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O Twitter suspendeu 235 mil contas que promoviam o terrorismo desde fevereiro, anunciou a empresa em um post no blog nesta quinta-feira (18). A companhia disse que também ampliou a equipe que trabalha na sinalização de tais conteúdos, e afirma ter feito progressos em impedir que estas pessoas acessem novamente a plataforma. Ao todo, mais de 360 mil contas foram desligadas por este motivo.

"Também colaboramos com outras plataformas sociais, compartilhando informações e melhores práticas para a identificação de conteúdos terroristas", explicou o Twitter. O microblog ressalta, no entanto, que não existe um algoritmo mágico para identificar este tipo de conteúdo, mas que está investindo constantemente em tecnologias para facilitar o processo.

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Além disso, a equipe de política pública global da rede social expandiu sua parceria com organizações que trabalham para combater o extremismo violento online. O Twitter diz que trabalha com entidades respeitadas como Parle-moi d'Islam (França), Imams Online (Reino Unido), Wahid Foundation (Indonésia) e True Islam (EUA) para capacitar vozes não governamentais contra tais práticas.

As informações foram divulgadas pelo Twitter num momento em que o processo de suspensão de contas do microblog foi posto em xeque pela crítica pública. Uma ação recente argumentou que a empresa forneceu uma plataforma para o grupo Estado Islâmico (EI) crescer e angariar membros. O processo, no entanto, favoreceu a rede social ré, afirmando que o Twitter não pode ser responsabilizado pela atitude de seus usuários tóxicos. 

Procuradores da Alemanha apresentaram acusações de terrorismo contra um homem de 22 anos que teria se juntado ao Estado Islâmico na Síria e teria aparecido em vídeos de propaganda do grupo.

O homem, de nacionalidade alemã, foi identificado apenas como Tarik S., devido as leis de privacidade. Ele foi acusado formalmente de participação em uma organização terrorista estrangeira, perturbação da ordem, privação da liberdade, entre outras infrações.

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Ele supostamente se juntou ao Estado Islâmico perto de janeiro de 2014, ao dominar um checkpoint, mantendo como refém um motorista de caminhão por um dia pois ele estava transportando uma grande quantidade de cigarros. Ele também é acusado de aparecer em vídeos de propaganda do Estado Islâmico, especificamente em um no qual faz troça com um cadáver decapitado.

O suspeito, que estava na Síria, retornou para a Alemanha em março deste ano, pois sua mulher estava grávida. Ele foi preso no aeroporto de Frankfurt. Fonte: Associated Press.

Combatentes apoiados pela coalizão liderada pelos EUA retomaram o controle de Manbij, cidade no norte da Síria que até recentemente era um dos principais redutos do grupo Estado Islâmico, disse Nasser Haj Mansour, das Forças Democráticas da Síria, grupo formado predominantemente por curdos. Segundo Mansour, Manbij "está sob controle total" e as forças estão realizando operações de busca para encontrar extremistas que possam estar escondidos na cidade.

As Forças Democráticas da Síria iniciaram sua ofensiva para retomar Manbij no fim de maio, com o apoio de ataques aéreos da coalizão. A cidade era um importante ponto de ligação entre o califado autodeclarado na Síria e no Iraque e o resto do mundo. Além disso, fica em uma importante rota que abastece a capital do grupo Estado Islâmico, Raqqa. Fonte: Associated Press.

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Tell Ajaja é um dos sítios assírios mais ricos da Síria, mas durante a passagem dos extremistas do grupo Estado Islâmico (EI) por este local, estátuas milenares foram destruídas, além de baixos-relevos que não haviam sido desenterrados.

O EI já devastou um patrimônio inestimável na Síria e no Iraque. No caso concreto do sítio de Tell Ajaja, controlado por eles durante dois anos, conseguiu ser libertado em fevereiro de 2016 quando grupos curdos expulsaram os extremistas da maior parte da província de Hasake.

Localizado no alto de uma colina e a centenas de quilômetros da fronteira com o Iraque, Tell Ajaja oferece um espetáculo desolador. Ainda longe do local, é possível observar os restos dos objetos destruídos e grandes buracos no chão, resultado dos roubos, como constatado pela AFP.

Apesar de a maioria dos tesouros de Tell Ajaja, descobertos no século XIX, estarem em museus sírios e no exterior, os extremistas e outros criminosos levaram indícios ainda desconhecidos.

"Foram encontrados objetos desconhecidos, como estátuas e colunas. Muitas coisas foram perdidas", lamenta Mamun Abdulkarim, chefe das Antiguidades sírias.

"Mais de 40% de Tell Ajaja foi destruída ou roubada pelo EI", afirma Jaled Ahmo, diretor de Antiguidades de Hasake. "Os túneis perfurados destruíram níveis arqueológicos inestimáveis", testemunhas da história econômica, social e política da época.

Páginas da História destruídas

Em 2014 apareceram fotos de extremistas destruindo a marteladas estátuas do primeiro e segundo milênios pertencentes ao patrimônio assírio, divulgado sobretudo no Iraque e na Síria, onde ocorre uma guerra devastadora desde 2012.

"Com escavadeiras esses bárbaros destruíram páginas da História da Mesopotâmia", destaca Abdulkarim. "Em dois ou três meses reduziram a nada o que teria necessitado 50 anos de trabalhos arqueológicos", acrescenta.

Fotos publicadas no site das Antiguidades mostram objetos danificados ou roubados em Tell Ajaja: baixo-relevos com inscrições em alfabeto cuneiforme, leões e animais alados - inclusive o "lamassu" -, criaturas com cabeça humana e corpo de touro, e leão com asas de águia, cujo objetivo era a defesa contra os inimigos.

A Assíria, com sua capital Nínive (atualmente no Iraque), foi um poderoso império do norte da Mesopotâmia. A arte assíria é particularmente célebre por seus baixo-relevos que recriam cenas de guerra.

"Tell Ajaja ou a antiga Shadicanni era uma das principais cidades assírias." no território sírio atual, explica Sheijmus Ali, da Associação para a Proteção da Arqueologia Síria (APSA).

"O EI transformou a colina em zona militar", conta à AFP um morador do local sob o pseudônimo de Jaled, que acrescenta: "ninguém tinha direito de entrar sem autorização".

Contrabando para a Europa

"Verdadeiras hordas de homens armados entravam acompanhados de traficantes de objetos arqueológicos", assegura outro habitante, Abu Ibrahim.

Tell Ajaja era conhecida como Tell Araban na época islâmica. Mas, lamentavelmente, "as camadas mais altas que se remontam a essa era também foram arrasadas", afirma Jaled Ahmo.

Inúmeros vestígios foram contrabandeados através da vizinha Turquia para a Europa, segundo Abdulkarim, que alertou a Interpol.

Desde sua ascensão militar em 2014, o EI devastou muitos sítios mesopotâmicos no Iraque (Hatra e Nimrud) e na Síria, alguns classificados como patrimônio mundial da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Na Síria, mais de 900 monumentos ou sítios arqueológicos foram afetados, seriamente danificados ou destruídos pelo regime, pelos rebeldes ou extremistas, segundo a APSA.

O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ataque de um homem em uma delegacia de polícia no município de Charleroi, na Bélgica, realizado no sábado. O ataque com faca deixou duas policiais feridas e o homem responsável pelo ataque foi baleado e morto por policiais.

Segundo divulgado pelo grupo terrorista, o ato contra as duas oficiais foi realizado por um "soldado" e em resposta aos ataques da coalizão liderada pelos Estados Unidos no Iraque e Síria.

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Autoridades belgas identificaram o homem como um argelino de 33 anos, residente na Bélgica desde 2012. Fonte: Dow Jones Newswires

Os Estados Unidos lançaram ataques aéreos múltiplos contra militantes do Estado Islâmico na Líbia nesta quarta-feira. Com isso, os EUA abrem uma frente nova, mais persistente, contra o grupo extremista, a pedido do governo apoiado pela Organização das Nações Unidas, segundo autoridades líbias e norte-americanas.

O diretor do conselho presidencial apoiado pela ONU, Fayez Sarraj, disse em declaração televisionada que aviões norte-americanos atacaram Sirte, cidade controlada pelo Estado Islâmico, no norte líbio. Nenhuma força em terra dos EUA será enviada à área, segundo Sarraj.

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Os ataques tiveram como alvo tanques e outros veículos do Estado Islâmico e são realizados em meio a crescentes preocupações sobre a crescente ameaça do grupo para a Europa e sua capacidade de inspirar ataques. Sarraj disse que o conselho presidencial fez um pedido por ataques aéreos específicos dos EUA. "Os primeiros ataques começaram hoje em posições em Sirte e causaram muitas mortes", disse ele, sem dar números específicos.

Os ataques marcam o início de um papel mais intenso dos EUA na luta contra o Estado Islâmico na Líbia, bem como de medidas dos EUA para auxiliar o frágil governo do país. Estes são os primeiros ataques dos EUA contra o Estado Islâmico na Líbia desde fevereiro.

Porta-voz do Pentágono, Peter Cook disse que o presidente Barack Obama autorizou os ataques, após receber recomendação do secretário de Defesa, Ash Carter, e do general Joseph Dunford. Segundo Cook, mais ataques devem ocorrer contra alvos do grupo em Sirte.

Autoridades dos EUA estimaram neste ano que havia até 6 mil insurgentes do Estado Islâmico na Líbia, entre eles alguns que abandonaram a Síria. Nos últimos meses, porém, o número deles diminuiu e o grupo se enfraquece, sob pressão de milícias locais e do governo apoiado pela ONU.

Na semana passada, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que os combatentes do Estado Islâmico na Líbia enfrentam a "possibilidade direta" de derrota em seu último bastião.

O general Dunford estimou em meados de julho que havia apenas algumas centenas de militantes ainda dentro de Sirte, que o grupo usava como quartel-general.

A Líbia sofre com um quadro caótico após a deposição e morte do ditador Muamar Kadafi em 2011. O vácuo de poder levou à criação de várias milícias e militantes, entre eles o Estado Islâmico e rebeldes ligados à rede Al-Qaeda.

Desde 2014, a Líbia está dividida entre governos rivais, no leste e oeste do país, cada um apoiado por diferentes milícias e tribos. A ONU impulsionou um acordo em dezembro para buscar a criação de um governo de união, mas o pacto prevê dois anos de um período de transição, para depois se votar uma proposta de Constituição e se realizar eleições presidenciais e parlamentares. As milícias pró-governo, sobretudo da cidade de Misurata, têm lançado uma ofensiva contra o Estado Islâmico em Sirte desde maio. Fonte: Associated Press.

O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade por dois ataques em um campo de petróleo e uma estação de gás no Iraque neste domingo, os quais deixaram ao menos quatro mortos.

Quatro homens-bomba atacaram o campo de petróleo de Bai Hassan , um dos maiores da região de Kirkuk e que produz mais de 175 mil barris por dia. Três dos autores do ataque morreram, um deles conseguiu escapar. Um incêndio começou poucas horas depois que o primeiro homem se explodiu, destruindo dois tanques.

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Mais cedo no domingo, outro grupo de militantes invadiu uma estação de compressão de gás a cerca de 30 quilômetros de Bai Hassan. Eles mataram quatro funcionários da companhia estatal North Oil Co. e destruíram o local com explosivos, segundo reportaram autoridades iraquianas.

O ataque foi o primeiro na área desde que o grupo extremista começou a tomar porções do Iraque em 2014. Os campos estão fechados e a polícia trabalha para desarmar outros sete explosivos improvisados plantados no local pelos autores dos ataques.

Forças iraquianas enfrentaram o grupo extremista em uma série de batalhas desde o final do ano passado. O exército prepara agora uma ofensiva para retirar o Estado Islâmico de Mosul, a segunda maior cidade iraquiana. Após algumas derrotas, o Estado Islâmico voltou a recorrer a algumas táticas de guerrilha, aumentando o número de ataques suicidas contra civis em Bagdá e outras regiões do país. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um duplo atentado atingiu uma multidão na cidade de Qamishli, predominantemente curda no norte da Síria nesta quarta-feira (27), matando ao menos 44 pessoas e ferindo outras dezenas, informou a agência de notícias estatal da Síria Sana. O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque.

Segundo a imprensa, um caminhão carregado com grandes quantidades de explosivos explodiu na fronteira da cidade de Qamishli, seguido de uma explosão de uma motocicleta poucos minutos depois na mesma área. As explosões causaram enormes danos na região e equipes de resgate estavam trabalhando para recuperar vítimas debaixo dos escombros, disse a agência.

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Qamishli fica perto da fronteira com a Turquia e é controlada principalmente por curdos, mas as forças governamentais da Síria estão presentes e controlam o aeroporto da cidade.

"A maioria dos edifícios no local da explosão foram fortemente danificados por causa da força da explosão", disse Suleiman Youssef, um morador de Qamishli.

Em um comunicado divulgado na internet, o grupo Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ataque em Qamishli, dizendo que a explosão do caminhão atingiu um complexo de escritórios curdos. Fonte: Associated Press.

Uma explosão na cidade síria de Qamishli matou nesta quarta-feira (27) pelo menos 25 pessoas. Um funcionário do hospital da cidade informou à agência russa RIA Novosti que há mais de 100 feridos.

"Os corpos foram levados a hospitais. Mais de 100 pessoas ficaram feridas e o número das vítimas provavelmente continuará crescendo", disse uma fonte. Um caminhão-bomba explodiu no bairro da Qamishli, controlado por curdos.

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De acordo com informação dada pelo canal de TV Al Jazeera, o grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo atentado.

Segundo informações divulgadas pela mídia local, entre os mortos e feridos, há civis e membros das forças de segurança. A polícia local disse que o número de mortes pode aumentar, já que muitas pessoas se encontram gravemente feridas.

E, segundo dados atualizados e divulgados pelo canal televisivo Al Mayadin, há 44 mortos e cerca de 170 feridos.

O grupo terrorista Estado Islâmico afirmou que os dois homens que realizaram nesta terça-feira (26) um ataque em uma igreja no norte da França eram "soldados" da organização extremista. A informação estava em comunicado do Estado Islâmico, divulgado pela agência de notícias Amaq, braço de mídia do grupo. O presidente francês, François Hollande, também disse que a dupla que matou um padre havia reivindicado ter ligação com o Estado Islâmico.

Um porta-voz do grupo, Abu Mohammed al-Adnani, apelou em maio para que os partidários ocidentais que não possam migrar para os campos de batalha do Estado Islâmico realizem ataques em seus próprios países. Além da morte do padre, identificado como Jacques Hamel, uma pessoa ficou gravemente ferida.

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Os homens realizaram ataques com faca, na cidade de Saint Etienne du Rouvray, na Normandia, e fizeram cinco reféns. Eles cortaram a garganta do padre e também deixaram outro refém gravemente ferido - a dupla de agressores acabou morta a tiros pelas forças de segurança.

Hollande disse que a ameaça terrorista na França permanece "muito alta". Segundo ele, o país precisa enfrentar o terror com todos os meios, mas dentro do Estado de Direito. Para o presidente, todos os católicos e o povo francês foram alvos, nesse ataque ocorrido na igreja. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Estado Islâmico assumiu a autoria de um atentado suicida que feriu 12 pessoas em um festival de música ao ar livre no sul da Alemanha, na pequena cidade de Ansbach. Foi primeiro caso de ataque suicida no país em vários anos. Apenas o terrorista morreu.

O grupo militante sunita chamou o terrorista, um sírio de 27 anos, de "soldado do Estado Islâmico", em um comunicado publicado na agência de notícias Amaq. Nele, o grupo afirma que o atentado ocorreu em resposta aos ataques da coalizão liderada pelos Estados Unidos no califado autodeclarado pelo Estado Islâmico, na Síria e no Iraque.

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O sírio declarou lealdade ao líder do Estado Islâmico Abu Bakr al-Baghdadi, informou o ministro do Interior da Baviera, Joachim Herrmann, citando um vídeo que o terrorista fez em seu celular. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um homem-bomba atacou um ponto de verificação de segurança no norte de Bagdá, capital do Iraque, neste domingo (24), matando pelo menos 14 pessoas, disseram autoridades iraquianas. O homem-bomba, que estava a pé, detonou seu dispositivo em uma das entradas movimentadas do bairro xiita de Kadhimiyah, matando pelo menos 10 civis e quatro policiais, de acordo com um policial. Pelo menos 31 outras pessoas ficaram feridas.

Outros três civis foram mortos e 11 ficaram feridos na explosão de uma bomba em um mercado ao ar livre em Abu Ghraib, subúrbio a oeste de Bagdá, disse outro policial. Duas fontes da área de atendimento de saúde confirmaram os números de vítimas. Todas as autoridades falaram sob condição de anonimato, pois não estavam autorizadas a divulgar informações.

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Em uma declaração online, o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ataque em Kadhimiyah, dizendo que tinha como alvo uma reunião de forças de segurança e milicianos xiitas. As declarações foram postadas em um site militante comumente usado pelos extremistas. As forças de segurança e áreas públicas, principalmente em bairros xiitas, são os alvos mais frequentes do grupo, que controla importantes áreas ao norte e oeste do Iraque.

Desde o fim do ano passado, o grupo sofreu uma série de perdas territoriais, mais recentemente no mês passado em Fallujah, onde foi expulso por forças iraquianas depois de ocupar a cidade durante mais de dois anos. Mas os extremistas têm continuado a realizar ataques a bomba quase diariamente dentro e ao redor de Bagdá, assim como ataques em outros países. Fonte: Associated Press.

O Estado Islâmico cometeu - ou inspirou indiretamente - 393 ataques em 16 países durante o mês do Ramadan, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Ramadan é o nono mês do ano muçulmano, durante o qual o jejum rigoroso é observado do nascer ao pôr do sol. Militantes islâmicos consideram o Ramadan o período mais sagrado para atos de martírio.

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Embora tenha sua expansão territorial diminuída ou até mesmo revertida, é provável que o Estado Islâmico continue com seus ataques ao passo em que se transforma em uma "organização terrorista real", disse Jean-Paul Laborde, chefe do Comitê Executivo Antiterrorista da ONU.

A maioria dos ataques durante o Ramadan ocorreram entre 6 de junho e 5 de julho, em lugares como Iraque e Síria, ainda de acordo com Laborde. Fonte: Associated Press.

O juiz da 14.ª Vara Federal de Curitiba, Marcos Josegrei da Silva, responsável pela Operação Hashtag da Polícia federal, que levou nesta quinta-feira à prisão 10 suspeitos de terrorismo nos Jogos Olímpicos do Rio, negou que o preso no Paraná seja o líder do grupo, como aventou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

Para o juiz, "é difícil falar em liderança, na medida em que não há uma organização bem definida. Eles compartilharam vídeos que circulam na internet ou em grupos fechados, elementos que foram usados como indícios para a acusação", explicou.

Segundo o juiz, as investigações começaram em abril deste ano, já baseadas na nova legislação antiterror. Os suspeitos estão sendo investigados por "integrar o promover organização terrorista e iniciar atos preparatórios tendentes à prática de terrorismo".

Para Josegrei da Silva, não é possível afirmar que havia um alvo delimitado, mas houve conversas no sentido de que os Jogos Olímpicos do Rio, que começam no dia 5 de agosto, seriam uma oportunidade de atentar contra países da coalizão que são inimigos do Estado Islâmico, embora o Brasil não seja um destes países.

Outras ordens de prisão e de buscas estão sendo realizadas no Paraná, mas o juiz preferiu não adiantar mais dados para "não atrapalhar as investigações". Segundo Josegrei da Silva, os suspeitos têm entre 20 e 40 anos.

As prisões temporárias têm validade de 30 dias e podem ser prorrogadas conforme os resultados das investigações. "As prisões e buscas têm como finalidade tentar obter elementos que produzam uma confirmação. Nem tudo o que uma pessoa preconiza no mundo virtual necessariamente ela vai realizar no mundo real", afirmou o juiz.

Às vésperas do início dos Jogos Olímpicos do Rio-2016, em agosto, integrantes do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) receberam informações de que brasileiros radicados no País estão mantendo contato com integrantes do Estado Islâmico. A localização, identificação e monitoramento destas pessoas é a maior prioridade de órgãos como a Agencia Brasileira de Inteligência (Abin).

Na busca por informações sobre brasileiros que tenham entrado em contato com grupos terroristas muçulmanos, os agentes do (Sisbin) procuraram a polícia federal alemã (BKA). Queriam informações sobre os 22 mil nomes de integrantes do EI entregues aos alemães por um informante em abril. Na lista, porém, não havia brasileiros.

Os agentes mantém sob vigilância integrantes de comunidades salafistas e wahabitas no País, que se aglutinam em torno de mesquitas e mussalas - espaços usados para as orações diárias dos muçulmanos. Para esse serviço, órgãos como a Abin redirecionaram pessoal para realizar a tarefa, principalmente, durante os Jogos Olímpicos.

Outra prioridade dos agentes do sistema é identificar os possíveis brasileiros envolvidos no recente anúncio feito por meio de um canal no Telegram sobre a criação do grupo autodenominado Ansar al-Khilafah, que declarou no último dia 18 lealdade ao Estado Islâmico no Brasil. O grupo publicou um texto em árabe com o símbolo do EI sobre o mapa do País. A imensa maioria dos informes colecionados pelos agentes é resultado do trabalho de campo feito no Brasil.

Outra fonte de preocupação para os agentes do sistema são os filhos de brasileiros residentes na Europa que tenham sido atraídos pelos radicais islâmicos como Brian de Mulder, conhecido como Abu Qassem Brazili, que se integrou ao EI na Bélgica e foi lutar na Síria, onde teria sido morto em 2015.

Em seu trabalho, os agentes não conseguiram "verificar de forma independente" a existência de pessoas que seriam possíveis alvos do EI ou de outros grupos no País. Os contatos com os serviços estrangeiros são mantidos pela Coordenação de Relações Institucionais, da Abin. Mas pelo menos um destes serviços - a Direction Générale de la Sécurité Extérieure (DGSE), da França - estaria, às vésperas dos Jogos, sem oficial próprio de ligação no Brasil.

O Estado Islâmico e outros grupos jihadistas conclamaram os seus seguidores a atuar como "lobos solitários" e realizar ataques terroristas durante os Jogos Olímpicos do Rio, em agosto. Entre os alvos sugeridos estão as delegações e visitantes dos Estados Unidos, Inglaterra, França e Israel. Os métodos propostos abrangem a utilização de drones com pequenos explosivos, acidentes de trânsito e o uso de veneno e medicamentos.

A defesa dos ataques foi realizada em inglês por meio do aplicativo de mensagens Telegram, que costuma ser usado para estimular a ação de "lobos solitários", revelou análise do SITE Intelligence, consultoria especializada na atuação de grupos extremistas na internet, que é referência no tema até para o governo dos Estados Unidos.

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Em junho, o Estado Islâmico criou no Telegram o primeiro canal para disseminação de propaganda jihadista em português, voltado para o público brasileiro. Desde então, seguidores do grupo passaram a disseminar a incitação de atos terroristas por um grupo que se autointitula "Ansar al-Khilafah Brazil", que se apresenta como baseado no País.

O autor das mensagens orientou os seguidores a se aproveitarem das favelas do Rio onde a criminalidade é disseminada e a usarem a "porosa fronteira" com o Paraguai para levar armas ao Brasil. "O recente post sobre os Jogos Olímpicos do Rio diz que ‘vistos, entradas e viagens para o Brasil serão fáceis de obter'", ressaltou a análise do SITE. Segundo a empresa, os jihadistas utilizam o Telegram para fornecer manuais para realização de atentados e celebram a realização de ataques.

O SITE sugeriu que o governo brasileiro não descarte nenhuma ameaça e estude a ação online do Estado Islâmico e outros grupos jihadistas voltada não apenas para o público que fala português. "O terrorismo moderno é um novo fenômeno para o qual as mídias sociais desempenham um papel perigoso, com chamadas para ataques que alcançam usuários ao redor de todo o mundo", afirmou a análise. "Os ataques terroristas nos últimos dois anos mostram que nenhum país do mundo está imune à ameaça do EI e de jihadistas radicais".

Na avaliação da consultoria, os recentes chamados para ataques nos Jogos Olímpicos não são surpreendentes. "Esse é um evento mundial e um alvo que é justificável tanto para EI quanto para outros jihadistas".

Na avaliação da consultoria, ataques recentes por lobos solitários mostraram que a estratégica dos terroristas tem sido bem-sucedida. Há três dias, um imigrante afegão feriu quatro pessoas a machadadas na Alemanha, em um ataque que parece ter sido inspirado no EI. Na semana passada, um tunisiano matou 84 pessoas em Nice, na França, usando um caminhão como arma. Um mês antes, um filho de afegãos nascido nos Estados Unidos assassinou 49 pessoas a tiros em uma casa noturna gay de Orlando.

"Isso só alimenta mais chamados por ataques e será preciso apenas um atacante disposto a agir no Brasil para desempenhar esse papel", observaram os analistas do SITE.

A reivindicação do atentado de Nice pelo Estado Islâmico (EI) é "ambígua", mas até agora este grupo extremista nunca assumiu a autoria de ataques de forma "oportunista", asseguram especialistas.

Através de sua agência Amaq, a organização informou que um de seus "soldados" realizou, na quinta-feira à noite, o atentado no qual morreram 84 pessoas, inclusive 10 crianças, nesta cidade da Riviera Francesa.

O massacre foi uma "resposta aos chamados feitos para atacar cidadãos dos países da coalizão que lutam" contra o EI no Iraque e na Síria, acrescentou o comunicado.

A reivindicação "é ambígua e não especifica se (o atentado) foi ordenado ou apenas inspirado nos chamados para atacar a França, feitos pelo EI", destacou Yves Trotignon, ex-analista dos serviços de inteligência franceses, a DGSE.

David Thomson, especialista em extremismo islâmico, reforçou que no geral o grupo faz uma distinção entre "soldados" e "simpatizantes" em suas reivindicações.

Neste caso, "a mensagem é um pouco contraditória", afirmou Thomson, pois apresenta o assassino de Nice como um "soldado", o que leva a crer que ele jurou lealdade ao grupo, mas acrescenta que ele agiu "em resposta aos chamados" do EI.

Em 2014, o porta-voz oficial da organização, Abu Mohamed Al Adnani, pediu aos seus simpatizantes que utilizem qualquer meio disponível, como "veículos", para matar "infiéis" americanos e europeus.

"Nunca" uma reivindicação falsa

Thomson disse que, embora o EI não tenha ordenado necessariamente o ataque de forma direta, até agora nunca fez uma reivindicação falsa.

Este especialista destacou que "várias vezes (o grupo) teve a possibilidade de reivindicar a autoria de um ataque que não cometeram, por exemplo, o acidente com o avião da Egyptair", que caiu no Mediterrâneo em maio.

"Mas não o fizeram, embora as autoridades egípcias tenham evocado a pista islamita", prosseguiu.

Thomson também mencionou outras reivindicações do grupo.

No caso de um ataque "incentivado por sua propaganda, não fazem uma reivindicação clara", explicou.

"Por exemplo, depois do ataque em San Bernardino", na Califórnia (EUA) em dezembro, quando um casal de muçulmanos matou 14 pessoas, o EI simplesmente "cumprimentou" os atacantes, aos quais descreveu como "simpatizantes".

"Quando há uma reivindicação, na maioria dos casos, depois do comunicado, apresentam provas - fotos ou vídeos - que permitem estabelecer um vínculo entre o terrorista e a organização", acrescentou Thomson.

Para Thomson, o caso de Nice "poderia ser similar ao de Magnanville", o assassinato em junho de um policial e sua companheira na residência do casal, na região parisiense.

O assassino do casal, o extremista Larossi Abballa, "minutos antes de passar à ação, pediu aos seus contatos do Facebook que prevenissem as brigadas midiáticas do EI".

A organização posteriormente reivindicou o ataque, cometido por um "combatente do Estado Islâmico".

Embora o atacante de Nice, Mohamed Lahuaiej Buhlel, não estivesse fichado pelos serviços de inteligência, seu perfil "não exclui que seja um jihadista", concluiu Thomson.

A polícia francesa deteve cinco pessoas ligadas ao franco-tunísio Mohamed Lahouaiej Bouhlel, que matou 84 pessoas e deixou outras dezenas de feridos ao dirigir um caminhão em alta velocidade na última quinta-feira (14) em Nice, na França, durante a comemoração do Dia da Bastilha. Três foram detidos na manhã deste sábado para interrogatório, segundo fonte próxima à investigação. A esposa de Lahouaiej Bouhlel foi detida na noite de sexta-feira. O casal estava se divorciando.

O objetivo das detenções é tentar entender como Lahouaiej Bouhlel preparaou o ataque, se contou com ajuda de cúmplices de alguma grande rede e se atuou sob instruções de alguma organização criminosa, como o Estado Islâmico.

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Ainda que o grupo terrorista tenha reivindicado neste sábado a responsabilidade pelo atentado em Nice, investigadores ainda não encontraram ligação entre Lahouaiej Bouhlel e grupos terroristas. Seu nome não aparece em nenhuma lista de supostos terroristas e chamou a atenção da polícia o fato de o ataque não ter sido reivindicado mais cedo pelo grupo Estado Islâmico, dado o grande número de mortos e o simbolismo de um ataque no Dia da Bastilha.

"Não estamos trabalhando com um perfil ou modo de operar que remeta ao que já vimos antes", afirmou Céline Berthon, secratária geral da União dos Comissários da Polícia Nacional da França (SCPN, na sigla em francês), em entrevista à rede de televisão BFMTV.

Os quatro detidos, além da esposa de Lahouaiej Bouhlel, foram identificados por serem pessoas a quem Bouhlel ligava com frequência, segundo uma fonte próxima à investigação. Em casos de terrorismo, a polícia pode deter pessoas por 96 horas sem haver acusação contra elas, com possibilidade de extender o período para 112 horas. Fonte: Dow Jones Newswires.

O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou neste sábado a responsabilidade pelo ataque com um caminhão à população na cidade francesa de Nice na última quinta-feira (14), que deixou 84 mortos e dezenas de ferridos.

Em um comunicado, o grupo Amaq, ligado ao Estado Islâmico, afirmou que o ataque "foi executado por um dos soldados do Estado Islâmico" e que "a operação foi promovida em resposta à convocação (do grupo) para atingir nações da coalizão que combate o Estado Islâmico". O comunicado foi rastreado pelo grupo SITE Intelligence, que monitora atividades terroristas.

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Promotores franceses já tinham declarado ter poucas dúvidas de que o grupo havia inspirado o ataque. Em atentados anteriores, o Estado Islâmico reivindicou a autoria das ações, apesar de em alguns casos a ligação com o grupo não ter ficado clara.

Na sexta-feira, a polícia francesa identificou que o autor do ataque era um franco-tunisiano de 31 anos chamado Mohamed Lahouaiej Bouhlel, residente na cidade e que tinha passagens pela polícia por violência a mão armada, mas não por radicalização jihadista. Bouhlel foi morto a tiros pela polícia logo após o ataque.

O atentado em Nice ocorreu por volta das 22h45 de quinta-feira, na Promenade des Anglais, no coração do balneário turístico de Nice, onde dezenas de milhares de franceses e estrangeiros acabavam de acompanhar os fogos de artifício dos festejos públicos da festa nacional de 14 de Julho, Dia da Bastilha. Entre as vítimas estão crianças, a maior parte com traumatismo craniano e fraturas graves.

Autoridades europeias e dos Estados Unidos ainda estão fazendo investigações em redes sociais e sistemas financeiros para tentar identificar se o motorista do caminhão recebeu alguma ajuda externa para executar a ação. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Exército da Rússia declarou que dois soldados morreram na Síria após o helicóptero no qual estavam ter sido abatido por militantes do Estado Islâmico.

De acordo com um comunicado emitido pela agência de notícias estatal Tass, o incidente ocorreu na sexta-feira, a leste da cidade de Palmyra.

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O comunicado afirma que os dois soldados russos realizavam um voo-teste com um helicóptero sírio Mi-25 que carregava munição. Ao mesmo tempo, militantes do Estado Islâmico invadiram a área, que é controlada pelas forças da Síria, que pediram ajuda ao russos para atingir os militantes.

Entretanto, o helicóptero foi atingido e caiu logo após os dois soldados ficarem sem munição, no momento em que deixavam o local. Fonte: Associated Press.

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