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Na despedida da icônica coreografia de "Baile de Favela", Rebeca Andrade voltou ao ginásio em Liverpool para conquistar sua segunda medalha no Mundial de Ginástica Artística neste domingo e marcar ainda mais seu nome na história. A brasileira de 23 anos levantou a torcida local e garantiu a medalha de bronze no solo, com nota de 13.733. O ouro ficou com a britânica Jessica Gadirova e a medalha de prata foi para a americana Jordan Chiles.

Fechando as competições nesta edição do Mundial, o brasileiro Arthur Nory brilhou na barra horizontal e garantiu medalha de bronze. Nory abriu com uma linda apresentação e nivelou por cima, com nota de 14.466. Com isso, o Brasil bate seu recorde de medalhas em Mundiais, somando três nesta edição. O ouro nas barras foi para o americano Broody Malone (14.800) e a prata ficou com o japonês Daiki Hashimoto (14.700).

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Última atleta do solo, Jessica Gadirova garantiu o ouro com nota de 14.200. A prata ficou com Chiles, que teve nota de 13.833. Jade Carey, também dos Estados Unidos, pediu revisão da nota e perdeu pontos, ficando com o bronze, empatada com Rebeca Andrade, 13.773. O quinto lugar foi para a holandesa Nomi Visser. A gêmea Jeniffer Gadirova ficou em sexto, a italiana Martina Maggio foi a sétima e a japonesa Shoko Miyata fechou na oitava posição.

"Quando você pede recurso, tem que ter muita certeza. Eu também pedi recursos e acabaram não validando o meu. O dela abaixou a nota, mas estou no pódio, não vou reclamar não", comentou Rebeca sobre a revisão de nota de Carey.

Rebeca mostra que é uma ginasta completa e alcança medalhas em quatro categorias diferentes somando todos os Mundiais que disputou, no solo, individual geral, salto e barras assimétricas. Neste domingo, Rebeca ainda disputou a final da trave, mas uma queda comprometeu as chances de medalha para a brasileira na categoria. No solo, Rebeca já confirmou que "Baile de Favela" deve começar a ser substituída por outras coreografias a partir de agora.

Rebeca encerra o mundial como medalhista de ouro no individual geral de forma inédita. No sábado, a guarulhense ainda disputou a final das barras assimétricas, mas não conseguiu medalhas. Com duas medalhas, Rebeca consegue igualar o desempenho do Mundial de 2021, em Kitakyushu, no Japão, onde venceu o ouro no salto e a prata nas barras assimétricas.

Flávia Saraiva foi motivo de dúvida durante todo o dia de competições por causa de dores no tornozelo. Após chegar a ser confirmada na final do solo e momentos antes da disputa, a brasileira voltou a sentir dores, foi avaliada e confirmou que não teria condições de disputar a final. Ela se lesionou logo no primeiro dia de competições, durante as classificatórias. Flavinha foi substituída pela japonesa Shoko Miyata, que teve nota de 13.066.

Rebeca Andrade foi a terceira competidora a vir para a trave. A brasileira acabou sofrendo uma queda na primeira tentativa de um mortal layout, mas retornou para a trave e mostrou não se abalar. Rebeca fez um ótimo complemento da série e ficou com nota de 12.733. A queda tirou as chances de medalha da brasileira na primeira final do dia. Rebeca terminou na oitava colocação do Mundial na trave.

O resultado da trave teve domínio japonês com duas medalhas. Watanabe Hazuki se sagrou campeã e a compatriota Miyata Shoko levou a medalha de bronze. Elsabeth Black, do Canadá, ficou com a prata e garantiu mais uma medalha para a sua coleção.

OUTRO BRASILEIRO EM AÇÃO

As competições começaram com Caio Souza no salto masculino. O brasileiro teve dificuldades na aterrissagem e ficou com nota de 14.333. Na segunda tentativa, Caio subiu a nota e fez 14.500, uma média de 14.416. O brasileiro terminou como o quinto melhor saltador. O ouro foi inédito para a Romênia, com Artur Davtyan. Carlos Yulo, das Filipinas, ficou com a prata, e o ucraniano Igor Radivilov ganhou a medalha de bronze.

"Esta final estava bem disputada, como todas são. Eu saí feliz que desta vez acertei, esta é minha terceira final em Mundial e Olímpico. Eu havia errado nas outras duas e estou bem feliz com este resultado. Agora é chegar em casa, descansar e começar a pensar no próximo título. Este Mundial foi bem proveitoso", afirmou o finalista Caio Souza.

O dia ainda teve um ouro com nota altíssima nas barras paralelas para o chinês Zou Jingyuan, que atingiu 16.166 pontos após uma apresentação espetacular. Lukas Dauser, da Alemanha, ficou com a prata. Carlos Yulo, das Filipinas, completou o pódio com o bronze.

A brasileira Rebeca Andrade não conseguiu repetir o desempenho de ouro da última quinta-feira e ficou fora do pódio na final das barras assimétricas no Mundial de Ginástica, em Liverpool. Na tarde deste sábado (5), a guarulhense de 23 anos cometeu um erro no início de sua série, que custou as chances de pódio. A medalha de ouro ficou com a chinesa Wei Xiaoyuan, com 14.966, que se sagrou bicampeã do mundo após uma exibição impressionante.

A norte-americana Shilese Jones faturou a prata nas barras assimétricas pelo Campeonato Mundial, enquanto a belga Nina Derwael completou o pódio com a medalha de bronze. Por causa da queda, Rebeca Andrade terminou com a menor nota entre as oito finalistas, 12.800. A alemã Elisabeth Seitz ficou em quarto, seguida pela holandesa Sanna Veerman e pela chinesa Rui Lu. A também holandesa Naomi Visser ficou na sétima posição.

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"Paralelo é meu aparelho favorito. Erros acontecem, eu não sei o que fiz de errado, mas faz parte. O nível foi bem alto, foi uma ótima competição. Eu torci bastante pelas meninas, são ginastas muito boas, com séries muito boas. Amanhã quero me divertir também, mas estar bem focada para fazer o melhor", afirmou Rebeca em entrevista ao SporTV após a final.

Rebeca foi a primeira a atleta a ir para as barras assimétricas e errou no apoio logo no início de sua apresentação, mas voltou para a barra e conseguiu finalizar a execução. O problema no começo da série custou alguns pontos na nota da brasileira. O resultado superior das três atletas que se apresentaram na sequência confirmaram que a brasileira já não teria mais chances de medalha.

Na última quinta-feira, Rebeca se tornou a primeira brasileira a conquistar o título mundial no individual geral. Ela ainda tem chances de fazer história no Mundial neste domingo, quando competirá nas decisões da trave e solo, que marcará a última execução da coreografia de "Baile de Favela".

Em caso de dois pódios no domingo, Rebeca se colocará ao lado de Diego Hypolito como ginasta com mais medalhas em mundiais. Ela também pode ser a primeira a somar três pódios em uma única edição. Caso conquiste outro ouro no domingo, Rebeca se isolará como brasileira com mais ouros em Mundiais.

DIA DE COMPETIÇÕES

O dia de competições começou com vitória do britânico Regini-Moran no solo masculido. Ele surpreendeu ao superar o japonês Hashimoto Daiki, que ficou com a prata. Já o Doi Ryosuke levou a medalha de bronze, em terceiro.

Os Estados Unidos fizeram dobradinha na sequência nos saltos femininos, com ouro de Jade Carey e prata de Jordan Chiles. A francesa Coline Devillard se emocionou após garantir a medalha de bronze. Por não conseguir as duas notas, a atual campeã do salto, Rebeca Andrade não chegou a disputar a semifinal da modalidade.

Aos 38 anos, sendo o ginasta mais velho a competir neste mundial, o irlandês Rhys McClenaghan venceu o ouro no cavalo com alças. A prata ficou com Ahmad Abu Al Soud, da Jordânia. Já Harutyun Merdinyan, da Armênia, garantiu o bronze.

Rebeca Andrade continua cravando seu nome entre as melhores ginastas da atualidade. A atleta do Flamengo fez história em Liverpool, na Inglaterra, nesta quinta-feira, tornando-se a primeira brasileira a conquistar o título mundial no individual geral. A consagração veio com apresentação perfeita no solo, ao som de baile de favela, e muitos aplausos até das rivais. Depois de liderar nos três primeiros aparelhos da final, ela fechou com estilo, somando 56,899 pontos, para superar a americana Shilese Jones, prata com 55,499, e a britânica Jessica Gadirova, bronze com 55,199.

Com a bandeira do Brasil, muita dança e saltos de felicidade, a ginasta de Guarulhos comemorou muito o inédito título. Antes mesmo da confirmação da medalha de ouro, ele já era aplaudida de pé pelos presentes após brilhar e ver Shilese Jones não se destacar na hora decisiva.

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Única brasileira a ganhar duas medalhas em um Mundial, com ouro no salto e prata nas assimétricas em Kitakyushu, no Japão, ano passado, Rebeca Andrade chegou como grande favorita à decisão em Liverpool, após confirmar o primeiro lugar no classificatório. Queria subir no topo do pódio após ficar com a prata na Olimpíada de Tóquio no individual geral.

Com um salto cravado, perfeito, Rebeca Andrade iniciou a rotação da decisão com a melhor nota entre as 10 finalistas. Foi a única a superar os 15 mil pontos, com 15,166, 0,433 na frente da americana Jade Carey. Foi uma resposta após falhar na classificatória, ao ficar somente no 12º lugar, fora da final individual no aparelho.

A brasileira continuou dominando a decisão ao passar bem pelas assimétricas. A brasileira fechou a segunda rotação com 28,966, agora superando outra ginasta americana, Shilese Jones, com 28,599, na frente da compatriota Carey, com 27,899.

Mostrando bastante concentração, a brasileira também não decepcionou na trave, marcando 13,533 e indo para o solo - último aparelho - com vantagem, com 42,499 no total. Sua principal concorrente, Shilese Jones tinha de tirar uma diferença de 0,800 no giro final. O bronze, após três rotações, estava com a britânica Alice Kinsella, já com 1,600 ponto a menos que Rebeca.

Rebeca foi a última a ir para o solo, precisando de menos de 13 mil para ser a campeã. Com um espetáculo ao som de baile de favela, cravou todos os movimentos e fechou a apresentação com chave de ouro, somando mais 14,400 pontos e sobrando na primeira posição. Shilese fez 13,700 no solo, superada por Gadirova no aparelho, também com 14,400 que valeu o bronze.

As fotos em suas redes sociais mostram a realização de um sonho de infância: conhecer os famosos parques da Disney nos Estados Unidos. A ginasta Rebeca Andrade conseguiu, aos 22 anos, ter a alegria de visitar os lugares que faziam parte de sua imaginação desde pequena. Ela foi para lá de férias, após a sensação de dever cumprido na temporada mais vitoriosa de sua carreira, que incluiu os títulos olímpico e mundial no currículo. Nos rosto ainda de menina, seus feitos são de gente grande, a ponto de receber cumprimentos de Simone Biles e também da lenda Nadia Comaneci.

Se antes dos Jogos de Tóquio, Rebeca era conhecida apenas pelos amantes da modalidade e por especialistas, depois de conquistar uma medalha de ouro e uma de prata no Japão, a menina de gestos precisos e limpos retornou ao Brasil como celebridade e teve sua vida transformada. Participou de programas de televisão e eventos dos mais diversos, multiplicou o número de patrocinadores e parceiros, viu crescer a quantidade de seguidores nas redes e se tornou um dos maiores nomes do esporte no Brasil na atualidade. Seu rosto está por aí, como naquelas telas colocadas em muitos elevadores de prédios que exibem notícias e propagandas. Rebeca virou uma estrela.

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A atleta nasceu em Guarulhos, na Grande São Paulo, e iniciou na ginástica artística aos 4 anos. Sua tia trabalhava no ginásio e contou para a menina que estava tendo um processo seletivo para novas ginastas. "Eu fui lá e fiz as coisas que pediam com muita facilidade. Isso acabou chamando a atenção deles e passei nessa peneira", contou.

De família humilde, desde o começo precisou batalhar para se manter no esporte, por causa das dificuldades financeiras dos pais. A mãe trabalhava como diarista e muitas vezes ia a pé para o serviço para deixar o dinheiro da condução para a filha poder treinar. Segundo Francisco Porath Neto, técnico da atleta, a ginasta sempre mostrou força para vencer os desafios.

"A chave é não ter desistido em nenhum momento. No primeiro obstáculo, que achávamos enorme, não desistimos, depois veio um maior ainda, mas continuamos persistindo. Se for contar desde o começo, os obstáculos eram enormes. Falta de estrutura, a gente teve de sair de onde estávamos e a Rebeca teve de ir com a gente. Até chegar em uma estrutura que temos hoje do Comitê Olímpico, demorou um certo tempo. Muitas atletas desistem e não passam dessa etapa", revela o treinador.

A mãe se virava para manter a família de sete filhos, e para conseguir que Rebeca treinasse. Deixou a menina morar com a tia, com o técnico, com a coordenadora e ainda com outras atletas. Dona Rosa confessa que recebeu muitas críticas por isso, mas sempre manteve a cabeça aberta para deixar a filha seguir seus sonhos.

O talento de Rebeca era evidente, mas as lesões atrapalharam bastante. Ela foi submetida a três cirurgias no joelho direito, a última delas extremamente complicada. Até por isso, a ginasta reforçou a importância do trabalho emocional. "Precisa ter a cabeça muito boa, pois ficar longe da ginástica é muito difícil. Uma cirurgia dessas são oito meses para voltar", diz porque passou por isso.

Dessa forma, o adiamento dos Jogos de Tóquio por causa da pandemia de covid-19 foi uma boa notícia para Rebeca, que pôde treinar mais e se recuperar das lesões. "O adiamento foi muito bom, pois se a Olimpíada fosse em 2020 seria muito arriscado." Se nos Jogos do Rio, quando tinha apenas 17 anos, ela ficou na 11ª posição no individual geral e viu Simone Biles, dos Estados Unidos, fazer história, em Tóquio ela chegou saudável para brilhar.

A brasileira conquistou a medalha de prata no individual geral, prova que reúne todos os aparelhos e premia as ginastas mais completas da competição. Depois, ganhou a medalha de ouro no salto, com uma exibição que encantou os juízes no Japão. "Eu tive muitas pessoas para me ajudar e sei que existem muitos talentos por aí que também precisam de ajuda", disse.

O ano será decisivo para a ginasta brasileiro se preparar já de olho nos Jogos de Paris. A fase de descanso e de aproveitar a vida por causa de suas conquistas dará lugar a uma rotina de treino e provas que ela já conhece bem. E sabe que tudo valerá a pena.

Os dois pódios olímpicos projetaram Rebeca Andrade para o mundo. Depois ela conquistou a medalha de ouro no salto e a de prata nas barras assimétricas no Mundial de Ginástica Artística no Japão também. Mais recentemente, foi eleita a Melhor Atleta do Ano no Prêmio Brasil Olímpico. Renovou com seu clube, o Flamengo, até os Jogos de Paris, em 2024, e atingiu a marca de 12 patrocinadores ao mesmo tempo. Somente os atletas de elite conseguem esse feito.

Com um ano histórico para ela e para a ginástica artística do Brasil, Rebeca já começa a fazer planos para o futuro. Em outubro haverá o Mundial em Liverpool, na Inglaterra. Lá ela pretende se consolidar como um dos grandes nomes da modalidade no cenário mundial. Talvez tenha como rival a americana Simone Biles, que desistiu de competir em Tóquio porque estava desgastada mentalnente. E enquanto se prepara, vai aproveitando para colher os frutos de toda dedicação que teve até agora.

A revista americana Time anunciou nesta quinta-feira a eleita como Atleta do Ano em 2021. A vencedora foi a ginasta Simone Biles, que teve reconhecida a sua coragem de ter aberto o diálogo sobre sua saúde mental e priorizado o próprio bem-estar mesmo durante os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. No Japão, a americana abriu mão de disputar várias provas da ginástica artística nas quais era a grande favorita para ganhar a medalha de ouro.

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"Biles deixou clara a importância de se priorizar e se recusar a suprir apenas as expectativas externas. Com os olhos do mundo sobre ela, ela deu o passo extraordinário de dizer: 'Isso é o suficiente. Eu sou o suficiente', explicou a publicação para justificar a eleição da ginasta.

"Eu acredito que tudo acontece por um motivo. Havia um propósito. Não só consegui usar minha voz, como também ela foi validada", disse Biles em entrevista à revista. "Se a justificativa fosse só a de que eu 'estava desistindo' eu poderia ter feito isso em outras oportunidades. Já passei por tantas coisas neste esporte, que poderia ter desistido por causa de tudo isso, não na Olimpíada", ressaltou.

A reportagem sobre a trajetória de Biles em 2021 lembra ainda que, ao lado de outras ginastas americanas, a medalhista olímpica revelou ter sido vítima de abusos sexuais por parte de Larry Nassar, ex-médico da seleção de ginástica dos Estados Unidos. Um mês após os Jogos, também chamou atenção do mundo em um testemunho emocionado durante o julgamento de Nassar. Na fala, definiu como "fracasso" a forma como o FBI, a USA Gymnastics e o Comitê Olímpico e Paraolímpico dos EUA (USOPC, na sigla em inglês) lidaram com o caso.

Biles apenas revelou que também havia sido abusada por Nassar um ano após as primeiras denúncias. Atualmente, ela é a única vítima que ainda está competindo profissionalmente. A jovem defende que a USAG e o USOPC sejam responsabilizados pelo caso. "É muito para uma pessoa. Sinto que a culpa deve recair sobre eles e não sobre nós. Eles deveriam estar sentindo isso (dor), não eu", defendeu.

A ginasta já havia sido reconhecida como uma das personalidades do ano pela revista People, também pela coragem e sinceridade para enfrentar os problemas com sua saúde mental.

O ginasta Arthur Nory compartilhou um momento dolorido nas redes sociais, nessa quarta-feira (17), com direito a vídeo e foto de um acidente sofrido durante treino de barra, em que perdeu o apoio das mãos e bateu com o rosto no instrumento, fraturando o nariz. “Vida de ginasta não é fácil”, escreveu em publicação.

O medalhista olímpico acalmou os fãs e afirmou que em três dias estará de volta aos treinamentos. Nory tratou a lesão como “fraturinha” e refletiu que o acidente faz parte do esporte.  “Isso é o esporte de alto rendimento: entrega, luta diária, a persistência e o lema de nunca desistir. Cair 10 vezes e levantar 11 vezes. Estou bem, só mais uma fraturinha, e isso faz parte do game. Seguimos, 3 dias já volto”, declarou.

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Numa caixinha de perguntas ele explicou o momento exato do acidente: “Tava eu treinando já e aí eu voltei pra barra, bati na proteção, a proteção rodou e eu fui com a cara na barra”.

Questionado sobre o que está sentindo, Nory disse estar com muita dor e dificuldades para respirar. “Consigo nem rir que dói”, desabafou.

Confira publicação do ginasta:

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O brasileiro Caio Souza ficou muito perto de fazer história e conseguiu uma medalha de bronze no Mundial de ginástica artística, que está sendo realizado na cidade de Kitakyushu, no Japão. Na final do individual geral, o ginasta esteve entre os três primeiros colocados até o sexto e último aparelho, mas uma queda no cavalo com alças o prejudicou. Assim, terminou a competição na 13.ª posição.

Caio Souza, que defende o Minas Tênis Clube, foi o 17.º colocado do individual geral nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. No Mundial, chegou a disputar diretamente a medalha de bronze com o ucraniano Illia Kovtun, 10.º na Olimpíada, mas acabou ultrapassado na última rotação. Sua pontuação final nesta sexta-feira foi de 82,665.

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O ginasta brasileiro teve bom desempenho no salto (14,633 pontos), barras paralelas (14,566) e barra fixa (14,000). No entanto, cometeu dois erros: pisou fora da área de solo, tendo um desconto de 0,4 ponto, e sofreu uma queda no cavalo com alças, que gerou o desconto de um ponto inteiro.

A prova do cavalo com alças foi justamente o pior aparelho de Caio Souza, com 12,200 pontos. O brasileiro até teve um bom desempenho nas argolas com 13,966. Mas no solo a nota foi 13,300.

Quem venceu a competição foi o chinês Boheng Zhang, que ultrapassou o atual campeão olímpico, o japonês Daki Hashimoto, no último aparelho. Ironicamente a virada veio em um dos aparelhos mais fortes de Hashimoto: a barra fixa. Zhang ficou com 87,981 pontos e o japonês conquistou a prata com 87.964. O terceiro lugar foi de Illia Kovtun com 84,899.

O Mundial de ginástica artística não acabou para Caio Souza. O brasileiro ainda vai competir na final das barras paralelas neste domingo.

FEMININO - Quase três meses após brilhar na Olimpíada, Rebeca Andrade pode fazer história novamente no Japão. Além de buscar sua primeira medalha em Mundiais, em Kitakyushu, a ginasta pode se tornar a primeira atleta brasileira a subir ao pódio duas vezes numa mesma edição do evento, que só perde em importância para os Jogos Olímpicos.

O feito poderá ser obtido na madrugada deste sábado, a começar pela final do salto, às 4h45 (de Brasília). Ela avançara à decisão de sua principal prova na primeira colocação, com média de 14,800. Rebeca Andrade competirá com a confiança de quem foi campeã olímpica no salto na capital japonesa. "Na final, preciso estar tão concentrada como estive hoje", disse a ginasta, na terça-feira, após superar a fase classificatória.

Menos de duas horas depois de saltar na final, Rebeca Andrade também brigará por vaga no pódio nas barras assimétricas, a partir das 6h25. Mesmo sem ser favorita, ela obteve a melhor média na classificação, com 15,100. Se confirmar o bom momento na prova e também subir ao pódio nesta prova, fará história mais uma vez na ginástica brasileira, tornando-se a primeira a obter duas medalhas em um mesmo Mundial. "Se vier, vai ser incrível. Vou ficar muito feliz de colocar o meu nome na história mais uma vez", projetou a atleta de 22 anos.

A ginástica artística do Brasil terá mais um representante em finais no Mundial que está acontecendo na cidade de Kitakyushu, no Japão. Um dia depois de Rebeca Andrade se garantir em três disputas por medalhas, nesta quarta-feira foi a vez de Caio Souza, com o encerramento das classificatórias, se classificar para as decisões no individual geral e na barra fixa.

A primeira final será a do individual geral, nesta sexta-feira, a partir das 6 horas (de Brasília). No domingo, Caio Souza voltará para buscar um pódio na barra fixa. "Foi uma competição bem diferente do que a gente está acostumado. Não sei bem como foi o andamento, mas no papel estava que iria durar 1h40, isso para a gente é muito rápido. Geralmente demora entre 2h e 2h30. Foi um ritmo muito rápido", disse o brasileiro ao final de sua série.

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Mesmo disputando a primeira das quatro subdivisões das classificatórias, Caio Souza havia deixado encaminhada a sua classificação às finais. No individual geral, o brasileiro terminou em 16.° lugar, com 80,598 pontos no somatório - os 24 primeiros avançaram.

Caio Souza terminou em nono na barra fixa com 14,800 pontos - nas finais por aparelhos, apenas os oito primeiros se classificam, mas há um limite de dois atletas por país. Como três ginastas chineses fecharam na faixa de classificação, o brasileiro conseguiu a vaga. O japonês Daiki Hashimoto, campeão olímpico, liderou a disputa.

O ginasta brasileiro ainda tinha chances de classificação em outras duas finais. No salto, porém, terminou em 19.° lugar com 14,083 pontos. Nas argolas, fechou em 13.°, com 14,033) e também não avançou.

Além de Caio Souza, o Brasil estará em outras três finais com Rebeca Andrade. Neste sábado, às 4 horas (de Brasília), a campeã olímpica tenta medalhas no salto e nas barras assimétricas. No domingo, às 5 horas, compete na trave. Nesta quarta-feira, Arthur Nory não conseguiu se classificar para a decisão da barra fixa e se despediu do Mundial sem defender seu título conquistado em 2019.

Atual campeão mundial na barra fixa, Arthur Nory está fora da briga para repetir o feito obtido em 2019. Nesta quarta-feira (20), o brasileiro cometeu pequenas falhas em sua apresentação e não conseguiu se classificar à final do aparelho no Mundial de Ginástica Artística, que está sendo disputado na cidade de Kitakyushu, no Japão.

Arthur Nory somou 13,766 pontos e ficou bem abaixo da oitava colocação, a última que garantiria uma vaga na decisão da barra fixa. O ginasta brasileiro tinha como meta a classificação para a decisão do Mundial, mas repetiu o resultado dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, no final de julho, e parou nas classificatórias.

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"Estou feliz por estar no Japão de novo. Eu treinei muito forte para as Olimpíadas e depois dos Jogos também. Estar aqui foi um desafio. A preparação estava muito boa. Estava focado na barra fixa. Eu cometi um erro no meio da série. Sabia que em Mundiais detalhes definem se você faz a final ou não. Cometi um erro grande. Não caí, o que é bom, mas acontece. É a ginástica", disse Arthur Nory em entrevista coletiva.

O ginasta brasileiro fez uma série mais simples que a de Tóquio-2020 focando em uma melhor execução, mas cometeu falhas e, mesmo depois de um recurso que aumentou a sua nota de dificuldade em 0,3 ponto, ficou fora da zona de classificação.

Outro brasileiro que também entrou em ação em Kitakyushu foi Caio Souza, finalista do individual geral e do salto na Olimpíadas de Tóquio-2020. Somando 80,598 pontos nos seis aparelhos, ele deve estar presente na decisão do individual geral, com 24 participantes, mas precisará aguardar até o encerramento das classificatórias para confirmar a vaga.

Foram 14,800 pontos nas barras paralelas, 13,200 na barra fixa, 13,666 no solo, 10,233 no cavalo com alças (duas quedas), 14,033 nas argolas e 14,083 no salto. Assim, o brasileiro também tem chances de ir às finais nas barras paralelas, nas argolas e no salto, mas elas são menores.

"Infelizmente tive as duas quedas no cavalo. Estava bem cansado na hora. Mas é trabalhar. Vou ter mais um dia para poder fazer de novo. É um pouco complicado porque ainda tem atletas muito fortes nas argolas para poder competir. Por mais que eu esteja em quarto, tenho que esperar até o último grupo. A ginástica é uma chance só. Errou, não tem outro jeito. É aquilo ali. Infelizmente sofri a queda. É difícil pegar final do salto, mas o trabalho foi feito. Paralelas quem sabe não vem uma final", contou Caio Souza.

Após terminar a Olimpíada de Tóquio-2020 como a primeira ginasta brasileira a ser campeã olímpica e a primeira atleta do Brasil a ganhar duas medalhas em uma mesma edição dos Jogos, Rebeca Andrade segue quebrando recordes no Japão. Com 100% de aproveitamento, a atleta garantiu nesta terça-feira (19) vaga em três finais no Mundial de ginástica artística, que está acontecendo na cidade de Kitakyushu.

Rebeca Andrade se classificou para as finais do salto (14,800 de média) e das barras assimétricas (15,100) na liderança. Ela ainda arrancou o oitavo e último posto na decisão da trave, com 13,400 pontos. No sábado (23), às 4h45 (de Brasília), a campeã olímpica vai buscar a sua primeira medalha em um Mundial, no salto, e depois disputa a final das barras. No domingo, tenta um pódio na trave.

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A brasileira começou no salto sobre a mesa. Rebeca Andrade apresentou um Cheng (Yurchenko com meia volta, seguido de uma pirueta e meia para frente), que recebeu nota 14,900. O segundo salto foi um Yurchenko com dupla pirueta, com ótima execução no ar, recebendo 14,700 pontos. Na média, conseguiu 14,800 e terminou em primeiro lugar no aparelho.

"Meu salto foi melhor que no treino de pódio. Eu estava me sentindo melhor mesmo. Com um pouco mais de tempo, acho que consegui sentir melhor o aparelho e ter um controle melhor na hora. Consegui sentir o meu corpo. Foi muito bom", avaliou a campeã olímpica em entrevista coletiva após o dia de competição.

Nas barras assimétricas, Rebeca Andrade conseguiu fazer a sua série completa com todas as conexões e execução excelente, conseguindo 15,100 pontos, para assumir a liderança. Já na trave, passou pelo aparelho sem quedas. Apesar de perder algumas conexões, tirou 13,400 pontos, terminando em oitavo lugar, empatada com a japonesa Murakami Mai, com as mesmas notas de dificuldade (5.6) e execução (7.8). Por isso, serão nove ginastas na final.

Sobre sua série nas paralelas, Rebeca Andrade brincou que tirar um 15 no aparelho era um sonho. "É uma série considerada difícil. Eu falava com o Chico (treinador) e brincava que a gente tinha que tirar um 15 e pegar final". A ginasta também comentou que tem onde melhorar na trave, após ter alguns desequilíbrios durante a série.

"Estou muito feliz porque treinei muito e consegui fazer tudo que me preparei. Estou muito animada para as finais", finalizou Rebeca Andrade, que já havia anunciado que não se apresentaria no solo, assim ficando fora também do páreo do individual geral, prova em que é a atual vice-campeã olímpica. Por ser um aparelho que exige bastante dos joelhos, a ginasta optou por se preservar de olho na caminhada até os Jogos Olímpicos de Paris-2024, na França.

Nesta terça-feira, às 21h20 (de Brasília), outros dois brasileiros entrarão em ação em Kitakyushu. Arthur Nory (barra fixa) e Caio Souza (individual geral) disputam as classificatórias masculinas em busca de vagas nas finais.

Depois de um ano de isolamento e muitas sessões de treinamento virtual, 2021 está repleto de emoções na ginástica artística. Com as recordações da excepcional campanha brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 ainda muito vivas, a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) já se prepara para enviar a delegação nacional para o Mundial de Kitakyushu, também no Japão, entre os dias 18 e 24 de outubro.

Os desafios de 2021 são muito peculiares. A última vez em que houve um calendário com Jogos Olímpicos e Mundial no mesmo ano foi em 1996. No feminino, a representante do País será Rebeca Andrade. "No Mundial de Kitakyushu, que será voltado às especialistas, optamos por enviar apenas a Rebeca, tendo por base o que observamos nas avaliações virtuais", afirmou o coordenador da seleção de ginástica artística feminina, Francisco Porath Neto.

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Devido à necessidade de aclimatação, a delegação brasileira vai viajar rumo a Doha, no Catar, antes de seguir para o Japão. Assim, um dia depois do encerramento do Campeonato Brasileiro de Ginástica Artística, que será realizado a partir da próxima quarta-feira até 3 de outubro, em Aracaju, a equipe viajará para o Oriente Médio.

A princípio, Rebeca Andrade será inscrita nos quatro aparelhos, mas esse plano inicial pode ser modificado. "Tudo vai depender da evolução dela em Doha. Lá é que vamos decidir quais aparelhos a Rebeca fará. Nosso objetivo é inscrevê-la apenas nos aparelhos nos quais esteja competitiva para chegar às finais", assinalou Porath.

Os representantes do Brasil na ginástica artística masculina serão Arthur Nory, Caio Souza e Luís Porto. Como explica o coordenador da seleção masculina, Marcos Goto, as avaliações dos ginastas também foram realizadas de forma online.

"Realizamos dois dias de testes (entre os últimos dias 14 e 16) e levamos em consideração, para a convocação, as melhores notas de partida e final. Escolhemos os três atletas com melhores condições para representar o Brasil neste momento", disse Goto, que, assim como Porath, vai decidir em quais aparelhos inscreverá os atletas com base nas observações feitas em Doha.

Foram anos de dedicação até a tão sonhada glória olímpica. Agora, Rebeca Andrade começa a colher os frutos desse trabalho. Primeira atleta do Brasil a conquistar uma medalha de ouro e outra de prata em uma única edição dos Jogos, a ginasta de 22 anos recebeu uma homenagem do Comitê Olímpico do Brasil (COB) no Centro de Treinamento da Ginástica Artística (CTGA), localizado no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro: um painel com sua foto estampada dentro da arena.

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"Desde quando colocaram os painéis dos outros atletas aqui, eu queria ter uma foto minha também. Era um sonho muito grande, até maior que as medalhas. Porque eu sabia que precisava conquistar uma medalha olímpica ou no Mundial para ter uma foto aqui. Vai ser impossível esquecer tudo o que aconteceu em Tóquio, mas é sempre bom lembrar desses momentos", celebrou Rebeca.

"É uma homenagem justíssima porque a Rebeca inspirou a todos nos Jogos de Tóquio com sua história e seu exemplo. Eu me emocionei muito com o desempenho dela e fiquei imaginando a festa Brasil afora com essas conquistas. Tenho certeza que esse painel vai estimular muitos outros atletas que passam aqui pelo CT no dia a dia", disse o diretor geral do COB, Rogério Sampaio.

Iniciativa criada pelo COB em 2018, os painéis no CT de Ginástica Artística são uma forma de reconhecer e valorizar os atletas da modalidade que já conquistaram medalhas olímpicas ou em Mundiais.

Rebeca é a sétima ginasta a receber tal homenagem, juntando-se a Arthur Nory, Arthur Zanetti, Daiane dos Santos, Daniele Hypolito, Diego Hypolito e Jade Barbosa. A campeã olímpica, por sinal, escolheu a dedo onde sua imagem deveria ficar, entre os quadros de duas referências na modalidade.

"Escolhi a foto e o lugar que ela ficasse, ao lado da Daiane e do Zanetti. Ela me inspira até hoje pela atleta e pessoa que é. E admiro muito o Zanetti por tudo o que ele fez para conquistar a medalha dele. E a foto é linda. Apesar de ser uma pose simples, ela mostra tanta coisa: tem uma beleza, uma firmeza e uma certeza do que eu estava fazendo. Queria deixar essa imagem marcada para sempre no CT", revelou a ginasta.

Sem pausa nos treinos após os Jogos de Tóquio-2020, Rebeca Andrade estará de volta ao Japão em dois meses. A campeã olímpica disputa o Mundial de Ginástica Artística, entre os dias 18 e 24 de outubro, na cidade de Kitakyushu.

A brasileira Rebeca Andrade estava radiante após conquistar mais uma medalha nos Jogos de Tóquio-2020, sua primeira de ouro. Ela foi a melhor no salto na ginástica artística e confessou que se preparou bastante para a disputa, mas procurou omitir detalhes de sua apresentação. Sob os olhares de Simone Biles, ela se tornou campeã olímpica.

"Eu tentei usar todas as cartas que tinha. Usei dupla e meia, que muita gente achava que não conseguiria porque era uma chegada cega, ou por causa do meu joelho, mas estava preparada. A mesma coisa com o Cheng, pois estava treinada. Eu não coloco na internet, mas podia fazer. E acho bom assim porque é importante surpreender", disse.

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A ginasta se tornou a primeira mulher do Brasil a ganhar mais de uma medalha na mesma edição dos Jogos Olímpicos. Ela nem sabia do feito logo após a cerimônia de pódio. "Me sinto muito orgulhosa, pois consegui representar a força da mulher. É com muito esforço e trabalho que conquistei isso", afirmou.

Ela sabe que sua vida mudou nos últimos dias, com a medalha de prata no individual geral, e deve mudar mais ainda com este ouro. "Nas redes sociais está bombando. Mas na minha cabeça eu sou a mesma de quando saí do Brasil, com foco em tudo que importa. É muito legal que está todo mundo torcendo por mim, gente que eu nem conheço. Mas ainda tem amanhã mais uma disputa e vou dar 110% de mim", avisou.

Ela tem a chance de conquistar mais uma medalha no Japão, pois disputa nesta segunda-feira (2) as finais do solo, quando vai apresentar seu "Baile de Favela", que já teve ótima aceitação na fase classificatória e também na final do individual geral. "Dei tudo de mim neste aparelho que até saí do solo", disse, rindo. "Isso é esporte e vai vencer o melhor. O resultado é consequência".

Rebeca Andrade continua fazendo história nos Jogos de Tóquio. Neste domingo, ela se tornou a primeira mulher do Brasil a conquistar dois pódios na mesma edição da Olimpíada. A atleta da ginástica artística ganhou a medalha de ouro no salto nos Jogos de Tóquio. Antes, já havia conquistado a prata no individual geral.

A façanha dela veio com dois ótimos saltos, um de 15,166 e outro de 15,000, alcançando a média de 15,083. Sua principal adversária, Jade Carey, dos Estados Unidos, foi mal no primeiro salto e ficou fora da briga por medalha.

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O pódio foi completado por Mykayla Skinner, dos Estados Unidos, que ficou com a prata com 14,916 de média, e a sul-coreana Seojeong Yeo, que ganhou o bronze ao fazer 14,733.

Esta é a sexta medalha da ginástica artística brasileira na história olímpica, a segunda de Rebeca. As outras quatro foram de homens: Arthur Zanetti nas argolas (ouro em Londres-2012 e prata na Rio-2016), e a dobradinha no solo dos Jogos do Rio com Diego Hypólito (prata) e Arthur Nory (bronze).

Aos 22 anos, Rebeca vai se firmando como a maior ginasta do País na atualidade e tem chance ainda de conquistar mais uma medalha no Japão, pois disputa nesta segunda, às 5h57, as finais do solo, quando vai apresentar seu "Baile de Favela", que já teve ótima aceitação na fase classificatória e também na final do individual geral.

O sucesso poderia até ter chegado um pouco antes não fossem as lesões na carreira da atleta. Só para se ter uma ideia, ela já foi submetida a três cirurgias para reparar o ligamento cruzado anterior no joelho direito. "Eu cheguei a pensar em desistir, mas as pessoas sempre me incentivaram a continuar", disse.

A história da ginasta de Guarulhos é de superação. A primeira delas é por se manter no esporte mesmo diante de todas as dificuldades na vida, como falta de dinheiro até para se locomover ao ginásio onde treinava. De família humilde, foi uma lutadora desde o começo, quando iniciou aos 4 anos na modalidade.

Com força, talento e explosão, ela tem chamado atenção dos especialistas da modalidade e inclusive recebeu elogios da lenda Nadia Comaneci após ser prata no individual geral. Com a ausência de Simone Biles, que tem evitado competir para cuidar de sua saúde mental, Rebeca está nos holofotes da modalidade e já acumula dois pódios em Tóquio.

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Outros resultados -- Ainda neste domingo, na disputa do solo masculino, Artem Dolgopyat, de Israel, ficou com a medalha de ouro em uma disputa emocionante com o espanhol Rayderley Zapata. Ambos tiraram 14,933, mas o israelense levou a melhor no desempate. O bronze ficou com Ruoteng Xiao, da China.

Em 2021, Rebeca Andrade conquistou a medalha prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio e se tornou a primeira medalhista olímpica da ginástica feminina brasileira. Em 2005, Daiane dos Santos se tornou a primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro em Campeonatos Mundiais da modalidade.

Embora separados por quase duas décadas, as duas realizações levam para um ponto único: o aumento da representatividade dos negros em uma modalidade que ainda luta para se popularizar. Esse é o principal consenso entre estudiosos da questão racial no Brasil.

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A relação de continuidade entre os feitos das duas ginastas foi observada pela própria Daiane. Em um discurso emocionado, logo após a conquista de Rebeca, ela destacou a importância das duas realizações para as mulheres negras do País.

"A primeira medalha de ouro do Brasil em Mundiais foi negra. E agora a gente tem a primeira medalha olímpica da ginástica artística brasileira também com uma negra. Isso é muito forte", disse Daiane, chorando durante a transmissão. "Durante muito tempo, disseram que as pessoas negras não poderiam fazer alguns esportes. A primeira medalha foi de uma negra. Existe uma representatividade muito grande atrás disso", completou.

É preciso lembrar que, além das conquistas de Daiane e Rebeca, está o feito de Daniele Hypolito, que foi a primeira brasileira a conquistar uma medalha em Mundiais, uma prata no solo de 2001.

"A Rebeca se inspirou na Daiane para ser campeã. Ela quis chegar aonde a Daiane chegou. Aí entra a questão da representatividade e a importância de mostrar para as crianças negras que elas podem chegar aonde elas quiserem. Durante muitos anos, a comunidade negra brasileira teve certa carência de exemplos. É importante perceber o significado dessa vitória", opina o pesquisador Marcelo Carvalho, presidente do Observatório da Discriminação Racial.

Essa é a mesma visão do professor Amailton Azevedo, da Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP). "O discurso de Daiane emite uma mensagem positiva para uma parcela significativa da população, em especial, para as meninas adolescentes das camadas populares e mais vulneráveis, socialmente", observa o autor do livro As micro-áfricas em São Paulo.

Um dos autores do curso "Esporte Antirracista", oferecido pelo Comitê Olímpico do Brasil para os atletas, o professor Tiago Vinícius André dos Santos lembra o racismo estrutural. "Daiane se refere ao fato de que os negros eram supervalorizados para determinados papéis relacionadas ao esforço físico. No esporte, o atletismo seria o seu lugar mais apropriado. Enquanto é possível praticá-lo mesmo descalço, a esgrima, natação, tênis ou vela exigem a inscrição em um clube ou algo assim", explica o professor de Direito da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul.

A questão racial é delicada na ginástica, como lembra o cientista social e historiador Marcel Tonini, que cita um caso de repercussão nacional. O ginasta Ângelo Assumpção, que já foi uma das promessas da modalidade, está desempregado há quase um ano. Em novembro do ano passado, ele foi demitido do Esporte Clube Pinheiros e afirma que foi alvo de racismo dentro do clube.

"Esta medalha de Rebeca também é do Ângelo Assumpção, que, embora campeão de salto na Copa do Mundo de Ginástica em 2015, foi banido pelos poucos clubes, em torno de 20 apenas, do Brasil por denunciar o racismo sofrido ao longo de anos. Por esse motivo, também, o feito de Rebeca é ainda maior", afirma. "Não nos esqueçamos que este esporte é elitista, com presença pobre e negra sendo contada nos dedos, em sua maioria fomentada pelo programa Bolsa Atleta, do Governo Federal", completa o doutor em História Social pela USP.

Para o estudioso, a manutenção de políticas de incentivo ao esporte e a adoção de outras de ação afirmativa, como cotas raciais, sociais, de inclusão, vai diminuir a desigualdade de acesso, permanência e resultados nas mais diferentes modalidades. "Quando tivermos dirigentes negros, a estrutura será abalada. Casos como os de Aline Pellegrino, no futebol, são ainda raríssimos e muito pontuais", completa.

A equipe brasileira de ginástica artística, na categoria masculina, saiu do Centro de Ginástica Ariake, nesta quarta-feira, sem nenhuma medalha no peito no individual geral, na Olimpíada de Tóquio-2020. Caio Souza e Diogo Soares não foram páreos às grandes apresentações do japonês Daiki Ashimoto, medalhista de ouro, que arriscou mais nas piruetas e teve mais precisão nos movimentos.

O pódio ficou completo com o chinês Xiao Ruoteng, medalhista de prata, e o russo Nikita Nagornyy, atual campeão mundial, terminando com o bronze.

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Caio Souza foi bem no começo, principalmente nas argolas e no salto, suas provas preferidas no Circuito Mundial. Chegou a figurar no terceiro e no quarto lugar no ranking geral, mas os outros competidores tiveram notas ainda mais altas, elevando o nível. Terminou em 17.º, com 81,532 pontos. O atleta brasileiro foi bastante penalizado no cavalo com alças após uma queda que lhe custou muitos pontos.

O risco foi bastante pontuado nas provas da final masculina, o que fez com que Diogo Soares, mais cauteloso nos movimentos, não se destacasse e perdesse muitas posições. Mesmo assim, o ginasta brasileiro ficou feliz com o resultado.

"Eu estou muito feliz com as minhas séries. Tive alguns errinhos aqui, ou ali. Alguns aparelhos que eu tirei mais nota na classificatória, outros menos. Mas no geral estou bem feliz. Eu consegui aumentar a pontuação e era isso que eu vinha buscar", disse o atleta, que terminou em 20.º lugar na classificação geral, com 81,198 pontos.

A ginasta Simone Biles ficou fora da final por equipes do time dos Estados Unidos nos Jogos Olímpicos de Tóquio nesta terça-feira, dia 27 (no horário do Brasil). Sem ela, o time americano perdeu o ouro para as rivais russas e não confirmou o tricampeonato olímpico da disputa. Restou a medalha de prata, e a Grã-Bretanha completou o pódio. A maior estrela dos Jogos de Tóquio vive um drama emocional. Ela se sente pressionada por grandes resultados. Sua participação nas cinco provas individuais, na quinta-feira, não está confirmada. A brasileira Rebeca Andrade está entre as finalistas.

No Centro de Ginástica Ariakea, a americana de 24 anos cometeu uma falha no salto, a primeira prova por equipes, e foi retirada da disputa dos outros aparelhos. Além de problemas no tornozelo direito, a dona de quatro medalhas de ouro e uma de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 não estaria suportando a pressão emocional e a cobrança por repetir o feito e se tornar uma das maiores ginastas de todos os tempos.

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Na entrevista coletiva após a conquista da medalha de prata, a ginasta confirmou a decisão de deixar a prova. "Eu senti que seria melhor que eu me afastasse... Eu não queria arriscar uma medalha do time, porque elas trabalharam duro demais para eu estragar tudo". Os Estados Unidos não perdiam uma grande competição (Olimpíadas e Mundiais) desde o Mundial de Roterdã, em 2010, quando as russas foram campeãs.

Simone Biles negou problemas físicos. Depois da desistência, ele continuou no ginásio apoiando as companheiras. A USA Gymnastics (Federação de Ginástica dos Estados Unidos) chegou a afirmar que Simone Biles havia sido retirada da decisão por motivos médicos. A ginasta confirmou que se sente pressionada.

"A saúde mental vem em primeiro lugar porque se você não se diverte no seu esporte, você não consegue fazer as coisas que você gostaria. Preciso me concentrar no meu bem-estar, há vida além da ginástica. Infelizmente aconteceu nesse palco. Esses Jogos Olímpicos têm sido muito estressantes. Tivemos um longo ano em uma preparação olímpica também longa. Não temos público. Estamos todos muito estressados. Nós deveríamos estar nos divertindo, mas não é o caso", afirmou a ginasta que, mesmo cometendo falhas nas fases classificatórias, conseguiu avançar para cinco finais.

O drama de Biles já vinha sendo noticiado pela imprensa americana. De acordo com o jornal The New York Times, a estrela da ginástica vive profundo estresse emocional por causa das cobranças por grandes resultados. Ela luta contra o estresse de ser a maior ginasta da história e que estava com dificuldades para administrar as cobranças. Por isso, a ginasta teria colocado em dúvida sua participação nas próximas provas.

As dificuldades fizeram Biles mudar até o planejamento de suas apresentações. Ela havia planejado fazer um salto em Yurchenko com duas voltas e meia na saída, mas mudou de ideia e executou o movimento com apenas uma volta e meia sobre o corpo. Para uma ginasta do nível dela, a falha foi grave. O salto errado foi um golpe enorme também para a equipe americana. O salto recebeu 5,0 pela dificuldade. Sua pontuação total foi de 13,766, uma nota baixa para sua habilidade na ginástica.

Nos últimos dias, Biles já havia dado indícios dos problemas que estava sofrendo. Na segunda-feira, depois de se classificar às finais mesmo cometendo falhas, ela publicou que estava sentindo um "peso nos ombros". "Não foi um dia fácil ou o meu melhor, mas consegui superá-lo. Eu realmente sinto que às vezes tenho o peso do mundo sobre meus ombros. Eu sei que ignoro e faço parecer que a pressão não me afeta, mas às vezes é difícil hahaha! As Olimpíadas não são brincadeira! MAS estou feliz que minha família foi capaz de estar comigo virtualmente? Eles significam o mundo para mim!" postou em suas redes sociais.

De qualquer forma, ela tem mais dois dias para se colocar em pé novamente. Se não tiver condições, possivelmente chegará a notícia de sua desistência. Se a contusão tiver dor suportável para ela, Simone poderá pedir para competir. Nenhuma outra atleta é chamada em seu lugar para as decisões.

A equipe feminina de ginástica do Comitê Olímpico Russo (ROC) capitalizou a dramática saída de Simone Biles da equipe dos Estados Unidos para conquistar o título olímpico nesta terça-feira (27).

A equipe americana retirou Biles da final por equipes depois de um decepcionante salto inicial, e as russas superaram as campeãs dos últimos dois Jogos Olímpicos por mais de três pontos.

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A Grã-Bretanha surpreendeu e levou a medalha de bronze.

Lideradas por Angelina Melnikova, as russas repetiram o feito da equipe masculina do ROC, que conquistou o ouro 24 horas antes.

Competindo sob uma bandeira neutra devido à suspensão do país por um escândalo de doping, a Rússia encerrou uma sequência de domínio das americanas nas finais mundiais e olímpicas que havia começado em 2011.

Mas o principal foco da atenção foi Biles, que chegou aos Jogos de Tóquio com a esperança de bater o recorde de ouros olímpicos da ginástica para uma única competidora.

Depois de deixar a área de competição por um momento, Biles voltou e foi retirada das três rotações finais. Ela aplaudiu suas companheiras de equipe.

A USA Gymnastics afirmou em um comunicado que ela foi retirada da final por causa de um "problema médico" não especificado e que será avaliada diariamente para determinar se pode continuar nos Jogos.

O Brasil estreou neste domingo na ginástica artística feminina dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 e há muito o que comemorar para as duas atletas representantes do País, com destaque para Rebeca Andrade, que garantiu três finais na modalidade, com boas chances de medalha.

No somatório geral de sua apresentação, em quatro aparelhos, ela conseguiu a segunda melhor pontuação da classificação no individual geral, ficando atrás apenas da americana Simone Biles, cinco vezes medalhista olímpica e grande nome da modalidade na Olimpíada de Tóquio. Rebeca ficou com 57,399 pontos, em segundo lugar, e Biles fez 57,731. A paulista de 22 anos, além do grande feito, conseguiu avançar às finais em dois aparelhos: solo e salto.

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Ao som do funk Baile de Favela, de MC João, Rebeca conseguiu 14.066 pontos, na avaliação dos jurados, sendo a quarta melhor nota no solo depois de uma apresentação firme e se mostrando bastante solta no tatame. Desde Daiane dos Santos, em Pequim-2008, uma ginasta não chegava à final do solo. No salto também mostrou firmeza e, sem titubear na finalização, conseguiu a terceira melhor nota da prova, com 15,400, também garantindo-se na final.

"A gente treina bastante para dar o nosso melhor. Na pandemia foi muito complicado, ficamos paradas um tempo. Mas é uma alegria enorme. Tenho aí algumas finais, estou bem feliz, mas é um dia após o outro", disse Rebeca após as atuações que levaram à vice-liderança no ranking geral.

A outra brasileira que disputou a rotação da ginástica artística feminina, neste domingo, foi Flávia Andrade, que garantiu vaga na final da trave. A carioca de 21 anos manteve o equilíbrio e fez a quinta melhor apresentação, na visão do júri especializado, com 13,966 pontos.

No entanto, há preocupação para o restante da participação da jovem ginasta na Olimpíada de Tóquio por conta de uma lesão no tornozelo quando fez sua apresentação no solo. Ela chegou a cair depois de uma aterrissagem, sentiu o tornozelo e saiu mancando, com uma pontuação final de 12,066. Após a atuação, saiu do tablado chorando.

"Um pouco chateada, mas estar em uma final olímpica é muito importante", disse Flávia Andrade, que terá a chance de disputar o pódio na trave.

Tanto Rebeca quanto Flávia fizeram suas primeiras participações nos Jogos Olímpicos na edição do Rio de Janeiro, em 2016. Na época, ambas, com 17 e 16 anos respectivamente, foram para as finais, mas sem classificação suficiente para subir ao pódio.

Agora, o Brasil tem quatro chances na ginástica artística feminina e a disputa das finais individuais estão marcadas para começar daqui a uma semana, no dia 1.º de agosto.

A ginástica artística brasileira começa a sua busca por medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, neste sábado, no Ariake Gymnastics Centre. A seleção masculina compete no qualificatório em busca de uma vaga na final por equipes. O Brasil também tentará a classificação para as finais do individual geral e por aparelhos.

"Temos a certeza de que todos os integrantes da equipe vão dar seus 110% como sempre fizemos em todas as competições. Estou convicto de que todos irão aproveitar ao máximo as suas potencialidades", disse Marcos Goto, coordenador e técnico da seleção brasileira masculina.

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Em Tóquio, a equipe é composta pelo campeão olímpico nas argolas Arthur Zanetti e pelo medalhista de bronze no solo Arthur Nory, além de Francisco Barretto e dos estreantes Caio Souza e Diogo Soares.

Entre as mulheres, a ginástica artística brasileira está representada pela dupla Flávia Saraiva e Rebeca Andrade. As duas atletas competem no qualificatório neste domingo. Elas vão em busca da classificação para as finais do individual geral e por aparelhos.

"Temos o privilégio de estar no último grupo, então poderemos acompanhar as demais adversárias e saber mais ou menos o que precisa de nota. É difícil dizer em quantas finais podemos chegar, mas temos boas possibilidades", afirmou o técnico da ginástica feminina, Francisco Porath Neto.

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