Diante da pressão popular contrária à demolição do Casarão da Várzea, a Secretaria de Planejamento Urbano afirma que, um pátio de feira será construído no entorno do local. A resposta vai de encontro à crítica dos ativistas, cujas alegações são de que o serviço não teria documento legal para ser feito.
Em nota, a Secretaria “informa que o antigo Hospital Magitot, localizado no bairro da Vázea, é um Imóvel Especial de Preservação (IEP), classificado como tal por meio do Decreto 28.822 de 2015. O projeto que prevê a instalação de um pátio de feira na área externa ao casarão recebeu parecer favorável da Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural (DPPC)”.
##RECOMENDA##Na manhã desta quarta-feira (28), os trabalhos de demolição foram direcionados a uma torre localizada no terreno. A Secretaria alega que o "parecer permite a demolição da caixa d'água, já que esta edificação, externa ao casarão, é uma intervenção posterior à construção original e não tem as mesmas características históricas do imóvel principal". Segundo a Prefeitura, para executar a obra, a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) emitiu uma licença de demolição, baseada no parecer da DPPC.
A pasta reafirma que o projeto destinado à área foi discutido com a comunidade e servirá aos comerciantes informais atuantes no local. "O espaço beneficiará mais de 50 comerciantes com 40 boxes de feira livre, 13 boxes fixos, banheiros públicos masculino e feminino, setor administrativo e uma nova caixa d'água que atende às normas técnicas vigentes”, diz a nota. "O Gabinete de Projetos Especiais e a DPPC estão elaborando um projeto de restauração para o imóvel e realizarão uma consulta com a população na intenção de definir qual uso será dado ao casarão".
Ativistas seguem ocupando o local. Uma comissão se dirigiu ao Ministério Público de Pernambuco para debater o caso com o promotor responsável por assuntos relacionados a meio ambiente e habitação.