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Eram aproximadamente 18h48 do dia 17 de julho de 2007 quando o Airbus A320 da TAM [hoje Latam], que vinha do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, tentou pousar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A pista estava molhada e, por causa de uma reforma recente, ainda estava sem grooving, que são as ranhuras que facilitam a frenagem do avião. A manobra para o pouso não foi bem sucedida: o Airbus acabou atravessando a pista e batendo em um prédio de cargas da própria companhia, que ficava em frente ao aeroporto paulistano. Com o choque, o avião acabou explodindo e pegando fogo. Aquele acidente, que hoje (17) completa 15 anos, provocou a morte de 199 pessoas, 12 delas em solo.

Passados 15 anos, ninguém foi responsabilizado ou cumpriu pena pelo acidente. Em 2015, a Justiça Federal acabou absolvendo a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu, o então vice-presidente de operações da TAM, Alberto Fajerman, e o diretor de Segurança de Voo da empresa na época, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, que haviam sido denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por “atentado contra a segurança de transporte aéreo”, na modalidade culposa. Para a Justiça, os réus não agiram com dolo (intenção).

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Há anos, a falta de punições pelo acidente se tornou uma marca profunda para as famílias das vítimas. Isso é o que contou o jornalista Roberto Corrêa Gomes, 66 anos, que perdeu o irmão Mário Corrêa Gomes no acidente. “Os punidos maiores foram as vítimas que morreram e os condenados foram seus familiares, que ficaram sem seus entes queridos e não viram justiça”, falou ele, em entrevista à Agência Brasil.

Seu irmão Mário tinha 49 anos na época e era um empresário gaúcho do ramo publicitário, divorciado e sem filhos. “Ele era um jovem empresário gaúcho, muito bem-sucedido, muito premiado no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Ele só tinha cursado o ginásio [atualmente o fundamental]. Mas ele era brilhante, muito inteligente. Ele tinha ideias revolucionárias”, contou Roberto. “Éramos uma família de sete irmãos. Nossa mãe tinha falecido um ano antes, em 2006”.

No dia do acidente, Gomes estava em sua residência, em Porto Alegre, trabalhando. E a primeira informação que recebeu sobre a queda do avião chegou pela TV, em casa. “Naquele dia estavam acontecendo os Jogos Pan-americanos no Rio de Janeiro. E eu estava no meu escritório e ouvi uma chamada, na TV Bandeirantes, de que iriam entregar medalhas para alguns atletas brasileiros. E eu pensei ‘vou ver nossa gurizada ganhar medalhas’. Parei a matéria que estava escrevendo e fui para o quarto ao lado, que é a minha sala de televisão. Só que quando eu entrei no quarto, trocou a imagem. Saiu a imagem dos jogos e entrou a imagem daquele avião, contra o prédio. E entrou a voz do apresentador dizendo que um avião de carga, proveniente de Porto Alegre, havia se chocado contra o prédio da TAM Express. E um minuto depois ele corrigiu: ‘Não, não. A informação que está chegando é que é um avião de passageiros e não sabemos o número de vítimas’”.

“Era de tardezinha e eu sabia que o Mário naquele dia ia para São Paulo. Aí eu liguei para o meu irmão caçula e perguntei: ‘O Mário foi para São Paulo?’. E ele respondeu: ‘Foi, Beto. Estou indo para o aeroporto’. E eu disse: ‘Passa aqui e me pega’. A gente gelou. Deu um frio na espinha, uma sensação terrível. No trajeto para o aeroporto [de Porto Alegre], eu fui tentando ligar [para o Mário], mas só dava caixa postal. E aquilo era uma aflição. E quando chegamos no aeroporto, começou o pesadelo”, narrou.

A confirmação pela TAM de que o irmão estava naquele voo só chegou a eles de madrugada. “Só às 2h da manhã do dia 18 que foi divulgada a lista. Até então, nossa esperança era que ele tivesse embarcado em outra aeronave, descido em Guarulhos, ficado sem bateria ou que tivesse descido em Viracopos, estivesse ainda sobrevoando… A gente se apega a tudo. Mas infelizmente ele estava no voo”.

Mário tinha embarcado de Porto Alegre para São Paulo para assinar o contrato de locação de uma casa e também para assinar um contrato com um cliente. A intenção do empresário, naquele momento, era se mudar para São Paulo, onde estavam a maioria de seus clientes. Talvez, por isso, alguns dias antes da viagem, ele reuniu os irmãos em sua casa, sem aparentemente um motivo especial. “No domingo anterior ao acidente, ele fez um churrasco e reuniu os irmãos. Eu até tinha achado estranho ele fazer esse churrasco. Ele reuniu os irmãos na casa dele, fez um churrasco e, sei lá, parece que ele estava se despedindo”, disse.

Associação

Logo após o acidente, as famílias das vítimas decidiram criar uma associação. Ela ajudaria não só as famílias a enfrentar e dividir as dores daquele período de luto como também a pressionar as autoridades sobre as investigações daquela tragédia.

A Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ3054 (Afavitam) foi criada em outubro daquele mesmo ano. O jornalista se tornou uma espécie de assessor de imprensa voluntário, ajudando a aproximar os jornalistas dos parentes das vítimas. “Eu pensei: vamos precisar da imprensa porque essa história aí vai longe. O maior acidente da aviação brasileira não termina em um mês. Nós precisamos da imprensa, senão seremos sofridos e também invisíveis”, refletiu na época. Foi assim que ele passou a exercer essa função de forma voluntária para a associação, que se tornou para ele uma nova família.

“Viramos uma grande família. Sou de uma família de sete homens e, agora, somos seis. Essa família está incompleta, mas eu acabei ganhando irmãs, sobrinhas e outros irmãos. Viramos uma grande família. Quem participou da associação, se fortaleceu. Mas aquele familiar que se recolheu em casa e não participou de nada, ficou com aquela dor só vendo as coisas pela televisão - aquele sofreu muito mais”, disse ele.

Nestes anos todos, os membros da associação continuaram tendo que lidar com novas perdas. No final do ano passado, por exemplo, um dos seus membros mais ativos faleceu: o vice-presidente da Afavitam, Archelau de Arruda Xavier, que havia perdido a filha Paula Masseran de Arruda Xavier no acidente aéreo. Archelau deu entrevista à reportagem da Agência Brasil em 2017, reclamando já naquele ano da falta de punições. “A gente vai morrer com essa tristeza. Onde mais dói é ver a minha mulher sentindo falta, os irmãos sentindo falta dela. A segunda coisa que dói muito é ver que a justiça não aconteceu”, lamentou à época.

“Tem famílias que superaram, conseguem hoje pensar melhor. Eu ainda me emociono quando vejo matérias [sobre o acidente]. Mas tem gente que está doente. Tem gente que nunca se recuperou. Há uma mãe, inclusive, que já deu entrevista no passado e agora está proibida por médicos de fazer isso, tal o dano que ela tem até agora com a perda da filha”, contou Gomes.

Causas do acidente

O acidente foi investigado por três órgãos. Um deles, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica, concluiu que uma série de fatores contribuíram para a tragédia. O relatório do Cenipa constatou, entre vários pontos, que os pilotos movimentaram, sem perceber, um dos manetes [que determinam a aceleração ou reduzem a potência do motor] para a posição idle (ponto morto) e deixaram o outro em posição climb (subir). O sistema de computadores da aeronave entendeu, equivocadamente, que os pilotos queriam arremeter (subir).

O documento também relata que não havia um aviso sonoro para advertir os pilotos sobre a falha no posicionamento dos manetes e que o treinamento da tripulação era falho: a formação teórica dos pilotos, pelo que se apurou na época, usava apenas cursos interativos em computador. Outro problema apontado é que o copiloto, embora tivesse grande experiência, tinha poucas horas de voo em aviões do modelo A320, e que não foi normatizada, na época, a proibição em Congonhas de pousos com o reverso (freio aerodinâmico) inoperante [ponto morto], o que impediria o pouso do avião nessas condições em situação de pista molhada.

O Cenipa, no entanto, não é um órgão de punição, mas de prevenção. Ele não aponta culpados, mas as causas do acidente. O relatório sobre o acidente, portanto, dá informações e 83 recomendações para que tragédias como essa não se repitam.

Esse relatório feito pela Aeronáutica contribuiu para outras duas investigações, feitas pela Polícia Civil e pela Polícia Federal, que levaram, no entanto, a conclusões bem diferentes sobre os culpados.

Indiciamentos

A Polícia Civil decidiu indiciar dez pessoas pelo acidente, entre elas funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da companhia aérea TAM. Após o indiciamento policial, o processo foi levado ao Ministério Público Estadual, que incluiu mais um nome e denunciou 11 pessoas pela tragédia.

No entanto, essa denúncia da promotoria não foi levada à Justiça estadual. O processo acabou sendo remetido ao Ministério Público Federal (MPF) porque, no entendimento do promotor, o caso se tratava de crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo, de competência federal. Com isso, a Polícia Federal começou a investigar o caso e, ao final desse processo, decidiu indiciar apenas os dois pilotos, Kleyber Lima e Henrique Stefanini Di Sacco, pela tragédia. “Foi uma conclusão covarde, conveniente: os mortos são os culpados. Os familiares nunca aceitaram essa versão de que os pilotos eram os culpados. No máximo, que eles foram induzidos ao erro”, defende Gomes.

O inquérito da Polícia Federal se transformou em denúncia e, nesse documento, que foi aceito pela Justiça, o procurador Rodrigo de Grandis decidiu, ao contrário do indiciamento feito pela Polícia Federal, denunciar três pessoas pelo acidente: Denise Abreu, Alberto Fajerman e Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, que acabaram sendo absolvidos pela Justiça. “E aí a Justiça, na primeira instância, absolveu eles. Houve recurso para a instância superior, que manteve a decisão do juiz de primeira instância, absolvendo os réus. Ou seja, os condenados acabaram sendo as vítimas e seus familiares”, falou o jornalista.

Em 2017, o Ministério Público Federal informou que não iria recorrer da decisão que absolvia os réus.

Homenagens

Neste domingo, diversas famílias voltarão para os aeroportos de Porto Alegre e de São Paulo para prestar mais uma homenagem aos mortos. Em Porto Alegre, às 14h, familiares, amigos, representantes religiosos e autoridades se reúnem no Largo da Vida, uma rotatória próxima ao Aeroporto Internacional Salgado Filho. Nesse mesmo dia, às 18h, uma missa será celebrada em memória das vítimas na Catedral Metropolitana de Porto Alegre.

Já em São Paulo, as famílias se reunirão de manhã, a partir das 9h, no Memorial 17 de Julho, local onde o acidente ocorreu. O Memorial será decorado com pássaros confeccionados e que serão colocados embaixo do nome de cada vítima. Ao longo do dia, familiares irão ao local para levar flores e dedicar suas orações e pensamentos aos seus entes queridos.

Posicionamento da Latam

Em contato com a Agência Brasil, a Latam Airlines declarou que “se solidariza com todos aqueles que foram afetados por este acidente há 15 anos.” E disse que: “Embora consciente de que nada poderá compensar as perdas, a companhia se empenhou, desde o primeiro momento, em apoiar os familiares de todas as maneiras e concluir o mais rápido possível o procedimento de indenização.” Segundo a empresa, a maioria dos familiares das vítimas foram indenizados. Uma família ainda segue com ação em andamento. A Latam informou ainda que não divulga valores das indenizações por questões de segurança e de privacidade dos próprios familiares.

A companhia disse também que, na época do acidente, apoiou as famílias com hospedagem, transporte, alimentação, ligações, assistência religiosa e psicológica, concessão de planos de saúde, contratação de empresa para a organização dos funerais, reembolso de despesas, entre outros. Segundo eles, “Em muitos itens as ações da empresa foram além dos padrões de assistências internacionais, como por exemplo o apoio psicológico estendido por 2 anos”.

Perguntada sobre mudanças nos procedimentos para evitar novas tragédias, a empresa disse que, antes de cada pouso, os pilotos obrigatoriamente devem consultar o Manual de Rotas e Aeroportos (MRA) da companhia para verificar as restrições específicas de cada aeroporto, aumentando a margem de segurança da operação. Além disso, caso ocorra a falha do reversor durante o voo, por regra, o piloto obrigatoriamente deve alternar para algum aeroporto onde não haja a restrição de pouso com esta falha.

A empresa também citou a adoção do Electronic Flight Bag (EFB), ferramenta que substituiu os manuais de consulta dos pilotos na cabine. Segundo a companhia, o EFB é basicamente um tablet que permite cálculos muito mais precisos utilizando aplicativos do próprio fabricante da aeronave, permitindo aos pilotos calcular em tempo real, de dentro do cockpit, a performance da aeronave mediante as constantes variações das condições do ambiente e da aeronave como: pista seca ou molhada, peso da aeronave, direção e intensidade de vento, temperatura, altitude da pista entre outros. 

A companhia ressaltou que uma Instrução de Aviação Civil emitida pela ANAC em 2008 proibiu a operação de pouso e decolagem nas pistas do Aeroporto de Congonhas em caso de inoperância dos sistemas que comprometam a performance de frenagem da aeronave, tais como qualquer superfície de comando, freio e reverso. “Isso é válido para todas as empresas que operam naquele aeroporto”, disse em nota.

Segundo eles “Hoje a aviação mundial possui regras e protocolos globais rígidos de segurança e prevenção, o que fez com a média anual de acidentes aérea caísse mais de 60% desde então. Internamente, revisamos nossos procedimentos com o objetivo de atuarmos de uma maneira ainda mais planejada e coordenada.”, concluiu.

Em um dia como hoje (31), há 25 anos, o jornalista Jorge Tadeu da Silva, levantou cedo e saiu de sua casa, na rua Luís Orsini de Castro, no Jabaquara, zona sul de São Paulo, para dar aula de português em um colégio particular ali perto. Mal chegou à escola, uma pessoa da secretaria o procurou dizendo que seu irmão estava ao telefone.

“Achei estranho. Mas fui lá [atender]. Devia ter acontecido alguma emergência. Ele falou, com uma voz meio assustada, que um avião tinha caído em cima da minha casa e que eu precisava ir para lá. Em princípio, achei que ele estava brincando”, contou Silva, em entrevista à Agência Brasil.

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O jornalista morava em um sobrado geminado: seus pais eram seus vizinhos de parede. E foi justamente nessa casa que parte do avião Fokker 100, da TAM (empresa que foi fundida com a Lan e se tornou a Latam) caiu, por volta das 8h26 da manhã do dia 31 de outubro de 1996. "Eles [meus pais] estavam na casa. Eles haviam acabado de sair da cama e estavam no andar de cima, descendo para tomar o café da manhã, quando o avião caiu", disse.

Silva mostra à reportagem uma foto da época, estampada em um jornal, que mostra um trem de pouso do avião dentro da casa dos pais. Felizmente, todos da família sobreviveram. O pai teve apenas uma queimadura no braço. Foi levado ao hospital, mas no mesmo dia foi liberado. O acidente, no entanto, jamais foi esquecido pela família. E provocou traumas.

“Para meus pais, que tinham mais idade, foi um período muito difícil, que marcou muito a vida deles. Eles passaram a ter dificuldade de dormir no escuro", relatou. “Eu tenho memória olfativa, para você ter uma ideia. O cheiro era muito desagradável e ficou marcado."

No aeroporto

Pouco antes de o acidente acontecer, Sandra Assali havia levado seu marido, o médico cardiologista José Rahal Abu Assali, para o aeroporto de Congonhas. Naquele mesmo dia, ele daria aula em um congresso no Rio de Janeiro e retornaria a São Paulo.

“Eu levei meu marido ao aeroporto. Tinha o hábito de levá-lo porque ele viajava muito. Morávamos perto do aeroporto, então, quando possível, eu o levava. E naquele dia não foi diferente. Eu deixei ele lá e, como ele viajava muito, ele chegava já bem próximo do horário de embarque”, contou Sandra. “Era um dia normal, de rotina. Ele voltaria no mesmo dia. Eu me despedi dele e fui embora. Meia hora depois tive a confirmação do acidente, de que ele tinha morrido”, afirmou.

Ela não viu o acidente acontecer. Mas quando já havia saído do aeroporto e estava dentro do carro, chegou a ouvir um barulho. “Ouvi um grande barulho e vi um grande clarão, apesar de ter sido de manhã. Naquele momento eu achava que era [algo] num posto de gasolina. Na verdade, você nunca imagina que pode ser um avião”, destacou.

Ela só ficou sabendo do acidente depois. A lista dos passageiros que morreram com a queda e a explosão do avião ela soube pela TV. Da companhia aérea, Sandra jamais recebeu um telefonema sobre a morte do marido.

Cenário de guerra

Ao saber do acidente pelo irmão, Jorge Tadeu da Silva voltou correndo para casa. Ele lembra de estar tudo em chamas e de ter se juntado aos vizinhos na tentativa de abrir alguns portões e gritar por sobreviventes. Segundo ele, o avião destruiu oito casas na sequência.

"Ele pegou a minha na parte da frente. Na dos meus pais, um pouco mais a estrutura da frente. Na terceira casa, a parte principal da fuselagem caiu. E o cockpit do avião, a ponta do avião, percorreu mais cinco ou seis casas cortando elas pelo meio. Imagine um cenário de destruição, muito fogo. O avião havia acabado de decolar e estava com o tanque cheio. Estava abastecido para o voo até o Rio de Janeiro", lembrou.

"A primeira visão que eu tive foi essa: de uma cena clichê de um bombardeio de guerra ou algo assim. Era muito fogo, muita fumaça preta. Você via os destroços, mas não conseguia ver o que que era, na hora", completou.

O avião havia acabado de sair de Congonhas, aeroporto de São Paulo, com destino ao Rio de Janeiro. Mas apenas 24 segundos depois, de acordo com relatório final elaborado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), a aeronave bateu em três prédios e caiu em cima de diversas casas na Rua Luis Orsini de Castro, a cerca de 2 quilômetros do aeroporto. Com a queda, o avião pegou fogo matando todos as 96 pessoas a bordo. Três pessoas que estavam no solo também morreram.

Uma das vítimas em solo era um pedreiro que trabalhava no telhado de uma casa, contou Silva. As duas outras vítimas foram um professor, que estava em sua garagem no momento do acidente, e um parente dele, que sofreu queimaduras severas, chegou a ser socorrido, mas morreu 30 dias após o acidente.

"De maneira surpreendente, apenas três pessoas no solo faleceram. Para um acidente desse porte, numa área urbana, foi realmente um milagre. É uma rua em que muitas crianças usam para ir para a escola. Mas devido ao horário, tinha pouca gente na rua", disse.

Após a tragédia, Silva teve uma grande vontade de escrever sobre o acidente. Ele começou a pesquisar sobre desastres aéreos e criou um site para falar sobre o assunto. “Mais para frente, vim a saber com uma psicóloga que eu estava usando uma maneira de lidar com o luto ou com o estresse pós-traumático, que é escrever sobre o assunto".

Quanto ao sobrado geminado, ele foi reformado com o dinheiro que os pais tinham guardado antes do acidente. "A gente [reconstruiu uma das casas] com recursos próprios, recursos que meu pai tinha guardado. E, ao longo de dez anos, fomos reconstruindo a outra, mas não no mesmo padrão”, contou.

Da empresa, o dinheiro de indenização demorou a chegar. "Foi um processo longo para recuperar [o que foi perdido no acidente] e sem receber a indenização porque as propostas [da empresa] eram absurdas. Foi levado para a Justiça porque não houve acordo. Levou muito tempo para a gente conseguir receber alguma coisa. Levou, na verdade, onze anos", disse ele, relembrando que recebeu a indenização no ano em que um outro avião da TAM caiu em Congonhas, em 2007, matando 199 pessoas.

Hoje, ele continua vivendo na mesma rua, no imóvel que antes era ocupado por seus pais.

Associação

Sandra tinha dois filhos à época do acidente: um menino, de 7 anos, e uma menina, de 4. Sem receber o apoio necessário da empresa, ela e outros parentes de vítimas criaram a primeira associação de parentes de vítimas de acidente aéreo do Brasil, a Associação Brasileira de Parentes e Amigos de Vítimas de Acidentes Aéreos (Abrapavaa), da qual ela é presidente. A associação ajudou a mudar a aviação no Brasil, principalmente em relação à indenização e ao tratamento dispensado aos familiares das vítimas de acidentes com aeronaves.

Sandra também passou a escrever sobre o episódio, publicando dois livros. O primeiro deles, O Dia que Mudou a Minha Vida, foi lançado em 2017, quando a tragédia completou 20 anos. O segundo, Acidente Aéreo – O que Todo Familiar de Vítima Pode e Deve Saber, foi lançado em março deste ano e pretende ser um guia para orientar famílias sobre direitos em caso de acidente aéreo.

O acidente

A queda do avião foi provocada por uma falha no reversor da turbina direita (o freio aerodinâmico), que abriu durante a decolagem. O reversor é um equipamento que se abre para ajudar a aeronave a desacelerar, preparando o avião para o pouso. Mas, naquele dia, o equipamento abriu na decolagem, em pleno voo. Isso foi como acionar o freio no momento em que a aeronave precisava acelerar para ganhar mais sustentação. Um problema para o qual o piloto e o co-piloto não haviam sido treinados, já que as chances de que isso ocorresse eram raríssimas.

“O manual da Fokker 100 dizia que não havia necessidade desse tipo de treinamento porque a possibilidade era de uma em um milhão do reverso abrir em voo. Ou seja, os pilotos, dentro do que tinham de treinamento, fizeram o que sabiam. Não eram treinados para essa eventualidade", disse Sandra Assali.

“Um acidente aéreo, como eu sempre digo, acontece sempre por vários fatores. Nunca é um fator só”, destacou Mário Luiz Sarrubbo, procurador-geral de Justiça do estado de São Paulo, em entrevista à Agência Brasil. Sarrubbo foi o promotor do caso à época.

Antes de decolar de Congonhas com destino ao Rio de Janeiro, naquela manhã de quinta-feira, o Fokker tinha feito uma viagem de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, para São Paulo. Quando o piloto desse voo chegou a Congonhas, ele relatou aos tripulantes do voo seguinte que um alarme havia indicado um defeito no acelerador automático, o chamado autothrottle, um mecanismo que ajuda o piloto a controlar a velocidade da aeronave, mas que não é essencial para o voo. Durante a investigação, se descobriu que o problema, na realidade, não estava no autothrottle, mas no reversor de uma das turbinas.

“Interessante é que até hoje a gente não sabe se o reverso abriu em voo anteriormente em outros locais, porque a tripulação que levou o Fokker para Congonhas naquele dia reportou para o piloto que assumiu o voo [de São Paulo para o Rio de Janeiro] que o controle de acelerador automático, chamado de autothrottle, estava com defeito, que o manete [alavanca que acelera ou reduz a potência do motor] estava voltando em algum momento. Por isso, o piloto [do voo que caiu] foi enganado. Não era o acelerador automático. No caso dele, era o reverso em voo, que acabou sendo o fio da tragédia”, disse o procurador-geral.

“Os fatores determinantes para a queda da aeronave: um relé [espécie de interruptor elétrico] que entrou em curto, e o piloto ter sido induzido a erro em função da movimentação do manete em decorrência desse curto”, explicou o promotor. “A possibilidade do reverso abrir em voo era muito pequena. Por isso, o piloto nem pensou em reverso em voo”, acrescentou.

Se o piloto tivesse conhecimento de que o problema no avião era o reverso, seu procedimento no voo teria sido outro, acredita Sarrubbo. “Ele desligaria aquele motor e alternaria para Cumbica, pousaria ali, não iria para o Rio de Janeiro. Ele faria alternância para Cumbica, desligaria aquele motor - o reverso pode ficar aberto com o motor desligado, e ele pousaria em Cumbica com toda a segurança e nada aconteceria.”

Após a investigação sobre as causas do acidente, nenhuma pessoa foi responsabilizada pela tragédia. “Na nossa manifestação, arquivamos o inquérito policial porque entendíamos que não dava para se atribuir culpa criminal a quem quer que fosse. Foi realmente uma situação absolutamente inusitada”, disse Sarrubbo. “Não havia nenhuma responsabilidade em nível pessoal criminal que pudesse fazer com que fizéssemos um processo criminal. Fui o autor do arquivamento porque realmente, sob o prisma do crime, não havia nenhum tipo de responsabilização. Foi mesmo inusitado”, relembrou.

Latam

Procurada pela Agência Brasil, a Latam informou não ter hesitado em “dar assistências às famílias das vítimas, mesmo não tendo protocolos e normas globais para assistência humanitária”.

Segundo a empresa, “todas as famílias das vítimas envolvidas [no acidente] foram indenizadas”.

A Latam disse ainda que tem um plano robusto, estruturado e detalhado de resposta à emergência cuja premissa número um é a “segurança é valor inegociável”. Esse plano, de acordo com a empresa, contempla dez pontos, que prevê, por exemplo, atendimento e assistência às famílias envolvidas.

Embora tenham celebrado a união religiosa em março de 2013, foi no dia 28 de novembro de 2007 que o então deputado federal Jair Bolsonaro (sem partido) e sua assessora parlamentar, Michelle Paula Firmo Ferreira, assinaram os papéis confirmando o casamento no âmbito civil. No dia seguinte, o casal viajou para Foz do Iguaçu (PR), em um voo da Gol, com escala em Curitiba, capital paranaense.

As passagens aéreas, no entanto, podem ter sido pagas com verba pública, segundo a investigação que resultou no livro “Nas asas da mamata: A história secreta da farra das passagens aéreas no Congresso Nacional”, dos autores e jornalistas Eduardo Militão, Eumano Silva, Lúcio Lambranho e Edson Sardinha.

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Conforme noticiou a coluna da jornalista Juliana Dal Piva, no UOL, esse não é o único registro de envolvimento dos Bolsonaro no suposto esquema criminoso, que na ocasião da lua de mel teria custado aos cofres públicos R$ 1.729,24.

Segundo Dal Piva, Bolsonaro teria informado à Câmara sobre sua ausência por sete dias, bem como justificou internamente para não sofrer descontos salariais. Quem o liberou foi o presidente da Câmara dos Deputados, naquela época, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Atual primeira-dama e as 17 viagens pagas pelo erário

Conforme Juliana Dal Piva escreveu em sua coluna no UOL após ter acesso ao primeiro capítulo do livro, a atual primeira-dama pode ter viajado às custas do erário antes mesmo do casamento, em agosto de 2007. Segundo a publicação, a cota parlamentar de Bolsonaro financiou voos que, em sua maioria, tinham origem em Brasília (DF) com destino ao Rio de Janeiro (RJ), onde o presidente eleito em 2018 tinha residência fixa.

As companhias aéreas TAM, Varig e Gol enviaram ao Judiciário registros de, pelo menos, 17 viagens de Michelle pagas pela Câmara. Entre agosto de 2007 e fevereiro de 2009, ela se movimentou acompanhada de Bolsonaro, uma das filhas ou parentes. A investigação presente no livro aponta para gastos públicos de aproximadamente R$ 18 mil, em valores da época.

Implicações legais

Mais de 558 parlamentares e ex-parlamentares foram investigados por denúncias de uso irregular da verba parlamentar. Os gastos incluem passagens aéreas para destinos turísticos nacionais e internacionais, em nome próprio ou para terceiros.

O livro “Nas asas da mamata: A história secreta da farra das passagens aéreas no Congresso Nacional”, que será lançado ainda em agosto, cataloga também gastos feitos pelos filhos de Jair Bolsonaro e outros parentes do atual presidente.

Ao UOL, os autores contaram que, mesmo com as investigações do Ministério Público Federal, a maioria dos processos acabou arquivada, incluindo o que existia contra o atual mandatário da República.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) liberou três voos semanais da TAM entre o Brasil e a França e outros sete entre Brasil e Peru. As portarias com as autorizações estão publicadas na edição desta quinta-feira (15) do Diário Oficial da União (DOU). O aval, nos dois casos, é para a realização de serviços aéreos mistos.

Após 10 anos do maior acidente aéreo da história do Brasil, as famílias de 70 vítimas, que estavam no avião da TAM que explodiu no aeroporto de Congonhas (SP), vão receber da empresa francesa "Airbus" uma indenização total de R$ 30 milhões.

A informação foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal "O Globo" neste domingo (10). Segundo a publicação, o pagamento será realizado nos próximos dias pela fabricante do avião.

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O acordo histórico teria sido homologado no mês passado pela Justiça do Rio de Janeiro. Esta é a maior indenização já paga em casos do gênero no país. Há exatos 10 anos da tragédia com o voo JJ3054, o acidente causou 199 vítimas fatais. Até hoje, ninguém foi responsabilizado pelo acidente.

A Tragédia: O avião Airbus A320 partiu da cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com 187 pessoas a bordo. O destino final era o aeroporto de Congonhas, na zona sul da cidade de São Paulo. Com uma chuva no momento do pouso, que iniciou às 18h44, a aeronave começa a se aproximar da pista.

Às 18h50, o avião passa reto pela pista de Congonhas e, apesar de ser possível ouvir gritos de "vira, vira, vira agora", a aeronave não desacelera, vira à esquerda e atinge em cheio um prédio da TAM, onde outras 12 pessoas morreram.

Da Ansa

Há exatos 10 anos da tragédia com o voo JJ3054 da companhia aérea TAM em São Paulo, um sentimento de frustração atinge as famílias das 199 vítimas fatais. Até hoje, ninguém foi responsabilizado pelo acidente.

Ainda em 2007, a Polícia Federal começou a investigação formal da tragédia e que foi concluída dois anos e meio depois, sem apontar culpados. Para os policiais, não havia como relacionar pessoas fora da aeronave com o acidente, apontando como uma possível causa, um erro de um dos pilotos.

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Já para os procuradores, a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu, o ex-diretor de segurança da TAM Marco Aurélio Miranda e o ex-vice-presidente da companhia Alberto Fajerman tinham responsabilidade no caso. Porém, os dois julgamentos em primeira e segunda instância absolveram as três pessoas indiciadas pela Procuradoria.

A Justiça julgou que não havia provas suficientes e os três foram absolvidos, em um caso que pode parar nas instâncias superiores em Brasília. Usando um relatório do Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), os magistrados entenderam que as condições da pista ou climáticas não foram decisivas para o acidente.

Isso porque a aeronave deveria estar em ponto morto quando tocou a pista, mas estava com um dos manetes, que controlam as turbinas, em posição de aceleração. Não se sabe se o problema foi causado por um erro no sistema ou por uma falha humana.

- O voo: O avião Airbus A320 partiu da cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com 187 pessoas a bordo. O destino final era o aeroporto de Congonhas, na zona sul da cidade de São Paulo. Com uma chuva no momento do pouso, que iniciou às 18h44, a aeronave começa a se aproximar da pista.

Às 18h50, o avião passa reto pela pista de Congonhas e, apesar de ser possível ouvir gritos de "vira, vira, vira agora", a aeronave não desacelera, vira à esquerda e atinge em cheio um prédio da TAM, onde outras 12 pessoas morreram. 

Um novo golpe tem tomado conta de grupos do WhatsApp em todo o Brasil. Uma mensagem, acompanhada de um link, promete sortear duas passagens da companhia aérea TAM por conta do aniversário da empresa. Para isso, o participante só deveria acessar um site e responder um questionário. O problema é que em vez de ganhar o prêmio, tudo que a vítima vai conseguir é instalar um arquivo malicioso em seu smartphone.

Quem clica no link é direcionado para uma página onde é informado que precisa compartilhar uma mensagem com dez amigos ou três grupos de WhatsApp para ganhar um cupom de R$ 600. Em seguida, é preciso voltar ao site para preencher um cadastro com seus dados pessoais. Quando clicar em continuar, a vítima é informada que precisa instalar uma atualização em seu aparelho, que, na verdade, pode ser um aplicativo fraudulento.

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Em outros casos, o usuário é convidado a informar seu número de telefone e, assim, será cadastrado em serviços que irão descontar um valor em sua conta ou saldo em permissão prévia. Por meio de nota, a LATAM informou que a promoção é falsa. "A LATAM reforça que só divulga suas campanhas, ofertas e promoções em seus canais oficiais", informou a companhia.

A Justiça de São Paulo decidiu nesta terça-feira, 22, que a TAM terá de aumentar de dois para cinco anos a validade das milhas do seu programa de pontos. A sentença, que responde à ação civil pública movida há dois anos a pedido da Proteste, prevê outras alterações no regulamento do programa.

Em sua decisão, a juíza Priscilla Buso Faccineto, da 40ª Vara Cível, acolhe ainda os pedidos da Proteste para que os bilhetes aéreos emitidos com milhas tenham validade de um ano - hoje eles vencem em 360 dias -, e para que, em caso de falecimento do beneficiário da conta, os pontos não sejam mais cancelados, mas, sim, transferidos para os herdeiros.

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No caso do aumento da validade das milhas para cinco anos, a magistrada afirma na sentença que o prazo anterior, de dois anos, "se mostra exíguo, principalmente para passageiros esporádicos".

A TAM fica obrigada ainda a avisar aos clientes, com antecedência de 90 dias, qualquer alteração no regulamento do seu programa de milhagem. A decisão tem validade nacional e ainda cabe recurso. Em caso de descumprimento, a companhia aérea terá de pagar multa de R$ 20 mil por evento.

Procurada pelo jornal O Estado de S. Paulo, a assessoria de imprensa da TAM informou que a companhia se manifestará apenas nos autos do processo.

Também tramita ação civil pública contra a companhia Gol e seu programa de milhagem Smiles. No processo, a Proteste pede o fim da cobrança de R$ 30 para emissão online de bilhete aéreo com pontos. A ação ainda não foi julgada.

A TAM anunciou na segunda-feira (1°) o fechamento do museu que mantém em São Carlos (SP). O motivo é a crise econômica, principalmente no setor aeroviário, que dificulta manter o local, que conta com 90 aeronaves. Segundo a companhia, houve "a necessidade de um estudo interno de viabilidade econômica do museu, que deverá ocorrer ao longo deste ano".

Oficialmente, as atividades estão "suspensas temporariamente", devendo ainda ser analisada a situação. Com mais de 20 mil metros quadrados de área, o empreendimento foi criado há quase dez anos e é considerado o maior museu de aviação do mundo mantido por uma companhia aérea privada.

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Ele surgiu a partir da restauração de um antigo monomotor Cessna dos irmãos Rolim, fundador da TAM, e João Amaro. Entre o acervo do museu, que fica localizado na Rodovia Engenheiro Talles de Lorena Peixoto, constam aviões clássicos, jatos e caças, a maioria em plenas condições de voo. Destaque para o Fokker 100, o MiG -21 e o Dassault Mirage III, entre outros.

Também há simuladores de voo e mais atrações, incluindo um espaço para crianças. Os visitantes pagavam R$ 25 para visitar o museu, que foi aberto pela primeira vez em novembro de 2006. Depois foi fechado em 2008 e reinaugurado de forma oficial em junho de 2010.

O custo de manutenção mensal estaria em torno de R$ 300 mil e antes já havia sido cogitada a possibilidade de mudar o museu para São Paulo. Seria também uma forma de ampliar o número de visitantes, que era considerado baixo (mais de 100 mil pessoas no ano de 2014). Porém, a mudança não vingou e continua apenas no projeto.

A suspensão das atividades, que começou a valer no último final de semana, pegou turistas de surpresa e não faltaram comentários na internet. Uma mulher reclamou que foi com a família e se deparou com o local fechado. "Minhas filhas ficaram chorando", afirmou. Outros lamentaram a falta de informações sobre quando o museu será reaberto.

Desaceleração

A empresa informou em nota que "a decisão está atrelada ao acirramento dos desafios econômicos do País, provocado pelo aumento da inflação e pela alta do dólar em relação ao real, resultando em uma desaceleração do setor aéreo".

Argumenta ainda que "tentou de todas as formas buscar alternativas para manter o espaço em funcionamento, mas infelizmente, diante de um cenário econômico desafiador, não foi possível". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um funcionário da TAM Linhas Áereas foi agredido por turista de São Paulo no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre na tarde do domingo (27). Segundo informações da Polícia Civil, com base no depoimento do agressor, a confusão se deu após o funcionário ter se recusado a embarcar o passageiro porque ele portava um skate. 

Durante a agressão, o funcionário da TAM caiu em cima da esteira, machucando o joelho. De acordo a delegada responsável pelo caso Verônica Azevedo, o turista alega que o funcionário puxou o bilhete dele e disse que nem o rapaz nem os seus familiares embarcariam. “Aí a briga ficou mais acalorada e o turista se descontrolou. Mas ele diz que foi em legítima defesa”, afirmou a delegada.

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As duas partes fizeram registro do caso na Delegacia do Turista. Segundo Azevedo, a agressão pode ser configurada como lesão corporal. “Também vamos ter que ouvir alguém da direção da TAM para saber se a proibição do skate procede, já que as informações que temos é de que  o mesmo skate que o rapaz estava levando, ele havia trazido”, explica a delegada. 

O turista veio a Pernambuco com a namorada e os dois filhos dela. A delegada lembra que outro motivo que teria irritado o paulista é que as crianças foram na frente e conseguiram embarcar, enquanto ele e a namorada ficaram no aeroporto resolvendo a questão.  

A assessoria da TAM informou que o turista portava um skate motorizado, conhecido como hoverboard. O equipamento não é transportado pela companhia aérea para garantir total segurança a bordo, explica a assessoria. Uma nota no site da TAM, do dia 18 de dezembro, explica que essa é uma recomendação da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). No texto, a companhia diz lamentar os eventuais transtornos que a situação possa causar.

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O voo JJ8065 da TAM, que saiu de Madri nessa segunda-feira (14) com destino a São Paulo, retornou à capital espanhola em razão de uma ameaça de bomba. A companhia aérea diz que foi notificada pelas autoridades da Espanha e está colaborando com as autoridades locais.

O voo saiu do Aeroporo de Barajas às 21h10 (18h10 pelo horário de Brasília) e deveria chegar às 5h25 desta terça-feira, 15, no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, mas voltou para a Espanha quando estava sobrevoando o Marrocos. Caças escoltaram a aeronave sobre o território espanhol, seguindo as medidas de segurança padrão.

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De acordo com comunicado da TAM, o voo pousou em segurança em Madri e os passageiros estão recebendo "toda a assistência necessária". A companhia acrescentou que continuava colaborando com as autoridades espanholas.

A partir desta quarta-feira (23), a TAM e a LAN oferecerão aos passageiros sistema de Wi-Fi nas aeronaves que permite assistir filmes e séries. O usuário pode ver os conteúdos diretamente em seu smartphone, tablet ou laptop. O sistema de conexão sem fio funciona apenas dentro da aeronave e está disponível por meio de um aplicativo, o LAN e TAM Entertainment. Assim que o passageiro baixa o aplicativo, ele tem acesso a um portal com opções de filmes, séries de televisão, músicas, livros e até informações turísticas. Embora já exista em empresas nos Estados Unidos e na Europa, o serviço é inédito na América do Sul.

As duas companhias aéreas, que concluíram processo de fusão em 2012, são controladas pelo Grupo LATAM e hoje registram um movimento de cerca de 60 milhões de passageiros por ano. A novidade, por enquanto, está disponível para trajetos no Brasil e em viagens na América do Sul. A TAM informou que já possui 30% das aeronaves equipadas com o modelo. Ao todo, o Grupo LATAM Airlines espera concluir, até o início de 2016, a implantação da rede interna sem fio em mais 230 aviões Airbus (modelos A319, A320 e A321), o que equivale a toda a frota dos voos nacionais e para a América do Sul.

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Novas normas

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) liberou o uso de equipamentos eletrônicos portáteis durante todas as etapas do voo em outubro do ano passado, o que possibilitou que as companhias aéreas pedissem liberação para seus sistemas de entretenimento a bordo. Segundo a nova legislação da Anac, cada empresa deve desenvolver políticas próprias sobre os tipos de dispositivos móveis que poderão ser ligados durante o voo.

A agência afirmou que a modificação nas aeronaves da TAM para comportar o sistema de Wi-Fi a bordo teve início em março deste ano e foi aprovada abril. Já para efetivar o uso, o pedido da companhia foi feito no fim de abril e concedido apenas em 31 de agosto. 

A Gol também anunciou, em junho, que começará a oferecer internet sem fio em suas aeronaves a partir do ano que vem. Até o fim de 2017, os 140 aviões da frota estarão equipados com o sistema. A empresa brasileira quer se tornar a primeira da América Latina a oferecer internet a bordo.

O secretário de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, Felipe Carreras, endereçou ofício ao presidente da Embratur, Vinicíus Lummertz, mostrando o seu descontentamento por ele ter defendido a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, como a sua preferida para receber o Hub da Latam. Recife e Fortaleza também estão na disputa. A capital pernambucana, inclusive, foi eleita por uma pesquisa do Ibope como a mais preparada para receber o centro de conexões.

>> Ibope aponta Recife como preferida para receber Hub da TAM

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Segundo Felipe Carreras, o comentário do presidente da Embratur teria sido externado durante o IV Encontro Latino Americano da ICCA e o 9º Client/ Supplier Business Workshop, que aconteceu em Natal neste semana.

“Pelo cargo público que ocupa, o senhor deveria torcer pelo Nordeste, pelo desenvolvimento turístico e econômico da região. Ainda foi além no pronunciamento ao informar que o ministro do Turismo, o senhor Henrique Eduardo Alves, também está na torcida pela capital potiguar”, disse Felipe Carreras, na carta endereçada à Vinicíus Lummertz.

“Contamos com o seu bom senso em fazer uma retratação pública, afinal, o seu pronunciamento vai na contramão do que está sendo feito em prol da união dos Estados nordestinos”, complementou o secretário estadual.

Entenda o hub

De acordo com representantes da TAM, o hub ampliará a atuação das empresas do Grupo Lan e TAM em voos entre a América do Sul e a Europa, considerando a posição geográfica estratégica da região Nordeste. O projeto traz oportunidades de novos voos, destinos, rotas e conexões para toda a área ao norte do Distrito Federal, especialmente as Regiões Norte e Nordeste. 

Além disso, a obra orçada em R$ 4 bilhões irá acelerar a economia da capital escolhida, gerando aproximadamente 10 mil empregos, de acordo com a Secretaria de Aviação Civil.

Desde o anúncio do primeiro hub (centro de conexões de voos) doméstico e internacional do Nordeste pelo grupo LATAM, capitais da região têm disputado para sediar este empreendimento. Atualmente, o Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves/São Gonçalo do Amarante (Natal), o Aeroporto Internacional Pinto Martins (Fortaleza) e Aeroporto Internacional dos Guararapes (Recife) são os mais cotados para isso. Mas afinal, qual a grande vantagem em receber essa estrutura?

De acordo com representantes da TAM, o hub ampliará a atuação das empresas do Grupo - Lan e TAM - em voos entre a América do Sul e a Europa, considerando a posição geográfica estratégica da região Nordeste. O projeto traz oportunidades de novos voos, destinos, rotas e conexões para toda a área ao norte do Distrito Federal, especialmente as Regiões Norte e Nordeste. 

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“O projeto ampliará a capilaridade das operações das empresas do Grupo no Brasil, na América do Sul e no mercado internacional, aumentando principalmente os destinos atendidos na Europa. Também reforçará a liderança do Grupo na América Latina, incrementará a conectividade oferecida aos clientes e otimizará a cobertura do fluxo de passageiros e de carga de/para o Brasil com outros mercados”, afirma Claudia Sender, presidente executiva da TAM S.A. 

Independentemente da cidade definida, o novo hub resultará em melhor conectividade para todo o centro-norte do Brasil. Porém, a obra orçada em R$ 4 bilhões irá acelerar a economia da capital escolhida, gerando aproximadamente 10 mil empregos, de acordo com a Secretaria de Aviação Civil. Além disso, a iniciativa possibilitará tornar o local referência geográfica de atratividade e conectividade internacional, fomentando o seu desenvolvimento. 

A expectativa é que o hub inicie operações em dezembro de 2016, e que a cidade sede seja escolhida ainda este ano. As operações do novo hub serão realizadas com a frota que o Grupo LATAM já tem contratada, mas pode ser necessário haver encomendas adicionais de aeronaves.

#HubTAMnoRecife

Em julho, o governo do estado lançou a campanha #HubTAMnoRecife, que tem como objetivo atrair a atenção do Grupo LATAM e beneficiar Pernambuco com o novo centro de conexões da companhia. A ação reforça que o Recife tem muitas qualidades para ser a cidade escolhida, como localização estratégica, a proximidade com diversos pólos e o fato de Pernambuco ser o único estado das regiões Norte e Nordeste a possuir um Consulado Geral dos Estados Unidos. Além disso, o aeroporto Recife/Guararapes - Gilberto Freyre foi eleito melhor aeroporto do Brasil em 2014 em uma pesquisa feita pela Secretaria de Aviação Civil (SAC).

O terminal pernambucano não fará modificações específicas para se adequar a uma eventual escolha. De acordo com a infraero, o aeroporto já opera abaixo da sua capacidade; já recebeu 7,1 milhões de embarques e desembarques em 2014 e tem capacidade para receber 16,5 milhões de passageiros por ano.

Em mais uma reunião com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), a presidente da TAM, Claudia Sender, contou nesta quinta-feira (30), em São Paulo, que em duas semanas ficará pronto o estudo da consultoria Oxford Economics sobre o impacto econômico da instalação do hub do Grupo Latam no Nordeste, o primeiro passo para a tomada de decisão sobre qual estado irá abrigar centro conexões aéreas. Além de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará disputam o investimento.

Durante encontro, o socialista disse à executiva da TAM que o Estado será um parceiro permanente da empresa na viabilização da infraestrutura necessária para o projeto. A expectativa é de uma geração de 10 mil empregos (entre 1,5 mil e 2 mil diretos) e receberá um investimento de US$ 2 bilhões.

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Na reunião, o governador fez um relato para Sender das negociações que vem mantendo com o Ministério da Defesa, Comando da Aeronáutica, Ministério da Aviação Civil e Infraero sobre a cessão de terrenos, que hoje são militares, para ampliar a área da aviação comercial no Aeroporto dos Guararapes. “As conversas estão sendo positivas. Acredito que o Governo Federal vai viabilizar essas novas áreas, pois elas são importantes para o futuro do aeroporto, que hoje é um dos melhores do Brasil, reconhecimento que vem dos próprios usuários”, destacou.

Com o anúncio oficial previsto apenas para o final do ano, o Grupo Latam, contratou, além da Oxford Economics, a consultoria Arup, que ficou com a missão de apontar os pontos positivos e negativos de cada um dos três aeroportos. De acordo com a presidente da TAM, os critérios técnicos e econômicos é que vão pautar a escolha da empresa. 

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), reúne-se na manhã desta quinta-feira (30), antes de ir para Brasília, com a presidente da TAM Linhas Aéreas, Claudia Sender. O encontro marcado para às 10h acontece em São Paulo. Na pauta, o hub do Grupo Latam no Nordeste. 

O governador está na capital paulista desde essa quarta-feira (29), quando encontrou com empresários e executivos de empresas com investimentos em Pernambuco: Grupo Gerdau, Mitsui e Grupo CSN (Ferrovia Transnordestina). De acordo com Câmara, em setembro o Governo de Pernambuco lançará a Carteira de Empreendimentos Estruturais Privados, no âmbito do projeto Pernambuco 2035.

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A iniciativa lançada ainda no governo de Eduardo Campos (PSB) foi apresentada ao presidente do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau.  Paulo Câmara convidou o empresário para participar da terceira etapa do plano que traça estratégias de longo prazo para o desenvolvimento de Pernambuco.

“A Gerdau levou o Movimento Brasil Competitivo para Pernambuco, ainda no Governo Eduardo”, disse Paulo. “Tenho certeza que o Movimento Brasil Competitivo continuará nos ajudando a construir esse Pernambuco mais eficiente e produtivo, que melhore a qualidade de vida do nosso povo”, acrescentou o governador.

Transnordestina - Paulo Câmara se reuniu também com o presidente do Grupo CSN, Benjamin Steinbruch, e com o presidente da Ferrovia Transnordestina, o ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes. “Sob a gestão de Ciro Gomes, a Transnordestina tem dado sinais de retomada das obras e do cumprimento de prazos. Tivemos uma reunião de trabalho, na qual Ciro nos apresentou a estratégia do Grupo CSN para a Transnordestina”, informou. 

Na avaliação do governador pernambucano, com isso, a ferrovia tem condições de entrar num ritmo que permita a sua conclusão. “Esta é uma obra estruturadora, essencial para a logística da economia nordestina e se integra à nossa visão de futuro para Pernambuco e a região; pois temos um grande gargalo no escoamento da produção, que hoje depende principalmente da malha rodoviária”, observou o pessebista. 

A disputa pelo centro de conexões internacionais do grupo Latam (formado pela TAM e pela chilena LAN) continua entre três capitais nordestinas: Recife, Natal e Fortaleza. Nesta quinta-feira (16), o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, se reuniu com a presidente da companhia aérea, Cláudia Sender, para discussão sobre o empreendimento.

Chamado de hub, o aeroporto vencedor receberá o polo internacional de conexões aéreas do Nordeste. A decisão deve ser anunciada até o final do ano. Segundo a TAM, os critérios levados em consideração são a infraestrutura do aeroporto, a localização geográfica e o potencial de crescimento do terminal. De acordo com a presidente da TAM, duas consultorias internacionais (Oxford Economics e Arup) foram contratadas para auxiliar no processo de escolha. 

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A instalação do centro de conexões deve ter um investimento de R$ 6 bilhões. “Após a conclusão dos estudos, vamos reunir governadores, prefeitos e parlamentares dos três estados para que entendam o processo e possam discutir conosco os pontos que precisam ser desenvolvidos”, afirmou Cláudia Sender. 

No dia 11 de junho, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), se reuniu com inúmeros representantes políticos e empresários, no Palácio do Campo das Princesas. A força-tarefa da gestão estadual tem sido grande, na tentativa de atrair o hub para o Estado.

Os clubes da capital pernambucana entraram na campanha para trazer o hub (centro de conexões) da TAM para o Recife. Nesta segunda-feira (13), no Centro de Convenções, os presidentes de Náutico, Santa Cruz e Sport anunciaram que as equipes entrarão em campo nos próximos jogos com a marca da campanha em seus uniformes. O presidente da FPF, Evandro Carvalho, e o secretário de Turismo do Estado, Felipe Carreras, encabeçaram a ação.

“Isso serve para mostrar a união dos clubes de Pernambuco com a Federação e o Governo do Estado. Queremos contagiar todos com a possibilidade de trazer o hub da TAM para o Recife. Queremos reforçar ainda mais essa campanha para que em dezembro nós sejamos os escolhidos”, afirmou o secretário Felipe Carreras.

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O Aeroporto Internacional do Recife – Gilberto Freire disputa o hub da TAM com Fortaleza (CE) e Natal (RN). Com o apoio do futebol, o secretário de Turismo acredita que a campanha será ainda mais fortalecida. “Temos um futebol mais forte que os nossos concorrentes. E quanto mais gente se envolver, melhor será para Pernambuco”, completou.

Inicialmente, Náutico, Santa Cruz e Sport não receberão dinheiro para estampar a marca da campanha em seus uniformes. O investimento no futebol pernambucano ficará para o futuro caso Recife seja contemplada pela TAM. “É uma empreitada do Estado e que os clubes aderiram. Liberamos nosso técnico e os jogadores para apoiar também. Queremos fortalecer essa imagem”, justificou o presidente do Timbu, Glauber Vasconcelos.

O hub da TAM, além de gerar 12 mil empregos, também será benéfico aos clubes com relação aos voos durante as competições nacionais. O centro de conexões proporcionará o aumento de mais 30 aeronaves na capital pernambucana e mais de 30 destinos. “Estamos fazendo um esforço grande para abraçar as brigas boas e importantes para Pernambuco. O Governo também está ajudando melhorar as receitas dos clubes”, contou o mandatário coral, Alírio Morais.

O presidente do Sport, João Humberto Martorelli, colocou todos do clube à disposição da campanha. “Estamos cedendo a imagem do Sport em prol do Estado. Isso mostra que há uma mudança de comportamento do futebol pernambucano e estamos procurando pautas comuns”, pontuou.

Apesar de liderar a bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado estadual Silvio Costa Filho (PTB), se colocou à disposição do governador Paulo Câmara (PSB) no pleito para a instalação do hub, novo centro de voos nacionais e internacionais do Grupo Latam (formado pela brasileira TAM e a chilena LAN), no Recife. A disponibilidade do petebista e do colegiado oposicionista foi anunciada, nesta quinta-feira (11), durante uma reunião convocada pelo socialista para a criação de um movimento suprapartidário em prol da atração do empreendimento. 

Enaltecendo o “gesto de largueza” do governador em convidar a oposição para participar do movimento, Costa Filho pontuou que todas se as matérias envolverem o desenvolvimento do estado contará com o apoio do colegiado. “Ai do governo que não tem oposição. Oposição é importante para qualquer projeto democrático. (...) Mas todas as vezes que nos convocar contará com a atenção, a presença e a motivação para ajudar e contribuir com o desenvolvimento de Pernambuco. Se tem uma matéria que nos une é a vinda do hub da TAM ao estado”, discursou.  

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Lembrando que já marcharam juntos em defesa de alguns pleitos, Silvio Costa Filho mencionou a disputa pela instalação da fábrica da Fiat em Goiana, na Mata Sul. “Lá trás estivemos juntos em busca da Fiat que foi muito importante, sobretudo, pela articulação política do ex-governador Eduardo Campos, pela capacidade de diálogo e de unir todos os pernambucanos”, recordou. “Somos de uma geração que tem procurado fazer política de forma diferente. Pode contar conosco, sobretudo para as boas propostas, com a unidade do nosso estado”, acrescentou o petebista.

Baixando a guarda dos discursos habituais contra a gestão de Paulo Câmara, Costa Filho prometeu desburocratizar as matérias que seguirem para a Alepe ligadas a instalação do hub. 

A Justiça Federal absolveu os três acusados no processo do acidente com o Airbus A-320 da TAM que matou 199 pessoas em Congonhas no dia 17 de junho de 2007. Foram absolvidos o então diretor de Segurança de Voo da TAM, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, o vice-presidente de Operações da TAM, Alberto Fajerman, e Denise Maria Ayres Abreu, que, na época, ocupava o cargo de diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

A sentença, do dia 30 de abril, é do juiz Márcio Assad Guardia, da 8ª Vara Criminal da Justiça Federal em São Paulo. O magistrado não acolheu denúncia da Procuradoria da República de que os três acusados teriam agido dolosamente. A Procuradoria pedia a condenação dos três réus por violação aos artigos 261 (expor a perigo embarcação ou aeronave) e 263 (lesão corporal ou morte no acidente).

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"De acordo com as premissas apresentadas pelo órgão acusatório (Ministério Público Federal), seria possível imputar a responsabilidade penal pelo sinistro ocorrido em 17 de julho de 2007 a um contingente imensurável de indivíduos, notadamente pela quantidade e pelo grau de desvirtuamento apresentados no curso do processo", destacou Márcio Assad Guardia.

Ao rejeitar a acusação, o juiz decidiu absolver os três réus "por atipicidade das condutas imputadas".

Segundo o juiz, "limitou-se o Ministério Público Federal a afirmar que não foi realizada, nem pela INFRAERO, nem pela ANAC uma ‘inspeção formal’ após o término das obras a fim de atesar suas condições operacionais". O juiz destacou que a Procuradoria "afirmou que o Plano Operacional de Obras e Serviços (POOS) referente ao contrato 041-EG/2007-0024 não "foi submetido" à aprovação da ANAC."

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