Tópicos | Kosovo

A Uefa anunciou, nesta quinta-feira (12), o adiamento da partida das Eliminatórias da Eurocopa que Israel disputaria em Pristina, no Kosovo, domingo, contra a seleção local. Conforme comunicado pela entidade máxima do futebol europeu, o jogo foi adiado porque "atualmente as autoridades israelenses não permitem que sua seleção nacional viaje para outros países", medida tomada em meio à intensificação do conflito entre Israel e Palestina, depois que o grupo terrorista palestino Hamas realizou um ataque ao território israelense no sábado.

Antes, a Uefa já havia adiado o duelo entre Israel e Suíça, também pelas Eliminatórias de Euro, que seria jogado nesta quinta, em Tel Aviv, uma das cidades afetadas pela guerra. Tal partida foi remarcada para 15 de novembro. Já Israel x Kosovo ainda não teve data de reposição definida. A seleção israelense é a terceira colocada do Grupo I, com 11 pontos, e briga por uma das duas vagas da chave ao torneio continental com a líder Suíça, com 14, e a vice-líder Romênia, com 11.

##RECOMENDA##

Nas Eliminatórias, os dois primeiros de cada grupo avançam para a Eurocopa. Outros classificados serão definidos em playoffs de repescagem disputados por 12 equipes de acordo com suas posições na última edição da Liga das Nações da Europa. Caso não consiga avançar dentro de seu grupo, a seleção israelense está qualificada para tentar a vaga por meio da repescagem.

Dessa forma, o atraso da partida contra Kosovo pode atrasar a realização do sorteio dos playoffs, programado para o dia 23 de novembro. A seleção de futebol de Israel já esteve filiada à confederação asiática e venceu a Copa da Ásia em 1964, seis anos antes de disputar a Copa do Mundo de 1970, a única da qual participou até hoje - foi eliminada na fase de grupos após derrota para o Uruguai e empates com Suécia e Itália. Desde 1991, está filiada à Uefa.

O Kremlin comunicou nesta quarta-feira (28) que a Rússia "apoia" as ações da Sérvia para acabar com as tensões no país vizinho, Kosovo, onde cidadãos sérvios levantaram barricadas e houve registro de tiros e explosões.

"Temos relações de aliados muito estreitas, históricas e espirituais com a Sérvia", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. A Rússia acompanha "muito atentamente" os acontecimentos em Kosovo, acrescentou.

"E, claro, apoiamos Belgrado nas ações executadas", insiste Peskov.

O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, enviou no domingo (25) o chefe do Exército, o general Milan Mojsilovic, à fronteira com Kosovo. A comunidade sérvia ergueu barreiras nas passagens e provocou um novo aumento das tensões neste jovem país dos Bálcãs.

No dia seguinte, o governo sérvio reforçou o estado de alerta em suas tropas e aumentou a presença militar na área. Segundo o anúncio do ministro da Defesa, Milos Vucevic, o número de soldados foi de 1.500 para 5.000.

De acordo com Peskov, "é natural que a Sérvia defenda os direitos dos sérvios, que vivem em condições tão difíceis, e reaja severamente quando seus direitos são violados".

Milos Vucevic confirmou nesta quarta-feira ao canal de televisão estatal RTS que o país está disposto a alcançar "um acordo" com Kosovo, mas não deu mais detalhes.

A Sérvia não reconhece a independência de sua antiga província do sul, habitada majoritariamente por albaneses étnicos e proclamada em 2008.

Belgrado estimula os 120.000 sérvios de Kosovo a desafiarem as autoridades locais, enquanto Pristina procura consolidar sua soberania em todo o território.

Em Kosovo, centenas de sérvios bloqueiam estradas do norte do país em protesto pela prisão de um ex-policial da Sérvia desde 10 de dezembro. A manifestação causou a paralisação do trânsito em dois postos fronteiriços com a Sérvia.

Na terça-feira (27), dezenas de manifestantes do lado sérvio da fronteira utilizaram caminhões e tratores para pararem o tráfego, que leva ao maior posto da fronteira entre os dois países. Kosovo classificou o ato como "bloqueio ilegal" e fechou a passagem na quarta-feira.

No início de novembro, uma polêmica decisão do governo de Pristina proibiu os sérvios residentes em Kosovo de usarem placas de veículos emitidas na Sérvia.

A medida, que foi suspensa, também incendiou as tensões. Centenas de policiais sérvios integrados à polícia de Kosovo, assim como juízes, promotores e outros funcionários se demitiram em sinal de protesto.

Um partido reformista de esquerda liderou as eleições parlamentares de Kosovo no domingo (14), com cerca de 50% dos votos contra o governo dos ex-comandantes rebeldes, de acordo com a boca de urna.

A antiga província de Belgrado, que continua lutando para ter reconhecimento pleno em nível internacional, realizou suas quintas eleições antecipadas desde a proclamação da independência em 2008.

O governo que vencer nas urnas será o terceiro desde o início da pandemia de coronavírus há um ano. Isso agravou as dificuldades econômicas deste território pobre, onde a Covid-19 causou mais de 1.500 mortes e onde a vacinação não parece próxima.

A sede de mudança é personificada para muitos por Vetevendosje (VV), que significa "autodeterminação", o movimento reformista de esquerda de Albin Kurti na guerra contra a corrupção e que segundo as pesquisas teria obtido entre 41% e 53% dos votos.

O PDK estabelecido pelos ex-comandantes rebeldes e a LDK, da centro-direita, obteveram entre 15% e 20% dos votos, de acordo com pesquisas divulgadas por quatro redes de televisão.

Os ex-heróis da luta pela independência contra a Sérvia (1998-99) estão no poder há anos. Mas "chegou a hora de fazer a limpeza geral", exclama Sabri Kadriu, professor de economia.

- A juventude foge -

"Nós chegamos, eles vão embora", prometeu Kurti, de 45 anos, um grande orador que passou pelas prisões do ex-presidente sérvio Slobodan Milosevic.

Seus apoiadores acusam os ex-guerrilheiros de captar recursos do Estado e de clientelismo neste território de 1,8 milhão de habitantes, onde o salário médio ronda os 500 euros (606 dólares). Como o índice de desemprego é de 50%, os jovens optam por emigrar, principalmente para a Suíça ou Alemanha.

A antiga rebelião chegou às eleições com uma forte desvantagem: a ausência de várias de suas grandes figuras, como o ex-presidente Hashim Thaci - do PDK - acusado em novembro de crimes de guerra pela Justiça internacional.

As chances do VV aumentaram com o apoio da presidente interina Vjosa Osmani, de 38 anos, símbolo de uma classe política de nova geração que abandonou a LDK de centro-direita do primeiro-ministro atual Avdullah Hoti.

Vetevendosje já liderou as duas últimas eleições legislativas, mas ficou separado por coalizões entre outros partidos. Em 2020, o governo de Albin Kurti durou cerca de cinquenta dias antes de cair.

Desta vez, Albin Kurti espera ganhar as 61 cadeiras necessárias, sobre 120, para ficar à frente.

Nem todos apoiam o programa do movimento, que no passado participou de manifestações violentas, mas os kosovares estão fartos e querem rostos novos, estimam os analistas.

A Sérvia rejeitou nesta quinta-feira (3) uma tentativa dos Estados Unidos de que reconhecesse Kosovo, no primeiro dia de uma reunião de cúpula na Casa Branca com os líderes dos dois países dos Bálcãs, que tentam normalizar suas relações econômicas.

O projeto de acordo "continha um artigo sobre o reconhecimento" de Kosovo pela Sérvia, ressaltou o presidente sérvio, Aleksandar Vucic, após o primeiro dia de negociações. "Achamos que isto não deveria estar em um documento sobre a normalização econômica", criticou.

Os Estados Unidos haviam dito que se concentrariam apenas em "reforçar as relações econômicas" dos dois países, e que deixariam de lado qualquer sinal de resolução política de uma das disputas territoriais europeias mais espinhosas.

A Sérvia se recusa a reconhecer a independência de Kosovo, proclamada em 2008, após uma guerra que deixou 13.000 mortos no final da década de 1990. Os sérvios são apoiados pela Rússia e pela China, enquanto os Estados Unidos estão entre os que quase imediatamente reconheceram o novo Estado.

"Não existe nenhuma possibilidade de eu assinar um documento que inclua o reconhecimento de Kosovo", afirmou Vucic. Segundo o presidente sérvio, "este artigo desapareceu" do projeto após a sua reclamação.

- 'Grandes passos para um acordo' -

O primeiro-ministro de Kosovo, Avdullah Hoti, reiterou que seu "objetivo" é "o reconhecimento mútuo", e se mostrou otimista e agradecido pela boa vontade da Casa Branca. "É um acontecimento histórico", disse, afirmando que os negociadores deram "grandes passos para um acordo", que poderia ser fechado amanhã.

O ministro sérvio das Finanças, Sinisa Mali, por sua vez, declarou que "as conversas são muito difíceis. A pressão é enorme."

Richard Grenell, enviado do presidente americano, indicou que deseja sair do impasse dando prioridade a temas econômicos concretos, com a esperança de que, posteriormente, ocorra a normalização diplomática.

Embora a reunião aconteça na Casa Branca, a participação de Donald Trump não foi anunciada. Até agora, os europeus têm liderado a mediação entre sérvios e kosovares, e, na próxima segunda-feira, Vucic e Hoti se reunirão em Bruxelas com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

No domingo (19), Dua Lipa teve que encarar uma polêmica envolvento o seu nome. A cantora britânica criou uma confusão por ter feito uma postagem em que defendia a autonomia do Kosovo, onde os seus pais nasceram. Internautas criticaram o conteúdo divulgado por Dua, dizendo que ela estava defendendo 'ideia nazista'. Após o episódio, a artista decidiu se pronunciar.

Ela afirmou que a publicação sobre o assunto foi tirada totalmente fora de contexto. "Meu post anterior não teve a intenção de incitar ódio. Me deixa triste e brava saber que a minha postagem foi propositalmente mal interpretada por alguns grupos e indivíduos que promovem o separatismo étnico, algo que eu rejeito completamente", escreveu. Dua Lipa também garantiu no comunicado que as pessoas devem sentir orgulho dos locais de onde vieram. 

##RECOMENDA##

"Eu, simplesmente, quero que meu país seja representado no mapa e que eu possa falar com orgulho e alegria sobre minhas raízes albanesas e sobre o país da minha mãe. Eu encorajo todo mundo a abraçar suas heranças, e a ouvir e aprender uns com os outros. Paz, amor e respeito para todos", disparou. Por causa da repercussão, a voz do hit Don't Start Now optou limitar a função dos comentários.

[@#video#@]

Sérvia e Kosovo retomaram nesta quinta-feira (16) em Bruxelas seu diálogo promovido pela União Europeia (UE), após meses de crise, embora o caminho para a normalização de suas relações esteja repleto de armadilhas.

"Espero um debate construtivo", disse o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, pedindo aos dois lados que abordem a discussão "com um espírito de compromisso e pragmatismo".

As discussões começaram com uma primeira reunião entre Borrell e o primeiro-ministro do Kosovo, Avdullah Hoti, e será seguida por outra com o presidente sérvio, Aleksandar Vucic, antes de um encontro com os três.

Duas décadas após a última das guerras que levaram à desintegração da Iugoslávia (1998-1999), Belgrado ainda não reconhece a independência proclamada em 2008 por sua antiga província, Kosovo.

O encontro em Bruxelas é o primeiro oficial desde 2019 e o fracasso de uma cúpula em Berlim entre Vucic e seu homólogo do Kosovo, Hashim Thaçi, figura central da política deste território.

No entanto, Thaçi está atualmente fora de campo devido às recentes acusações de crimes de guerra contra ele, que já fizeram os Estados Unidos adiar uma iniciativa de mediação em junho.

A UE tornou a normalização das relações entre os dois vizinhos uma prioridade, em nome do desenvolvimento econômico e de sua eventual futura integração no bloco europeu.

A Sérvia já está negociando a adesão, mas o Kosovo não, já que não possui uma posição unânime dos 27. Eslováquia, Espanha, Grécia, Romênia e Chipre não reconhecem a independência unilateral deste território.

Mas, além do reconhecimento, também continua pendente o status dos 120.000 sérvios do Kosovo ou as reparações para os deslocados e as famílias dos desaparecidos no conflito, entre outros.

O parlamento do Kosovo aprovou, nesta quarta-feira (3), um novo governo de coalizão liderado pelo partido de centro-direita LKD após meses de crise política, em uma votação que deve agravar as tensões na ex-província sérvia.

O governo de Avdullah Hoti, professor de economia de 44 anos, foi aprovado por 61 dos 120 deputados, anunciou o vice-presidente do parlamento, Kujtim Shala. Os deputados do Vetevendosje (VV), partido nacionalista de esquerda de Albin Kurti que pedia novas eleições, boicotaram a sessão.

"Sinto-me responsável perante os deputados, os cidadãos e a constituição pelas tarefas que nos aguardam", disse o novo primeiro-ministro. Ele também relançou as negociações com a Sérvia que estão atualmente paradas.

A antiga província sérvia está em crise desde a queda do governo de coalizão formado pelo VV, vencedor das eleições legislativas de outubro, com o LDK em março.

Essas eleições marcaram a derrota histórica dos ex-combatentes da independência, que dominavam a vida política desde a independência desta antiga província sérvia, proclamada em 2008.

A coalizão VV-LDK, dois partidos que não têm muito em comum, entrou em colapso em março, depois de menos de dois meses no poder.

O LDK tomou a iniciativa de uma moção de censura em plena pandemia de coronavírus, motivada em parte pela pressão dos Estados Unidos, principal aliado do Kosovo, descontente com a política de Albin Kurti em relação à Sérvia.

A Islândia disputará no ano que vem, na Rússia, a primeira Copa do Mundo de sua história. Nesta segunda-feira (9), o pequeno país garantiu o direito de ir ao torneio ao confirmar o favoritismo e derrotar Kosovo por 2 a 0, em casa, para delírio da fanática torcida que lotou o Estádio Laugardalsvöllur, em Reykjavik.

Com o resultado, os islandeses chegaram a 22 pontos ganhos em 10 rodadas e confirmaram a primeira colocação do Grupo I das Eliminatórias Europeias. Com uma campanha de sete vitórias, um empate e apenas duas derrotas, com 16 gols a favor e sete contra, o país deixou para trás seleções de mais tradição, como Croácia, Ucrânia e Turquia, para confirmar a vaga.

##RECOMENDA##

Curiosamente, em 2013 a Islândia ficou à beira de garantir vaga na Copa do Mundo do ano seguinte, no Brasil, mas foi eliminada na repescagem pela Croácia. Desta vez, porém, o país superou justamente os croatas, que terminaram na segunda posição da chave e terão que disputar a repescagem novamente.

Assim, a Islândia será o menor país da história a disputar a Copa do Mundo. Com pouco mais de 100km² e somente 332 mil habitantes, a nação tem apenas centenas de jogadores registrados como profissional e despontou para o mundo do futebol na Eurocopa de 2016, quando eliminou a favorita Inglaterra nas oitavas de final e só caiu nas quartas para a França.

Além da Islândia, já estão classificados para a Copa o Brasil, na América do Sul; a Nigéria e o Egito, na África; Irã, Japão, Coreia do Sul e Arábia Saudita, na Ásia; Bélgica, Espanha, Alemanha, Inglaterra, Sérvia e Polônia, na Europa; e México e Costa Rica, na Concacaf. País-sede, a Rússia também está garantida.

Para confirmar a vaga no Mundial, a Islândia contou com o apoio da torcida da casa nesta segunda. Mesmo diante da frágil equipe kosovar, a seleção ia passando em branco até os 39 minutos, quando um de seus principais jogadores apareceu para abrir o placar. Sigurdsson, do Everton, recebeu na meia-lua, cortou seu marcador e finalizou na saída do goleiro.

Para impedir qualquer zebra, os islandeses trataram de seguir atacando na etapa final e foram premiados com o gol que garantiu a classificação. Aos 22 minutos, o mesmo Sigurdsson recebeu na área pela esquerda, cortou seu marcador e tocou no meio para Gudmundsson, que empurrou para a rede e deu início à festa das arquibancadas.

CROÁCIA - Com a Islândia garantida no Mundial, Ucrânia e Croácia se enfrentaram em um confronto direto na briga pela vaga na repescagem. E mesmo atuando em Kiev, os visitantes croatas levaram a melhor e venceram por 2 a 0, mantendo vivo, assim, o sonho de ir à Copa do ano que vem.

O resultado levou a Croácia a 20 pontos, três à frente justamente da Ucrânia, que está fora do Mundial. A Turquia, que empatou em 2 a 2 com a Finlândia fora de casa, parou nos 15 pontos e também está eliminada, assim como os próprios finlandeses e Kosovo.

A vitória da Croácia teve Kramaric como herói. O atacante do Hoffenheim marcou os dois gols da partida, sendo que no primeiro recebeu cruzamento perfeito de Modric para finalizar para a rede, aos 16 minutos do segundo tempo. Apenas oito minutos depois, Rakitic recebeu lançamento longo e tocou de primeira, com muito estilo, para o mesmo Kramaric selar o resultado.

A Fifa anunciou nesta terça-feira (18) a abertura de um inquérito disciplinar para investigar os incidentes do confronto entre Kosovo e Croácia, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Na ocasião, as duas torcidas "se uniram" para entoar cânticos de ataque à Sérvia, e é justamente esta conduta que foi denunciada pela entidade.

Na partida realizada no último dia 6, na Albânia, a Croácia goleou Kosovo por 6 a 0. Ao longo do confronto, as duas torcidas foram flagradas cantando juntas: 'Matem, matem os sérvios".

##RECOMENDA##

O comportamento foi fruto da imensa tensão entre os países que formavam a Iugoslávia. Uma guerra de grandes proporções no início da década de 90 separou o país em diversos outros, como Sérvia, Croácia e Bósnia. Somente em 2008, Kosovo declarou unilateralmente sua independência, que, no entanto, ainda não é reconhecida por diversas nações, como a própria Sérvia.

A Organização das Nações Unidas (ONU) também ainda não reconhece Kosovo como nação independente. Mesmo assim, o país conseguiu em maio o direito de se filiar à Fifa e disputa sua primeira competição oficial de futebol nessas Eliminatórias.

A Fifa não informou quando julgará o caso, mas se for punida, esta não será a primeira sanção enfrentada pela Croácia nas Eliminatórias. O país teve que atuar sem torcida em suas duas primeiras partidas na competição justamente por conta do comportamento ofensivo de sua torcida.

A polícia do Kosovo deteve um sacerdote católico acusado de abusos sexuais contra menores no Reino Unido, e seu processo de extradição está em curso, informaram neste domingo fontes policiais.

"Andrew Charles Kingston Soper foi detido na quarta-feira após uma ordem de prisão europeia emitida pela Grã-Bretanha", disse à AFP o chefe policial encarregado da cooperação internacional, Veton Elshani.

Soper estava foragido desde 2011 e acusado de ter abusado de cinco meninos, quando lecionava no St Benedict's School, um colégio católico privado do oeste de Londres.

Soper "foi detido no leste da cidade de Peć (...) após recebermos uma informação de que estava lá", disse Elshani.

Após um relatório independente britânico que detalhava 21 incidentes de abusos por parte de religiosos entre 1970 e 2010, em 2011 o St Benedict's School pediu perdão e aceitou recomendações para proteger menores destes abusos no futuro.

Legisladores da oposição furiosos com recentes acordos de Kosovo com Sérvia e Montenegro usaram gás lacrimogêneo no Parlamento, o que forçou à suspensão de uma sessão na Casa. Os congressistas deixaram o local após o gás ser lançado.

Um dos acordos, apoiados pela União Europeia, dá à maioria sérvia de Kosovo maiores poderes, enquanto o outro é relativo à demarcação da fronteira com Montenegro.

##RECOMENDA##

A oposição quer que o governo recue dos acordos, dizendo que eles ameaçam a soberania e a integridade territorial de Kosovo. Já a coalizão de governo diz que a oposição deseja chegar ao poder por métodos inconstitucionais.

A Uefa confirmou nesta quarta-feira que abriu uma ação disciplinar contra o Bayern de Munique.  Isso porque a torcida do clube alemão exibiu uma bandeira de conotação política em apoio ao Kosovo na última terça-feira (11), durante o empate do clube alemão por 1x1 com o Arsenal, em casa, que o classificou às quartas de final da Liga dos Campeões da Europa.

Uma bandeira com as frases "Diga não ao Racismo. Diga sim ao Kosovo" foi mostrada pelo torcedores do Bayern - o time conta no seu elenco com um jogador nascido no Kosovo, o meia Xherdan Shaqiri, embora ele defenda a seleção da Suíça.

##RECOMENDA##

A legislação da Uefa proíbe declarações políticas e torna os clubes responsáveis pelos incidentes que acontecem no seu próprio estádio. Os times podem ser multados e, em casos mais graves, terem setores do seu estádio fechado.

O Kosovo se separou da Sérvia em 2008, mas ainda não conseguiu alcançar o pleno reconhecimento internacional. A Fifa permitiu que os seus filiados joguem partidas contra a seleção do Kosovo, apesar da oposição da Uefa. Na semana passada, a equipe entrou em campo e empatou com o Haiti por 0 a 0 no seu primeiro jogo oficial.

O Kosovo vai às urnas neste domingo (3) para renovar as assembleias municipais, um teste para a implementação do acordo de normalização das relações entre Belgrado e Pristina, uma eleição acompanhada de perto pela União Europeia. O principal desafio nestas eleições organizadas por Pristina, será a participação dos sérvios do Kosovo, especialmente aqueles do norte que rejeitam qualquer autoridade.

Durante a campanha eleitoral, Belgrado pediu aos cerca de 40.000 sérvios que vivem na região norte do Kosovo, na fronteira com a Sérvia, onde são maioria e onde Pristina não exerce praticamente nenhum controle, para participarem da votação.

##RECOMENDA##

Nesta região, no início da tarde, eram poucos os sérvios presentes nas assembleias de voto, que abriram às 6h (4h no horário de Brasília). "Votar hoje significa impedir que os albaneses se estabeleçam aqui", no norte do país, onde os sérvios são a maioria, afirmou Radomir Milic, um carpinteiro de 74 anos, depois de ter cumprido o seu dever eleitoral em Mitrovica.

"Eu amo o meu país e aqueles que amam seu país e querem salvá-lo devem votar", acrescentou Milovan Bojovic, de 75 anos, um general aposentado. Em Mitrovica, grupos hostis à eleição vaiavam e insultavam aqueles que tentavam votar. No entanto, nenhum incidente foi relatado.

A Sérvia, que pretende iniciar em breve as negociações de adesão à UE, incentiva pela primeira vez a participação da comunidade sérvia, já que o bom desenrolar da eleição é uma condição para a aproximação com Bruxelas. Para Belgrado, após a eleição os sérvios do Kosovo "vão obter uma confirmação internacional da existência de uma Associação dos Municípios sérvios".

Esta associação personificaria a autonomia prevista pela comunidade sérvia no Kosovo pelo acordo de Bruxelas, alcançado em abril entre Belgrado e Pristina, sob os auspícios da União Europeia. Ela substituirá as instituições do Estado sérvio no norte de Kosovo, cuja presença foi considerada ilegal por Pristina e a comunidade internacional.

De acordo com uma pesquisa realizada em outubro pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no norte do Kosovo 15,8% dos sérios garatiram que vão às urnas. Em contrapartida, 43,5% dos sérvios entrevistados estão decididos a boicotar as eleições, em resposta a uma campanha muito ativa de partidos nacionalistas.

O PNUD, no entanto, vê como "encorajador" o percentual de sérvios que desejam votar nas primeiras eleições organizadas por Pristina no norte. Durante a campanha eleitoral, Belgrado e Pristina acusaram mutuamente de manipular os eleitores, apesar de um acordo entre o primeiro-ministro do Kosovo, Hashim Thaci, e o seu homólogo sérvio, Ivica Dacic, para permitir que os deslocados durante o conflito no Kosovo (1998-1999) se registrassem como eleitores.

Ao todo, cerca de 1,7 milhão de eleitores estão aptos a escolher entre 102 partidos e associações que disputam o controle de 36 municípios em Kosovo.

Leonarda Dibrani, a adolescente cigana expulsa da França para o Kosovo, foi agredida com sua família na tarde deste domingo (20) por pessoas não identificadas em Kosovska Mitrovica, cidade do norte desse território, onde a família vive desde a sua expulsão, no dia 9 de outubro, indicou uma fonte policial.

"Os Dibrani passeavam em Mitrovica com seus filhos quando foram agredidos por pessoas não identificadas", disse à AFP uma fonte policial que pediu para não ter sua identidade revelada. A mãe de Leonarda, Xhemaili, de 41 anos, "foi hospitalizada, enquanto as crianças, traumatizadas, estão em uma delegacia de polícia", acrescentou a mesma fonte.

O pai, Resat Dibrani, de 47 anos, está no hospital de Kosovska Mitrovica junto com sua esposa, indicou. "Isso mostra que os Dibrani não estão seguros aqui", disse a fonte policial à AFP.

Leonarda Dibrani recebeu no sábado (19) um convite do presidente François Hollande para voltar à França sozinha e manter seus estudos. Ela rejeitou o convite, considerando que não quer retornar sem sua família.

"Não irei sozinha à França. Não abandonarei a minha família. Não sou a única a ter que ir à escola. Tem também meus irmãos e irmãs", havia dito à AFP no sábado a menina de 15 anos, nascida na Itália. Dos seus cinco irmãos, quatro nasceram na Itália, e a caçula, de 17 meses, na França.

Depois de ter negado por muito tempo, o pai, Resat, reconheceu que era o único da família a ter nascido no Kosovo, antiga província sérvia que proclamou sua independência em fevereiro de 2008. Dibrani e sua família foram para a Itália e para a França em 2008, "em situação irregular".

O pai reconheceu ter mentido às autoridades francesa, afirmando que toda a sua família era do Kosovo, na esperança de ter mais chances de obter asilo na França.

Um tribunal europeu condenou nesta segunda-feira (29) cinco médicos kosovares a penas de até oito anos de prisão por tráfico de órgãos em Kosovo, no veredito de um caso que remonta a 2008 e cujas ramificações se estendem a Europa, América do Norte e Oriente Médio.

A pena mais importante, de oito anos de prisão, foi pronunciada contra o urologista Lutfi Dervishi, enquanto seu filho, o médico Arban Dervishi, foi condenado a sete anos e três meses de prisão.

##RECOMENDA##

Três acusados, todos médicos, foram condenados a penas de até três anos. Outros dois acusados, entre eles o ex-funcionário do alto escalão do Ministério da Saúde Ilir Rrecaj, foram absolvidos no julgamento, iniciado em 2011.

Durante o processo, Rrecaj reconheceu que transplantes ilegais aconteciam na clínica, mas negou envolvimento. Os réus foram acusados de crime organizado e exercício ilegal da atividade médica, segundo a ata de acusação redigida pelo procurador europeu Jonathan Ratel.

Segundo a mesma fonte, mais de 30 extrações de rins e transplantes foram realizados ilegalmente na clínica Medicus, fechada em 2008, quando estourou o escândalo.

Os doadores, recrutados na Europa ou Ásia Central, tinham a promessa de que receberiam, cada um, cerca de 15 mil euros, enquanto os que recebiam os órgãos estavam dispostos a pagar, cada um, até 100 mil euros pela intervenção cirúrgica.

A ata de acusação designa o cidadão israelense Moshe Harel como cérebro de uma rede de recrutamento de doadores e receptores de órgãos. O médico turco Yusuf Ercin Sonmez é suspeito de ter realizado os enxertos de órgãos na clínica Medicus.

Nenhum dos dois consta entre os acusados no processo, uma vez que não foram colocados à disposição do tribunal europeu.

O governo sérvio aprovou, nesta segunda-feira, um acordo para normalizar as relações com Kosovo, região que declarou, unilateralmente, sua independência da Sérvia em fevereiro de 2008. A medida pode encerrar anos de tensões e colocar os rivais dos Bálcãs no caminho para a adesão à União Europeia (UE).

O governo aprovou o acordo por unanimidade durante uma sessão extraordinária e ordenou que seus ministros o implementem, disse o porta-voz do governo, Milivoje Mihajlovic.

##RECOMENDA##

Os primeiros-ministros da Sérvia e do Kosovo chegaram a um acordo, com a mediação da UE, na sexta-feira, segundo o qual a liderança de étnica albanesa de Kosovo terá autoridade sobre os rebeldes sérvios do território. Em troca, a minoria sérvia vai ter ampla autonomia em Kosovo.

Após a aprovação sérvia, a Comissão Executiva da UE recomendou nesta segunda-feira que o bloco inicie as negociações de adesão com a Sérvia. A Comissão disse, em relatório, que a "Sérvia tomou medidas muito significativas na direção de uma melhora visível e sustentável em suas relações com Kosovo".

Kosovo, que é considerado por nacionalistas o berço medieval do Estado e da religião sérvios, declarou independência em 2008. A Sérvia prometeu nunca reconhecer a declaração. Autoridades sérvias afirmam que o acordo de normalização das relações não significa que Belgrado tenha reconhecido Kosovo como um país.

O acordo irritou nacionalistas sérvios, que pretendem realizar grandes protestos em Belgrado e em Kosovo nesta segunda-feira.

No domingo, o Parlamento de Kosovo votou a favor de um resolução que apoio ao acordo inicial. O Parlamento sérvio deve fazer a mesma coisa ainda nesta semana.

O acordo permite que sérvios policiem e gerenciem o norte de Kosovo, que é habitado predominantemente por sérvios étnicos, em troca do reconhecimento nominal da autoridade do governo do Kosovo. O documento também pede que cada lado não obstrua o outro numa eventual tentativa de uma adesão à UE.

A Sérvia abandonou o controle da maior parte do Kosovo em 1999, quando a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) expulsou suas tropas da região, após três meses de ataques com bombas.

Não está claro como o acordo será implementado no norte de Kosovo, onde líderes sérvios radicais rejeitam a autoridade de Pristina, comandada por albaneses étnicos, e consideram a região como parte da Sérvia. As informações são da Associated Press.

Os primeiros-ministros da Sérvia e de Kosovo chegaram nesta sexta-feira a um acordo preliminar por meio do qual pretendem normalizar as relações bilaterais entre as duas nações balcânicas.

A negociadora da União Europeia (UE), Catherine Ashton, declarou hoje que o acordo preliminar encerra meses de tensas negociações e mostra a determinação tanto do primeiro-ministro sérvio, Ivica Dacic, quanto do chefe de governo kosovar, Hashim Thaci, para pôr fim a anos de inimizade.

##RECOMENDA##

"O que estamos observando é um passo de ambos para longe do passado e para mais perto da Europa", declarou Ashton, que é a chefe de política externa da UE. Uma das precondições para que os países ingressem na UE é a normalização das relações com seus vizinhos.

Entre os temas mais difíceis que Sérvia e Kosovo terão pela frente agora está a situação do norte kosovar, cuja maioria da população é de sérvios étnicos que não reconhecem a autoridade de Pristina. As informações são da Associated Press.

O tribunal da Organização das Nações Unidas (ONU) para crimes de guerra cometidos na antiga Iugoslávia absolveu nesta quinta-feira o ex-primeiro-ministro kosovar Ramush Haradinaj e dois ex-combatentes do Exército de Libertação de Kosovo (ELK) de acusações de assassinato e tortura durante a guerra que resultou na independência do território, no fim dos anos 1990.

Haradinaj, de 44 anos, e Idriz Balaj, de 41, foram julgados por seis acusações de assassinato e tortura de sérvios e não-albaneses. Já o terceiro acusado, Lahi Brahimaj, de 42 anos, enfrentou quatro acusações pelo seu papel na luta entre as guerrilhas da Albânia que lutavam por independência e as forças de Belgrado, lideradas pelo ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic.

##RECOMENDA##

As absolvições resultam da primeira vez que o Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII), estabelecido em Haia, aceitou recurso a sentenças emitidas anteriormente. Em 2008, o trio já havia sido absolvido pelo TPII, mas o julgamento foi considerado um "aborto da justiça" em meio a denúncias de intimidação a testemunhas de acusação.

Haradinaj regressou ao Kosovo hoje mesmo. Ele foi recebido em Pristina pelo atual primeiro-ministro kosovar, Hashim Thaci, e prometeu voltar à política agora que foi absolvido novamente pelo TPII. "Vou trabalhar com todos vocês para levar esse país para a frente", declarou Haradinaj ao desembarcar. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Belgrado, 24 - A Sérvia lembra hoje o 13º aniversário da campanha de ataque da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que interrompeu o ofensiva do país ao Kosovo e que muitos sérvios afirmam ter sido injustificada.

Os nacionalistas estão usando o evento deste sábado para alimentar o sentimento de aversão ao Ocidente, enquanto os liberais alertam que pouco foi feito para deixar para trás o passado de guerra da Sérvia, apesar de o país estar tentando entrar para a União Europeia.

##RECOMENDA##

O presidente sérvio, Boris Tadic, e outras figuras públicas participaram de cerimônias em honra às pessoas que foram mortas pela ofensiva da Otan, que encerrou o período de domínio da Sérvia sobre o Kosovo. Os 78 dias de bombardeios deixaram destruída boa parte da infraestrutura do país. As informações são da Associated Press. (Equipe AE)

A Sérvia e Kosovo chegaram nesta sexta-feira a um acordo sobre duas questões importantes que vão aumentar significativamente das chances da Sérvia de se tornar um candidato oficial a se associar à União Europeia (UE). O acordo permite que Kosovo, antiga província sérvia, se auto represente em conferências internacionais e define os detalhes técnicos sobre como Sérvia e Kosovo irão gerir suas fronteiras comuns e passagens fronteiriças.

A chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, e comissário para ampliação e vizinhança do bloco, Stefan Füle, saudaram o acordo como "um grande passo adiante".

##RECOMENDA##

A UE queria que Belgrado fizesse progressos nas conversações com Kosovo antes de apoiar seu pedido de adesão ao bloco. Ministros de Relações Exteriores da UE vão se reunir na próxima semana para avaliar se a Sérvia cumpriu as condições exigidas para se uma candidata a associar-se ao bloco.

Kosovo, que declarou independência em 2008, era uma província da Sérvia. Belgrado prometeu nunca reconhecer a cisão, mas os dois lados têm realizados conversações regulares no último ano e normalizaram suas relações.

Um dos pontos mais controversos tem sido a insistência do Kosovo de ser representado em fóruns internacionais como um Estado independente, medida à qual a Sérvia se opõe.

O compromisso proposto pela UE e aceito pelos dois lados define que o nome de Kosovo em reuniões internacionais terá um asterisco e terá uma nota de rodapé com uma referência à resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que não faz menção à independência do Kosovo, e uma decisão da Corte Internacional de Justiça dizendo que a declaração de independência do Kosovo é legal.

O primeiro-ministro kosovar, Hashim Thaci, disse estar ciente de que a medida não é popular entre a maioria étnica albanesa do Kosovo, que teme que o acordo dilua a cisão com a Sérvia, mas afirmou que se trata de uma "fórmula temporária"

Em Belgrado, o presidente sérvio Boris Tadic saudou o acordo dizendo que ele mostra que a "Sérvia é um fator de estabilidade no sudeste da Europa". "Nós nunca quisemos boicotar ou impedir a participação de Pristina em fóruns internacionais", disse ele em comunicado.

A UE disse que não é necessário que a Sérvia reconheça Kosovo, mas tem de haver um alívio nas tensões com o governo da antiga província antes de Belgrado receber o status de candidato a membro do bloco. As informações são da Associated Press.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando