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A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) concordou em ampliar a ajuda a países no Norte da África e no Oriente Médio que são alvos do extremismo islâmico, inclusive com o uso de aeronaves de vigilância no combate ao grupo Estado Islâmico. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que os líderes da aliança também concordaram em lançar uma nova missão naval no Mediterrâneo, cujas responsabilidades devem incluir contraterrorismo.

"Hoje, tomamos decisões para fortalecer nossos parceiros e para projetar estabilidade além de nossas fronteiras", disse Stoltenberg a repórteres, no segundo dia da reunião de cúpula da organização, em Varsóvia. Ele afirmou que milhões de pessoas na África e no Oriente Médio ficaram "sem casa e desamparadas" por causa de organizações radicais como o EI, e que grupos extremistas também são responsáveis por ataques terroristas na Europa e na América.

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Segundo o secretário-geral, a Otan vai iniciar uma missão de treinamento e capacitação para as forças armadas do Iraque, um país que ele classificou como central na luta contra o EI. A Otan também está trabalhando para estabelecer um centro de inteligência na Tunísia, um importante local de recrutamento para o EI, e vai começar a fornecer apoio às forças de operações especiais do país.

Stoltenberg disse também que o presidente dos EUA, Barack Obama, e líderes dos outros 27 países membros da Otan concordaram em princípio em permitir que aeronaves de vigilância da aliança ofereçam apoio direto à coalizão liderada pelos EUA que está combatendo o EI na Síria e no Iraque.

Além disso, a Otan vai ampliar a cooperação com a Jordânia e está se preparando para ajudar o novo governo da Líbia a se defender melhor de organizações extremistas, disse. Fonte: Associated Press.

Homens-bomba enviados pelo grupo extremista Estado Islâmico explodiram dentro de um templo xiita ao norte de Bagdá, matando 36 pessoas e ferindo outras 40, afirmaram autoridades militares e do serviço de saúde do país.

O ataque aconteceu durante os festejos do Eid al-Fitr, que marca o fim do mês do ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos. O local escolhido foi o mausoléu de Sayid Mohammed bin Ali Al-Hadi, filho de um reverenciado imã xiita.

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O Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque em uma nota publicada por sua agência de notícias, a Amaq. O grupo extremista sunita tem aumentado os atos de terrorismo em meio a derrotas sucessivas que o levaram a perder grandes nacos de território na Síria e no Iraque. Fonte: Dow Jones Newswires.

Jean Paul Laborde, chefe da estratégia da ONU para o Combate ao Terrorismo, alerta que a Olimpíada no Brasil corre o risco de ser alvo de ataques terroristas. Ele considera que a ameaça é maior do que durante a Copa do Mundo, em 2014. "Há indicações de que o evento no Brasil é um alvo fácil para o Estado Islâmico", declarou Laborde ao jornal O Estado de S.Paulo. "O perigo é de que organizações terroristas usem os Jogos como uma oportunidade para propagar seus ataques. Ninguém está imune a isso hoje", disse.

Para ele, a lógica de que o Brasil não tem problemas de terrorismo não é a abordagem correta. "A questão não é o Brasil. Mas as pessoas que vão ao Rio", disse o diretor executivo da Direção de Contra-Terrorismo da ONU, em referência a delegações dos Estados Unidos, Israel e países europeus, entre outros.

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Na avaliação do francês, as autoridades brasileiras "conhecem muito bem os riscos" e as experiências da Copa do Mundo de 2014 foram importantes para preparar o país.

Laborde, que foi juiz da Suprema Corte Francesa e por 17 anos serviu em diversos cargos nas Nações Unidas no combate ao terrorismo, considera que, pelo fato de o Estado Islâmico estar perdendo terreno na Síria, o grupo, que hoje tem 30 mil combatentes, colocou como alvo países de fora da região.

"O espaço vital do grupo na Síria está sendo reduzido e o EI está voltando a ser cada vez mais um grupo de fato terrorista, cometendo atos terroristas pelo mundo", disse. "Por isso, o risco é maior. Eles voltam à forma tradicional de propagar o terrorismo", insistiu, apontando para os casos de Bruxelas (Bélgica), Istambul (Turquia), Bagdá (Iraque) ou Bangladesh.

"O EI entendeu a dificuldade em manter seu território e passou a sugerir que combatentes estrangeiros fiquem em seus países de origem e sejam chamados a atuar eventualmente", afirmou Laborde.

No Rio, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou que não há "probabilidade" de ataque terrorista durante os Jogos, "mas trabalhamos como se houvesse".

Subiu para 157 o número de vítimas fatais do atentado realizado no centro de Bagdá, na manhã do último domingo (3), conforme relato de autoridades iraquianas. No ataque, foi detonado um caminhão-bomba no movimentado bairro central de Karrada.

Autoridades de segurança e saúde informam que ainda podem haver mais vítimas, já que os trabalhos de busca não foram concluídos. Seriam ao menos doze pessoas ainda desaparecidas, enquanto outras 190 sofreram ferimentos, afirmou um oficial que preferiu não se identificar.

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O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado, que marca a primeira ofensiva dos terroristas após a retomada, no mês passado, da cidade de Fallujah por autoridades iraquianas. Uma série de derrotas na Síria e no Iraque, desde o outono passado, levaram os militantes a reverter suas ações para táticas de guerrilha, com ataques suicidas contra civis em áreas urbanas.

O Estado Islâmico disse, em comunicado divulgado pela internet, que tinha como alvo uma reunião de xiitas. O grupo militante sunita e outros extremistas sunitas rejeitam os xiitas, considerados politeístas.

O atentado em Karrada reacendeu uma crise sobre a situação de deterioração da segurança na capital. Quando o primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, visitou o local horas depois da explosão, multidões furiosas o xingaram, chamando-o de ladrão e atirando objetos em sua direção.

Na noite de domingo, Abadi emitiu comunicado anunciando um aumento dos esforços de segurança e inteligência e ordenou que o uso de um dispositivo de detecção de bombas, amplamente criticado, deveria ser desativado, segundo a Associated Press.

Autoridades informaram que ataques menores foram realizados nos arredores de Bagdá após a explosão do caminhão-bomba, matando 10 e ferindo outros 31. Fonte: Associated Press.

O número de mortes em um ataque suicida com caminhão-bomba no centro da capital do Iraque, Bagdá, subiu para pelo menos 151, segundo autoridades de segurança e de saúde do país. Outras 195 pessoas ficaram feridas no atentado. O número de mortos, no entanto, segue conflitante. O canal de televisão CNN, por exemplo, tem relatado 200 mortos.

O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo atentado que ocorreu no domingo pela manhã (no horário local), atingindo o bairro central de luxo de Karrada onde as ruas estavam cheias de jovens e famílias que estavam encerrando o jejum do Ramadã.

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O bombardeio marcou o primeiro grande ataque do grupo extremista na capital iraquiana desde que ele perdeu a cidade vizinha de Fallujah para as forças iraquianas no mês passado. Uma série de derrotas na Síria e no Iraque desde o outono passado levaram os militantes a reverterem para mais táticas de guerrilha, como ataques suicidas contra civis em áreas urbanas.

O bombardeio no bairro de Karrada acendeu uma crise sobre a situação de deterioração da segurança na capital. Quando o primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, visitou o local horas depois da explosão, multidões furiosas o xingaram, chamando-o de ladrão e jogando sapatos e pedras em seu carro.

Na noite de domingo, Abadi emitiu um comunicado anunciando um aumento nos esforços de segurança e de inteligência e ordenou que o uso de um dispositivo de detecção de bombas, amplamente criticado, deveria ser desativado, segundo a Associated Press.

O Estado Islâmico disse em um comunicado divulgado pela internet que tinha como alvo uma reunião de xiitas. O grupo militante sunita e outros extremistas sunitas rejeitam os xiitas, chamando-os de politeístas

Minutos após o bombardeio em Karrada, um dispositivo explosivo improvisado foi detonado na vizinhança a leste de Bagdá, matando quatro pessoas e ferimdo outras 16, disse o Ministério do Interior. A explosão tinha como alvo jovens iraquianos que estavam fazendo compras no noite do feriado muçulmano de Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadã e começa esta semana. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo segundo ataque. Fonte: Dow Jones Newswires.

O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque a um restaurante na capital de Bangladesh, Daca. Nove homens armados invadiram o café Holey Artisan Bakery, no distrito diplomático da cidade, fazendo mais de 20 reféns, com estrangeiros entre eles.

Dois policiais foram mortos no confronto com os terroristas, que também carregavam granadas explosivas.

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Ao menos quarenta pessoas foram feridas, conforme informações da rede norte-americana de televisão CNN, enquanto o jornal britânico The Guardian aponta que, segundo o próprio Estado Islâmico, já são mais de 20 vítimas fatais.

Autoridades médicas informaram que outros 25 policiais e um civil estão recebendo tratamento - dez deles estão em situação crítica, com ferimentos a bala e fraturas.

A agência de notícias do Estado Islâmico, Amaq News, afirmou mais cedo que o ataque foi realizado por "soldados do Estado Islâmico". Autoridades locais ainda não confirmaram a relação.

O número de mortos no ataque terrorista na terça-feira à noite no principal aeroporto internacional de Istambul, na Turquia, subiu para 41, incluindo 13 estrangeiros, e 239 pessoas ficaram feridas, disse o gabinete do governador de Istambul nesta quarta-feira.

Este foi o ataque mais violento na cidade turca, que apenas neste ano já foi atingida por outros três atentados. Na noite de ontem, três homens que chegaram de táxi, começaram a atirar e logo em seguida detonaram explosivos que estavam em seus corpos.

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Apesar do ataque, o aeroporto retomou as operações normalmente. Imagens televisionadas de dentro do Aeroporto Atatürk mostrou as cabines de check-in funcionando normalmente. A Turkish Airlines, a maior companhia aérea do país, disse que suas operações de voo tinham sido retomadas, embora algumas chegadas e partidas tenham ficado atrasadas.

Dos 13 estrangeiros mortos no ataque, cinco eram da Arábia Saudita, dois do Iraque, e um da Tunísia, Uzbequistão, China, Irã, Ucrânia e Jordânia, de acordo com o gabinete do governador de Istambul.

Embora nenhum grupo tenha reivindicado a responsabilidade pelas três explosões, que atingiram o aeroporto por volta das 21h22 de terça-feira (no horário local), o primeiro-ministro, Binali Yildirim, disse que os resultados iniciais de uma investigação sugeriram que o Estado Islâmico tenha realizado o ataque.

Durante à noite, aliados da Turquia enviaram condolências e condenações ao ataque. "Não pode haver nenhuma justificação para o terrorismo. Aliados da Otan se solidarizam com a Turquia, unidos em nossa determinação de combater o terrorismo em todas as suas formas", disse o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, em um comunicado.

"Infelizmente, este ataque assassino é apenas o último de uma série de ataques que visam matar e mutilar civis inocentes", disse um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA em um comunicado, acrescentando que os EUA estavam determinado a trabalhar com a Turquia para combater o terrorismo.

O Irã também mostrou solidariedade. Além de um iraniano ter sido morto, outros cinco ficaram feridos no ataque em Atatürk, disse o vice-ministro de Ralações Exteriores, Hassan Ghashghavi, à agência de notícias semi-oficial Isna. Um dos feridos estava em estado crítico, disse ele.

Voos do Irã para a Turquia retomaram nesta quarta-feira logo após o meio-dia (no horário local), disse o porta-voz da autoridade de aviação do país à televisão estatal.

O ataque deve contribuir para as dificuldades da indústria turística da Turquia. O número de visitantes estrangeiros diminuiu em 35%, para 2,5 milhões em maio na comparação anual, informou o Ministério da Cultura e Turismo da Turquia na terça-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um vídeo divulgado neste domingo mostra a morte de cinco ativistas de mídias sírias capturados pelo grupo Estado Islâmico no ano passado. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos baseado no Reino Unido diz que os cinco foram sequestrados em outubro e acredita-se terem sido morto em dezembro, durante a cobertura de eventos na cidade síria oriental de Deir el-Zour, da qual metade está sob domínio do EI.

O chefe do Observatório, Rami Abdurrahman, explicou que a notícia da detenção e morte dos ativistas não foi divulgada antes porque nenhum corpo tinha aparecido e as famílias temiam represálias por relatar as mortes.

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No vídeo, um narrador do Estado Islâmico diz que o grupo está a enfrentar uma guerra de mídia, e adverte quem comunica aos "cruzados" e "inimigos de Deus". O narrador diz que jornalistas que cobrem o EI podem ser alvo, mesmo que residam na Europa.

Abdurrahman disse que um dos ativistas, Sami Jawdat, de 28 anos, enviou informações ao Observatório desde a eclosão da guerra civil em 2011, e continuou depois que o grupo tomou metade de Deir el-Zour em 2014. Segundo o chefe do Observatório, Jawdat havia sido detido pelo grupo extremista em ocasiões anteriores.

Segundo ele, desde as informações sobre o sequestro e assassinato dos ativistas, o seu grupo tem pedido a outros ativistas que evitem tirar fotos ou gravar vídeo em áreas controladas pelo EI.

No vídeo, cada ativista explica o que fez para mandar relatos da área, às vezes agindo escondidos para tirar fotografias ou entrevistar pessoas no mercado da cidade. Um dos ativistas diz fazer reportagens para a Al-Jazeera, e o outro diz que contribuiu para a Human Rights Watch baseado em Nova York.

A Síria é o terceiro país mais mortal no mundo para jornalistas, após Iêmen e Iraque, de acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas. Pelo menos 95 jornalistas foram mortos na Síria desde 2011. Quase não há organizações internacionais de notícias com cobertura direta na Síria por causa de sequestros por militantes, que muitas vezes matam os reféns. Fonte: Associated Press

Alguns dos maiores sites da internet para assistir vídeos começaram a usar, sem alarde, a automação para remover conteúdo extremista de suas plataformas, de acordo com duas pessoas familiarizadas com o processo ouvidas pela agência Reuters. O YouTube, que pertence ao Google, e o Facebook estão entre as empresas que pretendem apagar rapidamente material relacionado ao grupo Estado Islâmico (EI).

A tecnologia foi originalmente desenvolvida para identificar e remover conteúdos protegidos por direitos autorais em sites de vídeo, mas agora também será utilizada para materiais extremistas.

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Quando implementado, o sistema não só vai barrar vídeos originalmente postados por grupos extremistas, mas também será capaz de impedir que outros usuários realizem novamente o upload do mesmo conteúdo já bloqueado.

No fim de maio, as empresas de tecnologia Facebook, Twitter, YouTube, do Google, e Microsoft apresentaram um novo código de conduta para combater o discurso do ódio em toda as plataformas de mídia social. O esforço foi ampliado após os recentes ataques terroristas em Bruxelas, na Bélgica, e em Paris, na França. O Twitter, por exemplo, já suspendeu 125 mil contas relacionadas com o EI desde meados de 2015.

Um comandante iraquiano declarou neste domingo que a cidade de Fallujah está "totalmente liberada" de militantes do grupo Estado Islâmico, depois de uma operação militar que durou mais de um mês. Tropas iraquianas entraram no bairro de al-Julan, no noroeste da cidade, a última área de Fallujah que permanecia sob controle do EI, segundo o chefe das forças de contraterrorismo na operação, o tenente-general Abdul-Wahab Al-Saadi.

O militar conta que a operação, que começou no final de maio, "chegou ao fim e a cidade está totalmente liberada". O exército iraquiano foi apoiado por ataques aéreos da coalizão liderada pelos EUA e tropas paramilitares, principalmente as milícias xiitas. "A partir do centro do bairro de al-Julan, felicitamos o povo iraquiano e o comandante-em-chefe ... e declaramos que a batalha em Fallujah terminou" disse Al-Saadi para a TV estatal iraquiana.

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Ele acrescentou que as tropas vão começar a trabalhar na remoção de bombas de ruas e edifícios da cidade.

O anúncio é feito pouco mais de uma semana depois que o premiê iraquiano, Haider al-Abadi, declarou vitória em Fallujah, depois que as forças iraquianas avançaram para o centro da cidade e assumiram o controle de um complexo do governo. Enquanto al-Abadi dizia que os grupos de combatentes do Estado Islâmico seriam batidos em questão de horas, violentos confrontos nas margens norte e oeste da cidade persistiram por dias.

A operação tem provocado um êxodo de milhares de famílias, sobrecarregando campos com os refugiados que procuram apoio do governo e de órgãos internacionais. De acordo com a Agência da ONU para os Refugiados, mais de 85.000 pessoas fugiram de Fallujah e arredores desde o início da ofensiva. Como outras agências de ajuda, o ACNUR alertou sobre as condições terríveis nos campos, onde as temperaturas são bem mais de 40 graus (104 Fahrenheit) e o abrigo é limitado, pedindo mais recursos para atender às necessidades crescentes dos deslocados.

Fallujah estava sob o controle de militantes Estado islâmico desde Janeiro de 2014. A cidade está localizado na província de Anbar, cerca de 65 quilômetros a oeste de Bagdá, e foi a primeira cidade a cair para EI em janeiro de 2014. No total, mais de 3,3 milhões de iraquianos fugiram de suas casas desde que o EI tomou conta do norte e do oeste do Iraque, segundo dados da ONU. Mais de 40% dos deslocados são da província de Anbar. Fonte: Associated Press

Ao menos 46 pessoas, entre elas crianças, morreram neste sábado na Síria após ataques aéreos atingirem o vilarejo de Qourieh, no leste do país, controlado pelo grupo Estado Islâmico, de acordo com o grupo Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede no Reino Unido. Segundo a organização, dos 46 mortos, 31 eram civis. Já no norte da Síria, centenas de curdos foram atacados por membros do Estado Islâmico enquanto fugiam de aldeias em poder do grupo extremista, segundo ativistas.

Em Qourieh, no leste da Síria, os ataques foram promovidos por aviões russos, segundo o ativista sírio que atualmente vive na Europa, Omar Abu Leila, e tinham como alvo uma mesquita. A Rússia negou ter estabelecido civis como alvos. Qourieh faz parte da província de mesmo nome, na fronteira com o Iraque, e é quase totalmente controlada pelo Estado Islâmico.

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Na província de Aleppo, no norte da Síria, centenas de curdos fugiram à medida que as Forças Democráticas da Síria (SDF, na sigla em inglês), milícia predominantemente curda que conta com o apoio dos Estados Unidos, entraram em confronto com o Estado Islâmico em Manbij, reduto estratégico do grupo extremista. De acordo com o chefe do Observatório, Rami Abdurrahman, combatentes do Estado Islâmico abriram fogo contra os civis que tentavam fugir Manbij, matando inclusive crianças. O SDF entrou na cidade a partir de sua divisa ao sul, tomando silos de grãos e quatro moinhos, reportou a entidade.

O êxodo em Aleppo teve início após o Estado Islâmico ter capturado cerca de 900 civis curdos nas últimas três semanas, obrigando-os a construir fortificações em retaliação ao ataque liderado pelos curdos, que também miram outra área controlada pelo Estado Islâmico, chamada al-Bab. Alguns curdos também vêm sendo usados por integrantes do Estado Islâmico como escudos humanos.

Desde sexta-feira, mais de 120 curdos foram sequestrados pelo Estado Islâmico, de acordo com Abdurrahman. Ele informou ainda que os extremistas vêm alertando os que fogem do local de que "serão punidos" caso tentem retornar a suas casas. Caso Manbij venha a ser tomada pelas Forças Democráticas da Síria, será a maior derrota do Estado Islâmico desde julho de 2015, quando o grupo extremista perdeu o controle da cidade fronteiriça de Tal Abyad. Fonte: Associated Press.

Ataques aéreos conduzidos pelas forças do presidente Bashar Assad e pela aviação russa atingiram a capital de fato do grupo extremista Estado Islâmico na Síria, Raqqa, causando a morte de ao menos 18 civis mortos, disseram grupos de ativistas.

Paralelamente, Assad nomeou um novo primeiro-ministro para formar o governo após as eleições parlamentares de abril. A votação, feita apenas em áreas controladas pelo presidente, foi descartada por grupos de oposição e boa parte da comunidade internacional como um "faz de conta".

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Os ataques aconteceram no final da terça-feira, após forças de Assad registrarem reveses contra o Estado Islâmico no norte. Ativistas de do grupo conhecido como "Raqqa vem sendo aniquilada silenciosamente", disseram que a ofensiva deixou outros 28 feridos.

Já o Observatório Sírios de Direitos Humanos, um grupo baseado no Reino Unido, afirmou que 25 pessoas foram mortas, incluindo seis crianças.

Ambos os grupos afirmam que os ataques foram conduzidos por forças russas e sírias. Para eles, esses governos estão autorizando esse tipo de ataque em meio a uma frustração com o mau resultado da ofensiva realizada na província desde o início de junho. Fonte: Associated Press.

Mais de 700 médicos e trabalhadores do setor de saúde morreram na Síria desde o início do conflito, há cinco anos, anunciou a ONU, que também investiga o recrutamento de centenas de menores de idade por grupos islamitas.

O presidente da Comissão de Investigação da ONU sobre os Direitos Humanos na Síria, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, denunciou em um discurso em Genebra os bombardeios aéreos contra hospitais e clínicas. "Enquanto o número de vítimas civis aumenta, o número de instalações hospitalares e de médicos diminui, o que limita ainda mais o acesso ao atendimento médico", lamentou Pinheiro.

Ele destacou que "mais de 700 médicos e trabalhadores da saúde morreram em ataques contra hospitais desde o início do conflito". A guerra na Síria começou em março de 2011, após a repressão por parte do regime de Bashar al-Assad de manifestações pró-democracia. Em um primeiro momento, os rebeldes eram contrários às forças do regime, mas, com o passar do tempo, o conflito se tornou mais complicado com o envolvimento de extremistas estrangeiros e atores regionais e internacionais.

O confronto deixou mais de 280.000 mortos e obrigou milhões de pessoas a abandonar suas casas. Pinheiro também afirmou que a comissão que ele preside está investigando o recrutamento de menores de 15 anos por grupos jihadistas na província de Idleb (norte). "A comissão está preocupada com as informações de que a Frente Al-Nosra e outros grupos afiliados à Al-Qaeda teriam recrutado centenas de meninos menores de 15 anos em Idleb", disse.

Na semana passada, a Comissão de Investigação sobre a Síria, criada pelo Conselho dos Direitos Humanos da ONU, acusou o Estado Islâmico (EI) de cometer um "genocídio" contra os yazidis, uma minoria de língua curda também presente no Iraque.

"Além disso, a comissão detectou muitas violações contra outros grupos étnico-religiosos e continuamos investigando os crimes do ISIS (acrônimo em inglês do grupo Estado Islâmico) contra os alauitas, assírios, cristãos, xiitas e sunitas que rejeitam sua ideologia", destacou Pinheiro.

Forças do governo iraquiano desativaram minas e explosivos deixados pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI) em áreas recém capturadas de Fallujah, enquanto o confronto segue em outras partes da cidade, informou neste sábado (18) o oficial Haider al-Obeidi. As operações seguem em curso na cidade, com a força aérea iraquiana atingido alvos do EI, inclusive atiradores em telhados próximos ao principal hospital, explicou o militar. Os comandantes da operação temem que terroristas possam utilizar pacientes do hospital como escudo humano.

Na sexta-feira, al-Obeidi afirmou que as tropas iraquianas já controlavam 80% da cidade, com terroristas do EI concentrados em quatro distritos localizados ao norte. A ofensiva contra o EI em Fallujah teve início ainda em maio e tem reduzido o controle da grupo terrorista, que ocupava a cidade há dois anos.

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Militares iraquianos consideram o feito um grande avanço na missão de retirar o EI de sua principal fortaleza na província de Anbar, na região Oeste do Iraque. Com a retomada completa de Fallujah, restará a cidade de Mosul, a segunda maior do país, sob controle do grupo terrorista.

Grupos de direitos humanos estimam que cerca de 50 mil civis estavam presos na cidade quando a ofensiva teve início, enquanto entre 30 mil e 42 mil já conseguiram escapar desde então. A maioria está alojada em campos ao redor da cidade.

Ontem, o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, fez um pronunciamento na televisão, diretamente do centro de comando, parabenizando as tropas pelo sucesso da operação. "Prometemos liberar Fallujah e a cidade está retornando à nação", celebrou. O conflito já forçou mais de 3,3 milhões de pessoas para fora de casa no Iraque. O país ainda oferece asilo a cerca de 300 mil refugiados sírios. Fonte: Associated Press.

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) está monitorando um grupo no aplicativo de mensagens instantâneas Telegram que troca informações, em português, sobre o grupo extremista Estado Islâmico (EI). Uma nova frente dos jihadistas em terras brasileiras preocupa a entidade, que tenta evitar possíveis recrutamentos de cidadãos do país dois meses antes das Olimpíadas Rio 2016, que terá início no dia 5 de agosto.

Segundo a Abin, as organizações terroristas têm empregado ferramentas modernas de comunicação para ampliar o alcance de suas mensagens de radicalização direcionada, em especial, ao público jovem. O grupo no Telegram, chamado "Nashir Português", compartilha mensagens divulgadas pela agência de notícias utilizada pelo grupo extremista para publicar seus manifestos, a "Nashir News Agency".

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Segundo a agência de monitoramento de terrorismo SITE Intelligence Group, o grupo criado em 29 de maio conseguiu angariar membros após distribuir mensagens no aplicativo à procura de simpatizantes do EI que falassem português. O número total de participantes, no entanto, é desconhecido.

"Essa nova frente de difusão de informações voltadas à doutrinação extremista, direcionada ao público de língua portuguesa, amplia a complexidade do trabalho de enfrentamento ao terrorismo e representa facilidade adicional à radicalização de cidadãos brasileiros", informou a Abin, em nota.

Como EI continua a usar a mídias sociais para recrutar membros e inspirar ataques, as empresas de internet estão sob pressão constante na Europa e nos Estados Unidos. Esta semana, o diretor do FBI James Comey disse que o cidadão americano Omar Mateen, o homem que matou 49 pessoas em uma boate gay em Orlando, no último domingo (12), provavelmente foi recrutado por material de extremistas publicado online. 

Um homem cuja filha foi morta nos ataques terroristas de Paris em novembro entrou com uma ação em um tribunal federal da Califórnia (EUA), nesta terça-feira (14), contra o Facebook, Twitter e Google, acusando as empresas de tecnologia de fornecer apoio material ao Estado Islâmico (EI). Segundo a Associated Press, Reynaldo Gonzalez alega que as companhias de internet permitem ao grupo extremista arrecadar dinheiro, espalhar propaganda e recrutar militantes em suas plataformas conscientemente.

A filha de 23 anos de Gonzalez, Nohemi, estava entre as 130 pessoas que foram mortas em ataques coordenados pelo grupo em Paris. Nos termos das leis federais dos EUA, as empresas normalmente não são responsabilizadas pelo conteúdo os usuários publicam em suas plataformas.

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"Isso é sobre Google, Twitter e Facebook permitindo que o EI use suas redes sociais para recrutamento e operações", argumenta o jurista responsável pelo caso. A queixa também alega que o YouTube, pertencente ao Google, compartilha receitas de publicidade em vídeos postados pelo grupo terrorista.

Em resposta à Associated Press, o Facebook e o Twitter disseram que o caso não possui mérito, enquanto o Google se recusou a comentar litígios pendentes. Em suas declarações, todas as três empresas citaram suas próprias políticas que proíbem a publicação de material extremista.

Como EI continua a usar a mídias sociais para recrutar membros e inspirar ataques, as empresas de internet estão sob pressão constante na Europa e nos EUA. Esta semana, o diretor do FBI James Comey disse que o cidadão americano Omar Mateen, o homem que matou 49 pessoas em uma boate gay em Orlando, no último domingo (12), provavelmente foi recrutado por material de extremistas publicado online. 

O Facebook garantiu, nesta terça-feira  (14), que ajudará as autoridades francesas em relação ao assassinato de um casal de policiais nos arredores de Paris, cujo agressor exibiu imagens ao vivo do crime através da ferramenta Facebook Live.

"Estamos trabalhando estreitamente com as autoridades francesas em torno deste terrível crime", informou o Facebook sobre a morte do oficial da polícia Jean-Baptiste Salvaing, 42 anos, e sua mulher, Jessica Schneider, 36.

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O assassino, um francês de 25 anos, postou o vídeo minutos após os assassinatos, no qual aparentemente lê uma mensagem escrita previamente. Schneider foi degolada dentro da casa onde vivia com Salvaing, diante do filho do casal, de três anos.

"Os terroristas e os atos de terrorismo não têm lugar no Facebook. Sempre que um conteúdo terrorista chegar aqui, vamos apagá-lo o mais rápido possível", disse a rede social.

O agressor, que disse pertencer ao grupo Estado Islâmico (EI), foi morto pela polícia após o ataque, mas o vídeo do crime acabou no Facebook Live, uma nova ferramenta que permite a qualquer usuário transmitir um evento ao vivo.

"Trabalhamos duro para encontrar o equilíbrio adequado entre permitir a livre expressão e proporcionar conteúdos seguros e respeitosos. Estamos profundamente comprometidos em melhorar o manejo de conteúdos para evitar que violem nossas normas", ressaltou o Facebook.

O presidente Barack Obama afirmou nesta terça-feira que o grupo Estado Islâmico está perdendo terreno no Iraque e na Síria, e que o número de combatentes estrangeiros que se unem aos extremistas está despencando.

"O EI perdeu quase metade do território povoado que tinha no Iraque e perderá mais. O EI também continua a perder terreno na Síria", declarou Obama depois de uma reunião do Conselho de Segurança Nacional sobre a luta contra o grupo extremista.

"Resumindo, nossa coalizão continua na ofensiva. O EI está na defensiva", enfatizou.

O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou na manhã desta terça-feira o atentado cometido por um jovem francês de 25 anos, Larossi Abballa, que ontem assassinou um casal de policiais na cidade de Magnanville, a 60 quilômetros a oeste de Paris. O autor do crime já havia sido condenado por cumplicidade em organização terrorista, em um caso de uma quadrilha que coordenava o envio de fundamentalistas islâmicos para campos de treinamento no Afeganistão e no Paquistão.

O ataque aconteceu por volta de 20h50 de ontem. O policial de 42 anos foi ferido por com várias facadas, enquanto sua mulher, também policial, acabou tendo a garanta cortada quando estava sob o domínio de Abballa na residência da família, situada em um bairro residencial da cidade de 6 mil habitantes. Armado com a faca, o jovem manteve o filho do casal, de 3 anos, como refém. Houve tentativas de negociação, até o assalto das forças especiais da polícia da França, no início da madrugada, quando o terrorista acabou abatido a tiros.

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O assassino era morador da cidade vizinha de Mantes-la-Jolie, situada a quatro quilômetros de distância. Segundo o jornalista e escritor David Thomson, especialista em jihadismo, Abballa divulgou fotografias de suas vítimas mortas em uma página criada no Facebook sob o nome de "Mohamed Ali". Por ela, também transmitiu imagens dos corpos ao vivo pela ferramenta de vídeos Facebook Live. Ao fundo, o filho das vítimas aparece em um sofá. "Eu ainda não sei o que vou fazer com ele", afirmou, referindo-se à criança.

O terrorista também posta a reivindicação de seu crime e exorta outros jihadistas a matar policiais, agentes penitenciários, jornalistas e cantores de rap - citando inclusive alguns nomes de alvos. Ainda na mensagem, o assassino jura fidelidade ao chefe do Estado Islâmico, Abou Baker al-Bagdadi, e diz ter respondido à convocação de Abou Mohammed al-Adnani, terrorista considerado o potencial mentor dos atentados de Paris e Saint-Denis em 13 de novembro, que deixou 130 vítimas.

O terrorista também faz uma ameaça específica sobre a Eurocopa, o torneio de seleções de futebol que está em curso na França e que se prolongará até 10 de julho. "A Euro será um cemitério", diz Abballa no vídeo. O conteúdo foi retirado do ar e está sendo analisado pela polícia e pelo Polo Antiterrorista do Ministério Público.

Nesta terça, a agência de informações do Estado Islâmico (Amaq) divulgou um comunicado no qual chama o assassino de "combatente", reivindicando o ataque.

Abballa já havia sido condenado em 2013 pela Justiça da França a cinco anos de prisão, dos quais seis meses em regime fechado, por ter integrado um grupo que organizava a ida de jihadistas a campos de treinamento. Além de outras passagens pela polícia por crimes menores - como roubo e receptação -, o terrorista também foi implicado em uma nova investigação sobre uma quadrilha com relações com jihadistas na Síria. Por esses crimes e suspeitas, ele era alvo de monitoramento por parte dos serviços secretos como um radical suspeito de terrorismo.

Na manhã desta terça-feira, o presidente da França, François Hollande, manifestou-se sobre o caso em discurso na sede da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), e confirmou não haver dúvidas de que assassinato dos dois policiais foi um atentado do Estado Islâmico. "É um ato incontestavelmente terrorista ao mesmo tempo porque seu autor quis que seu ato fosse reconhecido como um ato terrorista e porque sua organização também o reivindicou", informou Hollande.

De acordo com o ministro do Interior, o crime é prova de que a polícia é um alvo prioritário da organização terrorista na França. Bernard Cazeneuve afirmou que não se pode descartar a ação "de comandos armados, que utilizam meios criptografados e identidades falsas", mas também de outros assassinos isolados.

A agência de notícias Amaq, ligada ao Estado Islâmico, disse que um dos soldados do grupo extremista foi o responsável pelo ataque à boate gay Pulse em Orlando, que causou a morte de 50 pessoas e deixou 53 feridos. As autoridades norte-americanas estão sendo cautelosas em relação ao ataque. Até agora, confirmam apenas que Omar Mateen, de 29 anos e descendente de afegãos, foi o responsável pelo massacre.

O FBI disse ainda que o atirador comprou ao menos duas armas de fogo nas últimas semanas e que trabalhou como segurança. Além disso, Mateen foi alvo de investigação em 2013 após comentários "inflamatórios" no ambiente de trabalho e manteve ligações com um suspeito de planejar um ataque a bomba em 2014. Porém, a polícia federal norte-americana não confirmou a ligação entre o massacre e o EI.

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O curto comunicado do EI foi distribuído por meio do Telegram, um aplicativo de mensagens. O texto diz que o ataque "visou uma boate para homossexuais". Em territórios em que controla na Síria e no Iraque, o EI rotineiramente executa homossexuais. O grupo também exibe, por meio de seus canais de propaganda, vídeos de seus soldados empurrando homens acusados de serem gays de edifícios.

O EI pediu no mês passado que seus apoiadores realizassem ataques no Ocidente durante o mês sagrado do Ramadan, que começou na semana passada. O mês é considerado de sacrifício e luta por alguns muçulmanos e coincide com o aumento expressivo da violência de grupos extremistas, como Estado Islâmico e a Al-Qaeda. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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