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Brasil e Áustria fecharam nesta semana, em Viena, um acordo de cooperação tecnológica visando a estabelecer maior colaboração em pesquisa científica, tecnológica e inovação entre os dois países.

O acordo foi assinado pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, ministro Marcos Pontes, e pela ministra da Educação, Ciência e Cultura da Áustria, Iris Eliisa Rauskala.

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O acordo prevê que as partes incentivem e apoiem o desenvolvimento de atividades em ciência e tecnologia entre as  instituições de ensino superior, órgãos governamentais e centros nacionais de pesquisa científica e tecnológica dos dois países.

Uma das metas, diz o texto, "é estabelecer um arcabouço para a cooperação em pesquisa, que irá ampliar e fortalecer a condução de atividades em áreas de interesse comum, assim como encorajar a aplicação dos resultados dessa cooperação para seus benefícios econômico e social.”

Cidades inteligentes

Com o acordo, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações deverá buscar parcerias com a Áustria em aplicações tecnológicas no campo de cidades inteligentes. Para tanto, o ministro Marcos Pontes visitou nesta sexta-feira (21) o Seestadt Aspern, projeto de bairro inteligente em Viena, capital austríaca.

A agenda de Pontes em Viena incluiu também encontros com representantes de organismos internacionais; visita à WeXelerate, maior incubadora de startups da Europa; e a participação na inauguração de um laboratório na área de energia nuclear.

Nanopropulsores

Um dos encontros do ministro Marcos Pontes na Áustria foi com o empresário Alexander Reissner, diretor executivo e fundador da empresa austríaca Enpulsion, especializada em motores de propulsão para nano e microsatélites.

Segundo Reissner, o sucesso da Enpulsion se deu a partir de muita pesquisa inicial. “Vínhamos desenvolvendo essa tecnologia em ambiente acadêmico por anos. Foi quando percebemos que havia um mercado que precisava especificamente dessa tecnologia. Só que, em princípio, a academia não pode fornecer um produto, por isso, seria necessário um veículo para comercializá-lo.”

“Reissner disse que essa chance veio com o grande apoio recebido das instituições do governo austríaco para a abertura dessa empresa. "Com isso, a gente abriu a empresa e começou a desenvolver a produção com viabilidade comercial. Hoje, vendemos nosso produto para o mundo inteiro — dos Estados Unidos ao Japão, e, é claro, na Europa."

O ministro Marcos Pontes destacou que uma das vantagens e diferenciais do propulsor da Enpulsion é o fato de ser compacto. “A grande vantagem é essa, o que é ideal para o mercado nesse momento, com nano e microsatélites”.

Reissner ressaltou que sua empresa comercializa cubos de cerca de 10 centímetros. “São bem pequenos e encaixáveis, como peças de Lego. É por isso que satélites de tamanhos diferentes conseguem juntar vários desses módulos”, explicou.

*Com informações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e colaboração da repórter Gabriela Noronha, da TV Brasil

Nos próximos 10 anos, o objetivo da Rede Nacional de Pesquisa em Biotecnologia Marinha (Biotecmar), é desenvolver pesquisas inovadoras sobre o ambiente marinho e colocar o Brasil em uma boa posição na liderança internacional em tecnologia e biotecnologia marinha. A proposta foi apresentada no 1º Simpósio Nacional das Redes de Biotecnologia Marinha, realizado este mês, em Brasília.

De acordo com a Ascom do MCTIC, o documento de criação da rede destaca que a vasta área marinha do Brasil - com cerca de 4,5 milhões de metros quadrados-, considerado fonte potencial para a descoberta de novas moléculas e produtos biotecnológicos de grande valor para a economia. A possibilidade de atuação compreende diferentes áreas como fármacos e bioativos, cosméticos, aquicultura e pesca, energias renováveis e alimentos.

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O núcleo inicial da Biotecmar será formado por quatro redes de pesquisa regionais que já existem, selecionadas no edital 63/2013 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Essas redes são coordenadas por pesquisadores das Universidades Federais de Pernambuco (UFPE) – coordenação do professor do CAV Carlos Daniel Perez –, do Rio de Janeiro (UFRJ), do Rio Grande (Furg) e do Rio Grande do Sul (UFRGS).

A articulação da rede de pesquisa será feita pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). 

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