Tópicos | Instituto Abelardo da Hora

Abelardo da Hora, mestre de dezenas de artistas e inspiração para vários outros, foi enterrado no cemitério de Santo Amaro no início da tarde desta quarta-feira (24).  O velório do artista estava acontecendo desde o fim da tarde da última terça-feira (23) no Salão Nobre da Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco (ALEPE), dia da morte de Abelardo.

As 11h foi realizada uma missa na ALEPE e às 11h40 o caixão do artista plástico chegou ao Cemitério de Santo Amaro em um carro dos bombeiros. 

##RECOMENDA##

>> Morre Abelardo da Hora

O momento reuniu famílias, amigos e admiradores e foi repleto de emoção. "Abelardo foi uma árvore que deixou frutos e esses frutos estão em toda a cidade, são suas obras e as pessoas que ele influenciou" falou o jornalista e poeta Marcelo Mário Melo na chega do caixão ao jazigo. "Abelardo conseguiu unir o compromisso político com a estética. Ele é um artista universal e estará sempre na memória do povo" concluiu. Depois da fala do poeta, foi feita uma oração, iniciada por uma das filhas de Abelardo, Sara. 

 >> Velório de Abelardo é cheio de homenagens e emoção 

No fim da cerimônia, Abelardo Filho falou com a imprensa sobre o pai. "A morte dele deixou Recife mais feia. Ele lutou pela cultura do Brasil e é um dos maiores expoentes dela."

Sobre o futuro das obras do pai, ele conta que Abelardo deixou pronto o projeto para a nova Torre Cinética do Recife (cujo projeto original foi erguido pelo artista em 1961 e foi derrubada pela ditadura) e o busto de Gregório Bezerra, que será implantado na Praça de Casa Forte. 

Sobre o Instituto Abelardo da Hora, Abelardo Filho afirma que todo o esforço da família será em construí-lo.

[@#galeria#@]

Diante de um Teatro de Santa Isabel lotado e com ingressos esgotados horas antes do espetáculo ter início, Claudionor Germano apresentou na noite desta segunda-feira (20) o show Dos oito aos oitenta, em comemoração à marca dos seus 80 anos de vida – o cantor atualmente tem 81 anos. A apresentação fez parte da 20ª edição do Janeiro de Grandes Espetáculos (JGE) e reuniu ao lado de Claudionor vários artistas como Expedito Baracho, Nonô Germano e o maestro Ademir Araújo.

##RECOMENDA##

“A ideia deste espetáculo surgiu do Instituto Abelardo da Hora, mas na hora de pensar nas participações especiais optei também por nomes menos conhecidos. Tem uma cantora muito boa que é a Patrícia Luna e outros convidados como a Claudia Beija, Quarteto Novo, Jeová da Gaita, o Zé Brown fazendo um rap, Beto do Bandolim e, por fim, o Bloco da Saudade. Vai ser uma brincadeira que, se Deus quiser, dará certo”, disse Claudionor em conversa com o LeiaJá

Com direção de José Pimentel, o show é um resumo da carreira artística de Claudionor, que começou na segunda metade da década de 40 sob incentivo do irmão Abelardo da Hora – presente no Teatro de Santa Isabel para assistir à apresentação. Claudionor coleciona mais de 30 discos e é um dos principais divulgadores do frevo, tendo inclusive gravado 132 músicas de Capiba. 

Para Carmen Lima, que acompanha o artista desde a época dos bailes carnavalescos das décadas de 60 e 70, o romantismo é uma das marcas de Claudionor. “A imagem que eu tenho dele é que as músicas cantadas naquele tempo, saudosismo à parte, eram realmente músicas mais românticas. Falava-se muito mais do amor espontâneo e não dessa gozação toda. O carnaval até exige brincadeira, mas aquele romance de Claudionor não tem igual”, opinou. 

Paulo de Castro, um dos produtores do JGE, ressaltou a importância da presença de Claudionor Germano na programação do festival. “Na realidade nós já trabalhamos com o Claudionor Germano há 10 anos. E a produção do Janeiro de Grandes Espetáculos achou oportuno trazer o Dos oito aos oitenta, que é o grande show de Claudionor e é onde estão as figuras mais importantes do Carnaval de Pernambuco. Eu o chamo de Senhor Frevo, porque ele é a cara desse ritmo. Ninguém mais o representa como ele”, avalia Paulo.  

Ao longo do espetáculo, Germano apresentou canções como Maria Betânia, A Deusa da Minha Rua, É Hoje, Na cadência do Samba, Castigo e Me Dê Motivo, cantadas em coro com a plateia. O frevo não ficou de fora e, além das homenagens à Capiba, no final da apresentação o cantor convidou ao palco o Bloco da Saudade para cantar a música Valores do Passado. Isabel Bezerra, presidente da agremiação carnavalesca, demonstrou bastante entusiasmo em participar do show de Claudionor. “Ele faz parte da história do bloco e sempre esteve conosco nas nossas apresentações, então nós não poderíamos faltar a este convite e aproveitamos também para comemorar o aniversário dele e os nossos 40 anos de estrada”.   

[@#video#@]

O Classificação Livre desta semana traz duas boas dicas para quem quer aproveitar o mês de férias. A primeira matéria do programa vai te levar para um passeio que tem o objetivo de explorar as belezas e a história do Recife e de artistas pernambucanos. Com o tema de “Mural e Esculturas de Abelardo da Hora nos Parques e Praças do Recife”, a iniciativa é gratuita e realizada por meio do Projeto de Sensibilização Turística.

##RECOMENDA##

Nesta edição o público vai conhecer a programação de férias do Espaço Ciência. No local estão sendo ministradas oficinas gratuitas nas áreas de biologia, física, história, astronomia, matemática, geografia, química, artes e meio ambiente para a garotada aprender brincando.

A programação das oficinas segue até a 17 de janeiro e para participar é necessário acessar o site do Espaço Ciência. Até o próximo dia 31, outras atividades também vão continuar sendo oferecidas gratuitamente para as crianças, sem necessidade de inscrição, entre elas estão: contação de histórias, peças teatrais e brincadeiras como boliche de cego, pinturas, produção de e filmes utilizando tablets.

A edição desta semana ainda traz dicas para o público aproveitar o fim de semana. O Classificação Livre é produzido pela TV LeiaJá, em parceria com o Núcleo de Comunicação Social da UNINASSAU, e apresentado por Areli Quirino.

 

Muito além de um escultor. Muito além de um pintor ou de um ceramista. De um desenhista, gravurista ou um poeta. Abelardo da Hora, do alto dos seus 89 anos, continua sem descanso a produção artística que o tornou conhecido no Brasil e no mundo. Diariamente se dedica à criação artística em sua casa, que é uma verdadeira galeria de arte, com dezenas de peças que fazem o visitante imergir no universo anguloso, sensual e crítico da sua obra.

Sua primeira exposição aconteceu em abril de 1948, na Associação dos Empregados do Comércio de Pernambuco, localizada na Rua da Imperatriz, Centro do Recife. Devido ao cunho social empregado por ele nas obras, assim como à própria efervescência política da época, a mostra teve uma resposta bastante positiva.A principal peça da primeira exposição foi a A Fome e o Brado, escultura que ele guarda com carinho até hoje em casa.

Abelardo da hora: as várias faces de um multiartista

##RECOMENDA##

Na vida de Abelardo da Hora, a insatisfação com a realidade social não é vista apenas no forte expressionismo das suas obras. Para ele, o Artista tem que ir além de ser um mero criador (ou recriador) de belezas, e usar o seu trabalho como forma de contribuição para a melhoria da sociedade. Por isso, desde muito cedo, ele viu na política uma forma de luta para a mudança das mazelas da sociedade.

Abelardo foi preso dezenas de vezes por conta do seu posicionamento político e envolvimento com o Partido Comunista, do qual foi integrante por vários anos. As constantes prisões, seguidas do tolhimento dos direitos políticos durante a época da Ditadura Militar, ocasionados pela sua atividade no Partido Comunista, atingiram a família como um todo. "Durante o Golpe, foi muito difícil crescer em meio às prisões de papai. Ele era comunista e, nessa época, nós não tínhamos direito nem de frequentar a escola pública. Nem a casa dos meus amigos de rua. Isso fez com que nossa família ficasse muito unida para superar as adversidades. Ainda hoje, somos assim", conta Abelardo Filho.

Atualmente, Abelardo da Hora está afastado do envolvimento com a ação política, preferindo envolver-se mais com sua arte e sua família.

Confira as três faces de Abelardo da Hora: o Homem, o Artista e o Político no hotsite especial que o LeiaJá preparou sobre este que é um dos mais importantes artistas brasileiros do século 20.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando