Tópicos | indústria e comércio

O presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), confirmou, nesta quinta-feira (22), que o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), será o ministro do recriado Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

"Resolvi colocar o meu vice para trabalhar. Alckmin vai ter muito trabalho, mas terá imenso sucesso no MDIC. Com sua capacidade de articulação, ele será extraordinário no MDIC", disse.

##RECOMENDA##

Como mostrou o Estadão/Broadcast, a escolha pelo vice ocorreu após empresários de renome recusarem o convite. Estudioso de assuntos como reforma tributária, Alckmin tem bom trânsito no setor produtivo e, na avaliação de Lula, pode atuar como um facilitador do diálogo do governo com o mundo industrial.

Nos últimos dias, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e filho do ex-vice-presidente José Alencar, Josué Gomes da Silva, recusou o convite por estar enfrentando um movimento para destituí-lo da Fiesp. Já Pedro Wongtschowski, do Grupo Ultra, não teria aceitado a proposta por não poder abandonar suas atividades privadas.

"Josué me disse que não poderia assumir MDIC porque é presidente da Fiesp em disputa na Fiesp. O (Paulo) Skaf tenta convocar assembleia para tirar Josué", acrescentou Lula.

Gestão

O presidente diplomado também confirmou a ex-secretária do Planejamento na gestão Dilma Rousseff (PT) Esther Dweck como futura ministra da Gestão. Ela participou da transição de governo no grupo de trabalho na área de planejamento. Em 1º de janeiro, Lula vai editar uma Medida Provisória com a nova configuração da Esplanada e o atual Ministério da Economia será dividido em quatro: Fazenda, Planejamento, Gestão e MDIC, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

O futuro vice-presidente Geraldo Alckmin será também ministro de Indústria e Comércio. O anúncio será feito nesta quinta-feira (22), pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que decidiu chamar Alckmin após empresários de renome recusarem o convite. Estudioso de assuntos como reforma tributária, Alckmin tem bom trânsito no setor produtivo e, na avaliação de Lula, pode atuar como um facilitador do diálogo do governo com o mundo industrial.

Nos últimos dias, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, e Pedro Wongtschowski, do Grupo Ultra, foram convidados por Lula para comandar Indústria e Comércio, ministério que será recriado, mas não aceitaram. Filho do vice-presidente José Alencar, morto em 2011, Josué é alvo de críticas de um grupo de empresários que quer destituí-lo da Fiesp. Ele disse a Lula que sobreviverá à crise, mas não poderia assumir o ministério como um "derrotado", pois pareceria "refugiado" dentro do governo.

##RECOMENDA##

Dono da Coteminas, Josué alegou, ainda, que teria de se desligar da empresa, caso aceitasse o cargo. Pedro Wongtschowski, que apoiou a candidatura de Simone Tebet (MDB-MS) ao Palácio do Planalto, foi na mesma linha e, segundo apurou o Estadão, alegou não poder abandonar suas atividades.

Desde que saiu do PSDB e aceitou ser vice de Lula, filiando-se ao PSB, Alckmin tem feito reuniões com empresários e especialistas em orçamento. Munido de um caderno universitário, o ex-tucano sempre anota as respostas às suas indagações sobre os problemas do País. Em recentes conversas, Alckmin quis saber dos interlocutores, por exemplo, sugestões para o novo arcabouço fiscal do País e onde era possível cortar gastos do governo. A reforma tributária, as parcerias público-privadas e a nova política industrial planejada por Lula também são temas sempre tratados nas reuniões do ex-governador de São Paulo.

Visto como um curinga na equipe, Alckmin já foi cotado para ser ministro da Fazenda e até da Defesa. As duas pastas, porém, já têm titulares anunciados - Fernando Haddad e José Múcio Monteiro, respectivamente. O vice-presidente eleito sempre se define como um "copiloto" de Lula.

Em janeiro deste ano, o presidente do PT paulista, Luiz Marinho, mostrou desconforto com a aliança entre Lula e Alckmin. À época, Marinho disse ao Estadão que o ex-governador precisaria se mostrar "engolível" se quisesse ser vice na chapa do PT. Nesta quinta-feira, onze meses depois, Marinho será anunciado como ministro do Trabalho e Alckmin, o vice, titular da Indústria e Comércio. Hoje, os dois são amigos.

A exoneração de Marcos Pereira do cargo de ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços está publicada na edição desta sexta-feira (5) do Diário Oficial da União (DOU). Marcos Pereira, que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus e um dos líderes do Partido Republicano Brasileiro (PRB), pediu demissão ao presidente Michel Temer na quarta-feira (3) "por razões pessoais".

Ao entregar o cargo, Pereira reiterou apoio ao governo Temer. O ex-ministro tem dito nos bastidores que precisa reestruturar o partido nacionalmente para as eleições de 2018 e que poderá ser candidato a deputado federal pela sigla.

##RECOMENDA##

O MDIC informou em nota que o secretário executivo Marcos Jorge de Lima atuará como ministro interino "até uma definição do Palácio do Planalto" sobre o novo titular da pasta.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando