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A Juventus conseguiu, momentaneamente, reverter a punição de 15 pontos sofrida no Campeonato Italiano por fraudes fiscais em contratações de jogadores. Desta maneira, assumiu a terceira posição na competição, hoje sendo uma das classificadas à Liga dos Campeões da próxima temporada. O clube de Turim ainda corre risco em novo julgamento, mas sofreria uma punição mais branda e somente na temporada 2023/24.

Nesta quinta-feira, O Colégio de Garantia do Comitê Olímpico Italiano (CONI) aceitou o recurso da Juventus e revogou, temporariamente, a punição anunciada no dia 20 de janeiro pelo Tribunal de Apelação da Federação Italiana de Futebol (FIGC).

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O Colégio de Garantia é um órgão independente e a terceira e mais alta instância da Justiça Desportiva da Itália. Ele resolveu atender ao recurso da equipe de Turim tendo como base a "falta de consistência" na motivação da sanção imposta.

Coma devolução dos pontos, a Juventus salta dos 44 para os 59, saindo do sétimo posto para a terceira colocação, atrás apenas do líder Napoli e da Lazio, segunda colocada. O clube não celebra a decisão pois ainda corre risco se ser penalizado em nove pontos pelo FIGC - tal pena seria para a próxima edição do Italiano.

Além do recurso dos pontos, o CONI também aceitou a apelação contra as punições aos dirigentes do clube, Pavel Nedved, Enrico Vellano e Paolo Garimberti, que estavam inabilitados de exercer suas funções e agora estão liberados para voltar a trabalhar.

Em contrapartida, o ex-presidente Andre Agnelli continua afastado dos cargos diretivos por dois anos, assim como Fabio Paratici e Federico Cherubini, então membros do conselho do clube, ainda suspensos por 30 e 16 meses respectivamente.

O futebol na Itália não vai voltar, por enquanto, antes do dia 14 de junho. Esta é a data programada em decreto assinado no último domingo pelo governo comandado pelo primeiro ministro Giuseppe Conte para a volta de eventos esportivos no país. Nesta segunda-feira, a Federação Italiana de Futebol (FIGC, na sigla em italiano) informou que acatará a decisão, mas tentará junto às autoridades que os jogos retornem um dia antes, no sábado dia 13.

Ainda não há, na Itália, uma definição sobre um protocolo que permita que os clubes de fato retornem aos treinamentos com contato. Com isso, os treinos seguem sendo individualizados e há dúvidas sobre quando haverá uma possibilidade real para que o futebol volte a ser jogado, o que não acontece desde 9 de março. Ainda faltam 12 rodadas, além de quatro jogos da 25.ª jornada, para serem disputadas no Campeonato Italiano. Já a Copa da Itália está na rodada de volta da fase semifinal.

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O principal ponto de discordância é a insistência do governo de que, se um jogador testa positivo, todo o elenco precisa entrar em quarentena por 14 dias. Os clubes argumentam que isolar o jogador envolvido seria suficiente.

"É óbvio que isso não nos permitiria terminar o campeonato em agosto porque, se houvesse 2 ou 3 infectados em uma ou duas equipes, tudo seria sistematicamente bloqueado por algumas semanas", disse o presidente do Cagliari, Tommaso Giulini, à rádio italiana Super Sound.

Os clubes também se opõem à determinação de que cada associação, incluindo treinadores e equipes de apoio, fique em um campo de treinamento em completo isolamento antes de a liga recomeçar. Eles dizem que isso criaria enormes problemas logísticos.

A Itália foi um dos países mais afetados pelo novo coronavírus em todo o mundo e, por isso, ainda não reabriu totalmente. Apesar disso, parece estar com a situação bem mais tranquila: o país registrou apenas 99 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas.

A crise no futebol italiano parece não ter fim. Nesta segunda-feira, a eleição para escolher o novo presidente da federação nacional da modalidade não terminou, depois que os eleitores falharam na tentativa de apontar um vencedor após três tentativas. Com isso, a entidade segue sem um líder.

As regras da eleição da Federação Italiana de Futebol (FIGC) determinam que um candidato só pode ser o vencedor se tiver pelo menos 50% dos votos mais um. Mas depois de três tentativas realizadas nesta segunda, os delegados não conseguiram chegar a um acordo que determinasse o novo líder.

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Na terceira eleição, Cosimo Sibilia, presidente da Liga Nacional Amadora de futebol, liderou o pleito com 39% dos votos, contra 38% Gabriele Gravina, presidente da liga responsável pela terceira divisão do Campeonato Italiano. O ex-volante da Roma Damiano Tommasi, presidente da Associação Italiana de Jogadores, teve 21%.

Diante da indefinição, os candidatos conversaram entre si para tentar um acordo. Falou-se sobre a possibilidade de aliança entre Sibilia e Gravina e até da retirada da candidatura de Tommasi, o que possibilitaria que um dos postulantes tivesse a maioria dos votos. Mas nada disso aconteceu.

Com a eleição travada e sem a possibilidade de acordos, Sibilia ordenou que seus apoiadores postassem a cédula em branco na urna. E após nove horas de cerimônia, o pleito terminou sem nenhuma definição.

A tendência agora é que o Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni), responsável pela supervisão de todos os esportes no país, determine um líder de emergência para a federação. Foi isso que aconteceu quando a FIGC viveu situação semelhante, em 2006. Na ocasião, o Coni apontou Guido Rossi como presidente após um escândalo no futebol local.

Antigo presidente da FIGC, Carlo Tavecchio anunciou a renúncia ao cargo uma semana depois de a Itália não conseguir vaga na Copa do Mundo deste ano, na Rússia. Ele havia sido reeleito para quatro anos no cargo em março passado, mas passou a sofrer grande pressão depois da desclassificação na repescagem europeia pela Suécia, considerada um desastre no país, e decidiu se afastar da modalidade.

Após o vexame da Azzurra ficar fora da Copa do Mundo de 2018, o presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC), Carlo Tavecchio, anunciou sua demissão do cargo nesta segunda-feira (20).

A informação foi dada pelo conselheiro federal Marcello Nicchi na saída do encontro do Conselho Federal, realizada em Roma, e que debateria o futuro do futebol no país após a eliminação da seleção na Repescagem das Eliminatórias Europeias.

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De acordo com os participantes do encontro, Tavecchio estava bastante emocionado ao anunciar sua renúncia. O agora ex-presidente ainda pediu que todos os conselheiros presentes fizessem o mesmo gesto para o renascimento do futebol italiano.

"As ambições e os conflitos políticos nos impediram de nos confrontar sobre os motivos desse resultado", disse sobre a não classificação da Itália, segundo fontes relataram à ANSA.

A saída vem após inúmeras críticas públicas de dirigentes, políticos e ex-jogadores, que pediam por uma renovação do futebol italiano.

Tavecchio, 74 anos, assumiu o cargo em agosto de 2014, após vencer uma eleição interna, na terceira rodada, com 63% dos votos. Na disputa, ele derrotou o ex-jogador Demetrio Albertini, 46. O cartola já estava na Figc desde 1987, sempre atuando na gestão das categorias amadoras do futebol e foi presidente da entidade em 1999. Entre 2007 e 2014, era um dos vice-presidentes da Figc.

Durante sua gestão, ele protagonizou polêmicas, como os comentários racistas que fez sobre os jogadores estrangeiros que atuam no futebol italiano - que gerou uma investigação na Fifa.

Seu nome sempre foi apoiado pelos maiores dirigentes de clubes do país, mas o episódio do racismo abalou sua confiança e ampliou o racha interno que já existia após a péssima campanha da Itália na Copa do Mundo de 2014, quando foi eliminada ainda na fase de grupos.

Tavecchio contratou dois técnicos: Antonio Conte, que deixou a Azzurra para dirigir o Chelsea, e Giampiero Ventura, o treinador responsável por não classificar a equipe para a Copa pela primeira vez em 60 anos. 

Da Ansa

A Uefa anunciou nesta quarta-feira que está investigando o novo presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC), Carlo Tavecchio, por racismo. Eleito para o cargo na semana passada, o dirigente pode pegar de um a três meses de suspensão e ainda terá que pagar uma multa se for considerado culpado pela entidade europeia.

Então candidato à presidência da FIGC, Tavecchio protagonizou uma polêmica no fim do mês passado ao ser perguntado sobre o excesso de jogadores estrangeiros na Itália. Usando um nome hipotético, o então vice-presidente da entidade respondeu: "Na Inglaterra, eles escolhem os jogadores com base no profissionalismo, enquanto dizemos que 'Opti Poba' está aqui. Ele estava comendo bananas antes e agora está como titular da Lazio e tudo bem".

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A declaração gerou bastante repercussão na Itália, principalmente depois que o dirigente foi eleito presidente da FIGC, no último dia 11. A Fifa chegou a pedir que a federação italiana investigasse o caso, mas a Uefa interveio e decidiu abrir um inquérito antes.

A entidade europeia garantiu que Tavecchio, de 71 anos, foi "pessoalmente informado pela Uefa sobre a decisão de seu chefe de ética e inspetor disciplinar de abrir uma investigação disciplinar do alegado comentário racista feito por ele".

Tavecchio chegou a pedir desculpas pelo comentário e garantiu estar tranquilo em relação à investigação. "Estou calmo e respeitoso em relação à decisão da Uefa", afirmou, em comunicado oficial. "É um procedimento requerido, então nós já sabíamos que aconteceria, e eu tenho certeza que posso explicar à Uefa o meu erro e minha real intenção."

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