Tópicos | Hugo Carvana

O corpo do cineasta e ator Hugo Carvana foi velado durante todo o domingo, 5, no casarão do Parque Lage, na zona sul do Rio de Janeiro. Amigos e familiares destacaram a alegria que o ator espalhava por meio do seu trabalho, a maneira bem-humorada com que levava a vida e a paixão pelo Fluminense, time do qual era torcedor ferrenho. Carvana morreu no sábado, aos 77 anos, em decorrência de um câncer no pulmão. O corpo do ator foi cremado na manhã desta segunda, no Memorial do Carmo, no Caju, na zona portuária da cidade, em uma cerimônia fechada para a família.

O "último malandro do Rio", como se referiu a Carvana o produtor musical Nelson Motta, atuou em mais de 60 filmes, dirigiu nove, e deixa quatro filhos que trabalham também com cinema. Na galeria do casarão do Parque Lage, fotos e objetos remetiam à obra do ator, como o cardápio e o cartaz do filme Bar Esperança (1983) e a claquete do filme Homem Nu (1966), os dois dirigidos por ele. O caixão estava coberto com a bandeira do Fluminense, apelidado carinhosamente por Carvana de "tricolino", e rodeado de fotos da carreira do ator.

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"Meu pai olhava para tudo com alegria e bom-humor e expressava isso por meio do cinema. É o que fica. Agora essa alegria será levada a outros planos", disse um dos filhos, o cineasta Pedro Carvana, de 45 anos.

Nelson Motta também destacou a alegria como uma das mais marcantes características do ator. "Hugo era um dos grandes rostos do cinema novo e se revelou depois um grande diretor. Ele fazia comédia até mesmo em momentos difíceis como durante a Ditadura Militar. Carvana tinha essa grande virtude: conseguir fazer rir, mesmo em momentos de sufoco e desespero. Ele sempre conseguia trazer essa alegria".

Em um depoimento curto e emocionado, o ator Otávio Augusto realçou a ligação de Carvana com a cidade do Rio de Janeiro. "Perder o Carvana é perder parte do espírito genuíno carioca, ele sim era esse espírito". Outros atores também foram ao parque Lage prestar as últimas homenagens, como Betty Faria, Othon Bastos e Antônio Pitanga.

Último filme

Segundo os filhos de Carvana, o décimo filme que o pai iria dirigir chama-se Curto Circuito. Já escrito e em fase de captação de recursos, o roteiro conta a história de um homem que enlouquece no trânsito de Copacabana, na zona sul do Rio. Segundo Rita Carvana, filha do ator, o papel de protagonista havia sido escrito para o ator José Wilker, que morreu após um infarto em abril deste ano " Com a morte do Wilker, meu pai ficou bastante abalado e até mudou um pouco o roteiro. Ele convidou então o (Antônio) Fagundes para fazer esse papel principal", disse Rita.

O ator Milton Gonçalves, amigo de Carvana há 60 anos, lamentou o fato dele não ter conseguido concluir esse projeto. "Foi um susto. Hoje ou amanhã, a gente sabe que vai para o segundo andar, mas ele deveria ter demorado mais um pouco. Estava com esse novo filme que até me chamou para participar. Mas, daqui a pouco, papai do céu vai recebê-lo e daqui a pouco, ele vai começar a rir", concluiu Gonçalves com os olhos mareados e um sorriso de quem lembrava tudo que tinha vivido ao lado do "último malandro".

O corpo do cineasta e ator Hugo Carvana foi cremado nesta segunda-feira, 6, às 10 horas, em cerimônia fechada para a família, no Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária do Rio. Segundo a filha Maria Clara, os familiares ainda não decidiram onde serão depositadas as cinzas.

Carvana estava com 77 anos e morreu na manhã de sábado, em decorrência de um câncer no pulmão, que tinha sido diagnosticado e tratado ainda na década de 90, mas que voltou há cerca de seis meses.

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No velório, ocorrido ontem no Parque Lage, amigos e parentes prestaram as últimas homenagens ao ator, que tinha quatro filhos e era casado há 40 anos com Martha Alencar. O caixão estava coberto com a bandeira do Fluminense, time do qual Carvana era torcedor ferrenho e que chamava de "tricolino". Ao lado do corpo, também havia imagens e objetos que remetiam à obra do ator e cineasta, como o cardápio do filme Bar Esperança e a claquete do longa O Homem Nu.

"Meu pai olhava para tudo com alegria e humor e expressava isso por meio do cinema. Agora ele vai levar essa alegria também para outros planos", disse o cineasta Pedro Carvana, 45 anos, um de seus filhos.

O produtor musical Nelson Motta, amigo de Carvana havia mais de 50 anos, definiu o ator como um grande boêmio e também destacou a alegria como marca da vida de Carvana. "Mesmo nos piores momentos, ele conseguia trazer alegria para todo mundo e sempre com crítica social."

Já o ator Otávio Augusto definiu Carvana como o espírito carioca. "Perder o Carvana é perder parte do espírito genuíno carioca", disse, emocionado.

Carvana iniciou a carreira artística aos 18 anos, fazendo figuração para um filme. Em seguida, fez 22 chanchadas.

No teatro, encenou O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, em 1954, e O Pagador de Promessas, de Dias Gomes, em 1958. Mas foi mais conhecido pelo cinema - seu primeiro filme, Vai Trabalhar, Vagabundo, de 1973, ganhou o principal prêmio em Gramado. Entre 1962 e 2013, foram mais de 60 atuações na tela grande. O último foi Giovanni Improtta, de 2013.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O corpo do cineasta e ator Hugo Carvana está sendo velado desde as 9 horas da manhã deste domingo, 05, no Parque Lage, zona sul do Rio de Janeiro. Carvana morreu na manhã de sábado em decorrência de um câncer no pulmão, que foi diagnosticado e tratado ainda na década de 1990, mas voltou há cerca de seis meses.

No local do velório, amigos e parentes prestam as últimas homenagens ao ator, que tinha quatro filhos e era casado há 40 anos com Martha Alencar. O caixão está coberto com a bandeira do Fluminense, time do qual Carvana era torcedor ferrenho e o qual chamava de "tricolino". Ao lado do corpo, também há imagens e objetos que remetem à obra do ator, como o cardápio do filme "Bar Esperança" e a claquete do filme "O Homem Nu".

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"Meu pai olhava para tudo com alegria e humor e expressava isso por meio do cinema. Agora ele vai levar essa alegria também para outros planos", disse o cineasta Pedro Carvana, 45 anos, um de seus filhos.

O produtor musical Nelson Motta, amigo de Carvana havia mais de 50 anos, definiu o ator como um grande boêmio e também destacou a alegria como marca da vida de Carvana. "Mesmo nos piores momentos, ele conseguia trazer alegria para todo mundo e sempre com crítica social."

Já o ator Otávio Augusto definiu Carvana como o espírito carioca. "Perder o Carvana é perder parte do espírito genuíno carioca", disse, emocionado. O corpo do ator será cremado nesta segunda-feira (dia 6) às 10 horas, no Memorial do Carmo, no Caju, zona norte da cidade.

A presidente Dilma Rousseff divulgou neste sábado (4) nota de pesar pela morte do ator e diretor Hugo Carvana, falecido hoje. No comunicado, a presidente diz que recebeu a notícia com tristeza. "Referência no cinema e na TV, Carvana dirigiu os longas "Vai Trabalhar, Vagabundo" e "Bar Esperança". Aos familiares, amigos e fãs ofereço meus sentimentos neste momento de dor", disse a nota.

A atriz Tássia Camargo lamentou a morte do ator e cineasta Hugo Carvana, na manhã deste sábado (4). Em nota divulgada à imprensa, a atriz diz que foi surpreendida de manhã com a "triste notícia do falecimento de um grande amigo", que "também era um excelente ator, diretor e cineasta".

Tássia lembra que trabalhou com Carvana na novela "O Dono do Mundo" (1991), da TV Globo; e no seriado "Plantão de Polícia" (1979 a 1981), também da emissora.

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"Há algum tempo tive a honra de encontrar o Hugo num encontro de artistas e intelectuais aqui no Rio. Estou muito triste com a notícia, é uma perda muito grande para a classe artística, o Brasil e a cultura brasileira", diz a nota assinada por Tássia.

O velório do ator e cineasta Hugo Carvana, que morreu neste sábado (4) de complicações decorrentes de um câncer no pulmão, acontecerá neste domingo (5), a partir das 9h, no Parque Lage, na zona sul do Rio. A cremação do corpo está marcada a manhã desta segunda-feira (6) em cerimônia reservada à família e aos amigos, no Memorial do Carmo, no Caju, zona norte.

As informações foram prestadas por dois dos quatro filhos de Carvana, Júlio e Maria Clara, ambos produtores de cinema. Eles disseram que, há seis meses, Carvana recebeu o diagnóstico de câncer no pulmão direito, o mesmo onde havia tratado um tumor maligno em 1996. "Ele lutou muito, tinha muita esperança que ia sobreviver. Na semana passada, o quadro piorou. Ele teve um tumor no mesmo pulmão em 1996. A gente comemorou muito quando completou cinco anos sem que o tumor voltasse", disse Maria Clara, conhecida como Cacala.

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Júlio lembrou que Carvana está sendo homenageado no Festival de Cinema do Rio. "A homenagem foi uma bênção, nós recuperamos o negativo do primeiro filme dele, de 1974 (Vai trabalhar vagabundo). Carvana estava muito feliz com o restauro e com a homenagem. Ele estava lúcido, viu o filme recuperado. Neste domingo, será exibido no Cine Guadalupe e quem quiser ver, prestará uma grande homenagem a ele", disse Júlio, que agradeceu as manifestações de pesar de amigos e admiradores.

"Meu pai era alegria, levou a vida com muito humor, gostava de viver, da boemia, prezava os amigos e o cinema. Ele sempre tinha um filme para fazer e, mesmo aqui (no hospital), quando acontecia alguma coisa engraçada, ele dizia isso dá um filme. Me lembro desde criança de estar com ele no bar e nos sets de filmagem", lembrou Cacala.

Segundo os filhos, nos últimos seis meses, Carvana vinha trabalhando em casa e tinha um projeto de um novo longa metragem e um plano para televisão.

Morreu neste sábado (4), no Rio, o cineasta e ator Hugo Carvana, aos 77 anos. Ele estava internado desde domingo (28) e teve complicações em decorrência de um câncer no pulmão, segundo o Hospital Pró-Cardíaco. Ele também tinha mal de Parkinson. O horário e local do enterro ainda não foram divulgados por sua família.

O ator Antonio Pedro, amigo de Hugo Carvana, disse que ele teve um câncer num dos pulmões há 17 anos, e, recentemente, a doença voltou. "Na casa dele, antes de ele ser internado, a gente via futebol juntos. Ele teve câncer há 17 anos e, quando veio a notícia do câncer no pulmão que sobrou, a gente sabia que era grave. Mas tinha esperança. Pra mim, é uma falta imensa. Ele tinha um roteiro ótimo, ótimas ideias. A gente se conheceu nos anos 1950 e ficou amigo nos anos 1960, no período das passeatas. Hugo é uma parte da minha vida. Estávamos sempre nos divertindo, fazendo bobagens. Trabalhar com ele era muito bom. Era um grande cineasta e isso vai se verificar agora", afirmou, no Hospital Pró-Cardíaco, onde Carvana morreu nesta manhã.

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Os filmes mais importantes que Carvana dirigiu foram Vai trabalhar, vagabundo (1974) e Bar Esperança, o último que fecha (1982). Nos anos 2000, foi diretor de Casa da Mãe Joana (2007) e Não se preocupe, nada vai dar certo (2009). Dentre as novelas em que atuou, estão Roda de fogo (1986), O dono do mundo (1991), De corpo e alma (1992) e Celebridade (2003).

Hugo Carvana está entre os homenageados do Festival Internacional de Cinema do Rio, na mostra Homenagem ao Malandro. Neste domingo, 5, o festival exibirá o filme Vai trabalhar, vagabundo, com Carvana, Odete Lara e Paulo César Pereio. É a história de um malandro que sai da prisão e, sem dinheiro, planeja uma revanche entre os dois maiores jogadores de sinuca da época.

"Nem sabia que Carvana estava internado, ele não estava saindo muito de casa. Ele sempre teve problema de coração, era fraquinho. Éramos muito amigos, desde o Cinema Novo. Ele fazia muita televisão e eu, não. Fiz vários filmes com ele e admirava muito seu trabalho. Era um comediante que criou um personagem, como Cantinflas, Charlie Chaplin: seu malandro é um ícone do cinema brasileiro".

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Exibido pela primeira vez durante a abertura do Cine PE - Festival do Audiovisual de Pernambuco, o filme Giovanni Improtta é o primeiro longa com direção de José Wilker. A história gira em torno do personagem título, que ficou famoso no Brasil durante a novela Senhora do Destino.

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Giovanni (José Wilker) é um ex-bicheiro atrapalhado que sonha em ascender socialmente. Para isso, ele deseja se tornar sócio de um clube frequentado pela high society carioca e não perde a oportunidade de aparecer em colunas sociais, jornais e revistas. De repente, ele se vê envolto em uma trama construída para arruinar seus negócios e levá-lo para a cadeia.

Viúvo, Improtta vive um romance com Marilene (Andréa Beltrão), sua atual companheira e mãe de Vitor (Yago Machado), filho mais novo do contraventor - como ele gosta de lembrar em diversos momentos do longa. Ela morre de ciúmes do amado e se sente culpada pela morte de sua ex-esposa, a irmã de Franklin (Thelmo Fernandes), um pastor evangélico vingativo e interesseiro que tem como missão conseguir um título de cidadão honorário para Giovanni.

Ao contrário do que se espera, o longa não é um spin-off* da novela Senhora do Destino. O personagem título que tanto marcou e cativou o público brasileiro em 2004 na verdade é baseada nos livros O Homem que Comprou o Rio e Prendam Giovanni Improtta. 

Sem conhecer essas informações, o espectador pode sair decepcionado da sala de exibição, ao ver um bicheiro com tendências de alpinismo social e que não mede esforços para mostrar sua influência nos mais diversos setores da sociedade carioca.

Com um começo arrastado e um desenvolvimento cansativo, Giovanni Improtta surpreende no final e pode arrancar algumas gargalhadas dos mais bem-humorados. Grande destaque para Andréa Beltrão que dá vida a uma incrível suburbana ciumenta e crente nos poderes de seu pastor. 

Milton Gonçalves, Othon Bastos e Hugo Carvana também brilham no papel de bicheiros que ficam de olho na legalização dos cassinos. Porém com piadas repetitivas e um roteiro mal encaixado, o filme é mais um daqueles que entram na lista do "esperava mais".

*Spin-off: Filme ou série derivada de outra produção

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