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Deve ser iniciada neste mês estudos de viabilidade para a construção de uma usina híbrida de geração de energia a partir de biogás e painéis fotovoltaicos no Nordeste. O grupo Alexandria é quem desenvolve os projetos em parceria com empresas do setor sucroalcooleiro da região Nordestina. 

Segundo o grupo, a ideia é criar uma plataforma de produção ininterrupta de energia elétrica, suprindo as necessidades da região com um produto mais barato e menos poluente do que a fornecida pelas termelétricas a combustíveis fósseis. O Alexandria aponta também que a  existência de produtores de cana na região Nordeste pode resolver uma lacuna das usinas solares tradicionais, que é a impossibilidade de produzir no período noturno.

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“Uma usina híbrida que funcione 24 horas conseguirá oferecer energia de forma ininterrupta, além de ser uma oportunidade de redução de passivos ambientais ao utilizar rejeitos e dejetos”, explica Alexandre Brandão, CEO do Grupo Alexandria. A expectativa do executivo é que os estudos técnicos para a construção da nova usina comecem ainda este ano.

O candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), responsabilizou a presidente Dilma pela crise do setor canavieiro e sucroalcooleiro vivida hoje não somente no Nordeste, mas "por todos os Estados produtores do Brasil", em comício realizado na noite do sábado (20) no município de Palmares, na zona da mata pernambucana , a 120 quilômetros do Recife.

A crise, segundo ele, foi provocada pela "política errada na Petrobras". "Mataram o preço do álcool", discursou ele, ao lembrar que o preço do álcool só é competitivo se 30% mais barato que o da gasolina. "Isso fez com que as usinas do Nordeste, com todas as dificuldades de topografia e de acesso ao sistema bancário começassem a pagar o preço dos erros da presidente Dilma na política do preço dos combustíveis", frisou, atacando o governo Dilma em uma região onde ela tem grande aceitação. "O Nordeste se ressente deste governo que não olhou para nós como deveria ter olhado".

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Ele afirmou que também os produtores de São Paulo assistem ao fechamento de usinas de açúcar e álcool. "Na região plana de Ribeirão Preto, há mais de 40 usinas fechadas", afirmou, complementando que em Sertãozinho, mais da metade das empresas que produzem equipamentos para a atividade sucroalcooleira estão fechando suas portas ou praticamente deixando de funcionar.

O candidato explicou que sem preço competitivo, os que produziam cana para fazer álcool pararam de vender para a Petrobras e postos de gasolina e passaram a fazer açúcar. "E o preço do açúcar foi lá para baixo no mercado no mundo, pois é o Brasil o país que mais fabrica açúcar no mundo e aqui dentro". Ele lembrou que até o governo do ex-presidente Lula, se estava abrindo novas usinas.

Questão de tempo

Para Campos, o fato de ser desconhecido no Brasil "é uma questão de tempo". "De cada 100 brasileiros, menos de 30 nos conhecem", observou, ao lembrar que, em 2006, quando disputou o primeiro mandato ao governo de Pernambuco visitou Palmares como um desconhecido e saiu "lá de baixo nas pesquisas para ganhar a eleição com 75% dos votos".

Ele participou de carreatas nos municípios vizinhos de Escada e Ribeirão, antes do comício em Palmares, acompanhado pelos candidatos da chapa majoritária ao governo estadual. O objetivo é fazer o seu candidato, seu ex-secretário de Fazenda, Paulo Câmara (PSB), também se tornar conhecido do eleitorado pernambucano.

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