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Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam sem direção comum, pressionados pela continuidade das preocupações com recuperação da economia mundial e com a crise das dívidas da zona do euro, mas recebendo suporte de sinais positivos sobre o emprego no país e do fato de a Itália ter sinalizado que vai acelerar a implementação de medidas de consolidação fiscal.

O Dow Jones subiu 60,93 pontos, ou 0,54%, para 11.444,61 pontos, e oscilou cerca de 416 pontos entre a mínima e a máxima da sessão. "Haverá volatilidade por um certo período, mas a abordagem das pessoas é muito diferente quando comparada a 2008, quando tivemos pânico absoluto", disse David R. Jones, executivo-chefe da CastleOak Securities. O Nasdaq caiu 23,98 pontos, ou -0,94%, para 2.532,41 pontos. O S&P-500 recuou 0,69 ponto, ou -0,06%, para 1.199,38 pontos.

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Na semana, o Nasdaq liderou as perdas, recuando 8,13%, seguido por S&P 500 (-7,19%) e pelo Dow Jones (-5,75%). O Dow Jones teve a maior queda semanal desde 10 de outubro de 2008.

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, afirmou que o país vai acelerar o cronograma da sua consolidação fiscal e introduzir uma emenda na Constituição para garantir o equilíbrio do orçamento. O mercado interpretou a notícia como um sinal de progresso na adoção de medidas para conter a crise da dívida soberana da zona do euro, que voltou a preocupar os investidores por causa do aumento nos juros projetados pelos títulos da dívida soberana da Espanha e da Itália na última semana.

"A notícia de certa forma estabilizadora vinda da Europa nos permitiu uma recuperação dos níveis excessivos de vendas", disse Tom Donino, codiretor de negociações da First New York Securities. Apesar disso, segundo o estrategista-chefe do Wells Fargo Funds Managemente, Brian Jacobsen, "há uma desconfiança sobre se as autoridades de todo o mundo serão capazes de consertar nossos problemas".

Os dados do Departamento do Trabalho dos EUA também deram suporte às bolsas depois de mostrarem que a economia do país gerou 117 mil novos empregos em julho, mais do que as 75 mil vagas esperadas, e que a taxa de desemprego caiu de 9,2% em junho para 9,1%. Esses indicadores destoaram da maioria dos dados divulgados recentemente, que mostraram entre outras coisas desaquecimento na atividade dos setores industrial e de serviços do país e um declínio no consumo, principal motor da economia norte-americana.

"Um número bom não é suficiente para mudar o sentimento no momento", disse Ted Weisberg, presidente da Seaport Securities. "As pessoas estão assustadas e querem tirar o risco da mesa."

No mercado de Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA), os preços caíram e os juros subiram em meio à notícia de que o Banco Central Europeu (BCE) estaria disposto a comprar bônus da dívida da Itália e da Espanha, o que diminuiu um pouco a aversão ao risco e estimulou os investidores a migrarem dos bônus dos EUA para ativos mais arriscados. O movimento, no entanto, foi moderado, visto que muitos investidores continuam nervosos.

"É um alívio de curto prazo", disse Abdullah Karatash, diretor de negociações com renda fixa dos EUA no Natixis. No fechamento em Nova York, o juro projetado pelos T-Bonds de 30 anos estava em 3,849%, de 3,682% na quinta-feira; o juro das T-notes de 10 anos estava em 2,568%, de 2,425%; o juro das T-notes de 2 anos estava em 0,279%, de 0,268%. As informações são da Dow Jones.

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, afirmou hoje que o país vai acelerar o cronograma da sua consolidação fiscal e introduzir uma emenda para equilibrar o orçamento na sua Constituição, como parte de um acordo com a União Europeia. Berlusconi fez o anúncio durante uma entrevista coletiva à imprensa convocada para tentar abrandar os receios do mercado de que a Itália, terceira maior economia da zona do euro, será afetada pela crescente crise da dívida soberana que atinge o bloco.

O primeiro-ministro afirmou ainda que seu governo vai eliminar o déficit orçamentário em 2013, um ano antes do esperado. Ele disse que conversou com outros líderes europeus, entre eles a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e decidiu divulgar o que a Itália planeja fazer. Segundo Berlusconi, a alta dívida pública da Itália é um legado do passado. Ele disse ainda que o "foco da especulação está em nós" e a Itália e seus parceiros da zona do euro precisam adotar medidas para bloqueá-la.

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O primeiro-ministro disse que o trabalho sobre a emenda constitucional vai começar imediatamente, com as comissões do Parlamento se debruçando sobre o projeto a partir da próxima semana. Essa e outras reformas devem ser aprovadas "em poucos meses, talvez em setembro". Berlusconi afirmou também que a Itália vai acelerar outras reformas, como a liberalização de setores fechados, a redução da burocracia e o afrouxamento das leis trabalhistas.

Berlusconi disse que todos os países têm trabalho a fazer, acrescentando que o os ministros de Finanças do G-7 vão se reunir no mês que vem em Marselha (França). Eles devem pavimentar o caminho para uma importante reunião de chefes de governo. As informações são da Dow Jones.

O Intesa Sanpaolo, maior banco da Itália em ativos, chegou a um acordo com líderes sindicais para reduzir seu quadro de funcionários em cerca de 4 mil pessoas. As partes chegaram a um acordo no final da noite de ontem, depois de três meses de negociações, informou hoje o principal grupo sindical dos bancários na Itália, conhecido como Fabi.

Pelo acordo, cerca de 3 mil funcionários deixarão o banco por meio de um programa de demissão voluntária, sendo que a maioria deverá antecipar a aposentadoria. Mais cortes deverão ser feitos, mas o Intesa Sanpaolo se comprometeu a fazer novas contratações depois de atingir uma redução líquida de 4 mil empregos.

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Em seu plano de negócios mais recente, o banco italiano alegou que sua folha de pagamento contava com um "excesso" de mais de 10 mil funcionários. As informações são da Dow Jones.

Cerca de 30 pessoas ficaram feridas hoje quando a polícia entrou em confronto com manifestantes que protestavam contra o projeto de uma linha de trem de alta velocidade que vai passar por um lindo vale no norte da Itália.

Os confrontos ocorreram quando os trabalhadores se preparavam para iniciar a obra de perfuração de um túnel da linha no Vale Susa, perto de Turin. Os policiais compõem a maior parte dos feridos e quatro tiveram de ser hospitalizados. Cerca de 2 mil manifestantes participaram do protesto na noite de ontem.

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O trabalho tem de começar antes do final de junho para que o projeto se beneficie de uma parcela de subsídios europeus para a linha férrea. O ministro do Interior Roberto Maroni prometeu, ontem, que o projeto vai avançar "antes de 30 de junho".

França e Itália assinaram um acordo em 2001 para a construção de uma linha férrea de alta velocidade que vai reduzir o tempo de viagem entre Milão e Paris de sete para quatro horas, além de formar uma ligação estratégica para a rede de transporte europeia.

Os custos são estimados em 15 bilhões de euros, mas moradores do Vale Susa se opõe ao projeto, afirmando que os túneis que serão escavados para a construção da linha de trem vão prejudicar o meio ambiente. As informações são da Dow Jones.

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