Online talvez seja a palavra mais mencionada e presente na vida de milhões de pessoas nos últimos anos. A Internet é utilizada para conversar, comprar, estudar e diversas outras utilidades. Porém, algumas pessoas não têm muita noção no que diz respeito à proteção de segurança dos seus dados pessoais.
E-mail, localização, preferências e outras informações são importantes para grande parte das empresas presentes na internet e já são consideradas pelas companhias que estão no Vale do Silício, entre elas o Facebook e a Apple, o novo petróleo.
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Segundo a IBM, são gerados diariamente 2,5 quintilhões de bytes de informação, fluxo crescente já que o número de usuários da internet só tende a se expandir. Essa quantidade gigantesca de dados pode ser utilizada por empresas (principalmente para publicidade), mas também podem ser utilizados por pessoas mal intencionadas.
Um caso que chamou a atenção recentemente foi a publicação de diversos dados da atriz e modelo brasileira Nana Gouvêa, com a polêmica envolvendo suas fotos nas ruas de Nova Iorque após a passagem do furação Sandy.
Nas redes sociais a velocidade crescente do fluxo de informações não é diferente. Empresas estão cada vez mais cuidadosas com os dados de usuários que a utilizam e organizações governamentais também estão atentas ao tipo de utilização que é feita com essas informações.
O Facebook é um dos sites mais visados no que diz respeito à privacidade e proteção de dados dos usuários. Já é óbvio que o site utiliza dados de usuários como forma de direcionamento publicitário e nessa ação se constitui a sua principal fonte de renda. Apenas em 2010 o lucro do site através da publicidade foi de US$ 1,8 bi.
A última novidade em relação ao caso foi a exigência da desativação de uma tecnologia de reconhecimento facial que estava sendo testada na Europa. A Autoridade Irlandesa de Proteção de Dados Privados (DPC) iniciou uma auditoria sobre privacidade do Facebook, o que acabou pressionando a rede social a ser mais cautelosa com o uso de informações da em um uso tão avançado que, segundo o DPC, se caracterizaria como uma "invasão de privacidade".
Para amenizar críticas e pressões, a rede social iniciou na semana passada um pequeno curso introdutório sobre privacidade para todos os novos usuários do site.
Legislação
Na Constituição Brasileira ainda não havia nenhuma lei específica que trate de crimes virtuais envolvendo privacidade e segurança de dados, porém, no início da semana, foram aprovados dois projetos de lei que podem diminuir as brechas em relação a esse tipo de crime na legislação.
A Lei Carolina Dieckman (em referência a divulgação de fotos íntimas da atriz na internet) e a Lei Azeredo tornam crimes invasão de computadores, violação de senhas, obtenção de dados sem autorização, a ação de hackers e a clonagem de cartão de crédito ou de débito. Além disso, essa última cria leis contra o racismo na internet, visa construir delegacias especializadas contra crimes na internet e altera o código penal militar para incluir dados eletrônicos - uma movimentação importante, já que cybercrimes custam aos cofres públicos cerca de R$ 16 bilhões.
Porém, mesmo com esses avanços, ainda há um ponto importante que falta ser discutido no Brasil, como o Marco Civil da Internet. O projeto iria ser votado no último dia 7 de novembro, juntamente com as duas leis aprovadas, mas foi novamente adiado para a próxima terça-feira (13).
Entre os principais pontos de divergência em relação ao Marco Civil estão a responsabilidade dos provedores no armazenamento de informação dos usuários e também a distribuição de velocidade da conexão entre usuários sem diferenciação (saiba mais sobre o assunto no link).
Brasileiros
A suspeita de muitos estava correta: o brasileiro não se preocupa com segurança na internet. Segundo o Índice de Unisys, que mede a percepção da população sobre diversas áreas da segurança, a preocupação dos brasileiros com a segurança na internet caiu 38 pontos em relação a última pesquisa, realizada no primeiro semestre de 2011.
Comparada à pesquisa realizada durante o primeiro semestre de 2011, a quantidade de brasileiros que se disseram “seriamente preocupados” com a segurança de computadores, incluindo vírus e spams, diminuiu significativamente, de 60% no ano passado para 45% neste ano. Paralelamente, 33% dos brasileiros ouvidos em 2012 afirmaram não se preocupar com o tema, contra 13% no ano anterior.
Um desleixo sério, levando em consideração a grande quantidade de usuários no país, e que precisa ser combatido.
Proteja-se
Siga abaixo algumas dicas importantes para se proteger da melhor maneira possível de hackers, vírus e outras ameaças presentes na rede mundial de computadores:
- Antivírus
A internet abriga milhares de tipos de vírus, grande parte que ainda não foi identificado. As habilidades dessas pragas virtuais vão de fazer pequenas modificações nas configurações do computador a liberar acesso a usuários externos.
Com a utilização (e atualização) de um software antivírus, há uma maior proteção contra esse tipo de problema.
Realizar verificações periódicas no sistema também é um processo importante.
Uma dica essencial é não instalar dois antivírus no seu computador, já que pode haver conflitos e a utilização deles se tornará inútil.
- FIREWALLL
Um software "barreira de foto" é responsável por criar uma barreira às ameaças presentes na rede externa, através do monitoramente das portas do computador.
Nesse caso vale a metáfora de que o prédio é o computador e o porteiro é o firewall.
É muito arriscado não utilizar um software do tipo, porque seu computador fica desprotegido e vulnerável ao acesso de pessoas e softwares mal-intencionados.
Usuários Windows já possuem o Windows Firewall, serviço incluído no sistema operacional da empresa. Porém há diversas opções (inclusive gratuitas) disponíveis.
- Navegação
Utilizar corretamente os recursos da internet é imprescindível para que softwares de proteção funcionem de maneira satisfatória. Uma navegação insegura na web pode comprometer todo o trabalho que você teve configurando antivírus e firewall.
É preciso ter cuidado com: páginas da web desconhecidas ou com conteúdo suspeito, e-mails suspeitos (principalmente com anexos) e spams nas redes sociais que levam a páginas falsas.
- Senhas
Todos que utilizam a internet com frequência sabem que não é indicado utilizar como senha dados como datas de nascimento, números de telefone, nomes de animais de estimação ou sequências numéricas. Porém as pessoas parecem não levar isso muito a sério, já que a senha "123456" continua sendo utilizada com frequência.
Caso você se preocupe com suas informações protegidas por senhas, procure criar senhas "fortes". De preferência com no mínimo seis caracteres, utilizando letras (maiúsculas e minúsculas), número e códigos (como "!"). Isso dificulta muito a ação de hackers.