Tópicos | Fernando de Carvalho Lopes

O ex-técnico da seleção brasileira masculina de ginástica artística, Fernando de Carvalho Lopes, foi condenado a 109 anos e oito meses de prisão por estupro de vulnerável contra quatro vítimas, em julgamento na 2ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo. A decisão é em primeira instância e cabe recurso. A informação foi originalmente publicada pelo GE e confirmada pelo Estadão.

Fernando de Carvalho Lopes foi denunciado no Ministério Público nos artigos 217-A (estupro de vulnerável) e 226 inciso II (agravante pela relação de poder em relação às vítimas). A defesa irá recorrer no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Após a segunda instância, caberá ainda a apelação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Superior Tribunal Federal (STF). O processo corre em segredo de justiça.

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O ex-treinador passou a ser alvo de investigação do Ministério Público Estadual de São Paulo em 2018 por supostos abusos sexuais cometidos contra meninos menores de idade, entre os anos de 1999 e 2016. A denúncia foi feita no programa Fantástico, da TV Globo, em abril do ano passado.

De acordo com a reportagem, Fernando de Carvalho Lopes teria cometido os abusos sexuais durante vários anos em treinos, testes físicos e ainda em viagens com vários atletas. A polícia passou a investigar o caso a partir da denúncia de um garoto de 13, identificado como a primeira vítima a relatar o fato.

Por conta de uma denúncia de abuso sexual que Fernando de Carvalho Lopes foi afastado da seleção brasileira da modalidade um mês antes do início dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. O treinador sempre trabalhou com as categorias de base, começou no vôlei e mudou para a ginástica.

Os atletas acusam o treinador de ter se aproveitado da pouca idade e da falta de conhecimento técnico. Segundo eles, o treinador os tocava em suas partes íntimas constantemente. Campeão pan-americano por equipes com a seleção brasileira em Guadalajara, no México, em 2011, Pétrix Barbosa, hoje com 26 anos, foi um dos que confirmou os abusos e contou que chegou "a acordar com a mão de Fernando dentro da minha calça". Posteriormente, outros atletas vieram a público e denunciaram o treinador por abuso sexual.

Em 2019, Fernando foi banido do esporte após receber sentença de forma unânime pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), além de uma multa no valor de R$ 1,6 milhão. Um ano antes, ele já havia sido condenado pela Primeira Comissão do STJD da ginástica, em Brasília, a quase quatro anos de suspensão, além de ter recebido uma multa de R$ 300 mil.

Acusado de abusar sexualmente de ginastas, o ex-técnico da seleção brasileira Fernando de Carvalho Lopes disse ser a pessoa mais interessada em falar a respeito das denúncias. Ele aguarda a intimação para comparecer à Delegacia da Mulher, do Adolescente e da Criança de São Bernardo do Campo (SP), onde corre desde 2016 inquérito para investigar o caso.

O ex-treinador do Mesc (Movimento de Expansão Social Católica), clube particular onde teria ocorrido os abusos, também foi convocado a prestar depoimento tanto na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instalada no Senado que investiga crimes relacionados a maus-tratos a crianças e adolescentes no Brasil quanto na audiência pública que pretende debater o escândalo relacionado à ginástica artística que veio à tona no último dia 29 de abril em reportagem do Fantástico, da TV Globo.

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"É a oportunidade de falar e temos muita coisa para falar. Mas tudo no seu momento", afirmou Fernando de Carvalho Lopes ao jornal Diário do Grande ABC. Antes de comparecer aos eventos em Brasília, ele quer falar primeiro com a delegada Teresa Alves de Mesquita Gurian, que conduz o inquérito policial. Ela já havia informado que o acusado seria a última pessoa a prestar depoimento.

"Vou atender tudo o que for necessário. Mas a ideia é que marquem depois e primeiro que eu preste contas na delegacia. Sou quem mais quer falar. Não adianta colocar a carroça à frente dos burros. Hoje a primeira pessoa a quem vejo necessidade de prestar conta é a delegada. Sou inocente", alegou Fernando de Carvalho Lopes.

ENTENDA O CASO - Ao todo, 40 ginastas e ex-ginastas afirmaram que foram vítimas de abusos sexuais praticados por Fernando de Carvalho Lopes entre 1999 e 2016, quando ele era técnico do Mesc, clube do qual se encontra afastado de todas as funções desde que as denúncias vieram à tona. O processo foi aberto em junho de 2016. Até agora, 23 pessoas já foram ouvidas na delegacia, entre vítimas e testemunhas.

Na semana passada foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa dos pais do treinador, onde ele também reside atualmente, em São Bernardo do Campo. Foram recolhidos CDs, DVDs, pen drives, HD externo e fita cassete. A polícia não divulgou o conteúdo do material.

O Conselho Tutelar de São Bernardo do Campo já sugeriu ao Ministério Público que Fernando não trabalhe mais com crianças ou adolescentes. Ele também poderá ser exonerado da Prefeitura de Diadema (é concursado) e perder o seu registro no Conselho Regional de Educação Física - existe um processo que corre em sigilo desde 2016.

Ainda há desdobramentos na esfera esportiva. Algumas vítimas querem que o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) da modalidade apure o caso para eventualmente banir o treinador do esporte. No COB (Comitê Olímpico do Brasil), a Comissão de Atletas encaminhou uma representação ao Conselho de Ética da entidade pedindo esclarecimentos sobre a responsabilidade da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) e do técnico Marcos Goto, coordenador de seleções, no caso - Goto é acusado de omissão, por supostamente ter conhecimento da história e não tomar providências.

Recentemente, um grande escândalo sexual do meio esportivo veio à tona. O treinador de ginástica artística Fernando de Carvalho Lopes foi denunciado por mais de 40 atletas e ex-atletas de abuso sexual. Mas os escândalos sexuais não são acontecimentos recentes, vários casos já foram relatados ao decorrer dos anos. 

Em 2016, o ex-médico da seleção americana de ginástica, Larry Nassar, foi acusado de abusar sexualmente cerca de 260 mulheres. A maioria, menores de idade na época. Entre as acusadoras, estão as campeãs olímpicas Gabby Douglas e Simone Biles. Nassar foi julgado e assumiu ser culpado de vários casos de assésio e também de portar conteúdo de pornografia infantil. O ex-médico foi condenado a mais de 100 anos de prisão. 

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Em abril deste ano, outra denúncia agitou o mundo esportivo. Jogadores das divisões de base do Independiente, da Argentina, eram aliciados para fazer programas, além de sofrer abusos sexuais. A revelação veio à tona quando uma das vítimas, em uma conversa com a psicóloga do clube, contou o caso. Dias depois, uma médica que trabalhou no River Plate também denunciou esquemas parecidos no clube. O caso ainda corre na justiça. Até o momento, cinco pessoas já foram presas. 

Em 2015, o atacante Benzema foi indiciado por cumplicidade em tentativa de extorsão e associação ao crime, depois de ser considerado envolvido em um caso de chantagem a Valbuena por causa de uma existência de um vídeo íntimo. Valbuena denunciou o companheiro de equipe. Ambos atletas ficaram de fora da convocação para os amistosos da Seleção Francesa contra a Alemanha e Inglaterra. 

Em 2008, a nadadora pernambucana Joanna Maranhão revelou ter sido molestada sexualmente pelo seu treinador, Eugenio Miranda, quando tinha apenas nove anos. Joanna chegou a processar o ex-técnico e ganhar a causa, contudo, o crime já havia prescrevido e por isso, o abusador não foi preso. Depois do acontecido, o Senado Federal aprovou um projeto de lei alterando o Código Penal Brasileiro. O prazo de prescrição começa a contar a partir do momento em que a vítima completa 18 anos, e não mais do momento do crime. O projeto, denominado Lei Joanna Maranhão, foi aprovado em 2012. 

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Atletas e ex-atletas da ginástica que não quiseram se identificar fizeram novas denúncias contra Fernando de Carvalho Lopes, ex-técnico da seleção brasileira masculina de ginástica artística. Desta vez, eles afirmaram que o treinador filmava e fotografava crianças nuas.

A informações mais recentes foram divulgadas domingo no programa Fantástico, da Globo. Os depoimentos fazem parte da investigação do Ministério Público que corre em segredo na Justiça desde 2016. Segundo as apurações, cerca de 40 atletas e ex-atletas foram abusados sexualmente por Fernando de Carvalho em crimes que aconteceram entre 1999 e 2016.

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"Ele pegou meu celular, abaixou meu shorts e fotografou", revelou uma das vítimas. "Ele fotografou meu pênis enquanto estava dormindo. Ele abusou de mim. Ele fez isso achando que eu não estava percebendo", prosseguiu.

O ex-atleta contou que na época do abuso ele tinha dez anos. "Ele colocava a câmera dele para carregar no vestiário e na casa dele também. Até que teve uma vez que eu saí do banho e fui ver. E realmente estava gravando e carregando. Aí fechei a câmera e saí do banheiro", declarou.

Outro ex-atleta confirmou. "Ele falava que estava carregando, mas ficava filmando a gente", disse. Ele informou que também descobriu que estava sendo filmado e conseguiu apagar a gravação em que aparecia. Ainda declarou que o treinador tocava suas partes íntimas durante o treinamento.

O ex-atleta relembrou um dos episódios, quando tinha 11 anos. "Falei para ele: 'Bati meu pênis na barra e está doendo'. Ele falou que ia procurar uma pomada para passar. E disse: 'vamos para o hotel que lá a gente vê o que faz'. E lá começou a me manipular. Pegou o chuveirinho, começou a lavar. Não gostei, porque ele não quis me levar ao médico", prosseguiu.

Na época, o garoto não teve coragem de contar para os pais o que estava acontecendo e pensou que a culpa dos abusos fosse dele. Desde 2016, 22 pessoas prestaram depoimentos para os promotores que investigam o caso. Pelo menos quatro delas falaram das fotos e dos vídeos feitos no banheiro.

Na sexta-feira, a polícia foi à casa de Fernando de Carvalho e apreendeu CDs, DVDs, Pen Drives, fita cassete e um HD externo. Todo o material vai passar por perícia. Na última segunda-feira, o Clube Mesc, de São Bernardo do Campo, afastou o então treinador do cargo que ocupou por 20 anos.

Ainda não há data para o julgamento do caso. A pena prevista em lei para esse tipo de crime é de 4 a 8 anos de reclusão para cada criança que foi vítima. Na última semana, o treinador negou todas as acusações e afirmou que "tem a consciência tranquila" e que quem o acusa "vai ter que provar na justiça".

A delegada Teresa Alves de Mesquita Gurian, da Delegacia da Mulher, da Criança e do Adolescente, de São Bernardo do Campo (SP), responsável pelo inquérito que apura supostos casos de abuso sexual praticados pelo ex-treinador da seleção de ginástica Fernando de Carvalho Lopes, afirmou nesta quinta-feira (3) que ele será a última pessoa a prestar depoimento antes da conclusão do caso.

Na última quarta-feira (2), chegou-se a noticiar que Fernando de Carvalho Lopes não teria comparecido à delegacia, onde daria o seu testemunho, por alegar que já possuía uma consulta médica marcada. A delegada desmentiu tal informação. "Como, se ele não foi ainda intimado?", indagou.

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Como o processo, aberto em 2016 após denúncia de um atleta menor de idade, corre em segredo de Justiça, ela disse que não poderia revelar quando pretende ouvir o ex-treinador, mas deixou claro que nem ele nem outros personagens citados na história estiveram na delegacia até agora. Entre eles, o coordenador técnico da seleção, Marcos Goto, e a psicóloga Thais Coppini, que trabalhava com atletas no Mesc (Movimento da Expansão Social Católica), clube particular de São Bernardo do Campo onde Fernando de Carvalho Lopes fez carreira e, segundo as vítimas, teriam ocorrido os abuso relatados na reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, que foi ao ar no último domingo.

"Todos os mencionados precisam ser chamados", reiterou a delegada, para em seguida explicar por que Fernando de Carvalho Lopes ainda não foi ouvido. "Antes de falar, ele precisa saber tudo o que está sendo dito contra ele. Então, quando ele vier, eu vou dizer ‘olha, Fernando, a vítima tal falou isso, isso e aquilo. O que você tem a dizer? Já essa outra vítima relatou que você fez isso. O que pode dizer a respeito?’. Por isso, ele será a última oitiva do caso", afirmou.

Atualmente, o processo se encontra no Fórum de São Bernardo do Campo. Teresa Alves de Mesquita Gurian acredita que o receberá de volta entre esta sexta-feira e a próxima segunda. Da data do recebimento, ela terá 30 dias para concluir o inquérito e entregá-lo à Promotoria. "Quero fazer isso o quanto antes", disse a delegada ao receber a reportagem no 1.º D.P. da cidade, no bairro de Baeta Neves, nesta quinta-feira.

Do que lhe foi relatado até agora, ela citou duas questões que aparecem em todos os testemunhos: as vítimas relatam "toques inapropriados" de Fernando de Carvalho Lopes durante a explanação de como deveriam executar determinados movimentos e o costume do treinador de observá-los enquanto tomavam banho.

A delegada também não revelou quantas testemunhas prestaram depoimento até agora, mas que, depois da denúncia ter ido ao ar no último domingo, não houve procura maior de gente se sentindo encorajada a falar. "É um assunto muito complexo. Nem todo mundo quer se expor", ponderou.

Por fim, Teresa Alves de Mesquita Gurian mencionou que cada situação requer uma análise à parte para se averiguar caso algum suposto crime já tenha prescrito. E citou a Lei Joanna Maranhão, de 2012, que alterou as regras sobre a prescrição do crime de pedofilia e também o estupro e o atentado violento ao pudor praticados contra crianças e adolescentes. Até então, o tempo era calculado a partir da prática do crime.

Desde maio daquele ano, a contagem se inicia na data em que a vítima fizer 18 anos, caso o Ministério Público não tenha antes aberto ação penal contra o agressor.

O clube Mesc, de São Bernardo do Campo, afastou nesta segunda-feira o técnico Fernando de Carvalho Lopes. A instituição emitiu nota em seu site oficial e informou que a decisão foi tomada após denúncias de que ele teria abusado de ao menos 40 jovens ginastas.

"Considerando a gravidade das acusações que recaem sobre o colaborador Fernando de Carvalho Lopes, veiculadas pela mídia na data de ontem, o clube MESC, por meio de sua administração, resolveu reforçar as cautelas anteriormente adotadas e determinou o afastamento do colaborador em questão de todas suas atividades nas dependências do Clube, até o final da apuração dos fatos pelas autoridades competentes. Reiteramos nosso compromisso com a segurança e bem-estar de nossos associados e visitantes", publicou o clube.

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A denúncia foi feita na edição de domingo do programa Fantástico, da Globo. O treinador negou todas as acusações e afirmou que "tem a consciência tranquila" e que quem o acusa "vai ter que provar na justiça".

De acordo com a reportagem, Fernando de Carvalho Lopes teria cometido os abusos sexuais durante vários anos em treinos, testes físicos e ainda em viagens com vários atletas. A polícia passou a investigar o caso a partir da denúncia de um garoto de 13 anos, identificado como a primeira vítima a relatar o fato.

Fernando de Carvalho Lopes já havia sido afastado da seleção brasileira da modalidade um mês antes do início dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, quando surgiram as primeiras acusações. O treinador sempre trabalhou com as categorias de base, começou no vôlei e mudou para a ginástica.

O Mesc explicou que não havia afastado o treinador anteriormente por falta de provas. Mas que sempre se preocupou com a situação, tanto é que mudou sua atividade dentro do clube. "Há dois anos, quando do surgimento das primeiras acusações, o Sr. Fernando de Carvalho Lopes foi de imediato e, por cautela, transferido para serviços administrativos, não mantendo desde então qualquer contato direto com atletas e alunos da ginástica", escreveu.

Também informou que a administração do clube nunca havia recebido nenhuma reclamação sobre o treinador durante os 20 anos em que faz parte do quadro de funcionários. Por fim, avisou que "jamais foi ou será conivente com qualquer tipo de conduta indevida ou criminosa, e assim continuará, sempre prestando serviços de qualidade aos associados e cidadãos do ABC", finalizou.

Fernando de Carvalho Lopes, ex-técnico da seleção brasileira masculina de ginástica artística e atualmente funcionário do Clube Movimento de Expansão Social Católica (Mesc), de São Bernardo do Campo, é alvo de investigação do Ministério Público Estadual de São Paulo por supostos abusos sexuais cometidos contra meninos, menores de idade, durante os últimos anos.

A denúncia foi feita na edição deste domingo do programa Fantástico, da Globo. O treinador negou todas as acusações e afirmou que "tem a consciência tranquila" e que quem o acusa "vai ter que provar na justiça".

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De acordo com a reportagem, Fernando de Carvalho Lopes teria cometido os abusos sexuais durante vários anos em treinos, testes físicos e ainda em viagens com vários atletas. A polícia passou a investigar o caso a partir da denúncia de um garoto de 13 anos, identificado como a primeira vítima a relatar o fato.

Segundo a investigação, esse menino procurou os pais, que fizeram a denúncia. "Ele tocava os órgãos sexuais das crianças", disse a mãe do garoto, que não foi identificada. A segunda vítima que procurou a polícia também é um menino, de 12 anos. Segundo sua mãe, "(Fernando) pedia para olhar o órgão sexual das crianças".

Foi por conta de uma denúncia de abuso sexual que Fernando de Carvalho Lopes foi afastado da seleção brasileira da modalidade um mês antes do início dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. O treinador sempre trabalhou com as categorias de base, começou no vôlei e mudou para a ginástica.

Os atletas acusam o treinador de ter se aproveitado da pouca idade e da falta de conhecimento técnico. Segundo eles, o treinador os tocava em suas partes íntimas constantemente. Campeão pan-americano por equipes com a seleção brasileira em Guadalajara, no México, en 2011, Pétrix Barbosa, hoje com 26 anos, confirmou os abusos. "Fernando foi meu primeiro técnico, o Mesc foi meu primeiro clube, onde comecei a ginástica. Essa pressão psicológica num moleque de 10, 11 anos... Banho junto, me espiar... Já acordei com ele, não sei quantas vezes, com a mão dentro da minha calça."

"Ele sempre perguntava como estava o nosso desenvolvimento. Ele precisava acompanhar o nosso crescimento para poder mudar o treino. E ele pedia para mostrar o pênis", disse.

Em condição de anonimato, outros atletas acusaram Fernando e afirmaram que os abusos eram cometidos na hora do banho, dentro de saunas e banheiros. De acordo com a reportagem, pelo menos 40 atletas e ex-atletas confirmaram que ou foram abusados ou sabiam dos casos, que são investigados pela polícia e pelo Ministério Público há pelo menos dois anos.

OUTRO LADO - Procurado, Fernando se defendeu e disse que vai procurar reparação judicial. "Nunca fui um técnico legal, sempre fui muito rigoroso, eu me achava mais do que um técnico e meu erro pode ter sido confundir o papel de treinador com o de um pai, um amigo. Eu não tenho o que falar (sobre as acusações de abuso sexual). Eles vão ter que provar na Justiça. Estou com a minha consciência tranquila", afirmou.

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