Tópicos | invasões

A deputada Terezinha Nunes (PSDB) fez um relato, nesta terça-feira (26), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), sobre a visita que fez à região do Vale do São Francisco, que tem sido palco de invasões de fazendas e vinícolas por integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST). Segundo a tucana, o clima é de pânico entre os moradores, trabalhadores e produtores preocupados com a onda de ocupações.  

De acordo com a tucana, a região, que já foi conhecida como polígono da maconha, mudou ao longo dos anos, tornando-se uma das mais produtivas do Estado, tendo suas frutas e vinhos importados para outros países. “O Vale é um patrimônio de Pernambuco, não podemos deixar que ele se transforme em uma terra de ninguém”, denunciou a parlamentar, acrescentando que é preciso ação enérgica do Governo Federal e da Justiça para promover a reintegração de posse das áreas invadidas e garantir a segurança da região.

##RECOMENDA##

Segundo a parlamentar, o processo de assentamento do Movimento dos Sem Terra tem gerado distorções. Ela citou o caso da Fazenda Catalunha, invadida há 17 anos e que hoje se encontra abandonada. “O Incra investiu milhões no processo de desapropriação para os assentados, chegou inclusive a entregar 2.400 kits de irrigação aos invasores e hoje está completamente abandonada e depredada”, relatou.

Terezinha Nunes ainda disse que não são apenas as fazendas que estão sendo ocupadas. Segundo ela, em maio deste ano, integrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) invadiram o Centro de pesquisas da Monsanto, em Petrolina, destruindo trabalhos realizados para o desenvolvimento de técnicas de melhoramento genético de sementes próprias para o semiárido.

A deputada ainda denunciou relatos de extorsão. ”Tem proprietário pagando para não ter a terra invadida, como o ocorrido na Fazenda Novo Horizonte, cujo representado do MST assinou documento se comprometendo a não mais invadir a fazenda”, concluiu a tucana.

Com informações da assessoria.

O MST da Base, dissidência do Movimento dos Sem-Terra (MST) liderada por José Rainha Júnior, anunciou uma nova onda de invasões no oeste do Estado de São Paulo em apoio aos condenados no processo do mensalão. "Recebam as ocupações dos latifúndios improdutivos do Brasil como nossa homenagem", escreveu o líder em manifesto divulgado domingo, 24. Na "moção de solidariedade aos presos políticos do PT, vítimas da farsa jurídico-midiática do mensalão", o líder sem-terra afirma que ação penal é uma cortina de fumaça para esconder "os verdadeiros lesa-pátria e assim confirmar que os verdadeiros culpados estão livres e as cadeias foram feitas para os inocentes".

No último dia 15, quando se comemorava a Proclamação da República, José Rainha Junior comandou uma onda de invasões que atingiu 25 propriedades rurais no Pontal do Paranapanema e na Alta Paulista. As áreas já foram desocupadas. Ele não informou quando serão feitas as novas invasões. A ação foi a primeira comandada pelo líder sem-terra, depois de ficar nove meses preso, acusado de envolvimento num esquema de desvio de recursos da reforma agrária. Ele foi solto por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em março de 2012.

##RECOMENDA##

Faixas

Faixas estendidas na entrada dos acampamentos do MST da Base no oeste paulista pedem "liberdade aos presos políticos do PT", afirmando ainda que "José Dirceu, (José) Genoino e Delúbio (Soares) são inocentes: crime é não fazer a reforma agrária". De acordo com José Rainha, as faixas e a moção de solidariedade aos mensaleiros têm o apoio da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares (Conafer), Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Feraesp) e de sindicatos rurais ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Na moção, os signatários afirmam que "a vitória da presidente Dilma será a resposta que o povo dará nas urnas".

A União Democrática Ruralista (UDR), que representa proprietários de fazendas, vai entrar esta semana com representações nos ministérios públicos estadual e federal contra José Rainha Júnior por incitar ao crime e desrespeitar a Justiça. De acordo com o presidente nacional Luiz Antonio Nabhan Garcia, ao conclamar nova onda de invasões, o líder sem-terra incita ao crime. "Além de ser um desrespeito ao estado de direito, invasão é crime", disse. Segundo ele, o MST da Base é uma "organização fora da lei" que usa de atos ilícitos para afrontar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Cinco deputados estaduais, incluindo três presidentes de comissões permanentes da casa, estarão, nesta segunda-feira (25), no município de Santa Maria da Boa Vista, no sertão do São Francisco, onde as vinícolas, empresas produtoras de uva e de vinho, estão vivendo momentos de instabilidade e preocupação desde que o MST invadiu duas delas –  Milano e Bianchetti – e ameaça ampliar suas ações.

Presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Alepe, a deputada Terezinha Nunes (PSDB) disse que o grupo, integrado também pelo presidente da Comissão de Agricultura, Diogo Morais (PSB), presidente da Comissão de Administração, Raimundo Pimentel (PSB) e pelos deputados Isabel Cristina e Odacy Amorim (PT) deseja se inteirar do que está acontecendo e ajudar a encontrar uma solução para o problema.

##RECOMENDA##

A região do São Francisco, que chegou a ser tempos atrás batizada pela imprensa nacional como o polígono da maconha, recuperou seu prestígio depois da chegada dos grandes empreendimentos e da fabricação de vinhos que hoje têm reconhecimento nacional e internacional. Não se pode ficar de braços cruzados com a possibilidade de que essa imagem seja afetada por conta dessas invasões e pela falta de providências com o caso.

Ela explicou que o município de Santa Maria é, proporcionalmente, um dos que mais abriga acampamentos de sem-terra no Nordeste nos quais as pessoas se encontram abandonadas à própria sorte. “Se a simples invasão de terras resolvesse, Santa Maria seria hoje um paraíso mas não é o que acontece. Está muito difícil administrar o município nessas condições”.

“Se providências não forem tomadas – ressaltou – esse drama vai aumentar e Pernambuco pode vir a perder todo o esforço que fez para transformar a imagem da região. Este ano, por conta dessas invasões, a Feira da Uva e do Vinho de Lagoa Grande foi suspensa pois as demais vinícolas, em solidariedade à Milano e a Bianchetti, se negaram a participar do evento inviabilizando a busca por parceiros.”

Mais cinco fazendas foram invadidas por integrantes do  MST da Base, dissidência do Movimento dos Sem-Terra (MST) liderada por José Rainha Júnior, na madrugada deste sábado (16). Com isso, subiu para 21 o número de propriedades rurais ocupadas pelos sem-terra, das quais 16 foram invadidas na madrugada de sexta-feira (15).

Das novas áreas ocupadas, quatro ficam no Pontal do Paranapanema e uma na região de Araçatuba. Os proprietários de duas fazendas invadidas, em Rinópolis e Marabá Paulista, obtiveram na Justiça liminares de reintegração de posse, mas as áreas não tinham sido desocupadas até a tarde de sábado.

##RECOMENDA##

José Rainha Júnior informou que a prisão de lideranças do PT no processo do Mensalão causou revolta entre os militantes do movimento. Já estão presos os ex-presidentes do PT José Dirceu e José Genoino, e o ex-tesoureiro Delúbio Soares. "Sou companheiro do Zé Dirceu desde a fundação do PT e sei o que é a dor da prisão, ainda mais quando injusta. A burguesia tem de saber que nunca se prendem as ideias. O Zé Dirceu e os companheiros lutaram a vida toda pela democracia a liberdade", disse.

O MST da Base reunirá a militância na terça-feira em Araçatuba para discutir manifestações contra as prisões. O líder sem-terra voltou à ativa um ano e meio depois de ter saído da prisão. Ele ficou nove meses preso, acusado de envolvimento no desvio de recursos da reforma agrária, o que ele nega. Rainha foi libertado em março de 2012, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), mas ainda responde ao processo.

A jornada nacional de lutas pela reforma agrária em Pernambuco teve início neste sábado com a ocupação da fazenda Serra Grande, em Gravatá, no agreste. De acordo com o movimento, o proprietário da área chamou o Grupo de Apoio Tático itinerante da Polícia Militar do Estado (Gati) a fim de reprimir a ação e tentar retirar as famílias à força.

A assessoria da PMPE informou não ter havido nenhuma ação truculenta por parte da polícia. "O dono da terra acionou a emergência da PM depois da ocupação, uma viatura seguiu para o local e foi recomendado ao proprietário que procurasse a Justiça visando a uma reintegração de posse", afirmou o policial de plantão.

##RECOMENDA##

Segundo Denaide Souza, integrante da coordenação estadual do movimento, as famílias ocuparam inicialmente uma casa, na sede da fazenda. Depois de muita negociação, saíram e começaram a armar seus barracos em uma área próxima, ao ar livre. "Não vamos sair, vamos continuar resistindo", disse.

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) promete realizar cerca de 20 ocupações de terra em todo o Estado neste mês, o Abril Vermelho, em memória de 21 sem-terra assassinados em Eldorado de Carajás, no Pará, em 17 de abril de 1996, que foi transformado em Dia Nacional de Luta pela reforma Agrária.

O movimento frisa que 16 anos depois do massacre que teve repercussão internacional ninguém foi preso, não foi realizada reforma agrária e os militantes e sem-terra ligados ao movimento continuam sendo alvo de violência. Para o MST, o primeiro ano do governo Dilma Rousseff foi o pior dos últimos 16 anos em termos de criação de assentamentos.

Os sem-terra do Paraguai, conhecidos como carperos, vão suspender por uma semana a invasão de terras produtivas de brasileiros na região do Alto Paraná, na fronteira do país com o Brasil. Em assembleia de cerca de três horas, realizada na noite deste sábado, os campesinos decidiram dar uma trégua e aguardar uma solução do governo paraguaio, como solicitado pelo presidente Fernando Lugo. "Vamos permanecer no acampamento durante essa semana para que o governo solucione o problema do assentamento", disse um dos líderes do movimento, Federico Ayala, em entrevista por telefone à Agência Estado.

"Esperamos que o governo nos dê uma resposta favorável para que tenhamos uma permissão escrita para ocupação destas terras, onde nos encontramos", detalhou. "Nosso pedido é para que o governo exija a devolução ao Estado de 167 mil hectares ocupados ilegalmente pelos brasileiros", afirmou Ayala, referindo-se aos produtores brasileiros e descendentes de brasileiros instalados na região, chamados de "brasiguaios".

##RECOMENDA##

Na última quarta-feira, os sem-terra invadiram propriedades rurais localizadas no município de Ñacunday, e ameaçavam avançar em fazendas de Santa Rosada de Monday e Iruña, para forçar os brasiguaios a abandonarem suas terras.

"O governo se comprometeu a pedir aos estrangeiros os títulos de propriedade para verificar se são autênticos e vamos esperar que essa verificação seja realizada na próxima semana", disse Ayala. Os sem-terra defendem a revisão dos títulos das propriedades rurais adquiridas nos últimos 40 anos. O processo envolveria cerca de 10 mil produtores rurais brasileiros que possuem terras na região. Para os sem-terra, as fazendas foram adquiridas ilegalmente.

Legalidade

Após encontro, semana passada, com os carperos, o presidente Fernando Lugo analisou a situação com seus principais ministros e assessores relacionados à questão agrária em reunião na manhã deste sábado, na residência oficial, em Assunção. Ao fim do encontro, o ministro-chefe do Gabinete Civil, Miguel López Perito, informou que o presidente fará um pronunciamento sobre o conflito nesta segunda-feira. López Perito antecipou que a solução ocorrerá dentro da lei.

A atitude do governo não foi suficiente para acalmar os brasileiros ameaçados pela invasão. "A promessa tranquilizará na medida em que for efetiva. Se só fala e não faz, não resolve nada", disse à Agência Estado o gerente-geral da Cooperativa de Produtores de Naranjal (Copronar), com sede a 50 quilômetros de Santa Rosa de Monday, Sergio Luis Senn. Os brasiguaios representam 85% dos produtores da cooperativa.

"O governo disse que irá tratar do assunto respeitando a legalidade e que vai cumprir a ordem legal de desalojar os carperos que invadiram as terras dos brasiguaios, mas para isso pediu tempo e isso gera apreensão", afirmou. "Não sabemos se esse prazo pedido para cumprir a lei é somente uma manobra para ganhar tempo ou se é mesmo para fazer o levantamento da situação na região", emendou.

Os sem-terra paraguaios, denominados carperos, vão realizar uma assembleia hoje, às 18 horas (horário de Brasília), para decidir se avançam com as invasões de terras na fronteira com o Brasil. Em entrevista por telefone à Agencia Estado, um dos líderes do movimento, Victoriano López, disse que a assembleia deve decidir os próximos passos do movimento e analisar os resultados da reunião que mantiveram ontem com o governo do presidente Fernando Lugo.

"Dois companheiros nossos, Eulálio López e José Rodriguez, se reuniram com o ministro de Agricultura (Enzo Cardozo) e outros funcionários para discutir nossa situação. Hoje, vamos conversar sobre o que foi discutido", diz.

##RECOMENDA##

Hoje de manhã, o presidente Fernando Lugo realizou uma reunião com seus principais assessores, durante mais de duas horas, para analisar soluções para o conflito. O governo não divulgou detalhes sobre as discussões.

Desde a semana passada, cerca de 8 mil carperos estão acampados na região próxima de Foz do Iguaçu, no Alto Paraná, fronteira entre os dois países, para pressionar os produtores rurais, chamados de brasiguaios, a abandonar suas terras. Três fazendas de brasileiros e descendentes estão invadidas nos municípios de Ñacunday, e os sem-terra ameaçam avançar sobre outras propriedades em Iruña e Santa Rosa del Monday.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando