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A série de reportagens “Nossa Escola”, que detalha ações da educação municipal que estão tendo bons resultados, chega nesta quinta-feira (20) a sua terceira matéria. O leitor pode entender como uma das principais iniciativas da rede de ensino do Recife está ganhando a atenção de cada vez mais estudantes e disseminando a tecnologia como uma ferramenta benéfica para a sociedade. A robótica vem tomando conta das escolas locais e despertando nos alunos o desejo pela construção do conhecimento. O principal objetivo é interligar assuntos de matérias tradicionais, como física e matemática, com tarefas desenvolvidas durante a programação dos robôs.

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>> Leia também as outras quatro reportagens da série: Em busca do letramentoA doença, várias crianças, uma classe e muitos sonhosO silêncio que não cala a educação e O jogo em que a educação sai vencedora.         

Os reflexos da robótica na educação municipal do Recife

Uma das iniciativas da educação municipal recifense mais bem sucedidas é sem dúvidas o Programa Robótica na Escola. De 2014, quando a ação foi iniciada, até agora, mais de 73 mil estudantes tiveram acesso ao programa, bem como 4,5 mil docentes foram capacitados na área de robótica. O resultado do trabalho desenvolvido é expresso através de vitórias em diversas competições da modalidade. Porém, o objetivo maior, segundo os professores responsáveis pelas aulas, é fazer com que as programações dos robôs utilizem temas relacionados a diversas disciplinas, como matemática e física.

Alunos da educação infantil aos anos finais do ensino fundamental da Rede Municipal trabalham com diferentes linhas de robótica. As mais comuns são a robótica que utiliza peças de encaixe da LEGO ZOOM e as que trabalham com robôs humanoides, chamados de NAO. Os alunos mais novos, dos anos iniciais, atuam com a montagem de alguns robôs. Depois, as crianças de séries mais avançadas, começam a fazer programações em softwares oriundos dos próprios fabricantes dos robôs. Eles utilizam computadores e com base em cálculos matemáticos e comandos, traçam ações e trajetos que as máquinas devem executar, geralmente com um objetivo pré-definido, seja pelo professor, no contexto de um treinamento, ou quando uma competição exige uma determinada tarefa, a ser realizada pelos competidores.

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Para a coordenadora do Programa de Robótica, Suely Bezerra, trabalhar com robôs nas escolas municipais instiga os alunos a construírem saberes e entenderem como a tecnologia pode ajudar a sociedade. “A robótica tem uma proposta que ajuda na construção do conhecimento. Antes, o que tínhamos nas escolas públicas era um conhecimento pré-fabricado, ou seja, já pronto pelo professor. Hoje, existe uma construção do conhecimento, em que professor e aluno vai traçando ações em conjunto. A gente também percebe a necessidade dos alunos interligarem a robótica a assuntos das matérias tradicionais”, explica a coordenadora.

Desde o início do programa que o jovem Yuri Lyra (foto abaixo), 16, tem contato com a robótica. Hoje, ele está concluindo o ensino fundamental, mas não abre mão de assistir as aulas. O aluno da Escola Municipal Pedro Augusto, localizada no bairro da Boa Vista, Centro do Recife, explica na prática como os robôs instigam os estudantes a trabalharem conteúdos das disciplinas tradicionais. “Quando eu comecei a aprender robótica, notei um envolvimento maior com matemática e física, porque isso tudo interage com a programação e montagem do robô. A gente trabalha com números, rotações, graus, lógica... Isso tudo influencia dentro da matemática e da física”, relata Lyra. A robótica na escola também despertou um desejo no jovem. “Quero trabalhar com mecatrônica, porque acabei me apaixonando por robótica”, revela.

Taylon Silva Guedes, de 14 anos, aluno da mesma escola que Yuri, também é apaixonado pela robótica. De acordo com o estudante, após ter aulas com os robôs, ele passou a gostar mais de matemática. “A matemática que aprendo na programação passou a me influenciar na escola. Hoje aprendo os assuntos com mais facilidade. Também tenho facilidade em aprender lógica”, conta o estudante, revelando também que quer se formar em robótica científica.

Para entender como a programação dos robôs funciona na prática, assista o vídeo a seguir e veja o que os humanoides são capazes de fazer, graças aos alunos das escolas municiais:

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Segundo a coordenação do Programa Robótica na Escola, a Rede Municipal de Ensino conta atualmente com 30 robôs humanoides, cada um ao preço de 25 mil dólares. As máquinas são fabricadas na França e apenas podem ser transportadas para as escolas ou eventos com o apoio de batedores da Guarda Municipal ou da Polícia Militar. De acordo com a Secretaria de Educação do Recife, levando em consideração todas as linhas de robótica aplicadas nas escolas, suas peças e recursos pedagógicos, já foram investidos R$ 32 milhões pela Prefeitura local.

Competições

Estudantes da Escola Municipal de Tempo Integral Dom Bosco já venceram a etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). Além disso,  no começo deste mês, três alunos conseguiram a primeira colocação na etapa regional da OBR e se classificaram para a fase nacional, na cidade de São Carlos, interior de São Paulo.

Outra experiência interessante aconteceu com dois alunos da Rede Municipal. Em novembro de 2014 eles viajaram para a Rússia e participaram da Olimpíada Mundial de Robótica. Já em setembro deste ano, nos dias 11 e 12, cerca de 90 alunos das escolas municipais vão participar de mais uma etapa regional da OBR. O evento será realizado no Recife.

Na próxima semana, dando continuidade a série Nossa Escola, o LeiaJá publica a quarta reportagem, na quinta-feira (27). O público poderá conferir a aplicação de salas bilíngues nas escolas municipais.

 

O segundo semestre letivo de 2015 do Campos Dois Irmãos da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) começou com uma boa notícia para os universitários, na última segunda-feira (17). O Restaurante Universitário (RU) da instituição de ensino passou por uma renovação. De acordo com a UFRPE, o espaço foi todo climatizado, teve reparos e ainda ganhou novos equipamentos.

Segundo a Rural, o RU passou por troca e instalação de equipamentos na cozinha, bem como todos os ventiladores foram recuperados, o piso passou por reforma, além da ampliação de mais de 100 cadeiras no salão de alimentação. A Rural também garantiu novos secadores de mão, pintura nas paredes e trocas das portas de madeira por portas de alumínio. 

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De acordo com a UFRPE, o RU tem capacidade para atender 192 usuários na área chamada de “bandeijão” e cerca de 90 no setor do “self-service”. Alunos da Rural pagam R$ 2 pelo almoço e R$ 1,50 no jantar. Já os preços para não estudantes são R$ 10 e R$ 9, respectivamente.

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