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Com bandeiras em mãos, expressões de cansaço e esperança no olhar, centenas de agricultores, de vários municípios pernambucanos, fazem protesto no Recife e conversam com chefe do Executivo, Paulo Câmara, em seu gabinete. Outros trabalhadores estão concentrados próximo ao Palácio do Campo das Princesas - sede do Governo do Estado, no Centro da cidade. Eles esperam que os 42 itens, da pauta entregue há 27 dias, sejam avaliados e por Câmara.
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Segundo o presidente do Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Estado de Pernambuco (Fetraf-PE), João Santos, a expectativa é que pelo menos os três principais eixos da pauta sejam discutidos. "O primeiro eixo diz respeito às questões hídricas, como a viabilização de açudes, poços artesianos, barragem e carros pipas. O segundo refere-se a produtividade, como o Projeto da Agricultura Irrigada e a criação de pequenos e grandes animais e o terceiro é sobre o meio ambiente, principalmente quanto à recuperação das nascentes, porque estamos sem água", elencou o agricultor que mora em Vitória de Santo Antão e trabalha desde criança na roça.
Para o agricultor morador do município de Tamandaré - Litoral Sul de Pernambuco -, Ananias Manoel da Silva, a situação está complicada. "A seca está muito grande, plantamos e nada é produzido pela falta de água. Mas vamos devagar até quando Deus quiser", falou com esperança o trabalhador de 65 anos.
Vindo da cidade de Jupi, o trabalhador rural Carlos André da Silva, de 22 anos, relatou a dificuldade da falta de água e suas consequências. "Quase não existe água. O carro pipa passa de dois em dois meses e até 90 dias. Com isso temos que nos virar, correr para um lado e para outro para conseguir sobreviver", desabafou.
Já a senhora do município de Macaparana, Maria José da Silva, 54, disse não há condições de plantar e a solução é pedir ajuda para os outros. "Plantei milho e morreu. Água não tem e não podemos fazer nada. A solução é pedir ajuda para os outros e rezar para o Governo investir na produção das famílias de agricultores", contou.