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O repasse da alta nos preços ao produtor vai chegar ao Índice de Preços ao Consumidor, avaliou o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) André Braz, ao analisar os dados do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de setembro, divulgados nesta sexta-feira (27). No mês, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou alta significativa, ao sair da taxa de variação de 0,14% em agosto para 2,11% em setembro, influenciado principalmente pelo câmbio e pelas incertezas em relação à safra de soja.

Este impacto já pode ser percebido em itens que têm repasse ao varejo, explica Braz, como o índice de produtos alimentícios e bebidas, medidos pelo IPA na indústria de transformação. A variação do índice foi de 3,26% em setembro, ante 0,80% em agosto. "Em 12 meses, essa taxa ainda é baixa, de 2,74%, mas isso de fato vai chegar no varejo", completou Braz.

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A previsão é de que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), apurado também no âmbito do IGP-M, saia da taxa de 0,27% registrada em setembro para aproximadamente 0,45%, ou "próximo a 0,50%". Além da transmissão dos preços agrícolas e de matérias-primas e bens intermediários, o IPC ainda terá um enfraquecimento do item que figurou como âncora neste mês: os alimentos in natura. Na divisão do IPC por classes de despesa, os alimentos in natura aparecem com queda de 4,78% em setembro, menor do que a registrada em agosto (5,57%). Em 12 meses, os in natura acumulam alta de 1,51%. Em dezembro do ano passado, chegaram a acumular 21%.

Segundo Braz, o arrefecimento dos preços de alimentos in natura em parte é efeito de boas colheitas e em parte devolve as altas anteriormente registradas, quando se chegou a apontar o tomate como grande vilão da alimentação. O item hortaliças e legumes influenciou para baixo o IPC deste mês. O grupo Alimentação teve variação de 0,14% em setembro, mas, sem este item, teria taxa de 0,58%.

"Agora as temperaturas aumentam, essa âncora perde sua força e a alimentação vai acelerar", diz ele, também se referindo não só à aceleração dos preços de alimentos in natura como também ao repasse das tendências apontadas pelo IPA. Ele aponta altas de carne suína (de 0,44% em agosto para 7,02% em setembro), frangos frigoríficos (de 0,81% para 5,75%) e óleo de soja (de -3,71%) para (4,41%). Apesar da trajetória de alta, o IPC deve desacelerar em 12 meses, pois chegou a taxas mais altas em igual período do ano passado, marcado em outubro de 2012, por exemplo, variação de 0,58%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou taxa de variação de 2,11% em setembro, com alta tanto em Bens Finais (0,28% ante 0,21% em agosto) quanto em Bens Intermediários (2,20% contra 0,80% em agosto). Mas o estágio inicial da produção, Matérias-Primas Brutas, foi o que apresentou a maior variação em pontos porcentuais ao sair do terreno negativo (queda de 0,74% em agosto) para alta de 4,21% em setembro, puxado pelos itens soja em grão (-3,77% para 10,78%), minério de ferro (-2,35% para 3,53%) e milho em grão (-6,93% para 1,31%).

Foi registrada desaceleração, dentro do grupo Matérias-Primas Brutas, nos itens café em grão (0,05% para -4,84%), bovinos (1,15% para 0,93%) e leite in natura (4,02% para 3,81%).

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Já a alta de Bens Finais foi puxada pelo subgrupo alimentos processados (de 1,13% para 1,85%). Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, O índice de Bens Finais (ex), que exclui alimentos in natura e combustíveis, registrou variação de 1,08% ante 0,57% em agosto.

Por fim, o resultado de Bens Intermediários recebeu a contribuição do subgrupo materiais e componentes para a manufatura (de 0,80% para 3,06%).O índice de Bens Intermediários (ex), calculado sem combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 2,40%, ante 0,80%, em agosto.

Influências

A lista de maiores influências positivas no IPA de setembro é composta por soja em grão (de -3,77% para 10,78%), farelo de soja (de -0,85% para 13,27%), minério de ferro (de -2,35% para 3,53%), aves (de 3,86% para 10,81%), leite in natura (de 4,02% para 3,81%). Já entre as maiores pressões negativas estão feijão em grão (de -2,77% para -19,82%), batata-inglesa (de -5,66% para -13,82%), café em grão (de 0,05% para -4,84%), tomate (de -0,70% para -15,57%) e mandioca (de -5,51% para -3,43%).

Os preços dos produtos agrícolas no atacado registraram forte alta na segunda prévia de setembro do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta quarta-feira, 18. O Índice de Preços no Atacado (IPA) registrou alta de 2,63% neste mês, na comparação com a segunda prévia de agosto, quando houve deflação de 0,75%. De acordo com a FGV, os preços dos produtos industriais no atacado também apresentaram forte aumento, de 1,67%, em comparação à alta de 0,43% na segunda prévia de agosto.

No âmbito do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, a alta na inflação também foi generalizada. Os preços dos bens finais subiram 0,19% na segunda prévia de setembro, após subirem 0,43% na segunda prévia de agosto.

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Já os preços dos bens intermediários apresentaram forte alta de 2,19% na prévia divulgada hoje, em comparação à alta de 0,04% na segunda prévia do IGP-M de agosto. Por fim, os preços das matérias-primas brutas subiram 3,72% na segunda prévia de setembro, em comparação com a queda de 1,17% na segunda prévia de agosto.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) para a composição do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), registrou taxa de variação de 0,14% em agosto, uma desaceleração na comparação a julho (0,30%). O índice Matérias-Primas Brutas colaborou para o resultado ao sair de uma variação de 0,54% para -0,74%, na mesma base de comparação.

Os principais responsáveis pela desaceleração do grupo foram os itens soja em grão (de 4,92% para -3,77%), milho em grão (de -2,96% para -6,93%) e bovinos (2,94% para 1,15%). Ainda dentro do grupo, registraram acelerações os itens minério de ferro (-4,32% para -2,35%), suínos (-1,51% para 5,06%) e laranja (-3,24% para 5,17%).

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O índice referente ao grupo Bens Intermediários também recuou (de 0,99% em julho para 0,80% em agosto), puxado pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura (de 1,34% para 0,80%). Também desacelerou o índice de Bens Intermediários (ex), que exclui o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, de 1,09% para 0,80%.

Entre os três estágios do IPA, o único que apresentou aceleração foi o índice relativo a Bens Finais (de -0,58% para 0,21%), com contribuição de alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de -6,64% para -1,75%. O índice Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, subiu de 0,29% em julho para 0,57% em agosto.

Influências

A lista de maiores pressões negativas no IPA de agosto é composta por soja em grão (de 4,92% para -3,77%), milho em grão (de -2,96% para -6,93%), minério de ferro (de -4,32% para -2,35%), mandioca (de -1,52% para -5,51%) e batata-inglesa (de -4,87% para -5,66%).

Já entre as maiores influências positivas aparecem leite in natura (de 3,72% para 4,02%), aves (de 2,23% para 3,86%), carne bovina (de 1,85% para 2,37%), bovinos (de 2,94% para 1,15%) e querosene de aviação (de 3,52% para 7,52%).

Os preços dos produtos agropecuários no atacado subiram 1,01% em junho, depois de registrarem queda de 1,98% em maio, informou Fundação Getulio Vargas (FGV). Os preços de produtos industriais subiram 0,56%, ante alta de 0,34% em maio.

Os preços dos bens intermediários subiram 0,84% em junho ante queda de 0,18% em maio. Os dos bens finais tiveram alta de 0,08% ante variação negativa de 0,05%, na mesma base de comparação. Os preços das matérias-primas brutas subiram 1,23% ante queda de 0,77% em maio.

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O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou alta de 0,68% em junho, após queda de 0,30% em maio. Em 12 meses, o IPA acumula alta de 6,10% e, no primeiro semestre do ano, de 0,59%.

Os preços dos produtos agrícolas no atacado caíram 0,89% na segunda prévia do IGP-M deste mês, em comparação à queda de 0,38% apurada na segunda prévia do mesmo índice em março, informou, nesta quinta-feira, a Fundação Getulio Vargas (FGV). De acordo com a FGV, os preços dos produtos industriais no atacado subiram 0,50% na segunda prévia em relação à alta de 0,30% na segunda prévia de março.

No âmbito do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais subiram 0,94% na segunda prévia de abril, após subirem 0,96% na segunda prévia de março. Já os preços dos bens intermediários apresentaram queda de 0,14% na prévia divulgada nesta quinta-feira, 18, em comparação à queda de 0,27% na segunda prévia do IGP-M de março. Por fim, os preços das matérias-primas brutas tiveram taxa negativa de 0,58% na segunda prévia de abril, em comparação à queda de 0,44% na segunda prévia de março.

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Os preços dos produtos agropecuários no atacado tiveram deflação de 0,70% em março, depois de registrar também deflação de 1,31% em fevereiro, informou nesta quarta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Já os preços de produtos industriais passaram de elevação de 0,82% no mês anterior para alta de 0,30% este mês.

Os preços dos bens intermediários caíram 0,28%, ante alta de 0,73% em fevereiro. Já os preços dos bens finais tiveram avanço de 1,00%, ante ganho de 1,26% no mês anterior. Os preços das matérias-primas brutas recuaram 0,78% neste mês, na comparação com também queda de 1,58% em fevereiro.

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O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) teve alta de 0,01% em março, após avanço de 0,21% no mês anterior. Em 12 meses, o IPA acumula alta de 8,90% e, nos três meses do ano, avanço de 0,33%.

A inflação agropecuária avançou no atacado em novembro. Os preços dos produtos agrícolas atacadistas subiram 0,48% no mês passado, após queda de 1,34% em outubro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), que anunciou nesta quinta-feira o IGP-DI de novembro. A instituição informou ainda que a inflação industrial registrou alta de 0,04% no mês anterior, em comparação à queda de 0,42% em outubro.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram queda de 0,05% em novembro, após queda de 0,44% em outubro. Os preços dos bens intermediários cresceram 0,21% no mês passado, em comparação com a taxa positiva de 0,07% em outubro. Já os preços das matérias-primas brutas registraram alta de 0,34% em novembro, em comparação à queda de 1,86% em outubro.

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A soja e o tomate estão entre as principais influências negativas do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) de novembro, que passou de uma queda de 0,20% em outubro para baixa de 0,19% em novembro. A soja em grão teve queda de 3,50% em novembro ante baixa de 6,50% em outubro. Já o tomate registrou declínio de 35,79% este mês, na comparação com queda de 26,19% no mês passado. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV), dentro do fechamento do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de novembro.

Também tiveram influência para a baixa do IPA de novembro o minério de ferro, que passou de queda de 5,91% em outubro para baixa de 3,46% em novembro, o farelo de soja (de -6,22% para -4,02%) e o café em grão (de 1,14% para -4,68%).

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Já os itens que tiveram maiores influências positivas no IPA de novembro ante outubro foram milho em grão (de -3,87% para 4,11%), bovinos (de 3,18% para 1,79%), mandioca (de 16,94% para 5,98%), suínos (de 3,31% para 8,30%) e aves (de 2,52% para 2,30%).

Construção

No Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que passou de 0,24% em outubro para 0,23% em novembro, as maiores influências positivas ficaram com ajudante especializado (de estabilidade para alta de 0,24%), servente (de estabilidade para 0,28%), engenheiro (de 0,09% para 0,43%), elevador (de 0,71% para 0,39%) e condutores elétricos (de 2,12% para 1,38%).

As influências negativas no período vieram de vergalhões e arames de aço ao carbono (de 0,07% para -0,19%), gesso (de 0,11% para -0,28%), carreto para retirada de entulho (de 0,94% para -0,17%), pias, cubas e louças sanitárias (de 0,59% para -0,04%) e placas cerâmicas para revestimento (de 0,52% para -0,02%).

O Índice de Preços no Atacado (IPA) agrícola apresentou forte queda no mês de outubro. Os preços dos produtos agrícolas atacadistas registraram deflação de 1,34%, no mês passado, após subirem 1,98% em setembro, informou nesta quarta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que anunciou o IGP-DI de outubro.

Os preços dos produtos industriais no atacado apresentaram deflação de 0,42% no mês passado, ante a alta de 0,76% em setembro. Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram queda de 0,44% em outubro, após alta de 1,03% em setembro.

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Por sua vez, os preços dos bens intermediários apresentaram aumento de 0,07% no mês passado, em comparação com a taxa positiva de 1,08% em setembro. Já os preços das matérias-primas brutas registraram queda de 1,86% em outubro, em comparação com a elevação de 1,22% em setembro.

Os preços dos produtos agropecuários no atacado apresentaram recuo de 0,57% em outubro, depois de registrar alta de 2,77% em setembro, informou nesta terça-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Os preços dos produtos industriais também caíram, embora com menos força, ao passar de uma alta de 0,65% no mês passado para uma queda de 0,05% neste mês.

Os preços dos bens intermediários, por sua vez, desaceleraram a alta em outubro, para 0,41%, ante 0,90% em setembro, segundo a FGV. Os preços dos bens finais mostraram variação de +0,07%, ante +0,99%, na mesma base de comparação. Já os preços das matérias-primas brutas apresentaram taxa negativa de 1,24% em outubro, ante alta de 1,95% no mês passado.

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O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) teve queda de 0,20% em outubro, após alta de 1,25% na leitura anterior. No ano até outubro, o IPA acumula alta de 8,06%; e em 12 meses, de 8,09%.

A inflação agropecuária perdeu força no atacado. Os preços dos produtos agrícolas atacadistas avançaram 0,53% em outubro, o que representa uma desaceleração em comparação com a alta de 3,83% apurada em setembro, no âmbito do IGP-10. A informação foi divulgada nesta quarta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A instituição informou ainda que os preços dos produtos industriais no atacado também desaceleraram, com alta de 0,34% neste mês, inferior à elevação de 0,46% em setembro.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais subiram 0,60% em outubro, em comparação com a alta de 0,86% em setembro. Por sua vez, os preços dos bens intermediários tiveram aumento de 0,67% este mês, após avançar 0,75% em setembro. Já os preços das matérias-primas brutas apresentaram taxa negativa de 0,16% em outubro, após subirem 2,82% em setembro.

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Produtores de cana de açúcar, que afirmam ter perdido 20% das plantações em virtude da seca, participam de uma palestra técnica com especialistas do clima do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), nesta segunda-feira (28). O objetivo do encontro é tentar descobrir a situação do comportamento futuro da chuva na zona da mata do Estado. O evento será realizado na sede da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), às 14h.

De acordo com a previsão climática emitida pelos centros estadual e nacional de meteorologia, existe uma tendência de chuva de normal a seco para o Leste de Pernambuco. Há ainda uma possibilidade de precipitação de 25% acima, 40% normal e 35% abaixo, conforme as categorias de probabilidades. Devido ao diagnóstico apresentado, a AFCP convidou a climatologista Francis Lacerda para detalhar, de forma prática, a aplicação da previsão para a região canavieira.

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Segundo o presidente da AFCP, Alexandre Andrade Lima, nos últimos meses, em especial no mês de março e abril, a chuva ficou muito abaixo do esperado. O déficit em abril chegou a mais de 80%, e em março, ficou negativo em 76%. Conforme Alexandre, as chuvas da última semana não foram suficientes para salvar as plantações que estavam secas, mas sua continuação poderá evitar perdas de outras áreas.

Dia 31 desse mês, a presidenta Dilma Rousseff (PT) deve fazer uma visita a Pernambuco para examinar pessoalmente os problemas que a região vem sofrendo por causa da seca. Além de visitar o semiárido ela irá vistoriar as obras da fábrica da Fiat em Goiana, mata norte do Estado. De acordo com o governador Eduardo Campos (PSB), que conversou com a presidenta na última segunda-feira (14), ficou previsto essa data como a melhor para sua agenda. O governador comentou sobre o assunto ao assinar o decreto que divide a responsabilidade e o monitoramento de carros-pipa.

A transferência para o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, o Instituto Agrônomo de Pernambuco (IPA) e o Exército Brasileiro, têm o objetivo de garantir água e uma melhor assistência. Os caminhões anunciados para o serviço, estarão equipados com GPS, e passarão pelo monitoramento dessas instituições. Antes, o roteiro e a divisão dos carros eram realizados por lideranças políticas locais.

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Após a publicação do decreto no Diário Oficial de Pernambuco, hoje, a Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária deve regulamentar essas ações nos conselhos rurais, espalhados pelos 184 municípios que serão atendidos por 800 carros-pipa. Desses, 670 já estão rodando e os 130 restantes começaram a ser contratados ontem (16) e serão incorporados à frota em breve. Segundo o governador “se houver descumprimento do que for decidido pelos conselhos, o comitê de combate à estiagem vai cancelar o contrato”.

A cada 15 dias, os conselhos receberão um relatório do Comitê Integrado de Combate à Estiagem sobre a Operação Seca.“Todos os convênios que fizermos com os municípios, comunicaremos aos conselhos para que eles possam acompanhá-los”, completou Eduardo, que anunciou ainda a recuperação e instalação de 1.800 poços e 350 dessalinizadores e liberou R$ 4 milhões para pagamentos do Garantia-Safra para 112 mil agricultores.

 

Mapeamento - Segundo os números divulgados pela Coordenadoria da Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe), 86 municípios já decretaram situação de emergência, desse número, 54 foram reconhecidos pela Defesa Civil Nacional. Das cidades mais afetadas 29 ficam no agreste, uma na zona da mata e 56 no sertão.

Seguindo alguns números, as perdas ocasionadas pela estiagem chegam a 370,7 mil toneladas de feijão, milho e mandioca. Em valor de moeda, estima-se que cheguem à cifra de R$ 411,7 milhões. Em relação à criação de gabo de corte, a falta da chuva tem aumentado a transferência do rebanho para regiões mais abastadas. Do início do ano até este momento foram abatidas 335 mil contra 725 mil cabeças, referentes ao mesmo período de 2011.

O cidadão que sofre com a seca poderá tirar dúvidas sobre a situação do seu município no canal de esclarecimento. A população poderá acessar essas informações ligando 0800 281 2090, de segunda à terça-feira, das 7h às 19h, ou entrando no site da Operação Seca.

Foi assinado hoje, pelo governador do estado, Eduardo Campos, um decreto que normatizou a Operação Carro-Pipa, que passará assim a ter uma gestão municipal através dos conselhos de desenvolvimento, do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e do exército. 

Com a assinatura e por meio desse sistema emergencial, será feito o abastecimento de água para a população atingida pela estiagem. O uso indevido da distribuição de água será coibido e, para isso, será implantado nos carros-pipa um sistema de rastreamento que irá monitorar os roteiros feitos pelo mesmo. 

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Antes, a atribuição cabia apenas à Secretaria Estadual de Agricultura. Com o aumento significativo no número de veículos contratados, fez-se necessária a divisão da tarefa. Para o governador, a medida aumenta a vigilância sobre o fornecimento emergencial de água e afasta qualquer tentativa de uso indevido dos carros-pipa neste ano eleitoral.

Para agricultores, a seca não permitiu que o plantio fosse feito. “Não teve condições nem para cultivar a terra”, lamentou Jurandir Argemiro da Silva, agricultor e diretor do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Arcoverde. 

A contratação de 800 carros-pipa, que serão equipados com aparelhos GPS, permitirá que a água chegue aos municípios, fazendo com que assim, além da possibilidade de plantação, as pessoas possam movimentar a renda da cidade. O prejuízo nas cidades vai além das perdas com as plantações. Sem a fonte de renda do município a cidade acaba parando. “Sem poder aquisitivo para comprar, as lojas do município não abrem o comércio. Fora isso, os nossos animais estão morrendo porque sem chuva e sem água não tem pasto para eles se alimentarem” conta a agricultora, Maria José Dias. 

Para o governador, a decisão de normatizar a Operação, vem da necessidade de que ela dê certo. “Temos certeza que aquilo que foi conversado no gabinete vai acontecer da mesma forma que decidimos: alugar 800 carros-pipa para chegar às casas dos mais pobres, nas pequenas cidades e na Zona Rural. Só temos uma forma de garantir que não haverá nenhum desvio, nenhuma malandragem, é se o povo tomar conta com a gente. E quem pode fazer isso é o conselho”, declarou. Para que o rastreamento eletrônico seja efetivo, serão entregues um computador e uma impressora para todos os 184 Conselhos Municipais.

A escassez de alimentos para os animais está fazendo com que eles sejam vendidos para outras regiões no país, onde a seca não predomina, com preços abaixo do normal. Quem tem um pouco mais de condições acaba levando por conta própria os animais para pastarem em outras regiões. O número de vendas dos animais aumentou consideravelmente em relação ao mesmo período do ano passado. 

Para quem vem sentindo a falta d’água, a transferência da Operação para os Conselhos Municipais foi uma medida que espera há meses. “O governador acabou de tirar nossos pés da política partidária. Os carros-pipa chegavam até a cidade, mas dependíamos das pessoas da prefeitura para fazer a distribuição. Hoje, o Conselho é quem fará essa distribuição garantindo assim que a água chegue para todos”, comemorou a Presidente da Associação dos Agricultores Rurais de Buíque, Maria Ramalho. 

Para a Operação Carro-Pipa está sendo destinado um recurso de R$ 36 milhões a serem utilizados nos próximos seis meses. Fora os carros, cerca de mil poços estão sendo perfurados nas regiões de seca. Desses poços, 113 já estão sendo implantados. 

O objetivo é além de levar água para a população que sofre com a seca, melhorar a capacidade hídrica na Zona Rural, com a implantação de 15,5 mil cisternas. O investimento de R$ 168 milhões vem do Ministério do Desenvolvimento Social e R$ 24 milhões do Governo do Estado.

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