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O chanceler francês, Jean-Yves Le Drian, descreveu como uma "reação negativa" a ameaça do Irã de parar de respeitar dois compromissos do acordo nuclear de 2015 e instou Teerã a mostrar "maturidade política".

"O Irã tem uma reação negativa, antes da decisão dos EUA de se retirar do acordo de Viena e de acumular sanções", disse o ministro francês das Relações Exteriores em entrevista ao jornal Le Parisien, publicada em seu site na noite deste sábado.

Em 8 de maio, o Irã deu aos europeus dois meses para romperem o isolamento do setor petrolífero e petrolífero iraniano causado pelas sanções dos Estados Unidos. Caso contrário, a República Islâmica renunciará aos compromissos adotados no acordo internacional de 2015 que limitam drasticamente seu programa nuclear.

O Irã anunciou que deixará de limitar suas reservas de água pesada e enriqueceria o urânio, reconsiderando as restrições permitidas pelo acordo. Os europeus declararam sua "grande preocupação" após essas decisões.

"É uma pena que os Estados Unidos não respeitem seus compromissos, o Irã deve demonstrar sua maturidade política para respeitar os deles", disse Le Drian.

O ministro advertiu sobre qualquer "espiral belicosa" e destacou a "responsabilidade" dos americanos, insistindo na necessidade de dialogar com o Irã.

O ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, disse nesta segunda-feira que insurgentes islamitas derrotaram o Exrcito do Mali na pequena cidade de Diabali, que fica logo ao sul da parte norte do país, controlada pelos rebeldes. Já o diário francês Le Monde afirmou que a França aumentará seu contingente de tropas no país da África Ocidental, de 500 para 2.500 soldados. Segundo o jornal, os soldados franceses ficarão estacionados na capital do Mali, Bamako, e na cidade nortista de Mopti.

Os militares franceses começaram a intervenção no Mali na semana passada, após um pedido feito pelo presidente malinês Dioncounda Traore, para frear uma ofensiva militar dos islamitas que controlam a parte norte do país africano e avançam em direção em centro.

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Le Drian disse que os insurgentes "tomaram Diabali, uma pequena cidade, após um duro combate e uma resistência tenaz dos soldados do Mali, mas no entanto estavam pouco equipados no momento". Segundo ele, após a aviação francesa bombardear posições dos insurgentes no final de semana, os islamitas avançaram para a região oeste do fronte, perto da fronteira com a Mauritânia. Le Drian disse que os combates não serão fáceis. Os islamitas estão "armados até os dentes, muito determinados e bem organizados".

Já os rebeldes tuaregues que combatem no norte do Mali, na parte controlada pelos islamitas, afirmaram nesta segunda-feira que estão "prontos" a lutar contra os fundamentalistas religiosos. A declaração partiu de um chefe combatente tuaregue e foi dada à agência France Presse (AFP). Os tuaregues, inicialmente, começaram a luta para obter a independência da parte norte do país, o Azawad. Algumas tribos se aliaram aos islamitas, mas outras lutam contra os fundamentalistas. "Estamos prontos a ajudar os franceses, já estamos envolvidos na luta contra o terrorismo", disse Moussa Ag Assarid, oficial do Movimento de Libertação Nacional do Azawad.

Também nesta segunda-feira, a Embaixada da França no Mali enviou um e-mail ordenando a imediata retirada de todos os cidadãos franceses que vivem na cidade de Segou. A ordem de retirada foi confirmada pela dona de um hotel em Segou. Segundo ela, os franceses começaram a ir embora hoje, após a queda da cidade de Diabali. Com o avanço, os islamitas agora estão a 80 quilômetros de Segou e a apenas 400 quilômetros da capital do Mali, Bamako.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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