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Líderes da Sérvia e do Kosovo planejam para a próxima terça-feira um encontro para amarrar os detalhes de um acordo que poderia aproximar os países vizinhos. Os principais pontos de disputa agora giram em torno da autonomia e poder político que caberão às comunidades sérvias em Kosovo, uma província separatista de maioria muçulmana que anunciou independência em 2008, e até onde Belgrado quer chegar para normalizar as relações com o povo que pertencia a seu território anteriormente.

O primeiro-ministro sérvio, Ivica Dacic e o primeiro-ministro de Kosovo, Hashim Thaci, avançaram num acordo depois de oito meses de negociações mediadas pela presidente de política externa da União Europeia, Catherine Ashton. Um acordo poderia ajudar os dois países a caminhar para uma inclusão no bloco europeu.

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Na rodada mais recente das negociações, realizada no dia 20 de março, Ashton disse que os dois lados chegaram "muito perto de uma solução para os assuntos mais difíceis". Ela disse que os dois chanceleres retornarão a Bruxelas no dia 2 de abril para "encontros conclusivos".

Contudo, um acordo precoce parece ainda longe de ser alcançado. Dacic disse recentemente que a Sérvia - que prometeu nunca reconhecer formalmente a independência de Kosovo - não concordaria com o que é considerado um compromisso humilhante com o território que muitos sérvios consideram o berço de sua civilização.

Um assessor de Thaci disse nesta sexta-feira que a vulnerabilidade política de Dacic à sua terra tornou as conversas ainda mais difíceis. Os poderosos parceiros de Dacic - ex-ultranacionalistas - dão sinais de que nenhum acordo será firmado.

Alguns diplomatas alertam que uma interrupção nas conversas poderia piorar as situações no norte de Kosovo, onde o governo liderado por albaneses de Kosovo quer ampliar sua autoridade. As informações são da Dow Jones.

Um procurador da União Europeia (UE) está visitando a Albânia, onde investiga acusações de que uma rede de criminosos vendia órgãos de civis sérvios capturados durante a Guerra do Kosovo, em 1998 e 1999. O procurador John Clint Williamson, da missão da Força-Tarefa Especial de Investigação da UE (EULEX), está em reuniões nesta quinta-feira com políticos graduados da Albânia, aos quais pedirá apoio na investigação.

Um porta-voz do governo albanês não quis comentar a visita de Williamson. Em relatório no ano passado, o Conselho da Europa acusou o primeiro-ministro do Kosovo, Hashim Thaci, e outros ex-comandantes insurgentes albaneses do Kosovo, de capturarem civis sérvios e extraírem órgãos das vítimas, os quais eram vendidos no mercado negro. Tanto Thaci quanto a Albânia negam as acusações.

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As informações são da Associated Press.

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