O total de desligamentos da Gol, somando demissões decididas pela empresa, pedidos voluntários de demissão e de licenças não remuneradas, é de 205 profissionais. Segundo a própria companhia aérea, 131 funcionários foram demitidos nesta segunda-feira, 28 pediram demissão e outros 46 aderiram ao programa de licença remunerada lançado em março.
"Ao longo das últimas semanas houve 46 adesões à licença não remunerada e 28 pedidos voluntários de desligamento. Com isso foi possível reduzir para 131 o número de demissões efetivadas hoje. A medida garante um quadro de tripulantes condizente com as necessidades operacionais", diz a empresa em nota. De acordo com a assessoria de imprensa da companhia aérea, "estão encerradas as demissões de pilotos e comissários".
##RECOMENDA##Segundo fonte ouvida mais cedo pela Agência Estado, porém, 100 comandantes e copilotos e 160 comissários de bordo foram convocados para a reunião de hoje que selou as demissões. Os nomes desses funcionários já não apareceriam nas próximas escalas de voos. A fonte não informou, no entanto, por que as demissões de todos os convocados não foram concretizadas.
Ainda de acordo com o texto, a Gol "reforça que não deixará de atender a nenhum dos 63 destinos nacionais e 13 internacionais que compõem sua malha". A companhia afirma que "o que está em curso é uma redução de frequências".
Na semana passada, após a publicação de seu balanço financeiro, no qual apresentou prejuízo de cerca de R$ 700 milhões em 2011, o presidente da empresa, Constantino de Oliveira Junior, anunciou que estão sendo eliminados entre 80 e 100 voos diários (essa revisão da malha teve início em março e deve ser concluída neste mês). O número equivale a 8% dos voos diários totais da Gol e da WebJet. Na ocasião, o executivo disse que os cortes de pilotos e comissários são necessários em razão desse ajuste na malha, que têm como principal objetivo reduzir custos.