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O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) defendeu, nesta terça-feira (27), que o governo federal contenha gastos, poupe ao máximo o orçamento e planeje investimentos para que o país saia da crise econômica. “Não vamos sair desta crise sem sacrifícios”, ressaltou Bezerra Coelho, ao sugerir “mais ousadia” na condução das políticas fiscal e monetária. Os argumento do pernambucano foram expostos durante o “Café com Política”, promovido pelo PSB, na Fundação João Mangabeira, em Brasília.

“O país precisa economizar. Por exemplo, para cada R$ 1 do orçamento fiscal, vamos poupar R$ 2 do orçamento monetário, da despesa com os serviços da dívida pública. Ou seja, se conseguirmos economizar R$ 100 bilhões, reduziremos R$ 200 bilhões com o pagamento dos serviços da dívida”, avaliou o senador.

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Além de Fernando Bezerra, o economista Paulo Rabello de Castro, lideranças do partido – como os presidentes do PSB, Carlos Siqueira, e da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande –, especialistas em política e outros parlamentares pessebistas participaram do encontro. 

O senador defendeu, ainda, a extensão do prazo para o pagamento da dívida brasileira para além de 3,5 anos, dando, como exemplo, a Argentina, cujo prazo médio para a quitação dos débitos públicos foi acordado em 10 anos. De acordo com Rabello de Castro, só os encargos da dívida brasileira chegam a R$ 530 bilhões.

“Estes valores representam mais de 21 Copas do Mundo por ano”, comparou o economista. Em 2010, o valor da dívida era de R$ 195,4 bilhões. “Em cinco anos, o governo conseguiu quase triplicar este rombo”, observou.

Na avaliação de Rabello de Castro, o Brasil possuiu um “custo financeiro explosivo”. “O país precisa gastar prudencialmente; inclusive, para aplicar recursos em investimentos”, afirmou o economista. Entre outras medidas para o enfrentamento à crise, ele defendeu a adoção de mudanças no balanço monetário-fiscal, uma Lei de Controle Orçamentário e um Conselho de Gestão Fiscal. 

Pernambuco ganhará um núcleo da Fundação João Mangabeira, e o comando da entidade no Estado já está definido. Em reunião promovida na última quinta-feira (11), no Recife, a  Executiva do PSB anunciou o nome do jornalista e ex-secretário de imprensa do governo de Pernambuco para ficar à frente do núcleo. Com o propósito de formular os ideias da legenda, a Fundação Mangabeira  possui representatividade em vários estados e é presidida pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande.

De acordo com Evaldo Costa, a fundação tem papel importante e caberá a ele atrair intelectuais para a legenda e estimular o debate em torno de temas relevantes para o partido e para a sociedade. “O meu papel será alimentar esse acervo e ajudar a trazer para dentro do partido pessoas formadoras de opinião; formuladores de ideias, para dar força ao debate interno. Já existe muita coisa acumulada. O meu papel é estimular, é colocar as pessoas em contato com isso. E colocar isso em contato com as pessoas. Dentro do partido e na relação do partido com a sociedade", pontuou Evaldo Costa, ressaltando que a entidade teve papel importante na eleição do ex-governador Eduardo Campos. 

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“A Fundação teve um papel importante na campanha de Eduardo, reunindo intelectuais e acadêmicos de todos os níveis, de todos os campos do saber, para produzir um conhecimento que foi a base da candidatura. Esse material está disponível, têm publicações regulares, tem um centro de memória com um acervo inestimável”, concluiu o ex-secretário. 

O anuncio da instalação de um núcleo da Fundação Mangabeira no estado animou o presidente estadual da legenda, Sileno Guedes. Segundo o socialista, a entidade terá papel relevante para a formação política dos filiados do PSB.

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