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O general Santos Cruz afirmou que bolsonaristas devem ter "vergonha na cara" e deixar o Podemos, atual partido do ex-juiz Sergio Moro e por onde o novo afiliado deve se lançar como candidato à Presidência da República. Cruz acredita que a saída de governistas é uma questão de “coerência”.

"Não dá para bolsonaristas ficarem dentro do partido. É questão de coerência e vergonha na cara. O cara tem que procurar o agrupamento com o qual se identifica. Não é desprezo a quem apoia outro candidato e tem todo direito e liberdade. Mas tem que procurar um partido que tenha pessoas com o mesmo raciocínio", disse o general à revista Crusoé.

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Moro foi ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, mas deixou o cargo sob alegações de interferência na Polícia Federal, em 2020. O ex-juiz era considerado o “braço direito” do presidente e uma das catapultas para a campanha eleitoral de sucesso, que acabou obtendo vitória em 2018, sob um forte discurso anticorrupção.

Já Santos Cruz é ex-ministro de primeira ordem do governo Jair Bolsonaro (PL) e atualmente, alinhado a Moro, também faz oposição ao mandatário e deve tentar um assento no Congresso Nacional. Ainda com futuro incerto no Podemos, o militar vai avaliar nos próximos dias qual cargo deve disputar em outubro em reunião com a presidente do Podemos, Renata Abreu. Estão na mesa as opções de disputar uma vaga na Câmara ou no Senado. "Qualquer das duas posições eu entendo que tem função legislativa importante", afirmou.

Santos Cruz está filiado ao partido desde novembro do ano passado, pouco após a filiação de Sergio Moro. Nos primeiros seis meses do governo Bolsonaro, o general foi ministro da Secretaria de Governo, mas deixou o cargo em junho de 2019. Ele rompeu com o presidente após entrar em conflito direto com o vereador Carlos Bolsonaro.

O novo ministro da Secretaria de Governo, general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, disse em entrevista após a cerimônia de transmissão de cargo, no Palácio do Planalto, que o governo será pautado pelo "princípio" da administração pública.

Em entrevista à imprensa, ele disse que sua pasta atuará para melhorar as relações com os movimentos sociais, independentemente de vínculos partidários e ideológicos e no debate com a sociedade em relação às pautas do governo, como a das privatizações. "A credibilidade é importante não apenas na parte de ações do governo, como na das privatizações", afirmou.

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Questionado sobre a relação que pretende manter com movimentos sociais e populares, ele afirmou: "Todas as organizações e movimentos pequenos que quiserem se relacionar com a Presidência da República, as portas estarão abertas", afirmou.

Santos Cruz relatou que, nos próximos dias, o seu foco de trabalho será na escolha dos assessores e na montagem da pasta. "Temos problemas administrativos para resolver", disse. Ele disse que pretende ainda, nesta semana, escolher o secretário-executivo da Pasta, auxiliar que será o segundo do seu ministério.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, recebeu, na manhã desta quarta-feira, 5, o general Santos Cruz, futuro ministro da Secretaria de Governo, e alguns assessores na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República, onde está hospedado.

No final da manhã, Bolsonaro seguirá para uma audiência fechada no Quartel-General do Exército. O militar da reserva deve almoçar no local e falar com a imprensa no início da tarde, segundo sua assessoria.

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Ainda nesta quarta-feira, Bolsonaro continua as reuniões com as bancadas dos partidos políticos. Hoje, ele e o ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), recebem deputados do PR, às 15h, e depois a bancada do PSDB, a partir das 16h30.

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