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Os índices de mortalidade por insuficiência cardíaca vêm aumentando de forma mais proeminente entre os adultos mais jovens (entre 20 e 40 anos), desde 2012. É o que revela um estudo da Northwestern Medicina, publicado nesta semana no Diário do Colégio Americano de Cardiologia.

A pesquisa foi baseada em dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças para Pesquisa Epidemiológica, que inclui a causa de morte subjacente e contribuinte de 47.728 milhões de indivíduos dos Estados Unidos entre 1999 e 2017.

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O crescimento das mortes prematuras devido à insuficiência cardíaca, segundo o estudo, ocorre apesar dos avanços significativos nos tratamentos desenvolvidos na última década. As maiores vítimas são homens negros com menos de 64 anos e estima-se que 6 milhões de adultos norte-americanos sofram com a doença.

De acordo com o médico cardiologista Aezio de Magalhães Júnior, membro da Equipe de Ergometria e Reabilitação Cardiopulmonar do Hospital do Coração (HCor), esse aumento da mortalidade por insuficiência cardíaca entre a população adulta mais jovem decorre de uma epidemia de obesidade, diabetes e hipertensão que o mundo está vivendo.

"Uma coisa está atrelada a outra, pois quando a pessoa é obesa pode desenvolver diabetes e hipertensão, doenças que levam à insuficiência cardíaca. É uma cadeia que leva à morte", explica. "Mas como o estudo aborda a incidência da doença entre adultos jovens, é algo que está fortemente relacionado ao estilo de vida. Então, um paciente com 30 anos, hipertenso ou diabético, provavelmente não leva hábitos de vida saudáveis. É claro que existem pessoas que desenvolvem essas patologias por fatores genéticos, mas a maioria dos casos ocorrem por causa da elevada ingestão de gordura e sódio, além do sedentarismo", acrescenta.

O médico cardiologista alerta que optar por uma vida mais saudável é a melhor prevenção. "É importante que a população mais jovem fique atenta e adote hábitos mais saudáveis justamente para evitar que surjam esses problemas de saúde. O ideal é seguir uma dieta adequada, realizar atividades físicas regularmente e fazer avaliações médicas periodicamente", orienta.

No próximo passo do estudo, os pesquisadores da Northwestern Medicine vão buscar entender melhor o que causa as disparidades na morte cardiovascular relacionada à insuficiência cardíaca.

Uma molécula desenvolvida no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) poderá aumentar a qualidade e a expectativa de vida das pessoas que sofrem de insuficiência cardíaca – hoje em torno de cinco anos para grande parte deles. A nova molécula – feita pelo ICB em cooperação com a Universidade de Stanford, dos Estados Unidos – abre caminho para novos medicamentos capazes de frear a evolução da doença de maneira mais eficaz do que os já disponíveis.

A insuficiência cardíaca é o último estágio de diversas doenças cardiovasculares, enfermidades que mais matam no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Estima-se que 17,7 milhões de pessoas tenham morrido por doenças cardiovasculares em 2015, representando 31% de todas as mortes em nível global. A insuficiência cardíaca pode ser causada por um infarto mal tradado, hipertensão, e problemas em alguma válvula do coração.

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“A maioria dos medicamentos disponíveis hoje para tratar a insuficiência cardíaca foi desenvolvida da década de 1980 e atua fora da célula cardíaca. Precisamos de medicamentos mais efetivos que controlem processos críticos na célula cardíaca em sofrimento, capazes de aumentar o tempo e a qualidade de vida dos pacientes. Mas essa é uma tarefa árdua” disse o professor do ICB e coordenador do estudo, Julio Cesar Batista Ferreira.

Segundo o ICB, o tratamento com a nova molécula sintetizada, chamada Samba, freou a progressão da insuficiência cardíaca em animais. Ratos com quadro de insuficiência cardíaca tratados por seis semanas com a molécula apresentaram não só uma estabilização da doença – como ocorre com o uso dos medicamentos atuais – mas também tiveram regressão do quadro. Os animais tiveram melhora na capacidade de contração do músculo cardíaco.

A molécula também foi testada em células cardíacas humanas. Os resultados mostraram que, além de frear o avanço da doença, houve melhora da capacidade dessas células se contraírem. “As drogas atuais freiam a progressão da doença, mas nunca fazem com que ela regrida. O que mostramos é que, ao regular essa interação específica, diminui-se a progressão e ainda traz a doença para um estágio mais leve”, disse Ferreira.

A pesquisa e a nova molécula sintetizada foram descritas em artigo publicado na Nature Communications na última sexta-feira (18). A publicação sobre ciências naturais é uma das principais revistas acadêmicas do mundo e abrange assuntos relacionados à física, química, às ciências da Terra e biologia.

Monty Hall, um ícone da televisão americana que apresentou o longevo programa de entretenimento "Let's Make a Deal", faleceu no sábado (30), aos 96 anos.

O apresentador morreu por causa de uma insuficiência cardíaca, em sua casa de Beverly Hills, informou uma de suas filhas, Joanna Gleason, ao jornal "The New York Times".

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Originário do Canadá, Hall foi cocriador do "Let's Make a Deal", em 1963, apresentando-o por mais de 20 anos.

O programa mudou de emissora algumas vezes e chegou a sair do ar, mas, em grande medida, manteve-se como um fenômeno da televisão americana. Desde 2009, está de volta à CBS, com um novo apresentador.

Hall também ficou conhecido por fazer muito trabalho de caridade em sua vida privada.

Ganhou um lugar na Calçada da Fama de Hollywood, em 1973, foi condecorado com a Ordem do Canadá, em 1988 e, em 2013, ganhou um prêmio por sua obra nos Daytime Emmys.

A insuficiência cardíaca mata 50 mil brasileiros por ano, aponta o primeiro estudo nacional sobre a doença. O dado é o dobro do registrado pelo Ministério da Saúde e pode revelar falha no diagnóstico, diz o cardiologista Denilson Albuquerque, professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e coordenador da pesquisa.

A insuficiência cardíaca é a incapacidade do coração de bombear sangue em quantidade necessária para o organismo. As consequências são o acúmulo de líquidos, até nos pulmões (edema pulmonar agudo), falta de ar e cansaço extremo, entre outros sintomas. Para entender a doença, pesquisadores de 51 centros médicos de todas as regiões do País acompanharam por um ano 1.263 pacientes - 12,6% morreram nos hospitais.

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O DataSUS registrou, em 2012, 26.694 mortes, o que equivale a 6% das internações. "O que pode haver é desconhecimento do quadro. Em alguns hospitais, não há cardiologista no plantão. O profissional confunde o edema pulmonar com pneumonia, por exemplo", afirmou Albuquerque.

Sem diagnóstico correto, o paciente não recebe a orientação adequada. O Breath (Brazilian Registry of Acute Heart Failure), como o estudo foi batizado, informa que um terço dos pacientes é internado novamente em três meses; em seis meses, a proporção sobe para 46%.

As causas da insuficiência cardíaca variam de acordo com a região. No Sul, Sudeste e Nordeste, um terço dos casos ocorre em decorrência de enfarte. No Norte, 37% dos pacientes sofrem de hipertensão. No Centro-Oeste, a principal causa é a Doença de Chagas (42,4%).

A falta de adesão ao tratamento é a principal responsável pelas internações - 30% dos pacientes não tomaram os remédios. "Isso ocorre ou por falta de recursos ou porque ele não foi orientado ou não está acostumado a tomar múltiplos remédios. A insuficiência cardíaca não tem cura, mas tem controle", afirmou Albuquerque.

O cardiologista ressaltou que medidas simples podem evitar a internação e a morte. Uma delas é criar o hábito de se pesar todos os dias, sempre no mesmo horário. "Se a pessoa pesa 70 quilos e dois ou três dias depois está pesando 74, é porque está retendo líquidos."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O simpósio “Função Ventricular e Insuficiência Cardíaca na Prática Clínica” será realizado nesta quarta-feira (18), às 19h, no Recife. Promovido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia em Pernambuco (SBC-PE), o evento terá as participações dos doutores Brivaldo Markman, Carlos Antônio da Mota Silveira, Carlos Melo e Alexandre Lucena.

Segundo a assessoria de comunicação do evento, cada participação dos convidados terá 20 minutos de duração. As falas serão mediadas pelos cardiologistas Deuzeny Tenório e Roberto Pereira.

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Interessados em participar do simpósio devem se inscrever gratuitamente pelo telefone (81) 3221-5743. O evento será realizado na Associação Médica de Pernambuco, localizada na Praça Oswaldo Cruz, no bairro da Boa Vista, área central do Recife.   

O medicamento contra a disfunção erétil Viagra é ineficaz para tratar a insuficiência cardíaca, e não deve ser administrado com este fim, revela uma pesquisa publicada esta segunda-feira nos Estados Unidos, que contradiz estudos anteriores. Algumas pesquisas anteriores haviam sugerido que o fármaco, que pode aumentar o fluxo sanguíneo para outras partes do corpo, poderia beneficiar pessoas com insuficiência cardíaca diastólica, na qual as cavidades inferiores do coração endurecem e não conseguem bombear sangue corretamente, provocando fraqueza e desânimo.

O estudo aleatório, feito com 216 pacientes em 26 localidades da América do Norte, mostrou que o medicamento, cujo princípio ativo é denominado sildenafil, é tão eficiente quanto um placebo na melhora dos sintomas clínicos da insuficiência cardíaca.

Além disso, um número maior de pacientes que tomaram o medicamento apresentou reações adversas graves em comparação com aqueles que ingeriram o placebo, o que levou os pesquisadores a recomendarem aos médicos que deixem de prescrevê-lo para pessoas com doenças cardíacas.

"Os resultados do nosso estudo foram surpreendentes e decepcionantes", disse Margaret Redfield, autora principal e professora na Clínica Mayo em Rochester, Minnesota (norte).

"Havia muita expectativa em torno deste estudo com base em outras pesquisas e tínhamos a esperança de encontrar algo que pudesse ajudar estes pacientes, já que há poucas opções de tratamento atualmente" para este trastorno.

A idade média dos pacientes estudados era de 69 anos e quase a metade (48%) era de mulheres. Depois de 24 semanas não foi comprovada nenhuma melhora cardiovascular nos pacientes.

Durante o período de estudo, os efeitos adversos, como sufocamentos e baixa pressão arterial, foram mais frequentes nos pacientes que tomaram sildenafil do que nos que tomaram o placebo.

Além disso, seis pessoas do grupo que tomou sildenafil morreram antes do fim da pesquisa, enquanto não houve óbitos entre aqueles que ingeriram o placebo.

A pesquisa foi divulgada na reunião anual do Colégio Americano de Cardiologia (ACC, na sigla em inglês), em San Francisco, e publicada simultaneamente no Journal of the American Medical Association (JAMA).

"Houve mais (mas não muitos mais) pacientes que retiraram seu consentimento, morreram ou estavam doentes demais para fazer o teste de esforço cardiopulmonar no grupo tratado com sildenafil, o que poderia acentuar a ausência de benefícios observados", destacou o artigo.

O sildenafil e outros medicamentos similares - conhecidos como inibidores da fosfodiesterase 5 (PDE5) - são utilizados para tratar a disfunção erétil e a hipertensão pulmonar, mas não são indicados para tratar a insuficiência cardíaca.

No entanto, alguns médicos os receitavam a pacientes com o problema, pois alguns estudos em humanos e estudos preliminares em animais tinham sugerido um benefício.

Os últimos resultados conhecidos "devem desestimular esta prática, sobretudo levando em conta o alto custo da droga", disse Redfield em um comunicado.

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