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Na manhã desta sexta-feira (30), no Museu do Trem, na área central do Recife, foram revelados alguns detalhes da Paixão de Cristo do Recife em 2019. Imortalizado por José Pimentel, falecido em agosto deste ano, o espetáculo contará com a presença do ator Bruno Garcia no papel principal. Em meio as novidades da peça, um imbróglio envolvendo a família de Pimentel e os produtores da peça está dando o que falar.

Para o produtor Paulo de Castro, a decisão da filha de José Pimentel, Lilian, de mover uma ação na Justiça para proibir que a imagem e o texto original do pai sejam incuídas na peça do ano que vem, acendeu a ideia de defender também o projeto. "Será uma 'Paixão' de resistência e afeto. Jamais vou deixar de citar o nome de José Pimentel. Nunca. Foram 44 anos de vida ao lado dele, mais tempo comigo do que com a própria família", disse Castro, em entrevista ao LeiaJá.

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Sobre a possibilidade de haver uma dupla apresentação do espetáculo, por parte dele e dos familiares de Pimentel, Paulo de Castro pontua que é viável que isso aconteça. "A família tem todo o direito de continuar com a peça. Vamos apresentar o espetáculo sem texto, sem Pimentel, sem nada dele. Não queremos briga. Não há a menor possibilidade dessa 'Paixão' ser feita por nós", afirmou.

"Eu tenho certeza que se Pimentel estivesse aqui faríamos nós e não ela [filha]. A qualidade é que vai reger esse processo todo. Eu não tenho conhecimento jurídico, mas tenho conhecimento da verdade, de ser sincero", completou Paulo, ao citar Lilian em relação a polêmica de quem vai exibir na capital pernambucana a nova etapa da Paixão de Cristo.

A Paixão de Cristo do Recife 2018 foi cancelada. Depois de 21 edições, o espetáculo não será realizado este ano. A decisão partiu dos produtores José Pimentel, também diretor da peça, Paulo de Castro e Antônio Pires. O motivo está diretamente relacionado à captação de recursos insuficientes e ainda ao pouco tempo disponível para ajustar alguns pontos do evento. De acordo com os produtores, para que o espetáculo aconteça, deve-se ter um orçamento mínimo de R$ 700 mil.

O dinheiro seria utilizado na reconstrução do cenário, que foi destruído por cupins. Além de servir para gravar os áudios dos atores, diante das mudanças que foram feitas no elenco e para a confecção de novos figurinos. A quantia também tinha a intenção de ajustar a remuneração do elenco, incluindo figuração, e da equipe técnica, defasada há alguns anos. As apresentações da Paixão de Cristo do Recife estavam marcadas para os dias 30 e 31 de março e 1º de abril.

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"Tivemos a garantia da Prefeitura do Recife de que investiria R$ 250 mil e do Governo do Estado de que entraria com R$ 150 mil, mas essa verba não é suficiente diante das demandas do espetáculo este ano. E, infelizmente, não conseguimos apoio da iniciativa privada", explicou Paulo de Castro de acordo com informações da assessoria de imprensa. "Todos os anos lutamos para fazer a Paixão de Cristo do Recife: passamos por muitas dificuldades e, mesmo assim, íamos em frente porque temos consciência da importância do espetáculo para a cidade do Recife e também para Pernambuco. Mas chegamos ao limite. Não dá para continuar, inclusive pela segurança do elenco e do próprio público. O cenário precisaria ser refeito", disse José Pimentel.

Neste ano, após alcançar a marca de 40 anos no papel de Jesus Cristo, José Pimentel seria substituído por Hemerson Moura. O ator, que foi escolhido depois de uma seleção que contou com 27 candidatos inscritos, já tinha dado início a sua preparação para o personagem. "Estou ciente das dificuldades enfrentadas pela produção. De qualquer forma, foi muito bom ter a oportunidade de trabalhar e conviver com José Pimentel, um ícone do teatro pernambucano". 

Para os produtores do espetáculo, a decisão do cancelamento da temporada é pontual. "Isso não quer dizer que a Paixão está acabando. Os nossos esforços serão para que, em 2019, tenhamos um espetáculo remodelado", disse José Pimentel.

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No próximo domingo (24) o Teatro do Parque, localizado na área central do Recife e um dos principais equipamentos culturais das artes cênicas de Pernambuco, completará 99 anos de história. Mas assim como nos últimos quatro anos, o teatro não vai assoprar as velinhas porque continua fechado por conta de problemas na estrutura física. Apesar de uma licitação bancada pela Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR) ter escolhido o projeto que reformará o espaço, já é certo que o Teatro do Parque também não estará funcionando durante o seu centenário, marcado para o ano que vem. 

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No último mês de abril, o LeiaJá visitou o equipamento inaugurado em 1915 para verificar as atuais condições do local. Na ocasião, Carmen Piquet, gestora de teatros e museus da Prefeitura do Recife (PCR), confirmou que no ano em que completa 100 anos, o teatro permanecerá fechado. "Não posso dizer uma data para a entrega, mas sabemos que uma obra deste porte demora pra ser realizada. Nenhuma empresa entregaria a tempo para comemorar o centenário do teatro", justificou na época.

Desde 2010 sem funcionar, o teatro vem sofrendo com a ação do tempo. Cadeiras mofadas, paredes infiltradas, cupins e até animais foram encontrados pelo LeiaJá no local. Um funcionário, que não quis se identificar, falou sobre a falta que faz o Teatro do Parque para o cenário cultural recifense. "Antigamente existiam espetáculos de terça à domingo. Em 2000 foi feita uma pequena reforma para a instalação de ar-condicionado, porém, o teatro continuou a se deteriorar. É uma pena ver essa situação", desabafou.  

Parabéns ao Teatro do Parque

O LeiaJá entrou em contato com algumas personalidades que atuam nas artes cênicas de Pernambuco para saber o que elas desejam ao equipamento cultural no dia do seu aniversário. Para Paulo de Castro, produtor de diversos festivais, a exemplo do Janeiro de Grandes Espetáculos, o Teatro do Parque não terá, pelo quarto ano, como comemorar mais um ano de vida. “Na realidade, ele é um aniversariante que há quatro anos está em coma, na UTI, e não vai poder assoprar as velinhas ou comer o bolo”, ironiza o produtor.

Espaços culturais da RMR sofrem com obras intermináveis

Já Paula de Renor, também produtora do Janeiro de Grandes Espetáculos, deseja vida longa ao Teatro do Parque. “Eu quero é que ele ressuscite. É isso que a gente deseja a um ente querido quando ele está quase morto”, disse aos risos. Em paralelo, o pesquisador das artes cênicas Leidson Ferraz, cobra das autoridades públicas uma resposta mais incisiva sobre o estado do equipamento. “Meu desejo é que o prefeito Geraldo Julio assuma a situação e deixe de colocar assessores e o presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife para falar do caso. E que o teatro volte logo a funcionar”, declara ele. 

De acordo com Gigi Albuquerque, representante do Movimento Teatro do Parque (Re)Existe e participante de grupos como o Bacnaré (Balé de Cultura Negra do Recife) e o Híbridos, haverá em breve uma nova ação para cobrar da Prefeitura do Recife uma resposta sobre o espaço. “Inclusive nesta sexta (22) teremos uma reunião para definir quais serão as ações do próximo encontro. Ainda não há nada definido e provavelmente não vai ser neste domingo (24), e sim no início de setembro, quando tivermos algo mais concreto”, explica ela, que também deixou seu desejo de ‘parabéns’ ao Teatro do Parque. “Desejo que ele seja reativado com arte, sem que coloquem uma placa de ‘em obras’ sem que ele esteja de fato”, provocou. 

Reforma à vista

Há dois meses, no dia 28 de junho, foi publicado no Diário Oficial do Recife o aviso de licitação para execução das obras de serviço, restauro e ampliação do Teatro do Parque. O resultado saiu no último sábado (16), decretando a Concrepoxi Engenharia Ltda a vencedora da proposta, numa reforma que custará aos cofres públicos cerca de R$ 8,2 milhões, gastos com a realização de obras e a aquisição de novos equipamentos. 

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Cultura da PCR e FCCR, o projeto aguarda a liberação do contrato e da ordem de serviço para começar a ser executado. A previsão é de que a ordem de serviço da reforma seja assinada em novembro de 2014 e que a obra tenha duração de 24 meses. Entre os itens relacionados na licitação, estão a recuperação e restauro do edifício, a implantação de novo projeto paisagístico, a substituição de coberta e o redimensionamento e a substituição das calhas. 

A reforma do Teatro do Parque também prevê a restauração de adornos, bens móveis e pinturas decorativas, novo tratamento acústico, novo sistema de áudio e vídeo para o cinema, aquisição de vestimenta cênica e recuperação do sistema de climatização. A licitação inclui ainda instalação de rede de telefonia e internet, sistema de segurança e combate a incêndio e acessibilidade. Ainda de acordo com a assessoria, outros dois processos de contratação serão encaminhados ainda neste segundo semestre para complementar a recuperação do espaço. Um voltado para aquisição dos equipamentos de iluminação ambiente e cênica, e outro para a instalação de um circuito interno de TV, para reforçar a segurança do equipamento.

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Se depender da noite de abertura da 11ª Mostra Brasileira de Dança, realizada nesta sexta-feira (1º) no Teatro de Santa Isabel, área central do Recife, o festival está com sucesso garantido. Com apresentação do dançarino Carlinhos de Jesus e sua Cia. de Dança, que trouxe ao Recife o espetáculo Aquarelas, a mostra lotou o Santa Isabel com um público que em várias ocasiões não economizou nos aplausos e na interação com a montagem. A programação da mostra segue até o próximo dia 10 de agosto, com 32 atrações divididas entre espetáculos completos, mostra de coreografias, além de seminários, exposições e exibição de vídeos sobre a arte do dançar. 

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De acordo com a produção do evento, os ingressos para a sessão de Aquarelas desta sexta (1º) já estavam esgotados desde a quinta-feira (31) passada. E o Santa Isabel estava de fato cheio de pessoas, entre famílias, artistas das artes cênicas e outras linguagens, e gestores públicos como a secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, uma das personalidades aplaudidas na solenidade de abertura do festival.

Mostra Brasileira de Dança começa com oficinas de formação

Para Iris Macedo, uma das organizadoras do evento ao lado de Paulo de Castro, a realização da 11ª Mostra Brasileira de Dança trouxe um gostinho especial. “Tivemos que esperar quase dois anos pra realizar o festival. Ano passado passamos por alguns problemas, e um deles foi a falta de incentivo financeiro. Mas a gente veio reagrupado e com força para fazer deste festival um dos melhores do Brasil”, comemorou Iris Macedo. A mostra conta com patrocínio dos Correios, Governo Federal, Funcultura, programa O Boticário na Dança e apoio da Prefeitura do Recife, que cedeu a ocupação dos teatros.

A solenidade de abertura também prestou uma homenagem a Mônica Japiassú, paulistana radicada no Recife há mais de trinta anos e um dos principais nomes da dança local. “Com grande alegria eu recebo essa homenagem. Agradeço a Iris Macedo, a Paulo de Castro e a todos que fazem a Mostra Brasileira de Dança, que me enviaram essa boa notícia com lindas orquídeas”, agradeceu Mônica Japiassú sob fortes aplausos.

Aquarelas do Brasil

Sinônimo da dança de salão brasileira, Carlinhos de Jesus vai na contramão com este espetáculo, um retrato das danças populares no Brasil que dá destaque maior à arte popular praticada no Rio de Janeiro e as variações do samba carioca. Acompanhado de mais doze bailarinos, o grupo apresenta as variadas manifestações populares nacionais como a lambada, o forró e até o frevo pernambucano, além de chorinho, samba percussivo, samba de roda, sambas de gafieira, e tantos outros ritmos.

A montagem começa com Carlinhos de Jesus no palco e uma homenagem às raízes de matriz africana, a base da cultura brasileira, para em seguida apresentar os diversos ritmos populares. Um dos momentos de maior êxtase da plateia se deu quando 11 passistas de uma escola de frevo do Recife, um deles uma criança, fizeram uma homenagem ao ritmo pernambucano.

Apesar de levar o nome de Carlinhos de Jesus, a Cia e seus bailarinos passam a maior parte do espetáculo ocupando o palco. Em várias cenas, eles interagem com o mentor do grupo, cheio de carisma e bom humor. Isso ficou bem claro quando dois bailarinos, com camisas do Santa Cruz e do Náutico, ‘disputaram’ uma outra bailarina ao som da música Nega Manhosa, de Nelson Gonçalves. No final da cena, Carlinhos de Jesus entra na disputa e, ao abrir o jaleco, mostra a camisa do Sport Clube do Recife para histeria de uns e vaias de outros.

Cantando Voltei Recife, de Alceu Valença, Carlinhos de Jesus surpreendeu o público ao surgir na entrada da plateia do teatro para fazer um discurso nostálgico. “Conheci o Recife em 1989, quando vim me apresentar ao lado de Elba Ramalho. Já passei por teatros como o Guararapes, Apolo, Santa Isabel, praças públicas e até no extinto Cavalo Dourado”, comentou Carlinhos, ao citar uma antiga casa de festas da cidade, para em seguida emendar com a voz embargada. “Recife se fez presente num momento de grande dor na minha vida. Recebi milhares de telegramas de gente dessa terra, me desejando solidariedade. Se não fosse este apoio, se não fosse a dança, e vontade e a perseverança, eu com certeza não estaria aqui hoje”, disse, com a voz cheia de emoção, ao citar a morte do filho, assassinado no Rio de Janeiro em novembro de 2011. 

No quesito técnico, poucas críticas negativas à montagem. A iluminação impecável entrou no clima da apresentação ao levar as sete cores do arco-íris em representação à diversidade da música popular brasileira. Os bailarinos também mostraram bastante entrosamento com raras falhas e números de dança de tirar o fôlego. 

Ao som de Aquarela do Brasil e acompanhado de porta bandeira e passistas do carnaval carioca, Carlinhos de Jesus agradeceu mais uma vez a presença do público e aproveitou para lembrar das próximas sessões do espetáculo no Santa Isabel. “Amanhã a gente está de volta às 20h30, mas aproveito para avisar que teremos uma sessão extra, marcada para as 18h”, comentou o dançarino no palco, para ser aplaudido de pé pela plateia. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), à venda na bilheteria do local.

 

A 11ª Mostra Brasileira de Dança (MBD) divulgou a lista de selecionados pernambucanos para integrar a programação de 2014, marcada para ser realizada de 28 de julho a 10 de agosto em vários teatros do Recife. Ao todo, 64 projetos foram enviados via edital público para serem avaliados pela comissão julgadora, que escolheu 20 atrações pernambucanas para participar do festival este ano.

De acordo com a nota publicada no site da MBD, que conta com produção de Iris Macedo e Paulo de Castro, “a realização desta seleção foi uma sugestão da própria classe artística em escuta pública realizada no dia 26 de abril de 2014, no Centro Cultural da Caixa, após o envio de 139 cartas convites a grupos e companhias, além de aviso via e-mail, Facebook e na imprensa“. A 11ª edição estava marcada para ocorrer em 2013, mas de acordo com os produtores foi cancelada por conta das fortes chuvas que caíram no ano passado. 

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No site do festival, a organização da Mostra Brasileira de Dança também ressalta que além das coreografias e espetáculos foram selecionados monitores para oficinas e monitores para o Projeto Por Dentro do Palco, o qual vai desvendar a atividade da dança por dentro dos bastidores dos teatros, além de professores de oficinas de iniciação.

Serviço

11ª Mostra Brasileira de Dança (MBD)

28 de julho a 10 de agosto

Confira abaixo a programação:

CATEGORIA AMADORA

Clássicos de Repertório (Grupo de Ballet Studio de Danças)

Direção artística: Jane Dickie

Direção geral: Ruth Rozenbaum e Lúcia Helena Gondra

Duração: 10 minutos

 

Intro (Curso de Licenciatura em Dança da Universidade Federal de Pernambuco)

Direção e coreografia: Stefany Ribeiro

Duração: 10 minutos

 

Minha Cor, Minha Dança (Recife City Breakers – RCB)

Direção e coreografia: Marcos Pacheco

Duração: 5 minutos

 

La Piel (Cia. Roberto Pereira Danças de Salão)

Coreografia: Breno Vieira e Darilson Cassiano

Direção: Breno Vieira

Duração: 3min26

 

O Que Se Passa (Espaço e Grupo Endança)

Coreografias: Maria de Fátima Guimarães (solos), Fábio Costa (duo) e Larissa Porto (trio)

Direção geral: Maria de Fátima Guimarães

Duração: 10 minutos

 

CATEGORIA DANÇA DE SALÃO 

Corazón (Roberto Cristiano e Cinthia Marcelle)

Coreografia: Roberto Cristiano e Cinthia Marcelle

Direção: Roberto Cristiano

Duração: 4min30

 

Corpo e Elemento (Cia. de Dança Valdeck Farias)

Direção e coreografia: Valdeck Farias

Duração: 10 minutos

 

O Tango Encontra a Milonga (Escola Dançar Gledson Silva)

Direção e coreografia: Claudio Sobral

Duração: 6min54.

 

CATEGORIA PROFISSIONAL (coreografias entre 15 e 20 minutos) 

ämämä mämäm (André Aguiar)

Coreografia: colaborativa

Direção: André Aguiar

Duração: 17 minutos

 

Clássicos do Ballet (Grupo de Ballet Studio de Danças)

Direção Artística: Jane Dickie

Direção geral: Ruth Rozenbaum e Lúcia Helena Gondra

Duração: 20 minutos

 

Onde as Borboletas Não São Mais Frequentes... (Cia. Etc.)

Coreografia e direção: José W. Júnior

Duração: 17 minutos.

 

Senzala (Balé Afro Raízes)

Coreografia e direção: Gilson Gomes

Duração: 15 minutos.

 

CATEGORIA PROFISSIONAL (espetáculos acima de 40 minutos) 

Anticorpo (Rojas Produções)

Coreografia e direção: Saulo Uchôa

Duração: 50 minutos

Indicado para maiores de 16 anos

 

Compartilhados (Grupo Experimental)

Coreografia: Grupo Experimental

Direção: Mônica Lira

Duração: 55 minutos

 

Elégùn, Um Corpo Em Trânsito (Giorrdani de Souza/Kiran)

Concepção e direção: Giorrdani de Souza (Kiran)

Criador-Intérprete: Jorge Kildery

Duração: 44 minutos

 

Para Josefina (Grupo Acaso e Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco – APACEPE)

Coreografia: Grupo Acaso

Direção: Bárbara Aguiar

Duração: 40 minutos

 

Os Sete Buracos (Compassos Cia. de Danças)

Direção e coreografia: Luiz Roberto da Silva

Duração: 55 minutos

 

O Tempo Perguntou ao Tempo (Grupo Acaso e Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco – APACEPE)

Coreografia: Grupo Acaso

Direção: Bárbara Aguiar

Duração: 1h

 

PEBA (Iara Sales e Tonlin Cheng)

Coreografia e direção: Iara Sales

Duração: 40 minutos

 

Sarará (Acupe Grupo de Dança)

Coreografia e direção artística: Marília de Andrade

Direção geral: Paulo Henrique Ferreira. Duração: 55 minutos.

Sobre Mosaicos Azuis (Januária Finizola)

Coreografia e direção: Januária Finizola

Duração: 40 minutos.

 

Programa Por Dentro do Palco

Mayanne Nascimento (PE)

Tiago Ferro da Silva (PE)

02 de agosto, no Teatro de Santa Isabel

07 de agosto, no Teatro Marco Camarotti

09 de agosto, no Teatro Luiz Mendonça

 

Monitoria de Oficinas

Mayanne Nascimento (PE)

Ana Paula Leandro da Silva (Arcoverde/PE)

Roberto de Souza da Conceição (PE)

 

Oficinas de iniciação

Liliana Andréa Martins Almeida (PE)

Oficina de Iniciação à Dança em Cadeiras de Rodas

 

Jose W. Júnior (PE)

Pele e Ossos – Corpos Fluidos

 

Marcelo Sena (PE)

Videodança: Contribuições Entre o Corpo e o Vídeo

 

André Aguiar (PE)

Oficina Contemporânea de Dança Para Jovens Inspiradores

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Diante de um Teatro de Santa Isabel lotado e com ingressos esgotados horas antes do espetáculo ter início, Claudionor Germano apresentou na noite desta segunda-feira (20) o show Dos oito aos oitenta, em comemoração à marca dos seus 80 anos de vida – o cantor atualmente tem 81 anos. A apresentação fez parte da 20ª edição do Janeiro de Grandes Espetáculos (JGE) e reuniu ao lado de Claudionor vários artistas como Expedito Baracho, Nonô Germano e o maestro Ademir Araújo.

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“A ideia deste espetáculo surgiu do Instituto Abelardo da Hora, mas na hora de pensar nas participações especiais optei também por nomes menos conhecidos. Tem uma cantora muito boa que é a Patrícia Luna e outros convidados como a Claudia Beija, Quarteto Novo, Jeová da Gaita, o Zé Brown fazendo um rap, Beto do Bandolim e, por fim, o Bloco da Saudade. Vai ser uma brincadeira que, se Deus quiser, dará certo”, disse Claudionor em conversa com o LeiaJá

Com direção de José Pimentel, o show é um resumo da carreira artística de Claudionor, que começou na segunda metade da década de 40 sob incentivo do irmão Abelardo da Hora – presente no Teatro de Santa Isabel para assistir à apresentação. Claudionor coleciona mais de 30 discos e é um dos principais divulgadores do frevo, tendo inclusive gravado 132 músicas de Capiba. 

Para Carmen Lima, que acompanha o artista desde a época dos bailes carnavalescos das décadas de 60 e 70, o romantismo é uma das marcas de Claudionor. “A imagem que eu tenho dele é que as músicas cantadas naquele tempo, saudosismo à parte, eram realmente músicas mais românticas. Falava-se muito mais do amor espontâneo e não dessa gozação toda. O carnaval até exige brincadeira, mas aquele romance de Claudionor não tem igual”, opinou. 

Paulo de Castro, um dos produtores do JGE, ressaltou a importância da presença de Claudionor Germano na programação do festival. “Na realidade nós já trabalhamos com o Claudionor Germano há 10 anos. E a produção do Janeiro de Grandes Espetáculos achou oportuno trazer o Dos oito aos oitenta, que é o grande show de Claudionor e é onde estão as figuras mais importantes do Carnaval de Pernambuco. Eu o chamo de Senhor Frevo, porque ele é a cara desse ritmo. Ninguém mais o representa como ele”, avalia Paulo.  

Ao longo do espetáculo, Germano apresentou canções como Maria Betânia, A Deusa da Minha Rua, É Hoje, Na cadência do Samba, Castigo e Me Dê Motivo, cantadas em coro com a plateia. O frevo não ficou de fora e, além das homenagens à Capiba, no final da apresentação o cantor convidou ao palco o Bloco da Saudade para cantar a música Valores do Passado. Isabel Bezerra, presidente da agremiação carnavalesca, demonstrou bastante entusiasmo em participar do show de Claudionor. “Ele faz parte da história do bloco e sempre esteve conosco nas nossas apresentações, então nós não poderíamos faltar a este convite e aproveitamos também para comemorar o aniversário dele e os nossos 40 anos de estrada”.   

A produtora Paula de Renor, ao lado de Paulo de Castro e Carla Valença, atua há 20 anos na linha de frente da organização do Janeiro de Grandes Espetáculos – Festival Internacional de Artes Cênicas de Pernambuco. Paula conversou com o LeiaJá sobre a realização da 20ª edição deste festival, que acontece até o dia 26 de janeiro deste ano e ocupa quatorze teatros de todo o Estado. Na entrevista, ela fala sobre o diferencial da programação deste ano em relação ao ano anterior, dos destaques desta edição e o legado deixado pelo festival para a classe artística e público local. Confira:

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Qual a diferença da edição do Janeiro de Grandes Espetáculo deste ano em comparação ao ano passado?

A gente tem uma quantidade maior de espetáculos e acho que a qualidade vem melhorando a cada ano, apesar dos recursos financeiros não melhorarem como a programação (risos). Mas eu acho que quanto menos recursos temos mais caprichamos porque temos uma paixão muito grande pelo festival. A gente sabe que ele é importante pra cidade e pra classe artística porque o mês de janeiro era um mês parado.

Quais são os destaques da programação?

Esse ano a gente tem produções grandes como a abertura com o Dzi Croquettes, que pra gente teve um significativo grande porque juntamos com o Vivencial Diversiones e fizemos todo aquele esquenta. Mas temos também os irmãos Grim com uma opereta grande. Tem A Negra Felicidade, A primeira Vista, a apresentação da São Paulo Companhia de Dança. Contamos também com espetáculos menores e internacionais, mas que são muito delicados como o Se Estes Espasmos Pudessem Falar, do escocês Robert Softley, que é um artista que tem paralisia cerebral e que é um ator maravilhoso. 

A gente não pode trazer grandes nomes internacionais mas trouxe produções que tem um diferencial de alguma coisa, nem que seja na interpretação de texto, uma comunicação que a gente tem certeza que vai ter com o público. Temos um número maior e com qualidade maior. Conseguimos diversificar mais e colocar mais Nordeste também. Esse ano a gente trouxe a Bahia, Ceará, Paraíba... Isso é importante pra gente.

O que o Janeiro de Grandes Espetáculos deixa como legado para as artes cênicas do Recife?

A gente deixa de maior contribuição para a classe artística local ações de continuidade. O festival não é um festival só de apresentações, no estilo ‘apresentou, vai embora e acabou’. Então, por exemplo, quando a gente convida os curadores dos maiores festivais do Brasil para estarem presentes e assistem às nossas apresentações locais, no mínimo seis grupos saem daqui e circulam pelo Brasil dentro dos grandes eventos nacionais deste segmento. Então o Janeiro de Grandes Espetáculos é uma vitrine.

Temos também feito intercâmbios com Portugal de residências com grupos que vem pra cá e artistas daqui que vão pra lá, montam seus projetos e voltam. Isso já tem dois anos de continuidade. E para o público eu acho que o festival deixa a possibilidade de ver os espetáculos locais como uma vitrine do que passou no ano anterior e ter a chance de assistir algumas pérolas que a gente traz, internacionais e nacionais e de gêneros diversos. Isso tudo num mês de férias no qual as pessoas querem sair e se divertir. Tanto o turista quanto os moradores da cidade passam a ter todas as noites o que fazer, não somente ir para bar e restaurante. Durante o festival as pessoas tem a opção de ir pro teatro, levar suas crianças de tarde ou no meio da semana, assistir aos espetáculos de dança e também os musicais.

O cantor e compositor Diogo Nogueira estará de volta ao Recife no próximo dia 18 de outubro para apresentar o seu quinto disco, intitulado “Mais Amor”. O show, que vai acontecer no Baile Perfumado (Rua Carlos Gomes, 390, Prado), a partir das 22h, faz parte da série Clássicos da MPB e será uma oportunidade do músico apresentar ao público pernambucano seu novo trabalho.

As entradas custam R$ 100 (inteira), R$ 50 (meia-entrada), R$ 600 (mesa Mezanino com quatro lugares) e R$ 800 (mesa Pista com quatro lugares), e estão à venda em todas as lojas Nagem e na Passa Disco, no Parnamirim. Quem quiser pode também comprar pela internet, através do site www.classicosdampb.com.br, ou pedir entrega em domicílio, pelo telefone (81) 3082 2830.

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O DJ 440 vai fazer a abertura da noite, que também terá show de encerramento da banda Pouca Chinfra. Uma marca dessa turnê é que a apresentação de Diogo Nogueira conta com dançarinos da Cia. de Dança Carlinhos de Jesus, diretor de coreografia do espetáculo. 

Além de composições próprias de Diogo Nogueira, o “Mais Amor” conta com faixas criadas com exclusividade por importantes sambistas da atualidade, como Jorge Aragão, Arlindo Cruz, Xande de Pilares, Serginho Meriti e Flavinho Silva. Já o projeto Clássicos da MPB é comandado pelos empresários pernambucanos Wellington Lima e Paulo de Castro e envolve a nova geração de nomes da música brasileira.


Serviço

Diogo Nogueira – Turnê Mais Amor

18 de outubro | 22h

Baile Perfumado (Rua Carlos Gomes, 390, Prado)

R$ 100 (inteira), R$ 50 (meia-entrada), R$ 600 (mesa Mezanino com quatro lugares) e R$ 800 (mesa Pista com quatro lugares)

(81) 3082 2830

 

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Abriram-se as cortinas do mais significativo festival de teatro de Pernambuco. Começou, nesta terça (8), o Janeiro de Grandes Espetáculos (JGE). A maratona de apresentações teatrais, de dança e música se iniciou no histórico Teatro de Santa Isabel, com a encenação de O desejado - Rei D. Sebastião.

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Antes do espetáculo, o presidente da Apacepe - entidade que realiza o JGE - Paulo de Castro, ao lado das produtoras, Paula de Renor e Carla Valença, comandou a cerimônia de abertura. Em dado momento, Castro chamou ao palco os gestores públicos de cultura presentes: o presidente da Fundarpe, Severino Pessoa; a nova Secretária de Cultura do Recife, Leda Alves; e o novo Presidente da Fundação de Cultura Cidade do recife, Roberto Lessa. "Esta noite é robusta de significados para mim", afirmou Leda Alves, pessoa com uma história fortemente ligada ao teatro e que já foi gestora do Santa Isabel.

Foi feita uma reverência ao dramaturgo e diretor de teatro caruaruense, Vital Santos, que recebeu as palmas do público de uma das frisas do Santa Isabel. Santos iniciou a carreira em 1966 e realizou espetáculos como Feira de Caruaru, A Árvore dos Mamulengos, Rua do Lixo, 24, Concerto para Virgulino sem orquestra e Auto das 7 luas de barro, que será encenada durante o festival. "Ninguém no Nordeste ganhou dois prêmios Moliére como Vital Santos", avisa Paulo de Castro, se referindo ao mais importante prêmio do teatro brasileiro.

O desejado - Rei D. Sebastião

Primeiro espetáculo da 19º edição do JGE, é uma parceria entre a Apacepe e o Centro de Criativivade Póvoa de Lanhoso, de Portugal. Cinco atores portugueses e cinco brasileiros encarnam um grupo de teatro mambembe que encena as histórias sobre D. Sebastião, rei português que morreu misteriosamente, gerando uma série de lendas.

As luzes do teatro não se apagaram antes da cortina se abrir, fato explicado pela entrada de dois artistas populares na plateia tocando, apresentando o espetáculo e interagindo com o público. Com nomes bíblicos como Jesus, Josué, Noé e Madalena, os personagens são atores e o processo de criação do seu espetáculo é o fio condutor da peça. O desejado brinca o tempo todo com o jogo realidade/ficção, usando metalinguagem e interagindo com o público.

Um dos exemplos é a entrada em cena de duas pessoas do público, que passam a ser parte daquela peça mambembe e vivem, no palco, o conflito entre a dura realidade e a cena. Com boas atuações, o espetáculo causou muitas risadas e momentos de espanto, mas peca por ser muito longo e, eventualmente, monótono. A peça terminou com os atores fazendo um pequeno cortejo no meio do público, que acompanhou com palmas a música tocada pelos personagens.

O Festival

Em 2013, o janeiro de Grandes Espetáculos amplia seus horizontes e chega pela primeira vez à Arcoverde, sertão pernambucano. Além das cidades do Recife e de Olinda, o festival acontece mais uma vez em Caruaru. A expansão rumo ao interior é possivel graças a parceria com o Sesc Pernambuco, que dispõe de teatros e estrutura em várias cidade do Estado.

Com um orçamento de cerca de R$ 1,5 milhão, o JGE ocupará ao todo dez teatros em seus vinte dias de programação. "Quem gosta de humor, drama, música, dança, vai encontrar tudo isso no Janeiro", avisa o produtor Paulo de Castro, à frente do festival há 17 anos, e resume: "Quem sustenta este projeto é a classe artística, sem ela não há Janeiro de Grandes Espetáculos".

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