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A candidatura do ex-prefeito do Recife, João Paulo (PCdoB), a deputado estadual e de mais 15 políticos pernambucanos foram impugnadas pelo  Ministério Público Eleitoral e correm o risco de ter o registro indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), que é o órgão que autoriza ou não as candidaturas, após intimar os candidatos para apresentar suas defesas. 

As avaliações do MP Eleitoral estão baseadas nos critérios estabelecidos na Lei de Inelegibilidade. No caso de João Paulo, o pedido de impugnação tem como argumento o fato do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) ter condenado o comunista pelo crime de dispensa ou inexigência de licitação fora das hipóteses previstas em lei, quando era prefeito da capital pernambucana.

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O anúncio da impugnação da candidatura de João pelo MPE, acontece no mesmo dia em que está marcada a inauguração do comitê de campanha dele, com a presença da ex-presidenciável pelo PCdoB e futura vice na chapa do PT na disputa, a deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS). 

Outras impugnações

Entre os demais políticos com as candidaturas consideradas inelegível pelo MPE, que passarão pelo crivo do TRE, estão os deputados estaduais que buscam a reeleição Joel da Harpa (Pode) e José Humberto Cavalcanti (PTB); os ex-prefeitos de Caruaru, José Queiroz (PDT), e Ribeirão, Clóvis Paiva (PP), que concorrem vaga na Alepe; e o deputado estadual Odacy Amorim (PT) que disputa espaço na Câmara Federal. 

Do total, seis ocorreram porque as contas públicas referentes ao exercício anterior de cargos públicos, inclusive de vereador, foram julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU) ou do Estado (TCE). Quatro, porque os candidatos tiveram suas contas relativas a um mandato de prefeito rejeitadas pela Câmara Municipal. 

Outras cinco decorreram de condenações em segunda instância (pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região ou pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco). Houve ainda um caso de inelegibilidade devido a demissão do serviço público em decorrência de processo administrativo.

O prazo para impugnações com base na Lei de Inelegibilidade é de apenas cinco dias contados a partir da publicação do pedido de registro de candidatura. Por isso, o MP Eleitoral já vinha apurando e analisando informações sobre possíveis candidatos, com base nas listas de condenações entregues pelos tribunais.

Ao todo, houve em Pernambuco 343 pedidos de registro de candidatura ao cargo de deputado federal e 654 ao cargo de deputado estadual. O número reduzido de impugnações tem várias razões. Uma delas, segundo o procurador regional eleitoral Francisco Machado, deve-se ao fato de que a Lei de Inelegibilidades, em relação à rejeição de contas públicas, só considera inelegíveis os administradores que tiveram suas contas rejeitadas por “irregularidades insanáveis que configurem ato doloso de improbidade administrativa”, ou seja, aqueles gestores que, intencionalmente, foram responsáveis por atos que violaram os princípios da administração pública (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e probidade), causaram dano ao erário ou produziram enriquecimento ilícito.

Além disso, é necessário que não seja mais possível recorrer da decisão do Tribunal de Contas e que ela não tenha sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) recebeu 540 impugnações sobre os 824 pedidos de registro de candidatura publicados no edital do dia 23 de julho. Até agora, do total de cerca de 3.600 solicitações de candidatura, 1.981 foram impugnadas, ou seja, contestadas.

Segundo o TRE paulista "todos os pretensos candidatos que têm seus pedidos de registro questionados" são intimados por edital publicado no site do Tribunal (www.tre-sp.jus.br), no menu Eleições / Eleições 2014 / Editais de Intimação/Notificação/Comunicação-Registro de Candidaturas, e também através do Diário de Justiça Eletrônico.

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Outros editais, como os de pedidos de diligências (para suprir, por exemplo, a falta de documentos) e os de registro de candidaturas também estão disponíveis nestas páginas.

As impugnações, que são contestações aos pedidos de registro de candidatura publicados, poderão levar ao indeferimento do registro se forem acolhidas pelos juízes do Tribunal no momento do julgamento da candidatura.

O TRE-SP, que já iniciou o julgamento dos pedidos de registro, ainda publicará, até o próximo fim de semana, pelo menos mais um edital com outras solicitações de candidatura recebidas.

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia Antunes Rocha, afirmou hoje que a Corte deverá decidir até a diplomação dos eleitos os recursos de políticos cujas candidaturas não foram aceitas pela Justiça por vários motivos, entre os quais, a existência de condenações criminais. A Lei da Ficha Limpa impede que pessoas condenadas por órgãos colegiados se candidatem. A diplomação ocorrerá em dezembro.

O TSE recebeu 7 mil recursos de políticos com registro rejeitado. Segundo Cármen Lúcia, 4 mil já foram julgados. Entre eles, o do ex-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa (PDT), que foi excluído da disputa pela prefeitura de Maceió por não ter pago a tempo uma multa eleitoral relativa à campanha de 2006.

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Hoje à noite, ao comentar o primeiro turno da eleição municipal, a presidente do TSE afirmou que tudo ocorreu dentro da normalidade e da tranquilidade, inclusive os índices de votos brancos e nulos, os episódios de prisão e as quebras das urnas eletrônicas. "O Brasil está avançado. A demonstração é este domingo", disse.

Indagada sobre os efeitos da Ficha Limpa, Cármen Lúcia afirmou que há um ânimo maior. "Há um ânimo maior, ainda que a cidadania brasileira ainda demande um efetivo conhecimento de todos os pormenores da Lei da Ficha Limpa", disse. Ela voltou a dizer que a política é uma atividade essencial, que "não pode ser demonizada".

Ao lado dela estava o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto. O ministro disse que a eleição é o "ápice do processo democrático" e destacou a experiência com o voto biométrico, considerado por ele como "a cereja do bolo".

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Batista Rezende, disse nesta quarta-feira que a área técnica da agência já indeferiu as impugnações apresentadas pelas empresas no leilão da faixa de 2,5 gigahertz (GHz), voltada para a telefonia de quarta geração (4G); e da faixa de 450 megahertz (MHz), voltada para banda larga móvel rural. Segundo ele, o conselho da Anatel deve decidir sobre as questões até sexta-feira. O leilão está marcado para 12 de junho.

"Existe uma tendência muito grande de o conselho acabar decidindo não acatar as impugnações das empresas. Se acatarmos uma impugnação, teremos que refazer os prazos", afirmou, após participar de audiência na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados. "Eu tenho certeza de que o leilão vai acontecer no dia 12, sem nenhum tipo de impugnação judicial ou administrativa."

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Segundo Rezende, algumas empresas questionaram a cobrança do ônus da concessão, taxa que equivale a 2% do faturamento e deverá ser paga a cada dois anos. Outras questionaram a área de cobertura da zona rural. Rezende acredita que não será preciso fazer um leilão de sobras. "Leilão de sobras é normal, mas achamos que vamos atingir plenamente o objetivo no leilão de 4G", afirmou.

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