em uma nave espacial Soyuz.

O foguete russo sofreu um vazamento em dezembro. A agência espacial russa, Roscosmos, enviou uma nave de resgate, que se acoplou com sucesso à ISS no sábado.

Um foguete Soyuz decolou nesta quarta-feira (21) rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), partindo do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, com dois cosmonautas russos e um astronauta americano a bordo, em meio a tensões ligadas à ofensiva na Ucrânia.

"A estabilidade é boa (...), a tripulação se sente bem", disse um comentarista da Agência Espacial Americana (Nasa) após a decolagem, transmitida ao vivo pelos sites das agências espaciais dos EUA e da Rússia.

O foguete russo decolou no horário programado, 10h54 (horário de Brasília), das estepes do Cazaquistão, deixando para trás um rastro de fumaça em um céu acinzentado, segundo as imagens.

Essa missão do americano Frank Rubio, da Nasa, e dos russos Sergei Prokópiev e Dmitri Petelin, da agência espacial russa Roscosmos, representa um raro sinal de cooperação entre Moscou e Washington, cujas relações se encontram em seu nível mais baixo.

Rubio é o primeiro astronauta americano a viajar para a ISS em uma espaçonave russa desde o início da intervenção militar de Moscou na Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano.

A tripulação passará seis meses na ISS, onde se juntarão aos cosmonautas russos Oleg Artemiev, Denis Matveiev e Sergei Korsakov, aos astronautas americanos Bob Hines, Kjell Lindgren e Jessica Watkins e à astronauta italiana Samantha Cristoforetti.

A chegada à ISS está prevista após uma viagem de três horas.

A primeira missão totalmente privada chegou à Estação Espacial Internacional (ISS), na manhã deste sábado (9), com uma tripulação de quatro membros da empresa Axiom Space.

A NASA classificou sua parceria tripartite com a Axiom e a SpaceX como um passo chave em direção à comercialização da chamada "órbita terrestre baixa".

A agência espacial americana vai se concentrar, a partir de agora, em viagens mais ambiciosas em direção aos confins do universo.

Um foguete SpaceX Falcon 9 com a cápsula Crew Dragon Endeavour se acoplou às 09:29 (horário de Brasília) deste sábado (9) à ISS e a tripulação entrou na estação espacial quase duas horas depois, após seu lançamento do Centro Espacial Kennedy na Flórida na sexta-feira (8).

No comando da Axiom Mission 1 (Ax-1) está o astronauta da NASA Michael López-Alegría, com dupla nacionalidade americana e espanhola, e que voou ao espaço quatro vezes durante seus 20 anos de carreira e visitou a ISS pela última vez em 2007.

Acompanham o astronauta três passageiros que pagaram pela viagem: o investidor imobiliário americano Larry Connor, o investidor e filantropo canadense Mark Pathy e o ex-piloto de combate, investidor e filantropo israelense Eytan Stibbe.

"Estamos aqui para experimentar, mas entendemos que temos uma responsabilidade de que todos se saiam bem" como primeira tripulação civil, disse Connor durante a transmissão ao vivo da NASA.

O preço das passagens, que incluem oito dias na estação espacial antes de uma eventual aterrissagem no Atlântico, foi de 55 milhões de dólares.

A Ax-1 é a primeira missão com uma tripulação totalmente privada que voa em uma nave espacial particular em direção à ISS. A Axiom, com sede em Houston, paga a SpaceX pelo transporte e a NASA também cobra a Axiom pelo uso da estação espacial.

- Projetos de pesquisa -

A bordo da ISS, que orbita a Terra a 400 quilômetros de altitude, o quarteto vai realizar 25 projetos de pesquisa, inclusive uma demonstração da tecnologia do MIT de mosaicos inteligentes que formam uma colmeia robótica e que se auto-agrupam na arquitetura espacial.

Outra experiência envolve a utilização de células estaminais cancerígenas para o crescimento de mini-tumores e depois tirar proveito do ambiente de envelhecimento acelerado da microgravidade para identificar biomarcadores para a detecção precoce de tumores malignos.

"Nossos rapazes não vão para lá para flutuar durante oito dias tirando fotografias e observando da cúpula", disse Darek Hassamann, diretor de operações da Axiom Space, a um dos jornalistas em uma coletiva antes do lançamento.

Eytan Stibbe planeja homenagear seu amigo Ilan Ramon, o primeiro astronauta israelense, que morreu no desastre do ônibus espacial Columbia, em 2003, quando a nave espacial se desintegrou voltando da ISS.

Stibbe leva à estação páginas do diário de Ramon que puderam ser resgatadas, assim como lembranças de seus filhos.

A tripulação da Axiom viverá e trabalhará junto da tripulação regular da estação: três americanos e um alemão do lado americano e três russos no lado russo.

A companhia se associou para um total de quatro missões com a SpaceX e a NASA já aprovou a princípio a segunda, AX-2.

A Axiom considera essas viagens como os primeiros passos em direção a um objetivo maior: construir sua própria estação espacia privada, cujo primeiro módulo será lançado em 2024.

A estrutura será acoplada primeiro à ISS antes de passar a ser autônoma quando o laboratório orbital for desativado, o que está previsto para 2030.

Após meses de treinamento, os quatro tripulantes da primeira missão totalmente privada à Estação Espacial Internacional (ISS) estão prontos para decolar a bordo de um foguete SpaceX em 30 de março.

A missão, chamada Ax-1, irá durar 10 dias, em oito dos quais eles estarão a bordo da estação. O lançamento acontecerá em Cabo Canaveral, no estado americano da Flórida.

A bordo estarão três empresários dos Estados Unidos, Canadá e Israel, que pagaram dezenas de milhões de dólares cada um. Haverá apenas um astronauta experiente, Michael Lopez-Alegria, ex-membro da Nasa, que já esteve na ISS.

"Não somos turistas espaciais", esclareceu Lopez-Alegria em entrevista coletiva nesta segunda-feira. "Não são férias."

"Eles irão realizar pesquisas importantes", explicou Michael Suffredini, chefe da empresa Axiom Space, que organizou a viagem. Eles farão 26 experimentos científicos, alguns deles sobre células-tronco ou a saúde do coração, em colaboração com centros de pesquisas sobre a Terra.

Os "astronautas particulares planejam pesquisas com impacto real", assinalou Robyn Gatens, diretora da ISS. A tripulação também aproveitará a oportunidade para trazer experimentos da Nasa para a Terra, o que, segundo ela, será muito útil, uma vez que o laboratório aéreo se encontra abarrotado.

A tripulação, que treinou com a Nasa em Houston e a SpaceX na Califórnia, irá operar a bordo do segmento norte-americano da estação.

A Axiom Space chegou a um acordo para um total de quatro missões com a SpaceX, e a Nasa, que cobra pela estadia, aprovou formalmente o início de uma segunda, Ax-2.

Para a Axiom Space, esse é um primeiro passo para um objetivo ambicioso: a construção de sua própria estação espacial. "Essas missões nos dão a oportunidade de testar em menor escala", explicou Michael Suffredini.

O movimento de privatização da órbita baixa é incentivado pela Nasa, que não quer mais precisar gerenciar a operação de uma estação, e sim contratar os serviços de estruturas privadas, para se concentrar na exploração longínqua.

Em 2021, a Rússia também enviou novatos para a ISS: uma equipe de filmagem para rodar um filme, além de um multimilionário japonês e seu assistente.

Uma atriz e um diretor de cinema russos que passaram 12 dias a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) para gravarem o primeiro filme de ficção no espaço voltaram a salvo à Terra na manhã deste domingo (17).

A nave espacial Soyuz MS-18 que transportou a atriz Yulia Peresild, de 37 anos, e o diretor Klim Shipenko, de 38, junto ao cosmonauta Oleg Novitski, pousou no Cazaquistão às 04h36 GMT (01h36 no horário de Brasília), segundo as imagens transmitidas pela agência espacial russa Roscosmos.

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Ao sair da nave, Shipenko pareceu cansado e sorridente, e cumprimentou com uma mão as câmeras e as pessoas presentes, antes de ser levado para uma revisão médica.

Yulia Peresild, a atriz que interpreta o papel principal no filme e que foi escolhida entre 3.000 candidatas, foi retirada do aparelho entre aplausos, antes de receber um buquê de flores.

A atriz disse estar "triste" por ter deixado a ISS.

"Parecia que 12 dias seriam muito, mas quando acabou, eu não queria ir embora", disse à televisão russa. "É uma experiência única".

O cosmonauta Novitski, que foi o primeiro a sair da nave, foi cumprimentado pelo chefe da Roscosmos, Dmitri Rogozin, a quem disse: "Está tudo bem!".

- Rivalidade EUA-Rússia -

Os cineastas russos partiram para a ISS em 5 de outubro da base espacial russa de Baikonur, no Cazaquistão, acompanhados pelo cosmonauta Anton Shkaplerov.

Rogozin publicou antes fotos de sua equipe quando se dirigia ao local da aterrissagem a bordo de dez helicópteros.

"É um trabalho colossal. Estamos felizes que a tripulação se sinta bem, é reconfortante. A nave não caiu de lado, o que é melhor para a retirada", disse Rogozin.

Com o título provisório de "O Desafio", o filme conseguiu ultrapassar um projeto parecido dos Estados Unidos, liderado pela estrela de Hollywood Tom Cruise.

O filme russo mostrará uma cirurgiã a bordo da ISS que deve salvar um astronauta.

Além de Shkaplerov, outros dois cosmonautas também aparecem como figurantes.

Este projeto relembra, em certa medida, a rivalidade espacial entre a União Soviética e os Estados Unidos, 60 anos depois que o soviético Yuri Gagarin se tornou o primeiro humano a chegar ao espaço.

A agência russa Roscosmos revelou esse projeto no ano passado, após o anúncio da gravação de um filme de Tom Cruise, impulsionado em colaboração com a Nasa e a empresa SpaceX de Elon Musk.

A viagem dos cineastas russos para a ISS não ocorreu sem incidentes. Shkaplerov teve que acoplar manualmente a nave no laboratório espacial.

Enquanto os controladores russos faziam testes na sexta-feira na cápsula Soyuz MS-18 que deveria trazê-los de volta à Terra neste fim de semana, os motores se ativaram de repente, o que mudou a posição da ISS, sem que isso representasse algum perigo.

- Euforia espacial -

Shipenko começou a gravar antes da chegada à ISS. O início de sua gravação ocorreu durante o acoplamento, no qual a atriz ajudou Shkaplerov.

Sua volta ao planeta azul foi gravada por uma equipe de câmeras e também aparecerá no filme, explicou à AFP Konstantin Ernst, proprietário da produtora russa Pervy Kanal, que co-produz o filme.

Este projeto prosperou em um momento de euforia espacial de setores não-científicos, com a multiplicação nos últimos meses das viagens de lazer ao espaço, como as realizadas pelos bilionários americanos Richard Branson e Jeff Bezos.

O setor espacial russo, que foi a joia da coroa da URSS ao enviar o primeiro homem e a primeira mulher ao espaço, foi abalado nos últimos anos por escândalos de corrupção e falhas técnicas, além de perder o monopólio das viagens com astronautas para a ISS.

A Roscosmos espera que este filme sirva para melhorar sua imagem.

Mesmo que as missões espaciais costumem gerar imagens, desde os primeiros passos do homem na Lua em 1969 até as publicações nas redes sociais do astronauta francês Thomas Pesquet, nunca antes um filme de ficção foi gravado no espaço.

Além deste longa-metragem, a Roscosmos também planeja levar um bilionário japonês para a ISS e, desse modo, participar do negócio do turismo espacial.

O módulo científico russo Nauka se acoplou nesta quinta-feira (29) à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) - informou a agência espacial Roscosmos.

"Contato confirmado!", tuitou o diretor da Roscosmos, Dmitri Rogozine, ao anunciar o acoplamento do módulo, cujo lançamento em órbita foi atrasado em mais de uma década.

"Segundo os dados de telemetria e os relatórios de bagagem da ISS, os sistemas a bordo da estação e o módulo Naukas funcionam normalmente", afirmou a agência espacial em um comunicado.

Ainda conforme o comunicado, a operação de acoplagem ocorreu às 16h29 no horário de Moscou (10h29 no horário de Brasília), três minutos depois do previsto.

Agora restam vários meses de trabalho e várias caminhadas espaciais para que Nauka esteja totalmente operacional e integrado à ISS.

Após mais de 20 anos de presença humana contínua a bordo, a Estação Espacial Internacional opera em sua capacidade total, com alguns bons anos pela frente, graças em particular à retomada dos voos dos Estados Unidos. Mas a questão de seu futuro está-se tornando cada vez mais importante.

A ISS (na sigla em inglês) "se tornou o espaçoporto que queríamos", declarou no início do mês Kathy Lueders, chefe dos programas tripulados da NASA.

Após o fim dos ônibus espaciais em 2011, os foguetes russos Soyuz continuaram sendo os únicos "táxis" para chegar lá. Desde o ano passado, porém, graças à empresa SpaceX, os voos a partir dos Estados Unidos foram retomados.

"Nosso recente acordo com a indústria privada nos permite trazer mais pessoas para a Estação Espacial Internacional", comemorou o diretor do programa da estação para a NASA, Joel Montalbano.

Como a cápsula da SpaceX, Dragon, pode levar quatro astronautas (em comparação com três da Soyuz), o tamanho padrão da tripulação passou de seis para sete.

Na ISS, foi, então, preciso acrescentar uma cama, que está sendo instalada.

A segunda missão regular a voar com a Dragon, a Crew-2, decolará em 22 de abril da Flórida, com o francês Thomas Pesquet a bordo.

Eles coabitarão por alguns dias com os quatro astronautas da Crew-1, que retornarão depois de seis meses no espaço.

Durante este período de troca, a Estação Espacial acomodará nada menos que 11 pessoas.

"Estaremos um pouco com num acampamento", brincou Shane Kimbrough, da Crew-2. "Vamos precisar encontrar um lugar pra dormir, numa parede, ou no teto".

"Estamos entrando na era de ouro do uso da ISS", disse o diretor de exploração humana e robótica da Agência Espacial Europeia (ESA), David Parker.

O projeto remonta a 1984, quando Ronald Reagan pediu à NASA para desenvolver "uma estação espacial permanentemente tripulada". Os primeiros segmentos foram enviados ao espaço em 1998. A primeira equipe passou vários meses lá em 2000. E a montagem deste imenso quebra-cabeça de 108 metros de comprimento foi concluída em 2011.

"Durante a primeira metade da vida da estação espacial, a maior parte das atenções estava voltada para sua construção", disse à AFP Robert Pearlman, historiador do espaço e coautor de um livro sobre o assunto.

Hoje, os astronautas ainda precisam realizar operações de manutenção, mas "a maior parte do tempo é gasta em centenas de experimentos científicos".

Mais de 3.000 experimentos realizados neste laboratório sem gravidade, que gira em órbita 400 km acima da Terra, a 28.000 km/h.

"Há tantas coisas lá em cima", conta Thomas Pesquet. "Se pudéssemos apenas apertar um botão para trazê-los instantaneamente a vocês, isso seria brilhante", completa.

O futuro da ISS está oficialmente assegurado até 2024 pelos governos dos Estados Unidos, Rússia, Europa, Japão e Canadá.

E, "do ponto de vista técnico, validamos que a ISS poderá voar até 2028", disse a NASA à AFP. "Além disso, nossa análise não identificou problemas que impediriam uma expansão além de 2028", acrescentou a agência americana.

O estudo para o período 2028-2032 deve ser lançado "ainda este ano", segundo Joel Montalbano.

Mas o uso da Estação vai evoluir. A NASA, que busca se desvincular financeiramente para se concentrar na exploração distante (Lua e Marte), anunciou em 2019 que receberia turistas na ISS, mediante remuneração.

Eles irão para lá com a SpaceX, ou Boeing - cujo desenvolvimento de seu próprio "táxi", a cápsula Starliner, está atrasado.

"Minha esperança é que voemos a primeira missão privada em 2022", disse Joel Montalbano à AFP.

Se a ISS voará por mais alguns anos, os substitutos já estão se acotovelando.

A empresa Axiom Space quer construir "a primeira estação espacial internacional comercial", inicialmente ligada à ISS.

A China também planeja iniciar este ano a montagem de uma grande estação espacial, a Tiangong, e concluí-la até 2022.

E a Rússia acaba de anunciar um projeto para uma estação lunar, "em sua superfície, ou em órbita", em colaboração com Pequim, após ter evitado o projeto americano de uma miniestação lunar Gateway, que servirá de palco para os futuros americanos indo para a Lua.

Um verdadeiro símbolo: as décadas de parceria russo-americana no espaço podem chegar ao fim, quando a ISS for enviada à Terra para se chocar com o oceano.

Quatro astronautas transportados pela cápsula Dragon da empresa SpaceX entraram nesta terça-feira (17) na Estação Espacial Internacional (ISS), completando com sucesso a primeira viagem do novo meio de transporte espacial da Nasa, após nove anos de dependência da Rússia.

A primeira fase do acoplamento com a ISS, denominada "captura suave", terminou às 4H01 GMT (1H01 de Brasília). A segunda fase, ou "captura dura", aconteceu alguns minutos depois.

Os astronautas americanos Michael Hopkins, Victor Glover e Shannon Walker, assim como o japonês Soichi Noguchi, flutuaram em gravidade zero pela escotilha até o interior da ISS, onde foram recebidos com gritos e abraços pelos três membros da tripulação da estação.

"Muito obrigado por permitirem que diga olá a todos vocês", afirmou aos astronautas a diretora do programa de voos espaciais tripulados da Nasa, Kathy Lauders, em uma mensagem de vídeo. "Eu quero dizer o quanto estamos orgulhosos de vocês", completou.

A cápsula, denominada "Resilience", foi lançada por um foguete Falcon 9 da empresa privada SpaceX, o novo meio de transporte espacial da Nasa após quase uma década de dependência da Rússia.

"É um grande dia para os Estados Unidos e para o Japão", afirmou o diretor da Nasa, Jim Bridenstine.

O foguete Falcon 9 da SpaceX decolou no horário previsto do Centro Espacial Kennedy, na Flórida. "Foi um lançamento incrível", afirmou o capitão Hopkins.

Menos de três minutos depois da decolagem, a uma altitude de 90 km e enquanto o foguete viajava a 7.000 km/h, a primeira fase da nave se desprendeu sem incidentes para retornar à Terra, pois será reutilizada em uma missão prevista para 2021 que levará quatro astronautas à ISS.

Doze minutos depois da decolagem, a uma altitude de 200 km e com uma velocidade de 27.000 km/h, a cápsula Dragon se desprendeu da segunda fase.

A SpaceX confirmou que a cápsula estava na órbita correta para chegar à ISS pouco mais de 27 horas depois da decolagem.

A tripulação se uniu a dois russos e um americano na ISS, onde permanecerá por seis meses.

Este "voo operacional" dá continuidade à bem-sucedida missão de demonstração realizada de maio a agosto, na qual dois astronautas americanos foram transportados pela SpaceX à ISS e depois retornaram à Terra de forma segura.

A SpaceX tem outros dois voos tripulados programados em 2021 para a Nasa e quatro missões de reabastecimento da ISS nos próximos 15 meses.

Também está prevista uma viagem 100% privada, por meio da sócia Axiom Space, para o fim de 2021. A Nasa insinuou que o ator americano Tom Cruise poderia visitar a ISS, o que não foi confirmado.

"A Nasa era um completo desastre quando assumimos. Agora é de novo o centro espacial mais "quente" e avançado do mundo, de longe!", escreveu no Twitter o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em uma tentativa de apropriar-se do sucesso de um plano lançado nos mandatos de seus dois antecessores.

Joe Biden, que substituirá Trump em janeiro, também elogiou a Nasa e a SpaceX, mas com outra abordagem. "É uma prova do poder da ciência e do que podemos conquistar combinando inovação, engenho e determinação", tuitou o presidente eleito.

A missão sofreu um problema com o sistema de controle de temperatura da cabine, mas a questão foi resolvida rapidamente. "Foi apenas um pequeno problema inicial", confirmou Kathy Lueders.

- Rumo à Lua -

A cápsula Dragon de SpaceX é o segundo dispositivo capaz de chegar atualmente à ISS, ao lado do Soyouz russo, que desde 2011 transportou todos os visitantes da estação, depois que o governo dos Estados Unidos interrompeu os voos tripulados há nove anos. Outro dispositivo, fabricado pela Boeing, pode estar em operação dentro de um ano.

A Nasa espera, no entanto, continuar contribuindo com a Rússia. Com este objetivo, a agência propôs facilitar vagas para os cosmonautas em futuras missões e pretende que os americanos continuem usando regularmente os Soyouz.

Mas a realidade é que os laços entre Washington e Moscou no âmbito espacial, um dos raros setores em que a parceria continua produtiva, estão perdendo força.

Rompendo com mais de 20 anos de cooperação para a ISS, a Rússia não participará na próxima mini-estação ao redor da Lua, idealizada pela Nasa e batizada de Gateway.

Para o Artemis, programa americano de retorno à Lua em 2024, a Nasa estabeleceu alianças com outras agências espaciais, incluindo Japão e Europa, mas o futuro não está claro pois ainda não recebeu do Congresso dos Estados Unidos a verba de dezenas de bilhões de dólares para financiar o projeto.

E Joe Biden não confirmou a meta de 2024.

A Nasa parece levar a sério o ditado esportivo de que em time que está ganhando, não se mexe. Ela enviou novamente suas astronautas Jessica Meir e Christina Koch juntas ao espaço para substituir uma bateria da Estação Espacial Internacional (ISS), a segunda missão deste tipo composta apenas por mulheres.

A atividade começou às 11H35 GMT (8h35 de Brasília) desta quarta-feira, e ocorreu sem grande pompa por se tratar de uma operação rotineira de manutenção da ISS.

As duas astronautas levaram seis horas e meia para trocar as baterias velhas de níquel-hidrogênio por novas de íon de lítio.

Meir e Koch tinham realizado juntas uma missão similar em 18 de outubro, que foi celebrada como um acontecimento por se tratar da primeira missão espacial só com mulheres. Na ocasião, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ligou para elas para felicitá-las por sua coragem.

Nas 200 missões anteriores da Nasa sempre houve pelo menos um homem.

Além das duas mulheres, a atual equipe da ISS é composta pelo americano Andrew Morgan, o europeu Luca Parmitano e os cosmonautas russos Alexander Skvortsov e Oleg Skripochka.

A participação das mulheres em suas missões se tornou um assunto importante para a Nasa, que já anunciou que seu programa Artemisa, que busca voltar a levar seres humanos à superfície lunar, levará pela primeira vez uma mulher ao satélite terrestre.

Em seus quadros de astronautas se encontram várias mulheres, e na última promoção foram recrutadas cinco mulheres e seis homens, a quem se uniram um homem e uma mulher canadenses que realizam a primeira parte de seu treinamento na Nasa.

A humanidade pode um dia se reproduzir no espaço? Ratos machos que passaram mais de um mês na Estação Espacial Internacional (ISS) tiveram sucesso em seu retorno à Terra, segundo um estudo de cientistas japoneses.

Até agora, algumas indicações apontavam que passar tempo no espaço poderia afetar negativamente o sistema reprodutivo de mamíferos machos. O esperma de ratos congelado por nove meses a bordo da ISS foi alterado pela radiação e o número de espermatozoides dos ratos que passaram 13 dias em órbita registrou queda.

Desta vez, a nova pesquisa examinou 12 ratos machos que passaram 35 dias a bordo da ISS em gaiolas.

Alguns deles experimentaram falta de gravidade e outros foram colocados em gaiolas projetadas para lhes oferecer gravidade artificial.

Ao retornar à Terra, os pesquisadores usaram o esperma dos ratos para fertilizar os óvulos de fêmeas que não estiveram no espaço e descobriram que os roedores astronautas tiveram filhos sem problemas de saúde.

A equipe, liderada por Masahito Ikawa, professor da Universidade de Osaka, também não detectou danos nos órgãos reprodutivos dos ratos que viajavam para o espaço nem nos de suas crias.

"Concluímos que uma curta estadia no espaço sideral não causa danos fisiológicos aos órgãos reprodutores masculinos, na função espermática nem na viabilidade procriadora", diz o estudo publicado no Scientific Reports.

Pesquisas médicas já mostraram no passado que as viagens espaciais têm vários efeitos negativos sobre a saúde, como perda de massa muscular e óssea, além de mutações celulares causadas pela exposição à radiação.

Outros estudos anteriores analisaram os efeitos das viagens espaciais nos sistemas reprodutivos de outros animais, como ouriços do mar e aves, mas este é o primeiro a ser analisado em detalhes em mamíferos.

Um americano, um italiano e um russo decolarão neste sábado em direção à Estação Espacial Internacional (ISS) durante um voo que coincide com as comemorações do 50º aniversário do desembarque histórico da missão Apolo 11.

Alexander Skvortsov, da agência russa Roscosmos; Andrew Morgan, da NASA; e Luca Parmitano, da Agência Espacial Européia (ESA), devem decolar às 16h28 GMT (13h28 de Brasília) do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.

Esta missão foi marcada para 20 de julho para coincidir exatamente com os primeiros passos dos astronautas americanos na Lua em 1969.

Dos três que viajam para a ISS neste sábado, apenas o russo Skvortsov, 53 anos, nasceu durante um evento mundial, que foi uma vitória dos Estados Unidos contra a URSS na corrida espacial.

Com duas missões a bordo da estação, o experiente cosmonauta será o comandante do voo que decolará das estepes do Cazaquistão e durará seis horas.

Para o americano Andrew Morgan, por outro lado, é o seu primeiro voo. Luca Parmitano já viveu 166 dias na ISS em 2013.

Durante essa missão, ele se tornou o primeiro italiano a fazer uma saída ao espaço.

Durante uma coletiva de imprensa antes do lançamento, Parmitano, de 42 anos, disse que a tripulação se sentiu "sortuda e privilegiada" por decolar no dia do 50º aniversário do pouso na Apolo 11.

O americano Morgan descreveu esses primeiros passos na Lua como uma "vitória para toda a humanidade", mas se esquivou de uma pergunta sobre se, em sua opinião, os russos um dia andariam no satélite da Terra.

"A NASA tinha mais capacidade para realizar grandes coisas ao fazê-lo no âmbito da cooperação internacional", afirmou.

Trump e Lua

Cinco décadas depois da Apolo 11, a Rússia e o Ocidente ainda competem no desenvolvimento aeroespacial, mas na ISS, lançada em 1998, destaca essa cooperação.

Por sua parte, o presidente Donald Trump ordenou que a NASA enviem seres humanos de volta à Lua o mais tardar em 2024, em um estágio anterior a uma missão a Marte.

Esse projeto, chamado Artemis, seria o primeiro retorno ao satélite terrestre desde 1972.

No entanto, alguns especialistas consideram que esse tempo não é realista, levando em consideração as limitações orçamentárias da agência espacial americana e os atrasos no desenvolvimento da nova geração de satélites. foguetes e equipamentos necessários.

Desde 2011, os foguetes russos são os únicos capazes de enviar tripulação para a ISS. Mas o fracasso de um lançamento em outubro de 2018, os escândalos de corrupção na agência russa Roscosmos e a concorrência da empresa SpaceX de Elon Musk comprometeram essa exclusividade.

No início de junho, a NASA informou que organizará viagens turísticas a bordo da ISS pela primeira vez, operadas pela Boeing e pela SpaceX. O preço estimado de uma estada de 30 dias é de 58 milhões de dólares por passageiro.

A Rússia já enviou sete turistas para a estação e, de acordo com a Roscosmos, planeja retomar essas expedições em 2021.

No início deste ano, um acordo foi assinado com a agência espacial russa e a empresa norte-americana Space Adventures.

Um foguete transportando o cargueiro Cygnus para a Estação Espacial Internacional (ISS) decolou neste sábado nada costa leste dos Estados Unidos.

O foguete Antares, fretado da Northrop Grumman pela NASA, decolou da plataforma de Wallops Island, às 07H01 de Brasília.

A Cygnus carrega mais de três toneladas de alimentos, vestimentas e equipamentos científicos para os três astronautas da ISS.

Três minutos após a decolagem, o primeiro nível do foguete se soltou sem problemas, confirmou o centro de controle e o dispositivo continua sua trajetória normal.

Por sua vez, na sexta-feira o foguete Soyuz decolou de Baikonur, no Cazaquistão, com a nave de carga Progress.

Ambos os dispositivos se atracarão à ISS. No domingo será a vez da nave russa e na segunda-feira da americana.

Essas missões de carga serão as primeiras desde que um foguete Soyuz, que transportava três pessoas com destino à Estação Espacial, falhou em 11 de outubro, poucos minutos após a decolagem, no primeiro incidente desse tipo na história da viagem espacial pós-soviética.

Os astronautas a bordo saíram sãos e salvos.

De acordo com uma publicação do site The Verge a administração Trump pretende parar de destinar verbas para o fundo da NASA que mantém a Estação Espacial Internacional (EEI). Essa atitude pode cessar indefinidamente as viagens espaciais da agência americana, fazendo com que os astronautas ficassem sem um local para “estadia”. Os planos foram revelados por uma fonte do The Verge e devem constar na proposta final do orçamento dos EUA, que deve ser divulgado no dia 12 de fevereiro.

A proposta precisa ainda ser aprovada pelo Congresso mas indica aos investidores que os Estados Unidos não têm intenção de continuar no programa espacial. Vários dos parceiros de negócios da agência espacial ainda não disseram se têm intenção de permanecer investindo após 2024 e a aprovação (do orçamento) pode ser decisiva, de acordo com a publicação.

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A EEI recebe da NASA entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões de dólares (algo entre R$ 10 bilhões e R$ 12,5 bilhões) anuais. Em pouco mais de duas décadas de existência, o programa de financiamento da estação consumiu US$ 87 bilhões (pouco mais de R$ 272 bilhões). Em 2014, Barack Obama aprovou uma extensão dos investimentos para o programa espacial até 2024. Com o anúncio do corte, o destino da exploração espacial pelos Estados Unidos a partir de 2025 é incerto.

Após um atraso de 24 horas, a empresa americana Orbital ATK lançou, neste domingo, sua cápsula não tripulada Cygnus para uma nova missão de abastecimento à Estação Espacial Internacional (ISS), segundo imagens transmitidas ao vivo pela Nasa.

O foguete de dois estágios Antares decolou do centro espacial Wallops Island, na costa da Virgínia (leste dos Estados Unidos), às 07H19 locais (10H19 em Brasília).

A Cygnus alcançou a órbita da Terra menos de dez minutos depois de decolar, após se separar do segundo estágio.

Quarenta minutos mais tarde, abriu suas duas antenas solares e começou sua viagem rumo à ISS, que deve concluir na terça-feira.

Esta é a oitava missão de abastecimento da Orbital para a estação espacial, no âmbito de um contrato de 1,9 milhão de dólares com a Nasa.

A Cygnus deverá entregar 3,3 toneladas de alimentos, equipamentos e materiais para experiências científicas, incluindo um satélite para testar como as microbactérias se desenvolvem na microgravidade, a fim de determinar a quantidade mínima de antibiótico necessária para neutralizá-las.

"A resistência microbiana aos antibióticos poderia apresentar um risco para os astronautas no espaço, onde seu sistema imunológico se debilita", explicou a Nasa.

"Os pesquisadores acreditam que os resultados destes experimentos deveriam ajudar a desenvolver antibióticos eficazes para proteger os astronautas durante as missões de longa duração no espaço", acrescentou a agência americana, que disse que espera poder lançar missões tripuladas a Marte na década de 2030.

A cápsula deverá implementar também 14 minissatélites do tipo "Cubesat".

A equipe atualmente na ISS é formada por seis astronautas: três americanos, um italiano e dois russos.

A empresa americana SpaceX prevê enviar nesta segunda-feira à Estação Espacial Internacional (ISS) uma carga que inclui um supercomputador, para testar sua capacidade de funcionamento em condições extremas no espaço, durante um ano.

O lançamento do foguete de lançamento Falcon 9, que transportará a cápsula Dragón, está previsto para 12H31 (16H31 GMT), de Cabo Cañaveral, na Flórida. As condições meteorológicas são 70% favoráveis.

A cápsula Dragón transporta 2,9 toneladas de carga, incluindo uma supercalculadora projetada pela companhia americana Hewlett Packard Company (HP).

O objetivo dessa missão é verificar se o computador pode funcionar em condições extremas no espaço, durante um ano, o tempo que os astronautas levariam para chegar a Marte.

Após quebrar o recorde de permanência de uma pessoa no espaço, a astronauta Peggy Whitson é a protagonista do primeiro vídeo em 4K transmitido ao vivo da Estação Espacial Internacional (EEI). Com a transmissão iniciada as 14h30 de hoje (26), horário de Brasília, a astronauta conversa com técnicos e diretores de empresas, como Amazon, sobre as tecnologias envolvidas nas transmissões e produções de vídeo.

Os técnicos da NASA estão aprimorando as comunicações da EEI para transmissões de alta qualidade, porém, estão apreensivos com a primeira transmissão em 4K. Utilizando uma única câmera, da marca Red Dragon, eles esperam conseguir uma imagem de qualidade com pouco delay, para que a conversa possa fluir sem travamentos.

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Para aqueles que quiserem ver o que foi discutido e como foi a transmissão, a NASA irá disponibilizar um link com a conversa na íntegra.

A NASA (agência espacial norte-americana) apresentou hoje a primeira mulher afro-americana que se tornará membro da equipe da Estação Espacial Internacional (conhecida pela sigla em inglês, ISS). Jeanette Epps chegará a estação em maio do ano que vem, junto com a Expedição 56. Este será o primeiro voo em órbita da ex-funcionária da CIA (agência de inteligência dos EUA). Jeanette é astronauta desde 2009 e é Ph.D. em engenharia aeroespacial pela Universidade de Maryland.

Antes dela, nenhum outro afro-americano ocupou o posto de chefe da ISS, desde o início de suas atividades, em novembro de 2000. Além de Jeanette, o veterano Andrew Feustel estará na missão, de acordo com o comunicado oficial da NASA. Andrew fará parte da Expedição 55, como engenheiro de voo, e ficará a bordo da ISS, em sua primeira missão de longa duração, dois meses antes de sua companheira.

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Desde a primeira missão, mais de 200 pessoas já estiveram na ISS, incluindo visitantes e profissionais, de diversos países. O paulista Marcos Cesar Pontes, de Bauru, tenente-coronel da Força Aérea Brasileira, foi o primeiro brasileiro a pisar na estação, em março de 2006.

A astronauta Jeanette Epps será a primeira pessoa negra a participar de uma missão na Estação Espacial Internacional (ISS), informou a Nasa nessa quarta-feira (4).

Epps, uma física de 46 anos que já trabalhou para a CIA, chegará à ISS em 2018 como engenheira de voo, junto com seu compatriota Andrew Feustel, um astronauta veterano, revelou a agência espacial americana.

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A Nasa já teve cinco mulheres e um homem negros como astronautas, e todos participaram em missões de naves espaciais, mas Epps será a primeira na ISS.

Os seis membros da tripulação da ISS realizam missões em órbita de seis meses.

Epps, doutora em engenharia aeroespacial pela Universidade de Maryland, aprendeu russo para trabalhar com seus colegas da agência espacial da Rússia que integram a tripulação da ISS.

O Japão enviou nesta sexta-feira ao espaço uma nave abastecida com destino à Estação Espacial Internacional (ISS) que também incorpora um novo sistema para descartar o lixo espacial.

A nave espacial, chamada de "Kounotori 6", foi lançada da ilha de Tanegashima poucos segundos antes das 22h27 (11h27 de Brasília) pelo foguete H-IIB, de acordo com imagens divulgadas pela agência espacial japonesa Jaxa.

O lançamento foi um sucesso e "o satélite se separou do foguete" e alcançou a órbita prevista, disse à AFP um porta-voz da Jaxa, Nobuyoshi Fujimoto, quinze minutos após a decolagem.

A nave leva uma espécie de corda que desloca o lixo espacial produzido pelo homem, incluindo restos de satélites ou foguetes, e o conduz até órbitas próximas da Terra com o objetivo de que, ao entrar na atmosfera, se desintegre.

Desde o lançamento em 1957 do satélite soviético Sputnik, a exploração humana do espaço já deixou um rastro de dejetos que a cada ano provocam novas colisões com naves espaciais. O cabo, chamado de eletrodinâmico, foi produzido com filamentos de aço e de alumínio e foi desenhado com a ajuda de um fabricante de redes de pesca.

Quando se movimenta no campo magnético terrestre, o cabo gera eletricidade e impede o movimento dos resíduos, que logo começaram a descer progressivamente até atingirem a atmosfera e entrarem em combustão antes de chegar à superfície da Terra, segundo previsões dos cientistas.

A agência espacial japonesa trabalha há dez anos com a empresa Nitto Seimo para desenvolver esse sistema. "A corda utiliza nossa técnica de trançado de redes, mas foi muito difícil conseguir capturar objetos tão pequenos", explicou à AFP Katsuya Suzuki, um engenheiro da empresa.

"Dessa vez a corda terá 700 metros de longitude, mas no fim terá que chegar aos 5.000 ou 10.000 metros de comprimento para conseguir frear o lixo espacial que queremos destruir", ressaltou.

A "Kounotori 6" também transporta suprimentos, pilhas e água para os astronautas da ISS.

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