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Sem competir há 20 meses, desde o Mundial de 2019, por causa da paralisação provocada pela pandemia do novo coronavírus e de uma contusão, Flávia Saraiva vai ter um teste antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Desfalque no Pan-Americano de ginástica artística, realizado na semana passada no Rio de Janeiro, a ginasta do Flamengo se recuperou de uma lesão no tornozelo e vai voltar às competições na etapa de Doha da Copa do Mundo, entre os dias 23 e 26 deste mês.

"Assim que eu me machuquei, já pensei: 'acabou para mim'. Mas surgiu a oportunidade de competir, daqui duas semanas, na Copa do Mundo. Então vou poder competir, tirar esse nervosismo antes da Olimpíada. Talvez eu não participe do solo, mas consegui competir bastante em 2019 e vou com tudo (para Tóquio-2020). Estou treinando bastante para isso", disse a ginasta em entrevista coletiva na terça-feira.

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"Estou muito animada, ainda mais voltando da lesão. Então estou voltando com a 'faca no dente' porque quero representar muito bem o meu país e o Flamengo. Primeiramente não vou pensar em medalhas, mas sim nas finais. Então vou para pegar três finais, no individual geral, trave e solo. E depois, ir com tudo", afirmou Flávia.

A ginasta participou de uma entrevista coletiva na sede do Flamengo ao lado de Guilherme Kroll, vice-presidente de esportes olímpicos do clube rubro-negro, e das colegas Rebeca Andrade, Jade Barbosa e Lorrane Oliveira. Flávia e Receba se mostraram ansiosas em competir com a americana Simone Biles, americana de 24 anos que é considerada uma das maiores da história do esporte.

"Competir com ela (Biles) vai ser incrível, sou fã dela. É o maior fenômeno da ginástica dos últimos tempos. Poder estar em um ciclo com ela é melhor ainda. Estou muito animada e estou voltando de lesão agora, então estou voltando com a faca no dente porque quero representar bem o Brasil e o Flamengo", completou Flávia.

O Brasil encerrou a sua participação no Pan-Americano de Ginástica Artística, disputado na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro, da melhor maneira. Neste domingo (6), último dia de competição, Caio Souza foi o destaque brasileiro ao conquistar três medalhas de ouro - argolas, barras paralelas e salto. Ao todo, o País obteve 11 medalhas, dentre elas os ouros de Ana Luiza Pires no solo e Lorrane Oliveira nas barras assimétricas. O campeão mundial Arthur Nory competiu na barra fixa e ficou em sétimo lugar.

"Fico feliz com a minha competição, foi um ótimo trabalho. Só um pouco chateado pela queda no cavalo, mas do resto estou satisfeito com o que aconteceu hoje. Agora é só fazer a reta final de preparação para a Olimpíada e corrigir um detalhe aqui e outro ali", disse Caio Souza.

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Ouro no individual geral no último sábado, quando conseguiu a vaga aos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, Rebeca Andrade foi poupada das provas deste último dia. Mesmo sem competir, ela esteve na Arena Carioca 1 para ajudar a delegação brasileira, que terminou a competição na liderança do quadra geral de medalhas.

Rebeca conquistou vaga nominal e fará companhia a Flávia Saraiva, que se classificou para a Olimpíada no Mundial de Stuttgart, na Alemanha, em 2019. Lorrane Oliveira, que também lutava por um posto, ficou em quarto lugar, atrás da argentina Martina Dominici, que já estava classificada para Tóquio-2020, e da costa-riquenha Luciana Alvarado, que também vai ao Japão. Se Rebeca não tivesse ficado à frente, Lorrane teria obtido a vaga ao lado de Luciana.

"Estou muito feliz com a minha apresentação. Minha carreira na ginástica foi muito brilhante e, ao mesmo tempo, muito difícil. Foram várias situações que tive que enfrentar. A gente ficou muito tempo sem competir e disputar uma competição, mesmo no nosso País, e manter a calma, foi muito difícil. Tentei manter essa calma durante a competição inteira e deu certo. Sou muito grata ao Xico (Francisco Porath), meu treinador desde que sou pequenininha, que me entende, que entende as minhas limitações e me respeita, independentemente do que aconteça, da equipe multidisciplinar, que me ajuda a ficar forte, que deixa a minha mente ficar boa", disse Rebeca.

A outra vaga olímpica do Brasil foi conquistada por Diogo Soares, na última sexta-feira, ao obter a terceira colocação no individual geral, com o somatório de 82.700 pontos nos seis aparelhos. A primeira colocação também foi obtida pelo Brasil - Caio Souza, que não era elegível a uma das vagas por ter feito parte da equipe que conquistou vaga no Mundial de Stuttgart, somou 84.450.

"Foi literalmente um sonho realizado. Porque eu sonhei com esse resultado, estava com dificuldade para dormir por conta da ansiedade e acabei sonhando com esse resultado. E por incrível que pareça foi 95% igual ao meu sonho. Foi maravilhoso, não tem nem como explicar a felicidade que estou sentindo agora. Muito tempo sem competição, fiz exatamente o que precisava. Não vou sair daqui achando que poderia ter feito mais, porque para mim foi um dia perfeito", disse Diogo, ginasta de apenas 19 anos, que já tem no currículo a prata na barra fixa e o bronze no individual geral dos Jogos Olímpicos da Juventude de Buenos Aires, na Argentina, em 2018, e prata nas argolas no Mundial Juvenil de 2019.

O ginasta Arthur Nory, bronze nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 e ouro no Mundial de 2019, já conseguiu de volta as suas medalhas roubadas após dois bandidos invadirem sua casa no bairro da Lapa, na zona oeste de São Paulo, há quatro dias. Eles foram recuperadas na noite desta terça-feira (9) pela Polícia Militar em uma lixeira em frente a uma casa em Osasco, na região metropolitana de São Paulo.

No assalto ocorrido na última sexta-feira (5), dois bandidos entraram na residência de Arthur Nory e renderam e amarraram duas pessoas. Eles levaram 33 medalhas e itens sem valor financeiro do atleta que estavam no imóvel.

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De acordo com a Polícia Militar, as medalhas foram localizadas após uma denúncia anônima no Jardim Adalgisa, em Osasco. Elas foram levadas para a sede de uma companhia da PM na cidade, onde o ginasta foi pessoalmente retirar, sendo fotografado ao lado do policial que encontrou os pertences dele.

"Muito, muito obrigado! Pela corrente, por compartilharem o roubo. Recuperadas TODAS as medalhas. Estou me tremendo todo e vocês não imaginam a emoção que é! Muito obrigado Policia Militar, Policia Civil, Marcelo, Dilson, Soldado Luz, Soldado Marie, veículos de comunicação, TV, amigos, família. Todos que estavam se mobilizando. Recuperadas em Osasco. Gratidão a todos", postou Arthur Nory em seu Instagram.

No dia do assalto, uma mulher de 64 anos, funcionária da casa, contou que foi rendida por dois homens quando estava na porta de entrada da residência, que dá acesso à garagem. De acordo com ela, os criminosos entraram no imóvel em seguida. Depois levaram medalhas, uma mochila, chaves de um veículo e uma carteira de habilitação. A dupla fugiu em seguida sem levar o carro, que estava na garagem.

Arthur Nory estava treinando e soube depois do ocorrido, onde os ladrões levaram apenas as medalhas. Por sorte, as do bronze no solo dos Jogos do Rio-2016 e o ouro das barras fixas do Mundial de 2019 estavam guardadas em um outro lugar e, por isso, não foram roubadas.

O caso foi registrado como roubo consumado no 7.º Distrito Policial (DP), na Lapa. A Polícia Civil investiga o crime para tentar identificar e prender os assaltantes.

O Prêmio Brasil Olímpico coroou dois novos heróis na temporada. Beatriz Ferreira, do boxe, e Arthur Nory, da ginástica artística, ganharam o prêmio de Melhor Atleta do Ano. Ambos foram campeões mundiais em 2019 e conquistam a honraria pela primeira vez na carreira. O anúncio foi feito nesta terça-feira (10), em cerimônia de gala do "Oscar" do esporte nacional.

Bia Ferreira superou Ana Marcela Cunha, que foi hegemônica na maratona aquática, e Nathalie Moellhausen, campeã mundial de esgrima, na votação entre jornalistas, dirigentes, Comissão de Atletas do COB, ex-atletas e personalidades do esporte. A boxeadora ganhou a medalha de ouro no Mundial de Boxe, em Ulan-Ude, na Rússia, na categoria até 60 kg, ao vencer a chinesa Cong Wang por 5 a 0.

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"Estou muito feliz. Este ano foi incrível, tenho que agradecer muito a Deus e a minha família. Eu estou realizada", declarou Bia, assim que recebeu o troféu. "Acreditem em mim. Vou chegar em Tóquio e representar bem o Brasil".

O resultado foi a cereja no bolo da atleta, que acabou de completar 27 anos. Ela teve uma temporada incrível ao obter a impressionante marca de 24 pódios em 25 torneios disputados. Em 2019, Bia Ferreira ainda ganhou outra medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos ao superar a argentina Dayana Sanchez na final em Lima.

Já Arthur Nory, de 26 anos, foi campeão na barra fixa no Mundial de Ginástica Artística, em Stuttgart, na Alemanha. Ele obteve 14,900 e foi o melhor no aparelho. Já no Pan de Lima, ele foi prata na barra fixa, também foi segundo colocado no individual geral e ainda ganhou a medalha de ouro por equipes.

"A primeira vez que participei aqui em 2015, eu via os atletas homenageados e aquilo martelava na minha cabeça. Foi um incentivo pra mim", revelou Arthur Nory. "Aí chegou 2019, que foi um ano incrível pra mim e pra ginástica".

Os principais atletas do País estiveram presentes na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, para prestigiar o evento que foi marcado por homenagens a quem se destacou na temporada, como os membros da delegação verde e amarela nos Jogos Pan-Americanos de Lima, que ajudaram o Time Brasil a conquistar uma campanha histórica e bater o recorde de medalhas.

A 21.ª edição do Prêmio Brasil Olímpico também premiou Mateus Alves (boxe), considerado o melhor técnico do ano no individual, e Renan Dal Zotto (vôlei), no esporte coletivo. Já os destaques dos Jogos Escolares foram: Pâmela Nievilly (atletismo), Klerton Zaidan (badminton), Maria Luíza Elói (vôlei) e Guilherme Porto (wrestling).

Outro destaque da noite foi a homenagem a seis ídolos que entraram para o Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB): Guilherme Paraense (tiro esportivo), Joaquim Cruz (atletismo), João do Pulo (atletismo), Magic Paula (basquete) Maria Lenk (natação) e Sylvio de Magalhães Padilha (atletismo).

Já na votação popular de Atleta da Torcida, quem levou a melhor foi Hugo Calderano, do tênis de mesa, que contou com a sua popularidade para frear a ascensão de Flávia Saraiva, da ginástica artística, na disputa. "Esse prêmio é de todos os atletas e de todos os familiares. Tenho muito orgulho de receber isso", disse Calderano, em vídeo enviado da China, onde ele está disputando um torneio.

Novas Daianes dos Santos, Diegos Hypólito, Jades Barbosa e Arthurs Zannetti podem surgir de Olinda a partir de agora. A Vila Olímpica, em Rio Doce, passa a oferecer aulas de ginástica artística, toda sexta, das 9h às 10h. As atividades são coordenadas pelo professor de educação física Adelmo Andrade.

Podem participar alunos a partir dos 6 anos. Os interessados devem se inscrever na própria Vila (av. Cel. Frederico Lundgren, 467), basta levar o comprovante de matrícula escolar, registro de nascimento, comprovante de residência e carteira de identidade do responsável (caso seja menor de idade).

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Se já era destaque do Brasil na ginástica artística por já ser medalhista olímpico, Arthur Nory agora pode encher o peito e gritar: "Sou campeão do mundo". Neste domingo, o paulista de Campinas conquistou o ouro na barra fixa do Mundial da modalidade, disputado em Stuttgart.

Com uma apresentação quase perfeita, o atleta de 26 anos aterrissou com uma expressão de extrema felicidade pelo próprio desempenho, que acabou lhe rendendo a nota de 14,900 pontos e o lugar mais alto no pódio na última competição do evento, iniciado em 4 de outubro. O croata Tin Srbic (14,666) e o russo Artur Dalaloyan (14,533) completaram o pódio.

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Com o primeiro ouro em mundiais na carreira, Nory engorda seu currículo, que já contava com uma medalha de bronze conquistada no solo na Olimpíada do Rio-2016, se credenciando de vez como um dos favoritos na disputada da barra fixa para Tóquio-2020.

A vitória em Stuttgart pode representar uma virada na trajetória do atleta, que sequer era cotado para o ouro no Mundial e havia sido superado pelo compatriota Chico Barreto nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em julho deste ano. Antes, em maio, teve diagnosticado um problema crônico no joelho, o que fez com que modificasse sua rotina de treinamentos.

Neste domingo, com um 14,600, Nory passou à final deixando para trás nomes como o holandês Epke Zonderland, um dos grandes favoritos, que acabou caindo nesta fase. No momento crucial, foi o quinto a se apresentar, melhorando sua nota obtida na etapa anterior em três décimos, e teve de esperar que sua marca não fosse superada. No fim, a torcida funcionou e o brasileiro pôde, enfim, comemorar o feito.

Com a láurea, o atleta se junta a Daiane dos Santos, Arthur Zanetti e Diego Hypolito no rol dos brasileiros que já se sagraram campeões do mundo na ginástica.

Após 28 anos, a Rússia voltou a conquistar a medalha de ouro por equipes no Mundial de Ginástica Artística, que está sendo disputado em Stuttgart, na Alemanha. Liderados por Ivan Stretovich, Artur Dalaloyan e Nikita Nagornyy, os russos tiveram uma pontuação total de 261,726 pontos, à frente apenas 0,997 dos chineses, campeões de sete dos últimos oito mundiais.

A Rússia, assim, deu o troco na China, após perder o ouro ano passado por 0,049 pontos. "Eu não consegui dormir direito por um ano pela falta desta medalha. De lá para cá, lutamos contra nossos erros para vencer a China", disse Dalaloyan, que fez questão de ir cumprimentar os adversários.

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"Fiz isso por respeito à equipe chinesa, porque vi que algumas pessoas tinham lágrimas nos olhos e lembrei de como foi duro para nós há um ano", afirmou o russo. "Eu vi a frustração nos rostos deles e decidi apoiá-los porque somos todos amigos. Eu sei como é ser o segundo, então fui apoiá-los."

A China iniciou a disputa na barra fixa - a última rotação para a asiáticos e russos - com uma vantagem de 1,394 ponto, mas a queda de Sun Wei permitiu aos russos buscar o primeiro lugar. Nagornyy foi o último atleta a se apresentar e selou a vitória russa, ao conseguir a nota 14,466. "Este sentimento de responsabilidade é algo que você jamais poderá esquecer em sua vida. Estou muito feliz por ter tido sucesso", disse o atleta, de 22 anos. "Somente o esporte pode lhe dar emoções deste tipo."

Foi a primeira vez que o time da Rússia conquistou o Mundial desde o fim da União Soviética. Em 1996, os russos ficaram com o ouro olímpico, em Atlanta. Outra nação ex-soviética, a Bielo-Rússia conquistou o título mundial em 2001.

O bronze ficou com o Japão (258,159 pontos), apesar da lesão de Kohei Uchimura, dono de 21 medalhas em Mundiais. Foi o primeiro ano desde 1991 que as mesmas três equipes subiram ao pódio por dois anos consecutivos.

Dois dias após a seleção brasileira feminina decepcionar, a equipe masculina de ginástica artística se destacou no Mundial de Stuttgart, na Alemanha, e conquistou nesta segunda-feira a vaga na Olimpíada de Tóquio-2020. A classificação foi confirmada quando o Brasil garantiu o 10º lugar no qualificatório da prova por equipes.

As vagas foram distribuídas até a 12ª posição porque Rússia, China e Japão, que ocuparam as três primeiras posições, já estavam assegurados por conta de vagas obtidas no Mundial do ano passado. No sábado, o time feminino do Brasil terminou apenas na 14ª posição, e apenas as 12 primeiras colocadas se garantiam em Tóquio-2020.

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"Sabemos o quanto é difícil conseguir a vaga olímpica, existe um trabalho sério não somente nas quadras, mas também fora delas, então estar presente numa edição de Jogos Olímpicos, e somado a isso ficar entre as 10 melhores equipes num Mundial Pré-Olímpico, garantindo um leque de finais, nos impulsiona mais ainda a seguir com o trabalho", comemorou a presidente da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Luciene Resende.

Apesar da vaga olímpica, a seleção masculina não conseguiu avançar à final por equipes. Em compensação, os brasileiros foram a três finais individuais: Caio Souza, no individual geral; Arthur Zanetti, nas argolas; e Arthur Nory, na barra fixa.

Zanetti avançou com a segunda melhor nota nas argolas (14,700), atrás apenas do turco Colak Ibrahin (14,858) e à frente do francês Ait Said Samir (14,700), do grego Eleftherios Petrounias (14,700) e do italiano Marco Lodadio (14,700). O brasileiro, apesar da mesma nota dos rivais, ficou à frente por ter a melhor execução do aparelho.

Caio Souza, por sua vez, avançou com a 20ª melhor nota no individual geral. Arthur Nory foi o quarto melhor na barra fixa, com 14,600.

No total, o Brasil soma seis finais individuais, contando também as do feminina. Elas foram todas obtidas por Flávia Saraiva, no individual geral, trave e solo. Trata-se do maior número de finais brasileiras em Mundiais pré-olímpicos da história.

"A classificação da equipe masculina, além da presença assegurada de Flavia Saraiva no Individual Geral para a Olimpíada de Tóquio-2020 é resultado da eficiência do trabalho que a CBG vem fazendo na Ginástica brasileira, que se tornou hoje um dos maiores esporte do país", celebrou Henrique Mota, coordenador geral da CBG.

A seleção brasileira feminina de ginástica artística está fora dos Jogos Olímpicos de Tóquio pela primeira vez desde 2000. Neste sábado, a equipe não teve um bom desempenho no Mundial, perdeu a experiente Jade Barbosa por lesão e acabou ficando na 14ª posição - são 12 as classificadas.

Em Stuttgart, o grupo é formado por Thaís Fidélis, Flavia Saraiva, Lorrane Oliveira, Letícia Costa e a própria Jade. Apenas Flavinha conseguiu vagas nas finais do individual geral (garantindo um lugar para o Brasil na Olimpíada), do solo e da trave. "Eu treinei 12 anos da minha vida e não vou desperdiçar. Todas estarão torcendo por mim e vou lutar até o final", avisou a ginasta, em entrevista ao SporTV.

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As atletas sabiam que não seria fácil, mas a vaga era possível. Só que a seleção perdeu meses atrás sua principal ginasta, Rebeca Andrade. Depois, teve a lesão de Carolyne Pedro e no momento da competição Jade se machucou, desfalcando ainda mais o time. "Na hora que aterrisei na chegada do salto, já senti meu joelho. Já fiz muito pelo Brasil e agora foi um dia que não aconteceu. Tive de ser madura para identificar que não dava para continuar", disse Jade.

Bastante emocionada, ela lamentou a ausência da vaga nos Jogos de Tóquio, mas pediu cabeça erguida para suas companheiras. "A gente não esperava isso. Temos uma equipe incrível, madura, mas não conseguimos vir com ela para cá na Alemanha por causa das lesões. Demos o máximo, tenho orgulho da equipe, e tenho certeza de que as próximas vagas vamos agarrar com toda força", continuou.

A seleção brasileira marcou 157,596 pontos, abaixo da Espanha, que fez 159,021 e ficou com a última vaga olímpica. Nos Jogos Pan-Americanos de Lima, o Brasil ficou com o bronze ao fazer 158,550 (e lá no Peru também não teve Jade, machucada). "Todo mundo trabalhou muito duro, mas não foi um ano fácil. Todas lutaram até o último segundo. Como a gente é uma equipe, não vamos desistir. Não é nossa última Olimpíada e 2024 está aí", explicou Flavinha.

Se de um lado havia tristeza para o Brasil, do outro era muita festa dos norte-americanos. Simone Biles confirmou seu favoritismo, liderou o individual geral e levou o time dos Estados Unidos à primeira posição. Além disso, ela conseguiu completar dois movimentos inéditos e eles serão homologados com seu nome no Código de Pontuação da ginástica artística.

Neste domingo será a vez de a equipe masculina do País tentar sua vaga olímpica no Mundial de Ginástica Artística. Arthur Zanetti, Arthur Nory, Caio Souza, Francisco Barretto e Lucas Bittencourt vão tentar carimbar o passaporte do Brasil para os Jogos de Tóquio.

O Brasil conquistou mais duas medalhas na ginástica artística nos Jogos Pan-Americanos. Chico Barretto fez uma bela exibição no cavalo com alça e ficou com a medalha de ouro. Já Arthur Zanetti não conseguiu ter uma ótima apresentação nas argolas como na prova por equipes e acabou ficando com a prata - atrás do mexicano Fabian de Luna.

Zanetti cometeu alguns pequenos erros e fez 14,400 pontos, bem abaixo dos 15,000 que obteve no último domingo. O rival mexicano ganhou com 14,500. Já Caio Souza foi quarto no mesmo aparelho, com a mesma pontuação do bronze (14,066) do argentino Federico Martín Molinari. Ainda nesta terça-feira, Zanetti ficou em sétimo no saltos (Arthur Nory foi quarto). No feminino, Lorrane Oliveira ficou com a quarta posição e Carolyne Pedro com a sétima.

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Pela primeira vez um atleta brasileiro conquistou o ouro no cavalo com alça. Chico Barretto comentou que fez uma série segura, mas reconheceu que não foi brilhante. Ele lembrou que um atleta trabalha sob pressão, então ele está acostumado a isso, mas o feito mostra que o trabalho está sendo bem feito para que os atletas nacionais melhorem neste aparelho.

"Eu fui campeão nos Jogos Sul-Americanos em Cochabamba (Bolívia) e aqui encontrei alguns atletas que estavam lá e sabia que tinha grande chance de ser finalista. Cavalo é complicado, qualquer vacilo pode escorregar a mão, quedas acontecem e tiram ponto, mas eu venho treinando muito esse aparelho, todos os dias", disse.

Chico participou da equipe que conquistou a medalha de ouro no último domingo, repetindo o feito do Pan de Guadalajara, no México, em 2011. Na segunda-feira, Caio Souza e Arthur Nory foram primeiro e segundo colocados, respectivamente, na disputa do individual geral, outro resultado histórico para a ginástica artística nacional no Pan.

"Meu sonho era ter uma medalha individual e agora veio essa recompensa com essa medalha histórica. O melhor resultado antes era um bronze no cavalo e estou satisfeito. Fiz meu trabalho. Agora vou disputar as provas de barra fixa e paralelas e isso tira 50% do peso agora. Se a medalha vir novamente, será reconhecimento do esforço", continuou.

O Brasil voltou a brilhar na ginástica artística nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, nesta segunda-feira (29). O time nacional faturou uma inédita dobradinha no individual geral masculino, com Caio Souza e Arthur Nory, medalhistas de ouro e prata, respectivamente.

Foi o primeiro pódio brasileiro no individual geral em um Pan. Antes o melhor resultado pertencia justamente a Caio, que obteve o quarto lugar nos Jogos de Toronto-2015. Nesta segunda, ele foi ainda melhor e garantiu a posição mais alta do pódio. E ainda teve a companhia de Nory.

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Caio terminou a disputa, que contou com seis rotações (solo, cavalo, argolas, salto, paralelas e barra fixa), com 83,500 pontos. Ele foi seguido por Nory, que obteve 82,950. O canadense Cory Paterson levou o bronze, com 82,200.

Em relação aos aparelhos, o novo campeão pan-americano anotou 13,600 no solo, 12,950 no cavalo, 14,250 nas argolas, 14,600 no salto, 13,700 nas paralelas e 14,400 na barra fixa. Pela mesma ordem, o medalhista de prata registrou 14,050, 12,950, 13,050, 14,650, 13,850 e 14,400.

Com o resultado, a equipe masculina brasileira ganha confiança para a disputa do Mundial de Stuttgart, em outubro, na Alemanha. A competição vai distribuir nove vagas olímpicas para os Jogos de Tóquio-2020.

Os ginastas brasileiros ainda podem voltar ao pódio nas disputas individuais por aparelhos. Nory vai disputar o maior número de finais: três - solo, barras paralelas e na barra fixa. Caio estará na final das paralelas também e nas argolas, ao lado do compatriota Arthur Zanetti, atual vice-campeão olímpico.

OUTRAS MEDALHAS - A dupla formada por Isabela Abreu e Priscila Santana conquistou o bronze no pentatlo moderno também nesta segunda, em Lima. Na prova por equipes, das modalidades esgrima, natação, hipismo, corrida e tiro esportivo, elas só ficaram atrás dos Estados Unidos e Cuba, medalhistas de ouro e prata.

"Nossa competição foi muito boa. A gente fez a melhor esgrima, fiz bons tempos na natação, no hipismo estava um percurso muito difícil ficamos em terceiro. Na corrida, largarmos na frente, mas as meninas correram melhor e vamos levar essa medalha lindona pra casa", comemorou Isabela Abreu.

O terceiro lugar do pódio também foi obtido pelo Brasil no wakeboard. Mariana Nep levou o bronze, com 62,22 pontos, contra 82,67 da argentina Eugenia de Armas e 79,78 da norte-americana Mary Howell.

No handebol feminino, em que o Brasil é o favorito ao ouro, as brasileiras arrasaram os EUA por 34 a 9 e se garantiram na sexta final consecutiva em um Pan. As rivais da decisão pelo ouro serão as argentinas, na terça-feira.

Com um desempenho melhor que o obtido na classificatória, disputada no último sábado, quando se classificou à final com a quarta colocação, a brasileira Flávia Saraiva conquistou nesta segunda-feira a medalha de bronze na prova do individual geral feminino da ginástica artística dos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru. A ginasta conseguiu repetir a campanha de quatro anos atrás no Pan de Toronto, no Canadá.

Depois da rotações nos quatro aparelhos - solo, saltos, barras assimétricas e trave -, Flávia Saraiva conseguiu somar 54,350 pontos e só ficou atrás da canadense Ellie Black, que faturou o bicampeonato da prova com 55,250, e da norte-americana Riley McCusker, prata com 55,125.

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"A gente faz contas, mas eu foco mais em mim. Eu só gosto de ver o placar no final. Aí deu um alívio. É muito gratificante. Tudo valeu a pena. Gostei da competição, mas sei que posso fazer um pouco mais. Sempre nos cobramos para fazer melhor. A gente gosta de fazer tudo perfeito", disse Flavinha, em entrevista ao SporTV logo após a conquista da medalha de bronze.

Para levar o bronze, a brasileira se superou no solo, na quarta e última rotação a ser realizada na decisão. Ela estava em quarto lugar, atrás da norte-americana Kara Eaker, mas deu um show conseguindo 13,900 pontos, a maior do dia do aparelho, e ultrapassou a rival, que ajudou o seu país a conquistar o título mundial por equipes no ano passado.

Outra brasileira na final desta segunda-feira, Thaís Fidelis obteve 52,700 pontos e manteve a sexta posição da classificatória. "Fico feliz com meu desempenho. As notas não foram tão altas, mas estou satisfeita. Estou feliz", afirmou a ginasta.

Flávia Saraiva ainda volta ao ginásio Villa El Salvador, local das competições de ginástica artística no Pan de Lima, nesta quarta-feira, a partir das 15 horas (de Brasília), para disputar as finais da trave e do solo. Thaís Fidelis também disputa a decisão do solo.

O Brasil encerrou o domingo (28) com mais um ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima. A quarta medalha dourada da delegação brasileira no Peru foi conquistada pela equipe masculina de ginástica artística, liderada por Arthur Zanetti, especialista nas argolas.

O grande feito de Zanetti, Arthur Nory, Francisco Barreto, Caio Souza e Luis Porto melhora o pódio conquistado pela equipe masculina da ginástica artística quatro anos antes, quando o time do Brasil ficou com a prata. A pontuação foi de 250,450 pontos na soma dos seis aparelhos, ficando à frente do Estados Unidos e Canadá, pela ordem.

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No Pan de Guadalajara, em 2011, Zanetti e Barreto participaram da equipe que foi campeã naquela edição. Quatro anos depois, estavam na medalha de prata de 2015, em Toronto. Agora se tornaram bicampeões pan-americanos. A decisão saiu apenas a última nota dos Estados Unidos, depois de muito suspense. Mas não foi suficiente para o time norte-americano virar.

O Brasil também conquistou vagas em 12 finais por aparelhos e individuais. No solo, Zanetti e Nory vão representar o País; no cavalo estará apenas Barreto; nas argolas, Zanetti e Caio Souza; no salto, Luis Porto; nas paralelas, Caio Souza e Nory; na barra fixa, Nory e Barreto; e no individual geral, Nory e Caio Souza.

A conquista da ginástica marcou o quarto ouro brasileiro no Pan, sendo a 13ª medalha do País na competição até agora. Assim, o Brasil termina o dia na quarta colocação no quadro de medalhas. Os Estados Unidos lideram, com 24 pódios, sendo nove de ouro. O México aparece na segunda posição, com 22 medalhas, sendo oito douradas. A delegação colombiana figura no terceiro posto, com 14 medalhas no total, sendo quatro de ouro.

A ginástica artística brasileira brilhou em um dos eventos preparatórios para o Mundial. Neste sábado (16), em Stuttgart, a seleção feminina triunfou na disputa por equipes no DTB Pokal Team, uma importante competição amistosa, contando com ótimas apresentações de Rebeca Andrade.

O time brasileiro conseguiu uma nota final de 164,396 pontos. O segundo lugar ficou com a Rússia (159,496), enquanto a equipe da Holanda foi a terceira colocada (153,763).

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Rebeca Andrade brilhou ao conseguir as melhores notas brasileiras em todos os aparelhos. Foi assim no salto (14,800), nas assimétricas (14,566), na trave (13,433) e no solo (14,133).

"Nós treinamos muito para conseguir esse resultado e eu não falo nem da medalha, falo sobre nós. Temos muita coisa para melhorar, mas o meu orgulho é gigantesco e eu sou muito grata por ter vocês como minha equipe e amigas", escreveu Rebeca em seu perfil no Instagram.

No salto, ainda participaram Flavia Saraiva (14,600) e Carolyne Pedro (13,600). Nas

assimétricas, Jade Barbosa conseguiu 13,300 e Flavia fez 13,266. Na trave, o Brasil também contou com Flavia, que fez 13,033, e Thais Fidélis somou 12,733. Já no solo, Flavia conseguiu 13,666 e Thais obteve 13,266.

O DTB Pokal Team é a primeira competição da equipe brasileira em 2019 e ocorre na mesma cidade - Stuttgart - palco do Mundial de Ginástica Artística desta temporada, que será classificatória para a Olimpíada de Tóquio, em 2020.

O evento prossegue neste domingo na Alemanha com a disputa da final masculina por equipes a partir das 12 horas (de Brasília). No qualificatório, o time brasileiro foi o terceiro colocado.

As seleções masculina e feminina do Brasil fizeram bonito nesta sexta-feira na etapa de Stuttgart da Copa do Mundo de ginástica artística. O destaque do País na etapa alemã foi Arthur Zanetti, que obteve as melhores notas da equipe no solo, no salto e nas argolas, sua especialidade.

Apesar disso, foi o feminino que obteve melhor desempenho coletivo. As meninas do Brasil avançaram às finais em primeiro lugar na fase classificatória. Já o masculino obteve o terceiro lugar geral.

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No feminino, as brasileiras somaram 160,400, com destaque para Rebeca Andrade. Ela obteve a melhor nota no salto (14,600) e na trave (13,950). Jade Barbosa brilhou nas assimétricas (13,650) e Flavia Saraiva se destacou no solo (13,650).

Nas finais femininas, que serão disputadas a partir das 13 horas deste sábado (horário de Brasília), as brasileiras terão a concorrência da Rússia, que ficou em segundo lugar, com 159,250), da França, em terceiro, com 154,550, e da Holanda, quarta colocada na fase qualificatória, com 153,350.

No masculino, o time nacional somou 245,500 pontos e foi liderado pelo campeão olímpico Arthur Zanetti. O medalhista de ouro nas argolas nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 foi o melhor brasileiro no solo (14,350), nas argolas (14,950) e no salto (14,600).

Caio Souza foi o destaque nacional nas barras paralelas (14,400) e barra fixa (13,700), Bernardo Miranda se destacou na barra fixa (13,700) e Francisco Barreto Júnior foi o melhor no cavalo com alça (13,400).

O melhor time na fase classificatória foi a Rússia, com 252,050). Os russos foram seguidos do Japão (249,000), Alemanha (243,700), Itália (239,250), Espanha (236,700) e Turquia (234,550). Também estarão nas finais a equipe B da Alemanha, a França e a Ucrânia. As finais masculinas serão disputadas no domingo, com início marcado para as 12 horas.

No mesmo dia, haverá a etapa da Copa do Mundo All-Around, que conta pontos para o ranking olímpico e que dá vagas para a Olimpíada de Tóquio-2020. O Brasil será representado no feminino por Carolyne Pedro.

A etapa de Stuttgart, contudo, não conta pontos para a classificação olímpica no geral. A vaga será definida no Mundial, também a ser disputado na cidade alemã, em outubro.

Atual vice-campeão mundial e olímpico, o ginasta Arthur Zanetti decidiu iniciar o ano antes do habitual. Depois de participar de um camping no Rio até o final do mês, juntamente com o restante da seleção brasileira, ele vai competir nos Estados Unidos e na Austrália, em torneios que não fizeram parte de sua rotina nos anos anteriores. Duas razões justificaram a mudança: ele pretende modificar sua série nas argolas e terá pela frente a disputa pela vaga nos Jogos de Tóquio no Mundial de Stuttgart, na Alemanha, em outubro.

"Este é o ano mais importante do ciclo olímpico para a ginástica", afirma o campeão olímpico das argolas nos Jogos de Londres, em 2012. "Vamos buscar a vaga para os Jogos de Tóquio no Mundial de Stuttgart", afirmou ao Estado.

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No dia 5 de fevereiro, ele viaja para Houston, nos Estados Unidos. De lá, o ginasta vai para a Austrália no dia 15 para a etapa de Melbourne da Copa do Mundo. Em seguida, embarca com a seleção para a Alemanha para a disputa da DTB Cup.

Os dois primeiros torneios, que não fizeram parte da programação do atleta nos últimos anos, representam uma forma simbólica de dizer aos concorrentes que o ano já começou. "Melbourne é uma Copa do Mundo nova, que eu nunca fiz. Optei por competir lá para mostrar que já estamos iniciando o ano e estaremos fortes. Será um ano bem importante."

Zanetti está treinando novos elementos para aumentar a nota de dificuldade de sua série. Mas faz certo mistério. "Estou treinando, mas não vou mostrar nas primeiras apresentações. Provavelmente no Pan", diz o ginasta de 28 anos.

Os Jogos Pan-Americanos de Lima, no mês de julho, serão uma espécie de preparação para o Mundial na Alemanha, o principal torneio da temporada, pois vale vaga para os Jogos de Tóquio. Nove lugares estarão em disputa - China, Japão e Rússia estão classificados. No Rio-2016, o Brasil conseguiu levar uma equipe completa com a ginástica masculina à final olímpica pela primeira vez na sua história.

O Pan será uma espécie de termômetro. Arthur Zanetti afirma que o time tem de estar bem alinhado, em provavelmente 90% da performance. "Como terminamos em sexto no Mundial de 2018, temos ao menos que manter essa colocação", afirma o treinador Marcos Goto. "Conquistada a vaga olímpica, iremos buscar o maior número possível de finais e medalhas. Com isso, teremos uma ideia dos atletas que vão brigar por medalhas em 2020", avalia.

CAMPING - O primeiro passo da temporada é o período de testes médicos e técnicos para 17 ginastas das categorias adulto e juvenil no Parque Olímpico do Rio. Além dos treinos diários, a programação conta ainda com palestras sobre diferentes temas como o programa de prevenção e combate ao assédio no esporte e a arbitragem. O treino é também um momento de integração entre jovens e adultos.

"Esse primeiro treino está sendo bem produtivo, com bastante gente. O mais bacana é termos os atletas do juvenil. É importante para eles olharem o treino do adulto, um pouco mais pesado na preparação física", compara Zanetti.

Rebeca Andrade brilhou neste sábado no primeiro dia de finais da etapa de Cottbus da Copa do Mundo de Aparelhos, realizada em Cottbus. A brasileira subiu duas vezes ao pódio na Alemanha, tendo conquistado a medalha de ouro na disputa do salto e a prata na competição das barras paralelas assimétricas.

Na disputa do salto, Rebeca Andrade conseguiu a nota 14,866. Depois, em seu segundo salto, obteve 14,591, assegurando o ouro com a média 14,728. A norte-americana Jade Carey foi a segunda colocada, com 14,516 pontos. E a indiana Dipa Karmakar, com 14,316, completou o pódio, em terceiro lugar. A brasileira Jade Barbosa também participou da final, sendo a sétima colocada, com 13,983 pontos.

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Já nas barras assimétricas, Rebeca foi a medalhista de prata, com 14,500 pontos. O ouro foi conquistado pela belga Nina Derwael, com 15,100 pontos. E a chinesa Lyu Jiaqi, com 14,433 pontos, levou o bronze.

A Copa do Mundo de Aparelhos prossegue neste domingo em Cottbus. Quatro ginastas brasileiros vão competir, com Flavia Saraiva e Jade Barbosa participando da final do solo. Rebeca Andrade e Flavia vão competir na trave e Arthur Nory estará presente na final da barra fixa. As finais estão agendadas para começar às 11 horas (de Brasília).

A Copa do Mundo de aparelhos é uma novidade no calendário da Federação Internacional de Ginástica, sendo que a etapa de Cottbus é a primeira das oito previstas para serem disputadas até 2020.

De seus 29 anos, 21 foram praticando esportes. Laís Souza começou a treinar ginástica artística aos quatro. Naquela época, não sabia ao certo qual modalidade a encantava, mas pediu para sua mãe um teste de presente de aniversário. Com o passar do tempo, descobriu: a liberdade a seduzia. Hoje, perto de completar cinco anos desde o acidente que a deixou tetraplégica, a paulista tem convicção de que essa é sua maior saudade: "Sinto falta de me sentir livre".

Para ela, as inúmeras horas de treino eram recompensadas com esse sentimento. A liberdade de dar um mortal no ar e fazer uma acrobacia. Atualmente, seu maior avanço também envolve essa mesma sensação. "Eu consegui ficar sentada sozinha, apoiada nos braços. Fiquei muito feliz porque é uma posição em que me sinto independente", analisou.

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A ex-atleta largou a ginástica depois de passar por cerca de 13 cirurgias para corrigir lesões. Ficou um tempo longe do esporte, mas não durou muito: encontrou no esqui aéreo a possibilidade de voltar a sentir a adrenalina e, de novo, a liberdade que sempre prezou. Uma semana antes da Olimpíada de Sochi, na Rússia, Laís desceu a montanha de Park City, nos Estados Unidos. A pedido de seu técnico, não fez manobras para não correr riscos.

"Eu olhei para trás para falar com a Josi Santos", relembrou. "Vem devagar porque está muito rápido, está escorregando muito", alertou a amiga antes de voltar a olhar para a frente. Depois disso, um apagão. Acordou no chão, já sem conseguir se mover e sem saber ao certo com o que tinha se chocado. Mas também, pouco importa. Laís tem consciência de que não tem como voltar para trás. "O que eu entendi é que não tem uma outra forma: ou eu encaro e tento ser feliz ou a gente para por aqui", observou.

Como desistir nunca foi uma opção, não seria agora. Mas se engana quem pensa que foi fácil. Mesmo com os médicos explicando a sua situação, ela custou a acreditar. "Não caiu a ficha, eu fui percebendo o que estava acontecendo porque fazia toda força do mundo e não conseguia mover um dedinho", contou a ex-atleta.

Chorou e questionou durante meses até perceber que a solução é ver as coisas pelo lado positivo. "Eu comemoro o fator de ter sobrevivido", disse.

Ela deixou a cidade de São Paulo, se mudou para a praia de Itaparica, no Espírito Santo, e passou a dar valor para coisas que não dava antes. Formou uma pequena família com sua namorada Paula, quem carinhosamente chama de "mulher", um gato e um cachorro. Além, é claro, dos dois cuidadores que se revezam. Para ela, essa está sendo a parte mais difícil da adaptação: ter sempre alguém ali, no meio.

"Neste corpo novo que o acidente me deu de herança, nem xixi e cocô eu consigo fazer sozinha. Qualquer coisa que tenho que fazer hoje eu preciso de alguém comigo", descreveu. "Espera só um minutinho. Você puxa meu pé por favor? Ele está caído. Deixa igual o outro, em baixo da perna", pediu, antes de retomar o raciocínio.

ACEITAÇÃO - Quase cinco anos depois, a ex-ginasta ainda está no processo de aceitação. Quando acha que já passou por tudo, aparece alguma outra coisa e mostra que ainda tem muito mais para aprender. Até os sonhos dessa nova Laís mudaram. "No começo foi ficar em pé, voltar a andar. Depois, com o amadurecimento tanto meu quanto do meu físico, eu fui entendendo que tinha que correr atrás de outras coisas", explicou.

Laís continua querendo andar. Mais que isso, tem fé que isso vai acontecer. Mas, no momento, a sua preocupação é outra: a questão financeira aliada ao envelhecimento. Além de querer ter filhos, os gastos já são bem altos. "Esse é meu maior medo. Não é fácil, são R$ 2 mil de sonda por mês só para fazer xixi, imagina mais para frente e com todos os custos restantes", refletiu.

A ex-ginasta recebe uma ajuda do governo, tem um patrocinador e dá palestras. Depois do acidente, pensou em voltar a praticar algum esporte, mas não se apaixonou por nenhum a ponto de entrar de cabeça. "Eu não fechei essa porta, mas a princípio tem outras coisas que eu venho me apaixonando", revelou.

Isso inclui ler livros, ficar com seus bichos, cuidar mais de sua alimentação, amar, dividir. Seja com sua namorada, seus familiares ou seus seguidores. Entre as mudanças que a doença trouxe, Laís passou a ouvir mais e falar menos. Ainda assim, compartilha com 597 mil seguidores no Instagram os passos dessa caminhada.

"Às vezes eu percebo que o dia está difícil, aí abro as redes sociais e vejo recado das pessoas com problemas maiores que o meu, dificuldades maiores que as minhas e isso me ajuda a continuar", refletiu a ex-ginasta. Fica aí a lição.

Na última quarta-feira, 25 de julho, as meninas da ginástica artística conquistaram o bicampeonato da modalidade nos Jogos Regionais, em Ilha Bela, após ganharem 21 medalhas no total, ficando em primeiro no geral. Só no dia de hoje foram 15 conquistadas sendo 6 de ouro, 5 de prata e 4 de bronze.

As ginastas Júlia Lorena, Isabely Ribeiro e Julia Altemari foram os destaques da competição e ficaram com o ouro, prata e bronze respectivamente na trave, solo e no individual geral. Julia Lorena e Isabely ainda foram ouro e prata no salto.

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Nas paralelas, a ordem do pódio, que foi todo de Guarulhos, teve Júlia Lorena em primeiro, Bianca Felizardo em segundo e Isabely na terceira posição. Para fechar, o município ficou com o primeiro lugar por equipe.

O desempenho deste ano superou o número de medalhas da edição passada dos Regionais. Em 2017, quando também foi campeã, a equipe de Guarulhos conquistou 16 medalhas, quatro a menos do que nesta edição.

Acusado de abusar sexualmente de ginastas, o ex-técnico da seleção brasileira Fernando de Carvalho Lopes disse ser a pessoa mais interessada em falar a respeito das denúncias. Ele aguarda a intimação para comparecer à Delegacia da Mulher, do Adolescente e da Criança de São Bernardo do Campo (SP), onde corre desde 2016 inquérito para investigar o caso.

O ex-treinador do Mesc (Movimento de Expansão Social Católica), clube particular onde teria ocorrido os abusos, também foi convocado a prestar depoimento tanto na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instalada no Senado que investiga crimes relacionados a maus-tratos a crianças e adolescentes no Brasil quanto na audiência pública que pretende debater o escândalo relacionado à ginástica artística que veio à tona no último dia 29 de abril em reportagem do Fantástico, da TV Globo.

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"É a oportunidade de falar e temos muita coisa para falar. Mas tudo no seu momento", afirmou Fernando de Carvalho Lopes ao jornal Diário do Grande ABC. Antes de comparecer aos eventos em Brasília, ele quer falar primeiro com a delegada Teresa Alves de Mesquita Gurian, que conduz o inquérito policial. Ela já havia informado que o acusado seria a última pessoa a prestar depoimento.

"Vou atender tudo o que for necessário. Mas a ideia é que marquem depois e primeiro que eu preste contas na delegacia. Sou quem mais quer falar. Não adianta colocar a carroça à frente dos burros. Hoje a primeira pessoa a quem vejo necessidade de prestar conta é a delegada. Sou inocente", alegou Fernando de Carvalho Lopes.

ENTENDA O CASO - Ao todo, 40 ginastas e ex-ginastas afirmaram que foram vítimas de abusos sexuais praticados por Fernando de Carvalho Lopes entre 1999 e 2016, quando ele era técnico do Mesc, clube do qual se encontra afastado de todas as funções desde que as denúncias vieram à tona. O processo foi aberto em junho de 2016. Até agora, 23 pessoas já foram ouvidas na delegacia, entre vítimas e testemunhas.

Na semana passada foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa dos pais do treinador, onde ele também reside atualmente, em São Bernardo do Campo. Foram recolhidos CDs, DVDs, pen drives, HD externo e fita cassete. A polícia não divulgou o conteúdo do material.

O Conselho Tutelar de São Bernardo do Campo já sugeriu ao Ministério Público que Fernando não trabalhe mais com crianças ou adolescentes. Ele também poderá ser exonerado da Prefeitura de Diadema (é concursado) e perder o seu registro no Conselho Regional de Educação Física - existe um processo que corre em sigilo desde 2016.

Ainda há desdobramentos na esfera esportiva. Algumas vítimas querem que o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) da modalidade apure o caso para eventualmente banir o treinador do esporte. No COB (Comitê Olímpico do Brasil), a Comissão de Atletas encaminhou uma representação ao Conselho de Ética da entidade pedindo esclarecimentos sobre a responsabilidade da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) e do técnico Marcos Goto, coordenador de seleções, no caso - Goto é acusado de omissão, por supostamente ter conhecimento da história e não tomar providências.

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