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Os futuros ministros da Fazenda, Fernando Haddad, do Meio Ambiente, Marina Silva, e da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, Geraldo Alckmin, que também é o vice-presidente eleito, irão representar o governo eleito no Fórum Econômico Mundial, que é realizado tradicionalmente todo ano em Davos, na Suíça, e reúne líderes políticos e empresariais de todo o mundo.

Além deles, também é esperada a presença do ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira. O evento vai acontecer do dia 16 a 20 de janeiro. A informação foi confirmada pela equipe econômica do futuro governo.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não irá participar porque no mesmo período irá se preparar para participar da reunião da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), na Argentina. No dia 14 de dezembro, o futuro chanceler afirmou que a prioridade de Lula será "restabelecer mecanismos de contato" com vizinhos da América Latina e "reconstruir pontes" com países como Estados Unidos e China, além da União Europeia e da África.

Tradicionalmente os ministros da área econômica, como é o caso de Haddad e Alckmin, e o chefe das Relações Exteriores, função que será exercida por Vieira, sempre participam do evento, que é uma vitrine mundial de relacionamento com empresários e governos estrangeiros, com oportunidades de facilitar acordos comerciais entre países. No caso brasileiro, o meio ambiente, área que será comandada por Marina Silva, é um tema de muito interesse internacional. Marina já chefiou a pasta no primeiro governo de Lula e é uma referência mundial na temática.

Quando assumiu a Presidência pela primeira vez, em 2003, Lula participou do evento na Suíça e focou seu discurso no combate à fome. Antes de ir para o país europeu, o petista esteve no Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre, que é uma espécie de evento alternativo a Davos, mas que perdeu protagonismo nos anos recentes.

Não será a primeira vez que o presidente do Brasil estará ausente do Fórum de Davos. A última vez que um chefe de Estado brasileiro marcou presença foi em 2019, quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi ao evento e levou consigo seus principais ministros na época, como Paulo Guedes (Economia) e Sergio Moro (Justiça). Em 2020, 2021 e 2022, Bolsonaro não participou e enviou representantes, como Guedes e o vice-presidente Hamilton Mourão.

O então presidente Michel Temer (MDB) não foi ao evento em 2017 porque queria cuidar da articulação para presidência da Câmara, mas participou em 2018. Em 2016, nos meses que antecederam seu impeachment, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também se ausentou e enviou o então ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, no seu lugar.

Antes de viajar para o Guarujá (SP), na manhã desta quinta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro buscou reforçar a ideia de que está tudo "bem" com o Brasil, que segue "defendendo sua Constituição". Ele não quis responder questionamentos de jornalistas e afirmou que a imprensa terá notícias suas do litoral paulista, onde ficará até a próxima terça-feira (14), acompanhado da filha, Laura.

"Está tudo resolvido, pessoal. Sem problema (sobre) Davos, sem problema do aço, sem problemas (com os) Estados Unidos. Brasil está bem, defendendo a sua Constituição", disse ao deixar o Palácio da Alvorada a caminho da base aérea.

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Na quarta-feira (8), o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, confirmou que Bolsonaro desistiu de ir ao Fórum Econômico de Davos, na Suíça, por levar em consideração aspectos econômicos, políticos e de segurança.

Bolsonaro também citou os EUA porque tem sido questionado por sua postura diante da crise entre o país e o Irã. Na quarta-feira, ele divulgou um vídeo no qual aparecia assistindo ao discurso do presidente americano, Donald Trump, em mais um gesto de apoio.

No final do ano passado, Bolsonaro informou que os Estados Unidos desistiram de sobretaxar o aço e o alumínio brasileiros. A decisão dos EUA de sobretaxar o aço brasileiro havia colocado em dúvida a força da aliança entre Bolsonaro e Trump.

A viagem do presidente Jair Bolsonaro para o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), foi cancelada. A informação é do porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros. Segundo ele, a questão entre Estados Unidos e Irã não tem relação com o cancelamento. "Não há absolutamente qualquer ligação ruim com o fato que ocorreu há pouco no Irã e Iraque envolvendo os Estados Unidos", disse.

Barros afirmou, contudo, que a questão da segurança é um dos aspectos analisados pela assessoria, mas que não é um ponto "nem prioritário, nem minoritário". "O presidente e equipe de assessores analisa uma série de aspectos (para o cancelamento): aspectos econômicos, de segurança, políticos", disse. De acordo com o porta-voz, a segurança faz parte de um contexto e não é razão principal para o cancelamento, mas sim o "somatório" de pontos analisados.

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O Fórum Econômico é realizado há quase 50 anos e, no encontro, líderes mundiais e chefes das maiores empresas do mundo discutem medidas para o aquecimento da economia global. A reunião deste ano acontecerá entre os dias 21 e 24 deste mês.

A viagem para Índia está mantida, mas segue sem previsão de data. "É uma programação praticamente confirmada, onde o presidente participará do aniversário daquela República", afirmou.

O porta-voz informou, ainda, que a viagem de Bolsonaro para o Guarujá (SP) está prevista para esta quinta-feira (9), às 9h. O presidente viajará na companhia da filha, Laura, de 9 anos. A previsão de retorno é 14 de janeiro, dia em que deverá também participar da reunião do Conselho de Governo.

A presidente Dilma Rousseff (PT) vai passar parte desta semana em viagens nacionais e internacionais. A petista iniciará o roteiro passando por Natal, no Rio Grande do Norte, onde fará a inauguração da Arena Dunas, na quarta-feira (22). No mesmo dia ela seguirá para a Suíça, para participar do Fórum Econômico de Davos e de reunião na sede da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e encerra com a participação no  encontro da Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac), em Cuba. 

Em Natal, a presidente deverá ser acompanhada pela governadora, Rosalba Ciarlini (DEM), o prefeito potiguar Carlos Eduardo (PDT) e o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke. Após a inauguração, que está marcada para às 16h, a petista segue para Zurique, na Suíça. Na quinta (23) Dilma tem uma reunião com o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e na sexta (24) fará uma palestra no Fórum Econômico Mundial de Davos. 

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Segundo a assessoria de imprensa da Presidência, a petista deve voltar na sexta para Zurique, onde passará a noite. De lá, Dilma viaja para Havana, em Cuba, ainda não se sabe se ela irá no sábado (25) ou no domingo (26).

 

O Fórum Econômico Mundial iniciou nesta terça-feira seu encontro anual em Davos com a entrega dos prêmios Cristal para a atriz sul-africana Charlize Theron, o artista plástico brasileiro Vik Muniz e a cineasta paquistanesa Sharmeen Obaid Chinoy, por seu trabalho social.

Os três premiados usam seu trabalho e seus nomes para dar a palavra aos que não têm voz em seus respectivos países e tentar mudar as coisas, lembraram os organizadores.

"Temos que ter uma visão se quisermos ser líderes", disse o fundador do fórum, o professor Klaus Schwab na abertura desta 43ª edição do evento anual reunindo os principais nomes da economia e da política na estação de inverno suíça, que terminará no domingo.

A atriz sul-africana, visivelmente emocionada com o prêmio, promove um projeto para erradicar a Aids entre os jovens no continente africano, o mais atingido pela pandemia.

"Não é tarde demais para mudar o futuro", lembrou a protagonista do filme "Monster - Desejo Assassino" (2003), que valeu a ela um Oscar de melhor atriz.

O mesmo sentimento move o artista plástico brasileiro. "Como pessoa, muitas vezes me disseram que não podia viver das ideias ou da criatividade e, como artista, me disseram que as ideias artísticas não levam a mudanças sociais", lembrou Vik Muniz com sarcasmo diante da plateia, que tinha entre outros os príncipes herdeiros da Bélgica.

O artista brasileiro Vicente José de Oliveira Muniz, é o autor de um projeto artístico, mostrado no documentário "Lixo extraordinário", realizado durante três anos com catadores de lixo do lixão de Jardim Gramacho.

Com o lixo recolhido, os catadores prepararam instalações artísticas, mudando o conceito que tinham de si mesmos e, consequentemente, suas vidas.

Já a documentarista paquistanesa Sharmeen Obaid Chinoy considera que o cinema dá a oportunidade para que as pessoas tenham as duas vozes ouvidas.

De acordo com um relatório da organização não-governamental Oxfam publicado em ocasião do Fórum, os rendimentos líquidos das 100 pessoas mais ricas do planeta chegavam em 2012 a 240 bilhões de dólares, o que bastaria para erradicar quatro vezes a extrema pobreza.

Com o lema "O custo da desigualdade: como a riqueza e os ganhos extremos prejudicam a todos nós", a organização exorta os líderes mundiais a limitarem os seus ganhos e se comprometerem a reduzir as desigualdades ao nível de 1990.

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