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Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens

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Na Rua da Santa Cruz, no centro do Recife, há um gorro de Papai Noel. Adereço usado por Mariana Willka Marques. Assim, ela fica menos invisível quando estende a mão pedindo ajuda. Ao seu lado, também sentado em um velho colchão de espuma, está Josué Santos Cabral, marido de Mariana há nove anos. 

 A pergunta ‘o que você deseja para o seu Natal?’ é tola aos ouvidos do casal. O vídeo abaixo mostra a honestidade com a qual Mariana e Josué respondem esse tipo de questionamento. Ela deseja um galeto. São 30 anos na rua, ela diz, e já passou o tempo de sonhar com uma casa, com um carro. "Não tenho mais tempo para estar sonhando", conta.

Josué trava quando perguntado sobre o que ele deseja para 2020. São segundos de silêncio que dizem muito. O esforço para pensar em uma resposta e ela não vir diz muito. Os anos dormindo na rua parecem sugar a esperança dessas pessoas. 

 Para Josué, a época de Natal é a pior do ano. O espírito de confraternização faz ele lembrar de sua antiga casa no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, quando ceiava com a família. Mariana lembra de quando foi expulsa de casa por ser usuária de maconha. Recorda também dos anos que passou na prisão, vivência que Josué também tem. 

 O casal vai tentar aproveitar o período de maior solidariedade para conseguir um Natal mais farto. Com ou sem galeto, Mariana vai passar a data em seu colchão. De gorro.

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O gorro de Charles Lindbergh, o primeiro aviador que cruzou o Atlântico sozinho em 1927, será leiloado quarta-feira em Paris, anunciou nesta segunda-feira a casa de leilões Drouot.

Lindbergh usava o gorro, avaliado ao preço de entre 60.000 e 80.000 euros, durante o voo sem escalas que realizou entre Nova York e Paris nos dias 20 e 21 de maio de 1927 a bordo de seu monoplano "The Spirit Of Saint Louis".

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Ao chegar ao aeroporto de Bourget, ao nordeste de Paris, um mecânico roubou a peça, mas a entregou na mesma noite à embaixada dos Estados Unidos.

Mas o aviador americano voltou a perder o gorro de couro sete dias depois, quando as autoridades francesas o autorizaram a realizar manobras acrobáticas sobre Paris.

Uma moradora de Bourget o encontrou em seu jardim um dia depois e decidiu guardar a peça. Desde então o gorro estava com a família.

A peça foi considerada autêntica em 1969 durante um programa de televisão.

burs-meb/fp

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