Tópicos | Ivan Sartori

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) repudiou, em nota oficial, os ataques feitos na terça-feira (4) nas redes sociais pelo desembargador Ivan Sartori, presidente da 4.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O magistrado insinuou que parte da imprensa e de organizações de defesa de direitos humanos é financiada pelo crime organizado. Sartori fora criticado depois que a Corte anulou, em 27 de setembro, quatro julgamentos que condenaram 74 policiais militares pelo massacre do Carandiru, ocorrido em 1992.

O órgão entendeu que não havia como determinar qual crime foi cometido por cada um dos acusados das mortes dos 111 presos, em 2 de outubro de 1992. Sartori chegou a pedir a absolvição dos acusados, o que não foi aceito pelos outros desembargadores.

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A ABI considerou "insultuosa" a insinuação que ligou imprensa e crime organizado. "Ao registrar a decisão do Tribunal em procrastinar o desfecho do episódio que provocou a morte de 111 presos da antiga Casa de Detenção, a imprensa limitou-se apenas em comunicar o fato à opinião pública sem se imiscuir nas particularidades dos autos do processo. A ABI manifesta também sua perplexidade diante da inexplicável lentidão em apreciar a responsabilidade dos envolvidos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O desembargador Sérgio Guerrieri Rezende, do Tribunal de Justiça de São Paulo, condenou nesta quarta-feira, 07, a possibilidade de reeleição na presidência da corte já no pleito de novembro próximo. "Reeleição e mudança das regras para a prorrogação aos 40 minutos do segundo tempo viola todos os princípios eleitorais, especialmente em eleição do Poder Judiciário paulista", disse Rezende na sessão do Órgão Especial, colegiado de cúpula da instituição.

O recado de Rezende, com endosso de outros magistrados, tem alvo: o presidente do TJ, desembargador Ivan Sartori, que admitiu recentemente que pode ser candidato à recondução. Rezende é o primeiro desembargador a assumir publicamente e de forma tão contundente oposição à hipótese de permanência de Sartori por mais dois anos na cadeira de mandatário máximo do TJ. Ele observou que o artigo 102 da Lei Orgânica da Magistratura veta a reeleição. "Até concordo (com reeleição), mas não para as próximas eleições. Violenta o princípio da anualidade."

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Ante colegiado dividido, estrategicamente Sartori evitou o debate sobre o tema. Na semana passada, um aliado seu, desembargador Euvaldo Chaib, propôs mudança no Regimento Interno para prever dois mandatos consecutivos. A petição de Chaib não entrou em pauta. Quando alguns desembargadores queriam falar em reeleição, Sartori interrompia, sob alegação de que seu mandato vai até dezembro. "Não é o momento oportuno. A reeleição só interessaria se eu me candidatasse, coisa que não está definida. Isso não está em pauta. Tenho 5 meses de gestão, ainda."

Fim de restrição

 

O Órgão Especial aprovou outra proposta, do desembargador Luís Antonio Ganzerla, que promove abertura histórica no tribunal: todos os 360 desembargadores da corte poderão se candidatar aos postos de comando. A medida sepulta norma que restringia o acesso às cadeiras de presidente, vice e corregedor-geral apenas aos três magistrados mais antigos.

Mas quem roubou a cena foi mesmo Guerrieri Rezende, que insistiu em fustigar a reeleição agora. "Mesmo que se entenda possível estabelecer regras para as eleições aos cargos de direção pelo Órgão Especial, o que se admite só para efeito de discussão, elas entrarão em vigor somente um ano depois de sua publicação, na forma do artigo 16 da Constituição Federal."

Sartori reiterou. "Quanto à reeleição, é problema do presidente, vice e corregedor. Ninguém se pronunciou se vai ser candidato à reeleição ou não. Estou à frente da gestão. Não é no mínimo plausível discutir os destinos do presidente. Isso só entrará em pauta se eu me candidatar. Isso pode trazer instabilidade política à presidência."

Desembargadores destacaram que alterações no processo eleitoral podem ser questionadas no Conselho Nacional de Justiça e no Supremo Tribunal Federal. Sartori conclamou seus pares. "Temos de ter maturidade suficiente para entender que quem sabe mais sobre o TJ é o próprio TJ. Somos todos desembargadores. Não precisamos de regras tutelando os desembargadores. Não há categorias de desembargadores. Um não é mais do que o outro. Será que não temos experiência para saber o que é o Judiciário?" Sobrou até para o STF. "Não podemos mais invocar acórdãos do STF. Eles são confusos. Não temos de nos ancorar no STF e no CNJ." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Uma homenagem do Tribunal de Justiça paulista ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) se transformou nesta segunda-feira, 05, em palanque para aliados do presidente da corte, Ivan Sartori, enaltecerem sua gestão. Sartori, cujo mandato se encerra em dezembro, articula a aprovação de um dispositivo que permita sua recondução ao cargo, algo proibido atualmente.

A ideia de homenagear Alckmin com o colar do mérito - mais alta comenda do tribunal - partiu do próprio Sartori. O governador procura melhorar sua relação com o Judiciário, ainda financeiramente dependente do Executivo, com a promoção de seguidas suplementações orçamentárias ao TJ. Sartori tem aproveitado o incremento das receitas do tribunal para pagar atrasados de servidores e magistrados, que, em grande medida, vem lhe dando apoio para permanecer no cargo por mais um mandato. Não há, porém, consenso sobre a ideia no TJ.

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Na reunião desta segunda-feira, coube ao desembargador Samuel Alves de Melo Júnior, escalado por Sartori, fazer as homenagens a Alckmin. O magistrado aproveitou para enaltecer a gestão do presidente da Corte. "Não fosse ter sua excelência autorizado a liberação de parte dos recursos pretendidos, sensibilizado pelas imperiosas necessidades do Judiciário paulista, pouco poderia ter sido trilhado", disse, e elogiou a sinergia entre os órgãos. "Há estreita ligação entre as medidas do Executivo, que prestigiaram o Judiciário, e as ações que se concretizaram em face da coragem, da operosidade e da eficiência de nosso presidente", completou.

Alckmin foi discreto em seu agradecimento pela honraria, mas fez menção à gestão de Sartori. "Registro o trabalho que esta sendo desenvolvido pelo presidente Ivan Sartori, com medidas que irão com certeza aprimorar ainda mais os trabalhos do Tribunal de Justiça e dar-lhe maior eficiência", disse o tucano.

‘Júbilo’

O presidente do TJ falou por cinco minutos, suficientes para dizer que se sentia "abençoado por poder presidir uma cerimônia dessa envergadura e poder fazer muito pelo Judiciário". "Pudemos realizar muito aqui no Tribunal de Justiça, inclusive por causa dessa parceria com o governador. Sou muito grato ao senhor por essa ajuda, força, confiança e por essa parceria", declarou o presidente do tribunal, classificando Alckmin como "um grande governador". O magistrado disse ainda: "É um dia de grande júbilo". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivan Sartori, admitiu ontem, 3, pela primeira vez, que é candidato à reeleição. Ao ser questionado pela reportagem sobre o apoio que vem recebendo dos servidores do Judiciário, e indagado se essa situação o estimula a buscar a recondução ao posto de mandatário da corte estadual, ele disse, por meio de sua assessoria de imprensa: "A reeleição, por mais um mandato, faz parte do projeto da Presidência para o desenvolvimento dos muitos projetos já iniciados."

O desembargador fez uma ressalva, também por meio de assessores de imprensa do tribunal: "A reeleição, entretanto, dependerá de decisão do Órgão Especial do TJ-SP e o presidente Sartori acatará o decidido."

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O Órgão Especial aloja a cúpula da instituição, formado pelos 12 desembargadores mais antigos, 12 eleitos e o próprio presidente. Qualquer alteração no modelo eleitoral da corte deve passar pelo crivo do colegiado. Magistrados que repudiam a reeleição alertam que a Lei Orgânica da toga veta novo mandato para cargos diretivos.

Sartori ocupa a presidência desde janeiro de 2012. Seu mandato termina em dezembro, quando haverá nova eleição.

Nos últimos dias, Sartori vem propagandeando, no site do Tribunal, o apoio dos servidores à sua gestão. Na última segunda-feira, 1º, numeroso grupo de funcionários foi ao Palácio da Justiça, no centro paulistano, para declarar apoio ao presidente e entregar um inédito abaixo assinado com 40 mil adesões.

Os servidores, que são 50 mil em todo o Estado, não votam - só têm a prerrogativa os desembargadores, que são 355. Os funcionários, porém, se dizem satisfeitos com a administração Sartori. No site do TJ foi divulgado o momento festivo na corte de Sartori. A notícia publicada terça-feira, 2, tem um link para uma placa que o presidente da corte recebeu dos servidores. Nela, os servidores chamam Sartori de "homem visionário" e declaram que seus "corações estão cheios" de gratidão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mais três suspeitos de participarem da tentativa de assalto aos familiares do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Ivan Sartori, foram presos nesta terça-feira. Entre os detidos, estão dois menores e um homem de 19 anos. A investigação do caso é feita pelo 83º Distrito Policial.

A Polícia Civil prendeu o suspeito Vitor Hugo Viana, de 19 anos, na favela de Boqueirão, no bairro do Ipiranga, no sudeste da capital, durante a madrugada desta terça-feira. Os outros dois menores foram apreendidos pela Polícia Militar, também durante a madrugada.

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Um quarto envolvido no assalto foi detido ainda na noite do domingo, 1, data da tentativa de roubo, em flagrante. O homem foi identificado após dar entrada em um Pronto Socorro, com um tiro na perna. A tentativa de assalto aconteceu na noite de domingo, 1º, na região do Sacomã, na zona sul de São Paulo. A irmã do desembargador estava acompanhada da filha de Sartori, de 4 anos, em um carro oficial do Tribunal de Justiça que contava com escolta da Polícia Militar. Seis suspeitos abordaram o veículo, mas a escolta notou a movimentação e reagiu a fim de evitar o roubo. Houve troca de tiros e os suspeitos fugiram a pé.

O presidente do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo, Ivan Sartori, afirmou nesta quarta que a imprensa tem feito uma campanha para "enxovalhar" o Judiciário. Após uma reunião com a corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, que analisa pagamentos vultosos a magistrados paulistas, Sartori afirmou que os juízes não são alvo de investigação e disse que o TJ e o CNJ são "parceiros".

"Investigação é um termo parcial, um termo pejorativo e um termo perverso para enxovalhar a magistratura e isso é uma campanha que vem sendo feita por dois jornais do Estado de São Paulo, que são a Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo. Embora às vezes a reportagem saia no contexto a manchete sempre é depreciativa, sempre enxovalha a magistratura. E isso nós não podemos admitir. Eu não vou admitir e vou defender até a morte", afirmou. "Investigação diz respeito a indiciamento, diz respeito a suspeita. Leia a código de processo penal", disse Sartori para um jornalista.

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O presidente do TJ afirmou que o tribunal paulista é transparente e apoia a inspeção nos pagamentos. "Eu converso diariamente com esses jornalistas, bato nas costas, dou café e assim mesmo vêm e distorcem o que eu estou dizendo", declarou. Sartori afirmou que após conversar com Eliana Calmon concluiu que a corregedoria faz uma "aferição de rotina" por amostragem nos pagamentos da magistratura do País e não uma investigação direcionada aos juízes de São Paulo.

Durante a entrevista concedida ao lado de Eliana Calmon, Sartori negou que tenha lançado um "desafio de contracheques" ao afirmar na véspera que mostraria seu contracheque se a corregedora fizesse o mesmo. A corregedora afirmou que o presidente do TJ disse isso porque os jornalistas "terminam irritando tanto". "Nós não precisamos entregar o contracheque. Sabe por quê? Porque no portal da transparência já está o quanto eu ganho, quanto o desembargador Sartori ganha. Não precisa mostrar os contracheques. Ele sabe disso. Ele disse isso porque vocês irritaram muito", disse.

Segundo Eliana, "a palavra investigação traumatiza a magistratura" porque dá a impressão de que a inspeção estaria direcionada para determinados juízes. "Eu não vou direcionar essa investigação para nenhum desembargador. É uma inspeção de rotina", afirmou. A corregedora contou que esse trabalho já foi feito em tribunais pequenos, sem que fossem feitos comentários. "Quando se trata de um grande tribunal como São Paulo tudo fica superdimensionado", disse.

Precatórios - Eliana Calmon e Ivan Sartori estiveram reunidos hoje em Brasília para analisar um relatório elaborado pela Corregedoria sobre a situação dos precatórios no Estado de São Paulo. De acordo com os dados mais recentes, a dívida é estimada em R$ 20 bilhões. Segundo Eliana Calmon, o grupo do CNJ não encontrou irregularidades de ordem disciplinar. "A ordem cronológica dos precatórios está embaraçada", disse.

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