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Deve ser iniciada neste mês estudos de viabilidade para a construção de uma usina híbrida de geração de energia a partir de biogás e painéis fotovoltaicos no Nordeste. O grupo Alexandria é quem desenvolve os projetos em parceria com empresas do setor sucroalcooleiro da região Nordestina. 

Segundo o grupo, a ideia é criar uma plataforma de produção ininterrupta de energia elétrica, suprindo as necessidades da região com um produto mais barato e menos poluente do que a fornecida pelas termelétricas a combustíveis fósseis. O Alexandria aponta também que a  existência de produtores de cana na região Nordeste pode resolver uma lacuna das usinas solares tradicionais, que é a impossibilidade de produzir no período noturno.

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“Uma usina híbrida que funcione 24 horas conseguirá oferecer energia de forma ininterrupta, além de ser uma oportunidade de redução de passivos ambientais ao utilizar rejeitos e dejetos”, explica Alexandre Brandão, CEO do Grupo Alexandria. A expectativa do executivo é que os estudos técnicos para a construção da nova usina comecem ainda este ano.

Começando nesta segunda-feira (23), a Feira de Negócios dos Produtores de Cana (Norcana) espera que sejam comercializados R$ 3 milhões, contribuindo para baixar o custo da produção de cana-de-açucar. Durante os três dias de evento, cerca de 21 mil pequenos, médios e grandes plantadores de cana do Nordeste, terão a oportunidade de adquirir insumos e ferramentas para renovação da safra. O evento acontecerá na Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), no bairro da Imbiribeira, no Recife.

Palestras técnicas e especializadas com as personalidades do segmento agroindustrial completam o evento. Para Caio Carvalho, presidente da Associação Brasileira de Agronegócio, há dois momentos distintos para o futuro do setor: um de curto prazo, com incertezas e sem margens; e outro de médio e longo prazos, com excelente perspectiva para os produtores de cana-de-açúcar.

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O evento termina na quarta-feira (25) com a apresentação de uma nova proposta para o corte de cana em áreas declivosas. Além de uma previsão climática para os próximos meses na região.

Com informações da assessoria

Os presidentes das associações dos produtores de cana do Nordeste se reúnem nesta terça-feira (30), para discutir formas de como agilizar a liberação do pagamento da subvenção para o setor. A reunião será realizada às 10h, na sede da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba, em João Pessoa.

De acordo com a União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), há dois meses a presidente Dilma Rousseff anunciou a ação, mas a categoria ainda não tem nada de concreto. Os produtores de cana reivindicam também ações hídricas estruturantes do governo federal, com o objetivo de evitar novos prejuízos com secas futuras. 

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Serão tema da reunião, projetos estruturais para evitar os efeitos de novas secas nos canaviais. Cada estado apresentará projetos para serem inseridos numa proposta única que será encaminhada ao governo. 

Com informações da assessoria

A Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) participará nesta terça-feira (02) de uma reunião para discutir dívidas majoradas e acumuladas por produtores rurais em função de planos econômicos. O assunto será debatido às 10h, na Comissão Parlamentar da Medida Provisória 610 em Brasília, e contará com a presença do presidente e o relator da Comissão, deputado Ilário Marques (PT-CE) e o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).

Os produtores nordestinos de cana defendem que sejam renegociadas dívidas antigas, amortizando juros oriundos de planos econômicos, de forma a possibilitar condições de pagamentos. “Em muitos casos, as dívidas foram elevadas em até 80%, por conta da política econômica nacional dos respectivos governos do passado”, afirma o presidente da AFCP, Alexandre Andrade Lima, reivindicando a atenção necessária dos parlamentares, bem como da presidente Dilma Rousseff.

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Lima lembra que a Medida Provisória 610 trata de auxílio financeiro a produtores atingidos pela seca e comenta as consequências vividas atualmente. Ele diz que o governo deve levar em consideração que as dívidas antigas do agricultor são fruto de outras secas, mas, sobretudo, resultam da junção entre déficit produtivo devido estiagens e juros exorbitantes de antigos planos econômicos do Brasil.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

 

O Executivo enviou ao Congresso Nacional nesta semana a medida provisória 615/2013, que autoriza o pagamento de subvenção econômica aos produtores da safra 2011/2012 de cana-de-açúcar e de etanol da Região Nordeste, além do financiamento da renovação e implantação de canaviais com equalização da taxa de juros.

A matéria foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) da última segunda-feira (20). Entre os parlamentares que integrarão a comissão mista que analisará a matéria. estão o senador Humberto Costa (PT-PE) e Bruno Araújo (PSDB-PE).

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A proposta prevê, entre outras medidas, o pagamento de R$ 12 por tonelada de cana, até o limite de 10 mil toneladas por produtor independente, além do auxílio de R$ 0,20 por litro às unidades industrias produtoras de etanol combustível. A expectativa é de 18 mil produtores sejam beneficiados.

Um estudo desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pode ser a solução para os estragos causados pela estiagem nas lavouras. Pesquisadores descobriram no café o gene CAHB12, com tolerância à seca.

O gene pode ser introduzido em outras culturas que não a do grão e seu desempenho já se mostrou bem sucedido em uma planta de testes. O próximo passo será aplicá-lo à cana, ao arroz, ao trigo, à soja e ao algodão e observar o comportamento do CAHB12. Se tudo sair como esperado, a tecnologia pode estar no mercado em um período de cinco a seis anos.

O CAHB12 foi descoberto durante um projeto para traçar o genoma da café. Dentre cerca 30 mil genes foram encontrados alguns com tolerância ao estresse hídrico. Um grupo começou a estudá-los e detectou um que, quando submetido à seca, aumentava sua expressão e se adaptava.

“Nós retiramos do café e introduzimos em outra espécie, a Arabidopsis thaliana, uma planta modelo de testes. A planta que recebeu o gene ficou muito mais resistente à seca. As que não tinham recebido após aproximadamente 15 dias sem água, morriam. As que recebiam sobreviviam até 40 dias. Além disso, suas sementes ficaram resistentes à seca até a terceira geração”, explica o pesquisador da Embrapa Eduardo Romano, doutor em biologia molecular.

Se os resultados observados na planta de testes se repetirem nas culturas comerciais como arroz, trigo e afins, ainda será necessária uma série de estudos de biossegurança ambiental e alimentar antes de disponibilizar o CAHB12 para comercialização. “Há um caminho longo pela frente, mas a perspectiva é interessante”, diz Eduardo Romano.

Segundo Romano, a probabilidade é que, caso a tecnologia chegue ao mercado, seja oferecida a custos baixos a pequenos produtores afetados pelo problema da seca. “Pensamos sempre em desenvolver tecnologias que promovam a inclusão e ajudem a minimizar problemas sociais”, diz.

O pesquisador explica que o gene pode ser benéfico em muitos sentidos. Além de alternativa para combater os efeitos da seca que tendem a ser potencializados em um cenário de mudanças climáticas, a tecnologia pode contribuir para a economia de água. “Um total de 70% da água doce do mundo é utilizada na agricultura. Com o aumento da população, é preciso produzir mais alimentos usando menos água [pois não é um recurso renovável]. Gasta-se água e energia. A tecnologia pode resultar em uma redução direta do consumo de água”, disse. Romano prevê ainda alimentos mais baratos. “Em um país como o Brasil, com vários processos de perda de produtividade por causa da seca, tenderia a evitar a flutuação de preços”.

Para produtores rurais da Região Nordeste, que em 2012 e 2013 estão enfrentando níveis de chuva abaixo do normal e sofrendo perdas na safra e nas criações, uma tecnologia do tipo representaria uma margem de segurança para plantar. De acordo com Noel Loureiro, assessor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal) e membro do Comitê da Seca daquele estado, os produtores do sertão alagoano colheram menos de um décimo da safra de milho e feijão no ano passado e a perspectiva para 2013 é semelhante. O período de chuvas na área costuma ser de março a julho, mas as precipitações foram escassas em 2012 e a previsão é a mesma para este ano.

“A maioria [dos agricultores] não chegou nem a plantar. Foi o aconselhamento do Comitê da Seca. Mas não dá para evitar o prejuízo com o gado, que tem que ser alimentado. O pessoal está usando bagaço de cana e comprando milho pela metade do preço do governo”, diz. Na avaliação dele,  uma tecnologia que tornasse a lavoura mais resistente seria “muito importante”.

“Nós temos uma geografia de catástrofe. Como [o clima] é muito volátil, se tem qualquer oscilação perdemos a safra. Hoje só não se vê mais aquelas cenas de gente se retirando, com fome, porque o governo tem muitos programas sociais”, avalia. 

A descoberta dos pesquisadores da Embrapa e UFRJ já foi registrada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). O próximo passo será solicitar a patente internacional, por meio do Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT), gerido pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi), com sede em Genebra, na Suíça.

Com a seca que também afeta a Zona da Mata de Pernambuco, a cana-de-açúcar está morrendo antes do tempo. De acordo com a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), a planta que tem vida média de seis safras, não brota mais. O prejuízo para a nova colheita, já é previsto em 15%, ampliando o da última safra que foi de 30%. 

Para Alexandre Andrade Lima, presidente do órgão de classe, o cenário pode ser observado nas cidades da Mata Norte, como Macaparana, Timbaúba, Aliança, Vicência, Nazaré da Mata, Bueno Aires, Limoeiro e Carpina; e em Palmares, Jaqueira, Maraial e Catende, na Mata Sul. “Os canaviais desses municípios já estão pra lá de emergência, estão em calamidade” diz. 

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Durante todo o período de formação das lavouras, que compreendeu os meses de março a agosto, choveu abaixo da média. O cenário negativo se repetiu nos meses de colheita, que foi de setembro a fevereiro, com exceção de outubro. “O déficit pluviométrico promoverá uma redução dentro da redução, ou seja, prejuízos em cima de prejuízos”, conta Lima.

Com informações de assessoria

Com intuito de amenizar os efeitos da seca na cultura agrícola, será votado nesta terça-feira (2), pelos senadores, o projeto de lei que concede subvenção para produtores nordestinos de cana, atingidos pela maior seca dos últimos 50 anos. A proposta será analisada às 14h no Senado Federal e consiste na liberação de R$ 10 por tonelada de cana de açúcar fornecida às usinas na safra 2011-2012, limitada a 10 mil toneladas.

Segundo a União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) o setor teve uma perda de 50% no faturamento em função da estiagem. Dirigentes dos órgãos de classe dos principais estados nordestinos atingidos, a exemplo de Alagoas e Pernambuco, acompanharão a votação no Senado. 

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De acordo com o presidente da entidade regional, Alexandre Andrade Lima, o presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), apoiará a iniciativa. “O parlamentar atendendo uma solicitação do setor, sensibilizou-se com a situação dos agricultores e sugeriu uma emenda na medida provisória 587, que foi aprovada pela Câmara dos Deputados no mês passado”, conta Lima.

A subvenção econômica é uma proposta do deputado federal Pedro Eugênio (PT-PE). Já o relator da MP é o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), que defendeu a emenda.

 

*Com informações da Unida

Fornecedores nordestinos de cana prejudicados pela seca podem ser beneficiados através de uma medida provisória que deve ser votada nesta terça-feira (19) na Câmara dos Deputados. Segundo a MP 587, cada pequeno e médio agricultor será beneficiado com R$ 10 por tonelada de cana fornecida às usinas na safra 2011-12.

O setor teve um déficit de 50% no faturamento na última safra por conta da maior seca dos últimos 40 anos. A nova safra poderá ser ainda pior que a última, em função da descapitalização para investir no trato cultural.

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Para o presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), Alexandre Andrade Lima,  a aprovação da MP é uma questão de justiça com os agricultores e tem sentido socioeconômico. “A economia canavieira regional é responsável por uma significativa parcela do Produto Interno Bruto. A subvenção entrou na MP 587, após uma emenda do deputado pernambucano Pedro Eugênio (PT), solicitada pela Unida. A emenda foi aprovada na Comissão Mista do Congresso", relatou.

Se aprovada na Câmara Federal, a MP segue para apreciação do Senado, e, se favorável, será encaminhada para sanção da presidente Dilma. A medida vai beneficiar 21 mil fornecedores de cana de açúcar no Nordeste.

Produtores de cana de açúcar, que afirmam ter perdido 20% das plantações em virtude da seca, participam de uma palestra técnica com especialistas do clima do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), nesta segunda-feira (28). O objetivo do encontro é tentar descobrir a situação do comportamento futuro da chuva na zona da mata do Estado. O evento será realizado na sede da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), às 14h.

De acordo com a previsão climática emitida pelos centros estadual e nacional de meteorologia, existe uma tendência de chuva de normal a seco para o Leste de Pernambuco. Há ainda uma possibilidade de precipitação de 25% acima, 40% normal e 35% abaixo, conforme as categorias de probabilidades. Devido ao diagnóstico apresentado, a AFCP convidou a climatologista Francis Lacerda para detalhar, de forma prática, a aplicação da previsão para a região canavieira.

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Segundo o presidente da AFCP, Alexandre Andrade Lima, nos últimos meses, em especial no mês de março e abril, a chuva ficou muito abaixo do esperado. O déficit em abril chegou a mais de 80%, e em março, ficou negativo em 76%. Conforme Alexandre, as chuvas da última semana não foram suficientes para salvar as plantações que estavam secas, mas sua continuação poderá evitar perdas de outras áreas.

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