Tópicos | Grito da Terra

As reformas da Previdência e trabalhista devem ser o centro do debate na Câmara dos Deputados durante esta semana. Isto porque está prevista para amanhã a leitura do relatório da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016 que revisa as regras previdenciárias e para a próxima semana a votação do substitutivo sobre as normas trabalhistas. A discussão sobre os assuntos, entretanto, têm ultrapassado a Casa e será o tema 6º Grito de Terra que acontece em Pernambuco nesta segunda-feira (17). 

A partir das 14h, centrais sindicais de todo o estado vão sair em passeata da frente a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) até o Palácio do Campo das Princesas, para cobrar uma postura do governo do estado sobre o assunto e apresentar uma pauta de reivindicações. O Grito é organizado conjuntamente pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Federação dos Trabahadores Rurais de Pernambuco (Fetape), o Movimento Sem Terra (MST) e a Associação de Orientação às Cooperativas do Nordeste (Assocene). 

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As reformas também estão sendo discutidas na manhã de hoje em uma audiência pública na Alepe, com a participação, além dos sindicalistas, de deputados estaduais e do deputado federal Silvio Costa (PTdoB). 

Os atos, de acordo com o presidente da CUT em Pernambuco Carlos Veras, são para reforçar a greve geral prevista para o dia 28 de abril e uma mobilização nacional contra a leitura do relatório da reforma da Previdência marcada para amanhã (18). 

“Esses projetos vão acabar de vez com direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores e trabalhadoras, especialmente os rurais, e não podemos permitir que este governo golpista acabe com eles. No dia 28 de abril, vamos parar o Brasil, com uma greve geral. As cidades paradas e vazias denunciarão, repudiarão e  condenarão o desmonte da Previdência e da legislação trabalhista”, pontuou Veras.

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Trabalhadores e trabalhadoras rurais participam nesta quarta-feira (20) de mais uma edição do “Grito da Terra”. A concentração começou por volta das 13h, em frente à sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape), no bairro da Boa Vista, área central do Recife. De lá eles irão seguir em caminhada até o Palácio do Campo das Princesas.

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A mobilização realizada a nível nacional pretende chamar a atenção dos governos e da sociedade em geral para as reivindicações das populações do campo. Em Pernambuco, a manifestação será dividida em cinco Alas: Símbolos do Campo; Homenagem ao Deputado Manoel Santos (que faleceu no mês de abril); Marcha das Margaridas; Terceira Idade e Juventude. Todas elas terão elementos que expressam a identidade do meio rural.

Os trabalhadores pretende fazer pelo menos uma parada na Avenida Conde da Boa Vista para apresentarem suas reivindicações à população. A pauta, contendo 38 itens, já foi entregue ao Governo do Estado.  Entre as vsolicitações dos trabalhadores estão questões ligadas à convivência com o Semiárido, à reestruturação socioprodutiva da Zona da Mata e pautas históricas, como o acesso à terra, ao crédito, às condições para a produção e comercialização e às políticas sociais (saúde, educação, moradia, segurança).

“O Grito da Terra esse ano tem um diferencial. Nós tanto vamos pedir a presidenta Dilma, que irá anunciar amanhã as propostas para a agricultura familiar, como também pressionar o governo do estado”, afirmou Doriel Barros, presidente da Fetape. O grupo espera ser recebido por representantes da gestão estadual para debater as pautas em questão.

“Apesar de toda essa crise vivida pelo país, há uma expectativa de confiança, já que há um governo novo que está começando e porque o governo tem mostrado uma abertura e um compromisso com a nossa pauta. Esperamos que essa abertura de diálogo se concretize em ação”, declarou. 

O trabalhador rural Simão Salgado da Silva fez questão de participar do ato e chamou a atenção para a importância do engajamento dos jovens nessa mobilização.  “Queremos que o governo olhe mais para a situação dos trabalhadores rurais. Principalmente para os nossos jovens. Os jovens são o futuro do país, o governo tem que estimular esses jovens a querer trabalhar na área rural. Porque afinal todos nós precisamos da produção de alimentos para sobreviver”. 

"Moro em Feira Nova, na cidade de Vitória de Santo Antão, e vim participar porque gosto dessa luta, acho impostante para a nossa classe", completou o aposentado identificado apenas como Seu Biu.

Por volta das 15h20, o trânsito na Avenida Conde da Boa Vista estava completamente parado, por conta da mobilização.

Movimento - O Grito da Terra Pernambuco está na sua 5ª Edição e ocorre em diálogo com uma pauta nacional, que já foi entregue pela Contag à presidenta Dilma. No estado, a mobilização é organizada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape) e Sindicatos dos Trabalhadores Rurais em parceria com a ASA Pernambuco, CUT/PE, CPT, CTB, MST e Centro Sabiá.

Confira os pontos centrais da pauta entregue ao Governo do Estado

1.     Disponibilização de água para o consumo humano e animal

2.     Reestruturação da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária, transformando-a em Secretaria da Agricultura Familiar e Reforma Agrária

3.     Construção de um Banco de Dados sobre a Agricultura Familiar no estado

4.     Retorno sobre a implementação das Diretrizes para a Reestruturação Socioprodutiva da Zona da Mata e para a Convivência com o Semiárido

5.     Apresentação de um Plano Anual de Metas (2015/2018) do Governo do Estado para títulos públicos de propriedades rurais, priorizando as famílias que desejam acessar o Programa Nacional de Habitação Rural – PNHR, e os territórios quilombolas

6.     Abertura, até o segundo semestre deste ano, de concurso público para contratação imediata de extensionistas rurais para o IPA

7.     Garantia de diversificação produtiva no Programa Terra Pronta

8.     Apoio do Governo do Estado à participação de 2 mil mulheres rurais do estado na Marcha das Margaridas, viabilizando o transporte à capital federal

9.     Criação do Pacto pela Vida no Campo

10.  Conclusão e implementação imediata do Plano de Ação Estadual do Cadastro Ambiental Rural (CAR)

11.  Aperfeiçoamento do Programa Chapéu de Palha, desvinculando-o do Programa Bolsa-Família, assegurando que, a partir de 2015, o teto mínimo seja fixado em meio salário mínimo

12.  Construção, junto com a sociedade civil, do Plano Estadual de Convivência com o Semiárido

13.  Implementação do Programa Saúde da Família (PSFs) nas comunidades rurais

14.  Implantação da Política Estadual de Educação do Campo

Com informações de Juliana Marques

Cerca de 8 mil manifestantes estão reunidos em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, para o 18º Grito da Terra Brasil, movimento que reivindica a aprovação do novo Código Florestal com os vetos e alterações da presidenta Dilma Rousseff, segundo informações da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).

De acordo com informações da assessoria de imprensa da Contag, os trabalhadores rurais estão reunidos desde as 5h desta quarta, mas o protesto teve início às 10h30.

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A pauta do 18º Grito da Terra Brasil deste ano aborda a reforma agrária, trabalho justo e produção de alimentos saudáveis para todos, além da criação e aperfeiçoamento de políticas públicas de crédito, assistência técnica, organização da produção e comercialização que visam o fortalecimento e a proteção da agricultura familiar.

Os trabalhadores rurais, de acordo com a Contag, aproveitam a ocasião para fazer um protesto também contra a violência no campo. Foram expostas cruzes brancas no gramado do Congresso Nacional para representar todas as vítimas de violência no campo e denunciar que muitos desses crimes ainda continuam impunes.

Em seguida, os trabalhadores pretendem sair em caminhada em direção à tenda localizada nas proximidades da Catedral de Brasília, onde será realizada a abertura oficial do 18º Grito da Terra Brasil.

Trabalhadores rurais integrantes do Movimento "Grito da Terra" interditaram a Rodovia BR-282, na região de Chapecó, em Santa Catarina, na manhã desta quarta-feira. O bloqueio foi realizado na altura do quilômetro 535, no cruzamento entre as Rodovias BR-282 com a BR-480, por volta das 10 horas, organizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul do Brasil (Fetraf), de acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal.

As principais reivindicações do grupo ao governo federal são a melhoria do seguro-agrícola, a criação de um programa de irrigação, a reabertura da negociação do endividamento agrícola e uma medida semelhante à anunciada no Nordeste. Segundo a PRF, a interdição deve permanecer até às 15 horas.

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