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O filho do jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura em 1975, Ivo Herzog, entregou nesta segunda-feira uma cópia do abaixoassinado com quase 55 mil assinaturas que pede a saída do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin. Acompanhado dos deputados federais Romário (PSB-RJ), presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara, e Jandira Feghali (PCdoB-RJ), presidente da Comissão de Cultura, Ivo Herzog protocolou a cópia do abaixoassinado e teve de deixá-la na recepção da sede da CBF, já que, segundo lhe foi dito, Marin não estava no prédio, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

"Recentemente descobri documentos que mostram a participação do senhor José Maria Marin durante o período do regime militar brasileiro", afirma Ivo no documento entregue à CBF e enviado às 27 federações estaduais de futebol e aos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro. "Estão com as cópias nas mãos. Agora, ou vão se manifestar, ou vão ser coniventes", disse o filho de Herzog. Ele contou ter informações de que a Comissão Nacional da Verdade vai convocar Marin a depor sobre o caso. "E aí é importante que se diga: não será um convite, mas uma convocação. E ele será obrigado a comparecer", afirmou.

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O abaixoassinado foi feito por meio do site Avaaz e, segundo Ivo, contou com a assinatura de nomes como Chico Buarque de Hollanda. O filho de Herzog chegou à sede da CBF às 15h08 e, minutos depois, já havia subido ao andar da entidade e protocolado a entrega da cópia, ao lado de Jandira e Romário. "É bom que o torcedor brasileiro saiba quem está no comando da entidade maior de futebol do País", disse o ex-atacante. Um grupo de quatro torcedores (com camisas de Vasco, Botafogo, Fluminense e Flamengo) fez um pequeno protesto em frente à sede da CBF e conversou com Ivo e os parlamentares.

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