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O Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, alertou que diante da "ameaça existencial" apresentada pelos militantes sunitas ao Iraque, os norte-americanos estão preparados para adotar ações militares. A ação militar não teria como objetivo apoiar o atual governo xiita do primeiro-ministro Nouri al-Maliki, disse.

Em visita de algumas horas a Bagdá, Kerry insistiu aos líderes iraquianos que rapidamente deixem de lado as divisões e trabalhem em conjunto para conter a violência da insurgência. Ele lembrou que o futuro do país depende das escolhas que serão feitas nos próximos dias e semanas. "É essencial que os líderes iraquianos formem um governo genuinamente inclusivo o quanto antes", disse, em coletiva de imprensa.

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O Iraque enfrenta a pior crise desde que o Exército norte-americano deixou o país no fim de 2011, após uma presença de oito anos. O país é dividido principalmente entre xiitas, sunitas e comunidades curdas. O grupo sunita radical Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL, na sigla em inglês) ocupou parte do leste iraquiano, na fronteira com a Síria, e controla territórios na fronteira com a Jordânia.

Ao notar os riscos para a região, Kerry afirmou que os EUA estão prontos para conduzirem ações militares, se necessárias, mesmo antes da formação de um novo governo. "Não é um apoio específico para o atual primeiro-ministro ou para uma facção ou outra. Seria contra o ISIL, porque o ISIL é uma organização terrorista, e acredito que todos com quem conversamos hoje entendem a urgência", afirmou. Fonte: Associated Press.

O ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, disse nesta segunda-feira que insurgentes islamitas derrotaram o Exrcito do Mali na pequena cidade de Diabali, que fica logo ao sul da parte norte do país, controlada pelos rebeldes. Já o diário francês Le Monde afirmou que a França aumentará seu contingente de tropas no país da África Ocidental, de 500 para 2.500 soldados. Segundo o jornal, os soldados franceses ficarão estacionados na capital do Mali, Bamako, e na cidade nortista de Mopti.

Os militares franceses começaram a intervenção no Mali na semana passada, após um pedido feito pelo presidente malinês Dioncounda Traore, para frear uma ofensiva militar dos islamitas que controlam a parte norte do país africano e avançam em direção em centro.

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Le Drian disse que os insurgentes "tomaram Diabali, uma pequena cidade, após um duro combate e uma resistência tenaz dos soldados do Mali, mas no entanto estavam pouco equipados no momento". Segundo ele, após a aviação francesa bombardear posições dos insurgentes no final de semana, os islamitas avançaram para a região oeste do fronte, perto da fronteira com a Mauritânia. Le Drian disse que os combates não serão fáceis. Os islamitas estão "armados até os dentes, muito determinados e bem organizados".

Já os rebeldes tuaregues que combatem no norte do Mali, na parte controlada pelos islamitas, afirmaram nesta segunda-feira que estão "prontos" a lutar contra os fundamentalistas religiosos. A declaração partiu de um chefe combatente tuaregue e foi dada à agência France Presse (AFP). Os tuaregues, inicialmente, começaram a luta para obter a independência da parte norte do país, o Azawad. Algumas tribos se aliaram aos islamitas, mas outras lutam contra os fundamentalistas. "Estamos prontos a ajudar os franceses, já estamos envolvidos na luta contra o terrorismo", disse Moussa Ag Assarid, oficial do Movimento de Libertação Nacional do Azawad.

Também nesta segunda-feira, a Embaixada da França no Mali enviou um e-mail ordenando a imediata retirada de todos os cidadãos franceses que vivem na cidade de Segou. A ordem de retirada foi confirmada pela dona de um hotel em Segou. Segundo ela, os franceses começaram a ir embora hoje, após a queda da cidade de Diabali. Com o avanço, os islamitas agora estão a 80 quilômetros de Segou e a apenas 400 quilômetros da capital do Mali, Bamako.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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