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O aumento no preço do feijão está sendo sentido pelo brasileiro que está acostumado em ir à feira todos os meses. Desde o início do ano, seja no mercadinho do bairro, nos mercados públicos ou supermercados, o consumidor parece não ter outra alternativa, a não ser pesquisar bem antes de comprar. A falta da "pechincha" pode custar caro para o consumidor. 

De acordo com os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de janeiro, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ano de 2019 começou com a baixa estimativa e o país deve colher 2,929 milhões de toneladas de feijão neste ano - o que representa uma queda de 1,5% em relação ao resultado de 2018. O consumo doméstico do feijão gira em torno de 3 milhões de toneladas por ano.

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Essa estimativa menor de safra do grão de feijão é o que impulsionou o aumento no seu preço. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o preço do feijão carioca - o mais consumido no Brasil -, aumentou 19,76% em janeiro deste ano.

O LeiaJá foi conferir de perto a variação do preço do feijão carioca nos mercados públicos e supermercados do Recife e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana. No mercado público de Afogados, Zona Oeste do Recife, o preço mais barato oferecido aos consumidores pelo feijão carioca foi R$ 7,50 o quilo; já o mais caro foi R$ 8,50.

Saindo do mercado público de Afogados e seguindo para alguns supermercados que estão espalhados pelo centro comercial do bairro, os preços mais altos cobrados pelo quilograma do feijão carioca quase que se repetiam: a oscilação foi R$ 9,98 e R$ 9,99.

Depois de conferir em vários supermercados, ainda de Afogados, o preço mais baixo encontrado foi de 6,99. Mais o consumidor deve ficar atento, muitos dos produtos que estão com preços baixos são do "tipo 2", classificação que se dá ao grão não tão puro, onde é possível encontrar até pequenas pedras na hora de "catar" o feijão antes de colocar no fogo.

Em Jaboatão dos Guararapes, pouca diferença nos preços do grão. No mercado público de Cavaleiro, a equipe de reportagem do LeiaJá encontrou o quilograma do feijão carioca por R$ 8. Já nos supermercados do entorno, o kg do grão varia entre R$ 7,29 e R$ 8.

De acordo com Reginaldo Gomes, dono de um mercadinho em Cavaleiro, muitos agricultores estão desistindo de plantar o feijão por conta da dificuldade. "Quem antigamente plantava feijão, agora prefere outros produtos mais fáceis", assegura seu Regi, como prefere ser chamado. Ele confirma que todos os seus feijões são comprados dos agricultores de Irecê, na Bahia e São Paulo.

Assim como seu Regis, Alexandre do Nascimento, proprietário de uma loja dentro do mercado público de Afogados, acredita que os preços tendem a cair nas próximas semanas. "Ainda está muito caro por conta da grande procura e da baixa oferta do feijão. Mas esses preços tendem a cair na próxima safra que é em abril", confirma Alexandre.

IPCA da Região Metropolitana do Recife

No último mês de fevereiro, a inflação da Região Metropolitana do Recife (RMR), medida através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pelo IBGE, cresceu, saindo de 0,27% em janeiro para 0,59% em fevereiro - superando os resultados de fevereiro dos últimos dois anos.

O grupo que mais pressionou o índice no mês, apesar da desaceleração em relação a janeiro, foi o de “Alimentação e bebidas”, com alta de 1,01%, ante alta de 1,77% no mês anterior. Os itens com os maiores reajustes foram o feijão-mulatinho (20,8%), feijão-carioca (54,0%), o coentro (19,4%) e a batata-inglesa (20,3%).

Esses itens são de natureza de preço livre, ou seja respondem às variações de oferta e demanda, e estão refletindo choques de oferta, geralmente ocasionados por questões climáticas que acabam comprometendo a produção.

Segundo os historiadores, o arroz começou a ser cultivado na China e na Tailândia há cerca de 4.000 anos AC. Este grão é hoje o alimento básico da culinária oriental e também ganhou o mundo, sendo um dos três grãos mais plantados no planeta, ao lado do trigo e do milho. Os portugueses, que já navegavam pela Ásia antes de chegar por aqui pela América, trouxeram o arroz para o Brasil, onde ele se tornou um dos símbolos da culinária nacional, no tradicional acompanhamento para o feijão.

No entanto, o maior consumo que se dá por aqui é do arroz branco, que passa por um processo de refino, quando perde a maior parte de seus componentes nutritivos, como o farelo, que é rico em fibras, as vitaminas do Complexo B, vitamina E e minerais como ferro, potássio, cobre, magnésio, manganês e zinco.

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O ideal é consumir o arroz integral, que por não passar pela refinação, mantém todos estes componentes importantes ao fortalecimento do organismo, principalmente as fibras que auxiliam a regularizar o funcionamento do sistema digestivo, ajudando na prevenção do câncer do intestino.

Existem vários tipos de arroz integral como o agulha e o cateto, que são naturalmente mais escuros e mais fibrosos que o arroz branco normal. O tempo de cozimento é maior do que o arroz branco e não é necessário colocar óleo, podendo ser cozido apenas na água e sal. E para aqueles que não abrem mão do arroz refinado, uma sugestão é alternar o uso do arroz branco com o arroz integral nas refeições, comendo um dia um, no outro dia o outro.

Incrementar o arroz integral com temperos e legumes cortados também é uma boa maneira de quebrar a resistência de quem não está acostumado ao sabor do grão integral.

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