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O estudante somali Abdul Razak Ali Artan, que atropelou e esfaqueou diversas pessoas na Universidade Estadual de Ohio ontem, era um "soldado" do Estado Islâmico, de acordo com a agência de notícias do grupo terrorista.

A ação de Abdul Razak Ali Artan é parecida com a ensinada em um vídeo do Estado Islâmico que ensina como as pessoas podem promover um ataque sem o uso de armas de fogo.

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Em suas redes sociais, o somali dava indícios de que não gostava do tratamento dado por países como os EUA a muçulmanos. Um advogado disse à Associated Press que o somali criticou a interferência de países em comunidades muçulmanas e disse que os muçulmanos estariam "dormindo, esperando por um sinal". Na postagem, Artan havia criticado especificamente a morte de muçulmanos na Birmânia.

O número de mortos do atentado com um caminhão-bomba ao sul da capital do Iraque subiu para 73 nesta sexta-feira (25), segundo funcionários de hospitais e autoridades da polícia. Entre as vítimas há 40 peregrinos iranianos.

As fontes oficiais disseram que há outras 65 pessoas feridas no ataque, ocorrido na noite de quinta-feira (24) em um posto de gasolina de uma importante rodovia perto da cidade de Hilla, cerca de 95 quilômetros ao sul de Bagdá. Anteriormente, as autoridades haviam calculado 56 mortes. As fontes pediram anonimato, por não ter autorização para falar com a imprensa.

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O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque em breve comunicado de seu braço de mídia, Aamaq, afirmando que se tratava de um atentado suicida com um caminhão-bomba. O ataque aparentemente tinha como alvo o grupo de iraquianos que seguia para casa após uma peregrinação religiosa xiita na cidade sagrada de Kerbala.

O vice-ministro das Relações Exteriores iraniano, Hassan Qashqavi, foi citado pela agência semioficial Tasnim na noite de quinta-feira dizendo que 80 pessoas haviam morrido, entre elas 40 iranianos. Divergências no número de vítimas são algo comum após grandes ataques.

O atentado foi o mais mortífero do Estado Islâmico desde o grande ataque com um carro-bomba que matou cerca de 300 pessoas em Bagdá em julho. Ele também ocorreu um dia após cerca de dez atentados à bomba de pequena escala em Bagdá e no entorno da capital, que mataram 31 pessoas e deixaram mais de 100 feridos. O Estado Islâmico e a Al-Qaeda no Iraque têm como alvo em geral membros da maioria xiita do Iraque.

Ao mesmo tempo, os militares iraquianos realizam uma operação para desalojar os rebeldes da cidade de Mossul, no norte do país, último grande centro urbano com a presença dos militantes. A ofensiva tem o apoio de milicianos e da coalizão liderada pelos EUA, que tem em grande medida realizado ataques aéreos em Mossul contra alvos do Estado Islâmico.

A campanha do governo iraquiano para retomar Mossul começou no mês passado, mas a resistência do Estado Islâmico e preocupações com a segurança dos civis que permanecem na cidade desaceleraram o progresso das forças iraquianas. Fonte: Associated Press.

Pelo menos 28 pessoas morreram e 45 ficaram feridas em um atentado suicida contra uma mesquita xiita de Cabul, capital do Afeganistão.

O ataque foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), que é de orientação sunita, segundo o TerrorMonitor, grupo que monitora atividades terroristas na internet. Entre as vítimas estão mulheres e crianças.

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Essa é a terceira vez em poucos meses que xiitas são atingidos por atentados no Afeganistão, sempre reivindicados pelo Estado Islâmico.

O exército iraquiano afirmou neste domingo que tropas retiraram militantes do Estado Islâmico da cidade de Nimrud, ao sul de Mosul, próximo a região onde ficam antigas ruínas históricas que podem ter sido destruídas pelo grupo extremista.

As formas especiais iraquianas lutaram contra militantes na cidade de Mosul, onde sofreram para avançar contra uma onda de carros bomba.

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As tropas estão convergindo de vários fronts de Mosul, a segunda maior cidade do Iraque e segunda maior área urbana sob controle do Estado Islâmico, como parte de uma ofensiva lançada mês passado. As forças especiais tomaram uma série de distritos nos limites da cidade.

O comandante da operação de Mosul, o tenente general Abdul-Amir Raheed Yar Allah afirmou que as tropas tomaram Nimrud depois de uma pesada batalha. Não ficou claro se eles liberaram o sítio arqueológico do século 13 próximo à região.

Em Mosul, as forças especiais dizem ter tomado as vizinhanças de Qadisiya e Zahra e planejam avançar mais nas próximas horas. Fonte: Associated Press.

Um carro-bomba do grupo Estado Islâmico atacou na manhã deste sábado forças especiais iraquianas em Mossul, dando início a um intenso conflito na cidade que fica ao norte do país. O ataque, que ocorreu no bairro de Qadisiya, foi seguido por uma barragem de tiros, argamassa e granadas de foguetes, disseram oficiais iraquianos.

A batalha também está em andamento no bairro vizinho de Arbajiya, acrescentaram os oficiais, que falam sob condição de anonimato porque não estão autorizados a informar os repórteres.

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As forças armadas iraquianas não divulgam números de vítimas, mas os médicos relataram dezenas de mortos e feridos desde o início da operação para tirar do Estado Islâmico o controle da segunda maior cidade do Iraque, em 17 de outubro.

As forças especiais iraquianas entraram em Mossul no início deste mês, conquistando as bordas orientais da cidade. Mas o avanço diminuiu à medida que vão chegando em regiões mais povoadas.

A paisagem urbana no interior de Mossul torna a defesa mais fácil para o militantes do Estado Islâmico, ansiosos por manter a última grande fortaleza iraquiana de seu autodenominado califado. A derrota em Mossul seria um grande golpe para seu projeto, e eles disseram que estão prontos para lutar até a morte. Fonte: Associated Press.

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) convocou jihadistas e "ratos solitários" para que cometam atentados terroristas nos Estados Unidos durante as eleições presidenciais, que ocorrem nesta terça-feira (8).

De acordo com a especialista norte-americana em contraterrorismo Rita Katz, da agência Site, o Estado Islâmico deu orientações para ataques a fim de tumultar o processo eleitoral e conquistar a atenção da imprensa, em um momento em que está encurralado por forças militares e pela coalizão internacional na operação contra a capital do califado, Mossul.

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A sugestão de atentados foi feita em um texto divulgado nesta segunda-feira (7) em seus canais e redes sociais, no qual também pede para os muçulmanos não irem votar no pleito à Casa Branca, que tem como candidatos a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump. No documento, o EI diz que não há diferença entre o Partido Democrata e o Republicano em relação à "política com os muçulmanos".

No entanto, durante sua campanha eleitoral, o magnata Donald Trump fez duras críticas à comunidade muçulmana, ameaçando expulsar todos que vivem nos Estados Unidos, além de banir a entrada de islâmicos no país. Já Hillary preferiu manter a linha adotada pelo atual presidente e companheiro de partido, Barack Obama, de desvincular o terrorismo da religião, apoiando o Islã, mas condenando os atos do Estado Islâmico. Desde o dia 17 de outubro, os Estados Unidos, liderando uma coalizão internacional, fornecem apoio às Forças Armadas do Iraque para retomar o controle de Mossul, cidade no norte do país, que é a capital do Estado Islâmico.

Após o início da ofensiva para recuperar a cidade de Mossul do Estado Islâmico, as forças curdas anunciaram nesse domingo (6) uma operação contra Raqqa, com o apoio de países árabes e dos norte-americanos. A informação é da Agência Ansa.

Raqqa, que fica no Norte da Síria, é vista como uma das principais cidades para o Estado Islâmico no país, atrás da capital declarada do califado, Mossul, no Iraque. Os municípios estão separados por cerca de 400 quilômetros. A nova ofensiva, batizada como "Fúria do Eufrates", foi iniciada pelas Forças Democráticas Sírias (FDS), em uma aliança contra o Estado Islâmico coordenada por curdos, de acordo com a porta-voz da operação, Jihan Sheikh Ahmad.

Os Estados Unidos darão apoio aéreo, enquanto os combatentes da FDS avançam em solo contra Raqqa. Será a segunda maior ofensiva lançada contra o Estado Islâmico, que está sofrendo perdas sucessivas no Iraque com o cerco a Mossul. As milícias curdas tiveram importantes vitórias contra o Estado Islâmico ao longo do ano, trabalhando em conjunto com a coalizão internacional.

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O governo da Turquia considera os grupos curdos organizações terroristas, como o Estado Islâmico, e combate membros do partido separatista PKK. Por isso, Ancara tem dado apoio a rebeldes sírios que lutam contra os curdos. Nesse domingo, um ataque do governo sírio contra opositores ao regime do ditador Bashar al-Assad atingiu uma escola infantil e matou pelo menos quatro crianças, além de ferir 19 pessoas.

O ataque ocorreu na área de Harasta, perto da capital Damasco, em uma zona controlada por rebeldes.

As forças especiais do Iraque trabalharam neste domingo para limpar bairros no extremo leste de Mossul, enquanto ataques com bomba realizados pelo Estado Islâmico no resto do país mataram ao menos 20 pessoas.

A ofensiva em Mossul se abrandou nos últimos dias, com as forças iraquianas penetrando áreas mais densamente povoadas, onde não podem depender de ataques aéreos e bombardeios, em razão do risco para os civis, que foram instruídos a permanecer em suas casas.

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"Há um grande número de civis e estamos a tentar protegê-los", disse o tenente-coronel Muhanad al-Timimi. "Esta é uma das batalhas mais difíceis que enfrentamos até agora."

Os extremistas, por sua vez, praticaram uma série de atentados. O mais violento ocorreu na cidade de Samarra, localizada ao norte de Bagdá. O porta-voz da província, Ali al-Hamdani, disse que o agressor utilizou uma ambulância cheia de bombas em um estacionamento perto peregrinos xiitas antes de detonar explosivos em seu colete. O ataque matou 11 pessoas, incluindo pelo menos quatro iranianos, e feriram até 100 outras pessoas.

Outro ataque suicida se utilizou de um carro carregado de explosivos em um posto de controle fora da cidade de Tikrit, matando pelo menos nove pessoas. Al-Hamdani disse que cinco estudantes do sexo feminino, uma mulher e três policiais foram mortos no ataque, enquanto outros 25 estão feridos.

O porta-voz do Ministério do Exterior do Irã, Bahram Ghasemi, condenou os dois ataques, que segundo ele mataram 21 pessoas, informou a agência de notícias semi-oficial Mehr.

Em uma declaração online, o Estado Islâmico reivindicou a autoria dos ataques e disse que a ambulância com bombas foi na realidade desencadeada por um terceiro suicida.

Tropas do Iraque limpavam neste sábado (5) prédios em bairros retomados dos rebeldes no leste de Mossul, após expulsar no dia anterior os militantes do Estado Islâmico de parte da cidade. Os confrontos, porém, continuavam a ocorrer, sobretudo no bairro de al-Bakr.

Mais de 3 mil soldados iraquianos participam do ataque, mas o ritmo dos confrontos diminui conforme as forças do Iraque avançam de zonas mais rurais com poucos civis para as áreas urbanas. Pelo menos sete suicidas atacaram as tropas com veículos no sábado, cinco deles tendo sido mortos antes de chegar a seus alvos.

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A operação para retomar Mossul deve levar semanas ou mesmo meses. Estima-se que 1 milhão de pessoas sigam na cidade e as forças iraquianas decidiram agir mais lentamente para evitar mortes de civis. Mossul é o último importante bastião do Estado Islâmico no Iraque e a expulsão do grupo da área seria um grande revés para os militantes. Fonte: Associated Press.

A Bélgica aprovou, nesta quinta-feira, a extradição para a França de Mehdi Nemmouche, suspeito no ataque a um museu judaico em Bruxelas em 2014. Na França, ele é procurado por outro caso.

Um tribunal de Bruxelas disse que Nemmouche deve ir a julgamento em 2017 e, depois disso, poderá ser enviado para a França. Ele foi acusado de ser um carcereiro do Estado Islâmico e, de acordo com o escritório do promotor de Paris, Nemmouche é procurado por ser, supostamente, um dos sequestradores de quatro jornalistas franceses que foram mantidos reféns na Síria entre 2013 e 2014.

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Os promotores federais belgas se recusaram a comentar o caso francês. Fonte: Associated Press.

A polícia da Alemanha disse que uma mulher muçulmana atacou oficiais com um canivete enquanto gritava "Allahu akbar" (Alá é grande), depois que eles foram chamados em seu apartamento, na cidade de Essen, no oeste do país.

O porta-voz da polícia, Marco Ueberbach, disse, nesta terça-feira (1°), que os oficiais encontraram bandeiras com símbolos do grupo terrorista Estado Islâmico depois que eles detiveram a mulher. Os policias foram chamados ao apartamento dela na segunda-feira (31) porque a mulher estava jogando móveis da janela.

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De acordo com Ueberbach, nenhum dos policiais foi ferido. A mulher foi conduzida a uma clínica psiquiátrica e os investigadores estavam olhando, também, para um possível pano de fundo extremista no caso. Fonte: Associated Press.

As tropas de elite do Iraque entraram, pela primeira vez, na periferia leste de Mossul nesta terça-feira (1°) e estavam avançando em direção ao centro da cidade, apesar da resistência do grupo terrorista Estado Islâmico, que detém a cidade, e atirou mísseis nas forças iraquianas.

As tropas entraram em Gogjali, um bairro dentro dos limites de Mossul, e, ao meio-dia, estavam a apenas 800 metros do distrito mais desenvolvido de Karama, de acordo com o general Sami al-Aridi, das forças especiais iraquianas.

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A tomada de Mossul, segunda maior cidade do Iraque, seria simbólica porque, em junho de 2014, o líder do Estado Islâmico, Abub Bakr al Baghadadi, proclamou a instauração de um califado na cidade. De acordo com a televisão estatal iraquiana, a operação é "batalha de honra" para libertar a cidade do grupo terrorista. Fonte: Associated Press.

As tropas de elite do Iraque avançaram nas proximidades de Mossul e podem entrar no reduto do Estado Islâmico. Veículos blindados começaram a abrir caminho, e foram seguidos por unidades do exército. Ataques aéreos atingiram posições do Estado Islâmico.

Alguns moradores estão pendurando bandeiras brancas em edifícios e janelas, em um sinal de que não resistiriam às tropas iraquianas, segundo o general Haider Fadhil.

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A tomada de Mossul seria simbólica porque, em junho de 2014, o líder do Estado Islâmico, Abub Bakr al Baghadadi, proclamou a instauração de um califado na cidade. De acordo com a televisão estatal iraquiana, a operação é "batalha de honra" para libertar a cidade do grupo terrorista. Fonte: Associated Press.

Forças iraquianas seguiam em direção a uma cidade ao sul de Mosul neste sábado (29), depois que combatentes do Estado Islâmico fugiram usando civis como escudos humanos. Enquanto isso, milícias xiitas sancionadas pelo Estado se juntaram à ofensiva, abrindo uma nova frente a oeste.

Tropas iraquianas que se aproximavam de Mosul pelo sul avançaram para Shura, depois de uma onda de ataques aéreos liderados pelos EUA e bombardeios de artilharia contra posições de militantes dentro da cidade. Comandantes disseram que a maioria dos combatentes do Estado Islâmico bateu em retirada no início da semana levando os civis, mas que os ataques aéreos norte-americanos interromperam a marcha forçada, permitindo que alguns civis escapassem. "Depois de todo esse bombardeio, não acho que vamos enfrentar muita resistência", disse um major do exército iraquiano, general Najim al-Jabouri. "Isso é fácil, porque já não existem civis", acrescentou. "O grande desafio para nós é sempre a existência de civis".

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O tenente-coronel Hussein Nazim, da Polícia Federal militarizada, que está liderando o avanço a partir do sul, disse que alguns civis, principalmente idosos e doentes, podem ainda estar na cidade, mas que o uso de artilharia pesada e ataques aéreos eram uma tática padrão. "Temos de atacar antes de nos mover, ou seremos presa fácil para Daesh", disse, usando um acrônimo em árabe para Estado Islâmico.

As forças iraquianas lançaram uma grande operação para retomar a cidade de Mosul, dominada pelo grupo islâmico, na última semana. A ofensiva para retomar a segunda maior cidade do Iraque, que ainda é lar de mais de 1 milhão de pessoas, deverá levar semanas, se não meses.

Por outro lado, milícias xiitas sancionadas pelo Estado lançaram um ataque a oeste de Mosul destinado a tirar o Estado Islâmico da cidade de Tel Afar, que tinha uma população de maioria xiita antes de cair nas mãos dos militantes em 2014. Eles também tentavam dar segurança à fronteira oeste com a Síria, por onde o grupo radical movimenta soldados, armas e suprimentos entre Mosul e a cidade síria de Raqqa, a capital de fato do califado autoproclamado.

O envolvimento das milícias xiitas apoiadas pelo Irã suscitou preocupação de que a batalha para Mosul, uma cidade de maioria sunita, poderia agravar as tensões sectária. As milícias dizem que não vão entrar na cidade. Jaafar al-Husseini, um porta-voz das Brigadas do Hezbollah, disse que seu grupo e as outras milícias estavam avançando com a ajuda de assessores iranianos e aviões iraquianos. De acordo com ele, a coalizão liderada pelos EUA, que está fornecendo ataques aéreos e apoio de solo às forças militares e curdas iraquianas conhecidas como peshmerga, não têm atuação no avanço das milícias xiitas.

Em Bagdá, por sua vez, um homem-bomba visando uma estação de ajuda para o peregrinos xiita matou pelo menos sete pessoas e feriu mais de 20, segundo a polícia e funcionários de um hospital, que falaram na condição de anonimato.

Ninguém reivindicou imediatamente o ataque, mas o Estado Islâmico costuma realiza ataques que têm como alvo a maioria xiita do Iraque, que os extremistas sunitas veem como merecedores da morte.

A ofensiva em Mosul envolve mais de 25 mil soldados, a Polícia Federal, combatentes curdos, membros de tribos sunitas e as milícias xiitas, que operam sob uma organização conhecida como Unidades de Mobilização Popular. Muitas das milícias foram originalmente formadas após a invasão liderada pelos EUA em 2003, para lutar contra as forças americanas e insurgentes sunitas. Eles foram mobilizados novamente e aprovados pelo estado quando o Estado Islâmico varreu o norte e centro do Iraque, capturando Mosul e outras cidades, em 2014.

As forças iraquianas se movem em direção Mosul a partir de várias direções e fizeram progresso desigual desde o início da ofensiva, em 17 de outubro. O escritório de direitos humanos da ONU informou na sexta-feira que o Estado Islâmico capturou dezenas de milhares de civis de Mosul e seu entorno, para usá-los como escudos humanos, e matou mais de 200 iraquianos nos últimos dias, principalmente antigos membros das forças de segurança.

Fonte: Associated Press

O Estado Islâmico está usando dezenas de milhares de civis de dentro e ao redor de Mossul, a terceira maior cidade do Iraque, como "escudos humanos", segundo informações do departamento de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Relatórios confiáveis sugerem que o Estado Islâmico tem forçado essas pessoas a saírem de suas casas em distritos ao redor de Mossul e colocando-as dentro do município, conforme disse a porta-voz Ravisa Shamdasani, em Genebra. O movimento teve início desde que uma forte operação começou na semana passada para retirar os militantes da cidade. De acordo com Ravisa, os militantes aparentemente colocam as pessoas em Mossul para ficarem perto das instalações militares.

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O departamento afirmou que recebeu informações de que mais de 200 pessoas foram mortas por recusar obedecer ordens do Estado Islâmico ou por ter feito parte das forças de segurança do Iraque, disse Ravisa Shamdasani. "Muitos daqueles que recusaram a serem cúmplices foram mortos, e mesmo aqueles que ajudaram, incluindo 190 pessoas das forças de segurança do Iraque e 42 civis", disse.

As mortes reportadas aconteceram na quarta-feira, e outros 24 ex-oficiais das forças de segurança do Iraque foram mortos ontem. Fonte: Associated Press.

Por mais de dois anos, a vida de Sadam Daham se limitou a "rezar o tempo todo" e a negociar o comprimento de suas vestes e de sua barba com os extremistas que ocupavam sua aldeia. Agora, finalmente, conseguiu escapar com sua família.

No fim de junho de 2014, o grupo Estado Islâmico declarou um "califado" em Mossul, no norte do Iraque. Um mês mais tarde, em 7 de agosto, seus homens entraram em Topzawa, uma aldeia dos arredores. Neste dia, a vida de Sadam e de seus vizinhos mudou completamente.

"Não tínhamos o direito de fumar, nem de usar telefone, nem de assistir televisão. Eles nos obrigavam a deixar a barba crescer e a vestir jelabas curtas", como as dos extremistas, conta à AFP em uma estrada após horas de espera para entrar em um acampamento de deslocados.

No dia seguinte, já instalado na barraca com sua esposa e seus três filhos, Sadam sorri, feliz. Toca as próprias bochechas, sem sentir nenhum rastro da longa barba que era obrigado a usar até então.

"Pesava. Não gostava, me incomodava", afirma. "Vi que nos kits de ajuda humanitária havia uma lâmina de barbear" descartável, afirma este ex-caminhoneiro de 36 anos, que ficou desempregado no dia em que os extremistas bloquearam as estradas em direção ao Curdistão.

'O regime da morte'

Com o avanço das tropas curdas e federais iraquianas em direção a Mossul, mais de mil iraquianos chegaram em um mês ao Curdistão. É o início de uma longa crise humanitária que a ONU e as ONGs advertem há meses.

Depois de quase um dia de espera, Sadam e sua família acabaram em uma das milhares de barracas dos acampamentos. Não carregaram nada com eles porque os militares não lhes deram tempo para fazer as malas. Mas, mesmo com os bolsos vazios, conseguiram dormir "sem ficar preocupados continuamente" e sem "sentir a morte em toda parte, o tempo inteiro".

"Vivíamos sob o regime da morte, nunca estávamos tranquilos", lembra este curdo sunita, abraçando sua filha Mona, de três anos. "Até em uma barraca estamos melhores aqui do que em casa. Desde que estamos no Curdistão, não vivemos mais sob as bombas", comemora.

Sem escola

Quando o EI reinava no povoado, todas as escolas permaneceram fechadas. Os irmãos mais velhos de Mona - Zina, de sete anos, e Omar, de seis - estão há mais de dois anos sem ir às aulas. O acampamento no qual acabam de se instalar ainda não tem estruturas para as crianças, mas "já se sentem melhor aqui", afirma seu pai. Em Topzawa, "tinham medo e choravam o tempo inteiro".

Os adultos também viviam "uma vida horrível: tudo estava proibido, com exceção de rezar o tempo todo". "Era como na idade média: não havia escolas porque enviaram todo o material que continham à Síria", acusa Um Ali, uma iraquiana de 35 anos, procedente de outro povoado próximo a Mossul.

"Não havia liberdade de nenhum tipo", confirma uma jovem ao seu lado, com o rosto ainda coberto por um niqab, o véu integral preto que os extremistas impõem a todas as mulheres nos territórios que controlam.

As Forças Especiais do Iraque removeram mais de mil pessoas de vilarejos perto da linha de frente da operação para retomar Mossul, cidade que foi controlada pelo grupo Estado Islâmico.

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que os militantes cometerem dezenas de atrocidades nos últimos dias, de acordo com autoridades.

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O Major Haider Fadhil disse que os residente do vilarejo de Tob Zawa e outras localidades foram levados para um campo perto da região de Khazer para sua segurança.

A Organização Internacional de Imigração divulgou que cerca de 9 mil pessoas ficaram desabrigadas desde o começo da operação de retomada de Mossul, que começou dia 17 de outubro. Fonte: Associated Press.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse que o país continuará a expandir suas operações ao norte da Síria, incluindo as cidades al-Bab, Manbij e Raqqa.

Erdogan disse que a Turquia "não tem escolha", a não ser entrar em al-Bab, apesar das críticas da comunidade internacional, "porque é preciso preparara a área do terrorismo, o mesmo com Manbij".

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Ele disse ainda que se a coalizão liderada pelos Estados Unidos estiver disposta a agir junto, a Turquia fará "o que for necessário" contra o Estado Islâmico em Raqqa, mas junto com as forças da coalizão e não com os militantes sírios curdos.

Na noite de quarta-feira, aviões turcos atacaram alvos da milícia curda em Alepo. A Turquia considera a milícia uma extensão da insurgência curda, mas os Estados Unidos os consideram uma efetiva força na luta contra o Estado Islâmico. Fonte: Associated Press.

As forças militares do Iraque fazem segundo dia de ofensiva para retomar a cidade de Mossul do Estado Islâmico.

Segundo informações do exército iraquiano, tropas entraram no centro de Hamdaniyah, também conhecida como Qaraqosh, e ergueram a bandeira na sede do governo local. As unidades, no entanto, ainda enfrentam resistência do grupo extremista.

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A cidade fica a cerca de 20 quilômetros de Mossul, a segunda maior cidade tomada pelo Estado Islâmico.

Na ofensiva deste sábado, a televisão iraquiana noticiou que o repórter Ali Risan foi morto ao levar um tiro de um atirador de elite. Na sexta-feira, outro jornalista, Ahmet Haceroglu, também morreu durante a cobertura do conflito.

Também hoje, o Estado Islâmico lançou um foguete e abriu fogo contra um comboio iraquiano que se aproximava de Mossul. O exército iraquiano revidou e nenhum soldado ficou ferido.

Na sexta-feira, as forças especiais do Iraque tomaram a cidade de Bartella e também ergueram a bandeira do País, mas ainda enfrentam resistência do Estado Islâmico. Bartella fica 15 quilômetros ao leste de Mossul.

A ofensiva iraquiana também continua em Kirkuk, onde o Estado Islâmico faz um forte ataque na cidade, que fica a 170 quilômetros de Mossul. Aparentemente, o grupo extremista tenta desviar as atenções de Mossul.

Estados Unidos

O secretário de defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, chegou neste sábado ao Iraque para conversas com líderes do país, incluindo o primeiro-ministro Haider al-Abadi, sobre a ofensiva para retomar a cidade de Mossul do Estado Islâmico.

Carter deve encontrar-se com o primeiro-ministro iraquianos e receber atualizações sobre a campanha militar do Iraque em Mossul, iniciada a menos de uma semana e liderada pelos Estados Unidos. Fonte: Associated Press.

O ministro de Relações Exteriores da França, Jean-Marc Ayrault, alertou que até um milhão de pessoas podem tentar fugir da cidade iraquiana de Mossul e afirmou que as autoridades devem checar todas as pessoas para garantir que extremistas do Estado Islâmico não estejam se escondendo entre os civis.

Ayrault também expressou que a grande operação em Mossul é apenas um passo da campanha contra o Estado Islâmico, e que a comunidade internacional deve pensar sobre o "próximo passo", no caso, a base do Estado Islâmico em Rakka, na Síria. Ayrault realizou uma coletiva de imprensa após uma conferência sobre a situação em Mossul em Paris, nesta quinta-feira. Fonte: Associated Press.

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