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Ídolo do Barcelona, o ex-jogador Éric Abidal está sendo investigado pelo suposto envolvimento em um caso de tráfico de órgãos para o próprio transplante de fígado, ocorrido em 2012 após a descoberta de um tumor. O caso, que é de 2017, voltou à tona nesta segunda-feira após a constatação de que o doador, Gerard Armand, não teria qualquer parentesco com o ex-lateral da seleção francesa, apesar de ter sido identificado anteriormente como sendo seu primo.

O caso é investigado pelo Juizado de Instrução 28 de Barcelona, que no último dia 28 foi alertado pelo Instituto Nacional de Toxicologia da Espanha que nenhuma prova de parentesco entre Abidal e Armand foi encontrada nos exames de sangue. A comprovação de que as duas pessoas, receptor e doador, são da mesma família é um dos requisitos para a realização do procedimento no país. As informações são do jornal El Condifencial.

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O ex-jogador Éric Abidal estaria envolvido na agressão à jogadora do PSG Kheira Hamraoui, que foi atacada por homens encapuzados, segundo investigadores. Ataque seria vingança por possível caso extraconjugal envolvendo Abidal.

As investigações tiveram início há cerca de cinco anos, quando as autoridades espanholas interceptaram ligações telefônicas de Sandro Rosell, ex-presidente do clube catalão, visando outro caso. Segundo a publicação, nas conversas, o então mandatário e ex-diretor Juanjo Castillo admitiram ter comprado um fígado de maneira ilegal e discutiam uma versão para que o doador fosse apresentado como um primo de Abidal.

Após a divulgação dos áudios, ambos os dirigentes afirmaram publicamente que Armand seria um primo distante de Abidal e que os dois teriam até uma avó em comum. O caso chegou a ser arquivado em 2019 por falta de provas. Agora, a Justiça espanhola cogita a realização de um exame mais aprofundado para verificar a genealogia da família do ex-jogador e de Armand, mas ainda não é certo que isso aconteça.

A possibilidade de Armand ter recebido uma compensação financeira pela doação do fígado também é analisada, o que constataria crime. As autoridades da França, onde ele mora, pediram nesta semana uma perícia sobre as contas bancárias e os patrimônios do doador.

TUMOR - Abidal descobriu um tumor no fígado em março de 2011, aos 31 anos. Ele chegou a ser operado, mas a doença voltou de forma mais agressiva um ano depois, quando o francês precisou fazer uma pausa na carreira para tratar do problema, retornando aos gramados somente em dezembro de 2012.

O ex-oficial do exército de Israel e suspeito de participação em um esquema de tráfico de órgãos, Gedalya Tauber, de 78 anos, desembarcou no Recife por volta das 15h deste domingo (3). O israelense foi preso em Roma, na Itália, em junho do ano passado, mas fugiu após receber um aval da Justiça de Pernambuco para realizar uma viagem pelo período de 30 dias, em janeiro de 2009. Tauber foi preso pela primeira vez no ano de 2003, durante a "Operação Bisturi", cujo objetivo era desarticular uma quadrilha de traficantes de pessoas, no Brasil, para retirada de órgãos com ramificações no exterior (África do Sul e Israel).

Segundo a Polícia Federal, o suspeito aproveitou o período para visitar a família, em Israel, e outros parentes nos Estados Unidos. O delegado da PF Alexandre Lucena e um agente do órgão foram, neste final de semana, até Roma para trazer o traficante até a capital pernambucana. De acordo com o delegado que está a frente do caso, Gedalya apresentou muita tranquilidade ao ser preso. "Em nenhum momento ele se desesperou. Só ficou um pouco nervoso dentro do avião por conta da longa viagem e, com isso, chegou a passar mal. O resto, no entanto, foi calmo", disse Lucena. 

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Gedalya será encaminhado ao Centro de Triagem (Cotel) de Abreu e Lima, onde terminará de cumprir sua pena. O traficante deve ficar preso por quatro anos e nove meses. Quando preso em 2003, o suspeito recebeu pena de 11 anos, porém seis anos já foram cumpridos. 

Operação Bisturi - Com duração de nove meses (de março a dezembro de 2003), a operação prendeu e condenou 12 pessoas no Brasil, duas em Israel e 20 na África do Sul. 

As vítimas, geralmente de baixa renda, eram aliciadas no Recife e cidades do interior de Pernambuco com o fim da retirada de ruins para execução da cirurgia que eram oferecidos à pacientes de Israel na África do Sul. Cada paciente era indenizado no valor de U$ 150 mil dólares.

As pessoas que faziam a cirurgia tinham que assinar uma declaração falsa afirmando que quem estava recebendo a doação do órgão era um parente. Após recebimento do dinheiro, a quadrilha pagava os valores pertinentes à pessoa que se submetia a intervenção cirúrgica para retirada do órgão e dividia o restante com todos os integrantes do esquema.

Durante as investigações foi detectada a ida de 47 pessoas para o Hospital Sant Agostini em Durban/África do Sul. As pessoas que eram levadas para retiradas dos rins recebiam em torno de R$ 5 mil a R$ 30 mil. Estima-se que aproximadamente $ 4 milhões de dólares foram desviados pela quadrilha nessas intervenções cirúrgicas.

Dezembro/2003: Foi preso pela primeira vez, através da "Operação Bisturi";

20/12/2006: Passou a ficar em regime semi-aberto;

25/12/2006: Obteve redução da pena, passando de 11 anos e 9 meses para 8 anos e 9 meses. Segundo o Juíz Luiz Rocha, o suspeito teve a pena reduzida por causa de uma lei que é assinada, anualmente, que determina a queda na pena de certos casos;

14/12/2007: Recebeu livramento condicional, ou seja, podia andar normalmente pelas ruas, porém não podia frequentar alguns lugares, com bares;

16/01/2009: Foi autoridado pela Justiça de Pernambuco a viajar durante 30 dias;

29/01/2009: Dia que realizou a viagem e não retornou, até ser preso em julho deste ano, em Roma, na Itália.

O ex-oficial do exército israelense, Gedalia Tauber, de 78 anos, será extraditado para Pernambuco. O homem suspeito de participar de um esquema de tráfico de órgãos, principalmente rins, foi preso em Roma, na Itália, em junho do ano passado.

De acordo com a Polícia Federal, Gedalia Tauber fugiu depois de receber um aval da Justiça de Pernambuco para realizar uma viagem pelo período de 30 dias, em janeiro de 2009. Desde então, o ex-oficial estava foragido, tendo a prisão decretada em outubro do mesmo ano. Ele estava sendo procurado também pela Interpol.

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O Governo Brasileiro já solicitou ao Governo Italiano o pedido de extradição do acusado, baseado no tratado bilateral de reciprocidade entre os dois países. A solicitação foi deferida pelo Ministro da Justiça Italiana no dia 16 de julho.

A Polícia Federal em Pernambuco enviou na última segunda-feira (28) dois agentes a Roma para trazer o ex-oficial. Ele será conduzido para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, onde irá cumprir o restante dos 11 anos e 9 meses, a que foi condenado. Os policiais devem retornar com o suspeito para o Recife no próximo dia 2 de agosto.

Caso - A “Operação Bisturi” teve a duração de nove meses, tendo sido iniciada em março de 2003 e concluída em dezembro do mesmo ano. O objetivo era desarticular uma quadrilha de traficantes de pessoas para retirada de órgãos no Brasil com ramificações no exterior (África do Sul e Israel).

As vítimas, geralmente de baixa renda, eram aliciadas no Recife e cidades do interior de Pernambuco com o fim da retirada de ruins para execução da cirurgia que eram oferecidos à pacientes de Israel na África do Sul. Cada paciente era indenizado no valor de U$ 150 mil dólares.

As pessoas que faziam a cirurgia tinham que assinar uma declaração falsa afirmando que quem estava recebendo a doação do órgão era um parente. Após recebimento do dinheiro, a quadrilha pagava os valores pertinentes à pessoa que se submetia a intervenção cirúrgica para retirada do órgão e dividia o restante com todos os integrantes do esquema.

Foram presas e condenadas 12 pessoas no Brasil (aliciadoras), duas em Israel (responsáveis pela fraude no Sistema de Saúde para realização das cirurgias) e 20 na África do Sul (médicos e enfermeiras que realizavam as cirurgias).

Durante as investigações foi detectada a ida de 47 pessoas para o Hospital Sant Agostini em Durban/África do Sul. As pessoas que eram levadas para retiradas dos rins recebiam em torno de R$ 5 mil a R$ 30 mil. Estima-se que aproximadamente $ 4 milhões de dólares foram desviados pela quadrilha nessas intervenções cirúrgicas.

Com informações da Polícia Federal

Duas audiências públicas serão realizadas nesta quinta-feira (5) na Câmara de Vereadores do Recife. Uma delas promovida pelo líder da oposição na Casa, vereador Raul Jungmann (PPS) abordará a saúde pública às 9h30. Já a segunda solicitada pelos vereadores Aerto Luna (PRP) e Aline Mariano (PSDB) debaterá o tráfico de órgãos e pessoas, às 10h.

Sobre a questão da saúde pública, Jungmann questionará o secretário de Saúde, Jadilson Correia, em relação ao cumprimento no relatório apresentado pela atual gestão no início de 2013. Segundo o parlamentar de todas as metas apresentadas apenas 42% foram cumpridas integralmente, outras 16% parcialmente e também 42% não foram cumpridas. Além disso, o vereador quer saber os motivos de muitas algumas Unidades de Saúde da Família (USFs) ficarem fechadas às sextas-feiras, como foi denunciado no início de maio. 

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Já o debate sobre tráfico de órgãos e pessoas deverá contar com o Arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido; o procurador Geral da Justiça, Aguinaldo Fenelon; o  Secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Estado, Bernardo Juarez d’Almeida; o Chefe de Comunicação Social da Polícia Federal, Giovani Santoro; a Coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco, Noemy Gomes entre outras autoridades.

O objetivo é inserir o município ao tema ligado diretamente à campanha da fraternidade deste ano que é o tráfico humano. Outra preocupação dos parlamentares é o fato pelo qual passa o país, sede de um evento esportivo de grande porte, a Copa do Mundo. 

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) suspendeu na terça-feira, 16, as audiências do processo sobre tráfico de órgãos em Poços de Caldas que ocorreriam nesta semana. Os advogados de dois médicos acusados de participar do esquema entraram com um recurso contra o juiz do caso - Narciso Alvarenga Monteiro de Castro -, alegando "exceção de suspeição" (falta de imparcialidade no processo). Os dois médicos que entraram com recurso contra o juiz, Celso Roberto Frasson Scafi e Cláudio Rogério Fernandes, já foram condenados em outro processo envolvendo tráfico de órgãos, em fevereiro passado.

Por meio de nota, o advogado José Kalil, que defende os médicos, disse que o argumento usado é que "o referido magistrado perdeu a necessária isenção e imparcialidade para apreciar o chamado Caso Pavesi". E que houve manifestações "que indicaram a ausência de imparcialidade, notadamente contidas em sentença condenatória por ele proferida noutro processo a que respondem nossos clientes, versando sobre acusação semelhante". Procurado, o juiz Monteiro de Castro disse que não se manifestaria sobre a suspensão das audiências porque o argumento de suspeição ainda será julgado pelo TJ-MG. Ele afirmou, no entanto, que falará sobre o assunto assim que sair uma decisão definitiva, pois a suspensão é provisória.

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No processo que envolve as audiências desta semana seriam julgados os médicos Scafi, Fernandes e também Sérgio Poli Gaspar. A acusação é a mesma, ou seja, a retirada ilegal de órgãos humanos para transplantes. O TJ-MG não informou quando será analisado o pedido para a troca do magistrado, definição que é necessária para dar continuidade ao julgamento.

Ameaça

"Temo que o juiz não fique muito tempo no cargo, já que está afrontando os poderes da cidade", disse Paulo Pavesi, de 45 anos, em entrevista a uma emissora de TV de Minas Gerais. Ele é o pai do menino Paulo Veronesi Pavesi, o Paulinho, que morreu aos 10 anos na Santa Casa de Poços de Caldas depois que seus órgãos foram retirados ilegalmente para transplante. Foi esse caso - que ficou conhecido como Caso Zero - que deu origem às investigações da chamada máfia do tráfico de órgãos no Estado. A morte de Paulinho resultou na CPI do Tráfico de Órgãos na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Ao saber da decisão da Justiça sobre o cancelamento das audiências, Pavesi se manifestou por meio do seu blog: "A única conclusão que chego é que ele (o juiz) é suspeito de ser honesto".

Segurança

Desde que o juiz Castro condenou quatro médicos em Poços de Caldas por tráfico de órgãos, a segurança foi reforçada no Fórum. Motivos para a preocupação não faltam, já que no passado um ex-administrador da Santa Casa local foi encontrado morto justamente no dia em que ia depor, denunciando o esquema de retirada de órgãos. No fórum, ninguém desmente nem confirma a informação, mas o juiz também estaria andando armado para se prevenir. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um procurador da União Europeia (UE) está visitando a Albânia, onde investiga acusações de que uma rede de criminosos vendia órgãos de civis sérvios capturados durante a Guerra do Kosovo, em 1998 e 1999. O procurador John Clint Williamson, da missão da Força-Tarefa Especial de Investigação da UE (EULEX), está em reuniões nesta quinta-feira com políticos graduados da Albânia, aos quais pedirá apoio na investigação.

Um porta-voz do governo albanês não quis comentar a visita de Williamson. Em relatório no ano passado, o Conselho da Europa acusou o primeiro-ministro do Kosovo, Hashim Thaci, e outros ex-comandantes insurgentes albaneses do Kosovo, de capturarem civis sérvios e extraírem órgãos das vítimas, os quais eram vendidos no mercado negro. Tanto Thaci quanto a Albânia negam as acusações.

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As informações são da Associated Press.

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